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História I Believe In You - Vigésimo terceiro capítulo


Escrita por: Derby_

Notas do Autor


Não queiram me matar no final do capítulo. É sério.

Capítulo 23 - Vigésimo terceiro capítulo


[Yayoi]

 

Contei as horas que faltavam para que eu pudesse embarcar para a Tailândia novamente. Eu queria vê-la, queria poder carregar ela junto comigo de volta pra Osaka e queria poder dizer que estaria ao lado dela pra tudo.

- Você tem certeza disso?

- Não mudei de ideia depois dos últimos cinco minutos que você me perguntou isso.

- É que... eu sei. Tudo bem, já me meti demais na sua história com ela. Mas você sabe o que aconteceu. Sabe como as coisas... aconteceram depois que você começou a se envolver com ela e eu me recuso a acreditar que seja tudo coincidência.

Sorri brevemente para Hibiki. Não meu amigo, não era coincidência. E o pior de tudo é que mesmo ciente de todos os riscos... eu queria me dar o direito de tentar mais uma vez.

- Eu só não quero que você fique pensando que a Yuk é algum tipo de criminosa ou coisa assim. Por favor.

- Eu não acho isso. Eu só acho estranho as coisas na sua vida terem virado do avesso depois que vocês se conheceram.

- Olha... Hibiki... ela tem um cara... um cara que é psicótico por ela... que acaba trazendo algum tipo de problema, mas nada... nada grave.

- E porque ela não denuncia esse cara pra polícia?

- É algum tipo de gratidão familiar que a impede.

- Familiar?

- Sim.

- Eu não vou tentar entender. Tá ficando confuso demais.

- É melhor assim. Acredite. Cuida da Chill pra mim?

- Claro. Tatsuya ainda está... bravo com você?

- Não fala comigo nada além do necessário desde que eu trouxe Yuk pra cá.

- É de se entender.

- Ele me disse que era melhor sermos apenas amigos, o que ele queria que eu fizesse? Eu tentei conversar mas ele não aceitou, não posso fazer nada a respeito. Ele escolheu assim. Por nós dois.

- Eu acho que ele estava um pouco... confuso.

O rapaz de cabelos castanhos me dizia isso enquanto brincava com a chave do carro entre os dedos. Ele e Tatsuya eram ótimos amigos, mas ele não poderia fazer mais nada a respeito do meu relacionamento com Tatsuya. Ele o extinguiu por vontade própria. Agora eu não o queria mais.

- Eu não poderia parar a minha vida pra esperar por ele. De qualquer forma... obrigado Hibiki. Obrigado por se preocupar comigo.

Segui para minha casa, e de lá para o aeroporto. O voo sairia em pouco tempo, e logo eu estava em Bangkok novamente. Fiz o caminho que já havia decorado, do aeroporto até o hotel, do hotel até a casa da Yuk. De lá novamente para o hotel, pegar minhas malas e levar pro pequeno refúgio onde a morena morava.

- Eu não sei porque você insiste em ir pro hotel antes de vir pra cá.

- Eu não sei se você vai querer que eu fique aqui com você.

- E porque não ia querer?

Ela me sorriu e me deu um beijo terno e um abraço apertado. Eu ficaria até o fim da semana, e depois voltaria para Osaka. Com ela. A levaria comigo para o meu apartamento e para a minha vida, sem me importar com o tipo de problema que eu iria encontrar pela frente. No terceiro dia, a vi pegar o celular e discar um número. Não demorou para que a outra pessoa atendesse e ela falasse com seu professor da academia.

- Não mestre. Não. Precisamos conversar. Amanhã. Sim. Até amanhã.

Conversar. Sim, ela diria a ele que deixaria de frequentar os treinos. Diria a ele que se mudaria para Osaka. Desligou o telefone e veio até mim, sorrindo de uma forma discreta e segurando a minha mão.

- Kuroda... eu... preciso falar com você.

- Claro. Nós... eu... bom... você sabe que eu vim aqui pra te buscar. Eu... você sabe... não sabe?

Ela se sentou no pequeno sofá, me puxando pela mão e me fazendo sentar ao lado dela. Ela parecia preocupada. E aquilo começou a me apavorar.

- Eu quero... antes de mais nada eu quero que você saiba, que você me responda... você sabe que eu te amo não sabe?

- O que aconteceu?

- Me responda. Você sabe que eu te amo, não sabe?

- Sei. Eu sei. O que aconteceu Yuk?

Ela mordeu o lábio inferior como se procurasse as palavras certas para iniciar a conversa.

- Desde que eu comecei a treinar... a... lutar... eu dediquei meu tempo e minha vida a isso.

- Sim...

- Eu... no fim da semana passada... eu... um... eu consegui um patrocinador pra entrar no circuito profissional.

Pisquei algumas vezes para assimilar a notícia que havia recebido. Então eu sorri.

- Isso é ótimo Yuk. Você... no Japão nós podemos ter melhores condições de treino e tendo um patrocinador você vai poder...

- Não. Kuroda. Não. Esse é o problema. Eu não posso ir. Eu tenho que ficar. Tenho que ficar aqui. Pelo menos por um tempo.

- Mas...

- As exigências de um patrocínio são de que enquanto seu contrato for vigente você tem que morar na cidade onde treina. O patrocínio envolve a academia também, e se eu trocar de academia, perco essa chance.

- Isso quer dizer que...

- Me perdoe.

- Você não vai comigo.

- Me perdoe.

- Perdoar. Claro. Eu corri riscos. Eu menti pra polícia. Eu tomei um tiro, eu fui ameaçado. Mas eu achei que tudo isso valeria a pena porque você estaria comigo.

- Eu vou estar eu...

- Ah... claro. Vai estar. Quando? Quantas vezes por mês vamos ter que fazer uma ponte aérea Osaka/Bangkok pra eu poder ficar junto com a minha namorada?

- Eu só preciso de um tempo.

- Tempo. 

Me levantei do sofá onde estava e comecei a juntar as minhas coisas pela casa, jogando-as dentro da mala.

- O que você está fazendo?

- O que você não tem coragem de me pedir. Estou indo embora.

- Kuroda, por favor... é apenas até as coisas...

- ATÉ AS COISAS SE AJEITAREM! CLARO! PORQUE EU NÃO IMAGINEI ISSO? EU JÁ PASSEI POR ISSO UMA VEZ, DEVIA IMAGINAR QUE ERA ESSA FRASE QUE VIRIA DEPOIS DE TUDO!

- O que? Não! Kuroda eu quero ficar com você!

- ENTÃO VAI COMIGO! Mas não fica arrumando desculpas pra eu não me sentir pior. Você não é a primeira pessoa que faz isso Yuk. Acredite, vai passar.

Fechei a mala, pegando minhas coisas e indo até a porta. Parei, me lembrando de tirar uma chave específica do meu chaveiro, enquanto a via chorando tentando falar comigo.

- Aqui. A sua chave. Acho que eu não vou precisar mais dela.

- Kuroda... por favor... entenda.

- Eu entendo Yuk. Entendo que eu vou sempre ser a segunda opção de alguém. Vai passar. Eu sei que vai. Eu já passei por isso antes.

- Kuroda.

Fechei a porta e desci as escadas, rumo ao ponto de táxi mais próximo para o aeroporto. Eu não queria ficar em Bangkok nem mais um segundo. Eu não queria voltar pra essa cidade nunca mais.


Notas Finais


melhor correr... né?


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