Capítulo 4
O voo da base aérea até a costa de Honduras não é possível sem uma parada até a ilha de Cuba; lá Regina terá que fazer um novo abastecimento ou decide se pega um barco e segue via mar até a ilha.
Regina já está com 30 minutos de vôo e em mais 15 minutos ela chega à Cuba. O tempo continua limpo e a viagem segue segura. A sensação de liberdade é o que mais estimula a morena a seguir seu propósito.
-Atenção torre.. base Havana, aqui é a Capitã Mills da força aérea americana, base de pesquisa militar da Flórida, peço permissão para pousar e abastecer.. câmbio!
-Entendido Capitã, pode identificar seu prefixo, e destino por favor... Câmbio!
- Prefixo EMB810 PR-MPE, destino Honduras, visita civil em férias... Câmbio!
Após alguns minutos Regina recebe permissão para aterrissar em solo cubano e ligo avista a pista, faz o comando e se posiciona e pousa a seguir. A agora Capitã sempre foi a melhor em manobras aéreas, superando até os veteranos que a elogiam sempre que a encontram nas confraternizações da base.
Em solo cubano ela é recebida pelo auxiliar de pista e logo um oficial a conduz para a área de controle térreo, onde ela preenche um cadastro, paga pelo combustível e enquanto a aeronave é abastecida, ela descança na frente do hangar e observa o aeroporto de Havana.
-Capitã, seu avião está de tanque cheio e agora já pode seguir viagem.
-Obrigada e vou já continuar minha viagem pois pretendo chegar antes do meio dia.
Já dentro do avião, Regina segue para sua decolagem e tudo tranquilo; toma o rumo da costa de Honduras, marca as coordenadas de pouso nas águas da ilha Swan que fica aproximadamente a 40 minutos do atual ponto de abastecimento.
Passou-se 30 minutos e Regina avista ao longe a ilha; logo começa a manobra para aproximar da ilha e então o painel começa a dar alerta de que algo está errado com a aeronave. Regina busca encontrar o problema e percebe que seu combustível está no final, mas estranha pois o tanque cheio daria pra ir e retornar até Havana para reabastecer novamente; logo desconfia de que algo ocorreu no abastecimento em Havana.
-Mayday! Mayday! EMB810 PR-MPE alguém na escuta?
Nenhum retorno e Regina está aflita, pois o avião começa a perder altitude e a descer de forma forçada; então ela não vê outra alternativa e vai posicionando o avião para aterrissar na água mesmo… A cada segundo se aproxima das águas azuis em torno da ilha, porém tem muitos recifes e pedras em uma grande extensão antes da ilha, dificultando o pouso na água…
-Vamos rapaz, não mé deixa na mão agora, você sempre foi o melhor em pousos em águas rasas e essas são bem rasas… vamos lá!
A Capitã manobra e controla como pode o avião e desvia de várias pedras conseguindo pousar mais a frente já chegando na parte mais rasa e bem a frente o impacto é atenuado pela areia branca da praia, mas a aeronave ao aterrissar faz Regina bater a cabeça no painel e ficar desacordada…
O sol a pino já são 11:45 e logo alguns nativos se aproximam e tentam tirar Regina de dentro do pequeno avião…
-Vejam, ela tá respirando, precisa de ajuda está com um corte na cabeça e machucou o braço direito… Ajudem aqui, ela precisa de atendimento urgente...VAMOS LOGO!!
O rapaz e mais um casal ajudam a tirar Regina de dentro e levam-na para a sombra e de lá colocam-na numa carroça e levam direto pra dentro da densa floresta da ilha.
-Depressa, chamem a curandeira dourada, ela vai saber o que fazer...vá, vá!
Um rapaz moreno corre até um caminho e chega a um trecho com muitas pedras, passa pelo lado e logo está de frente a uma árvore de tronco bem grande e alta; puxa uma corda que toca um chocalho numa casa no meio da grande árvore, que fica a sete metros acima do chão, armada e segura nos primeiros galhos da árvore centenária e logo alguém lá em cima já sabe que precisam de sua presença na vila.
-Ela está se mexendo, calma moça, você vai ficar bem...a ajuda está chegando...calma!
-Onde estou? quem são vocês?...
A cabana é feita de tijolos aparentes e coberta de tenha de barro no formato quadrado, bem rústica e com muita simplicidade. Regina está agitada e sente muito calor, não tem ventilação e a Capitã sente dor na cabeça, o sangue escorre pela fronte e o braço está inchado e vermelho, tem um corte no queixo e a mão esquerda está com dois dedos machucados.
A porta da pequena casa é aberta e o rapaz que foi buscar a curandeira entra, seguido da tal mulher que entra, olha para as três pessoas em pé e para a morena deitada numa cama de solteiro e com alguns machucados, suando muito e com expressão de muita dor e se agitando…
Ela se aproxima, mede a pulsação e abre os olhos da mulher… verifica o estado em geral e nesse instante Regina abre de leve os olhos e vê sua ajuda lhe prestando os primeiros socorros…
-Quem é você? Eu morri, você é um anjo?
-Fique calma, deixe-me ajudar e farei o melhor para que as dores cessem...ok?
A voz suave, os toques de mãos macias e aqueles olhos verdes num rosto meigo de traços que mais parece com o rosto de um anjo louro, porém com a feição séria e preocupada… Regina crê estar sonhando ou delirando, mas ela vê em sua frente a própria Major Emma Swan!
-Major...você é a Major Swan?
A mulher pára e olha para a morena, fica surpresa diante da pergunta, mas o socorro é mais urgente e ela aplica uma injeção na morena que logo adormece e nada mais vê.
-Onde a encontraram?
-Na praia, lado norte; o avião dela pousou na praia, mas ela tava caindo e conseguiu descer e desviou das grandes pedras na arrebentação. Nós vimos quando ela desceu, tava desacordada e trouxemos pra cá.
-Peguem as coisas dela no avião, Levem pra minha casa e cubram o avião com vegetação, de forma a parecer um grande arbusto na praia...ele não pode ser avistado do alto. Entenderam?
-Sim, Curandeira Dourada, faremos isso agora mesmo. Vamos, temos que fazer isso logo…
O homem convoca mais outros cinco e pegam facões e dirigem-se até o local onde se encontra o avião.
A curandeira olha para a morena e pensativa ela trata de cuidar dos ferimentos daquela desconhecida que com certeza tem muita coisa para contar quando despertar.
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