- Eu desisto da minha vida. - joguei os braços ao lado do corpo indignada.
- Vai nessa, imbecil. - Nate deu um tapa na cabeça do Sam.
- Como isso aconteceu, Sam? - Gilinsky perguntou.
- Você sabe como aconteceu.
- Não isso, animal.
- Ah. A gente tava numa festa e foi antes de eu e a Katherine começarmos a namorar. Eu tava bêbado, ela também, aconteceu.
- Mas, são os dois idiotas.
- Cara, você tem certeza de que é seu? A Melanie já dormiu com metade da escola. - Johnson disse.
- Eu acho que sim. - deu de ombros.
- Olha, eu vou pra sala porque eu não mereço isso. - falei e fui para a sala.
- O que tá acontecendo ali? - Sam perguntou vendo uma muvuca se formar.
- Alguém leva a garota pra enfermaria! - uma menina gritou.
Fomos ver quem tinha desmaiado e adivinha só? Era a Katherine.
Começando o dia bem.
- Porra. - Sam se enfiou no meio das pessoas e pegou a Kath no colo.
- Por que ela não acorda? - perguntei correndo atrás dele.
- Como eu vou saber? - gritou e entrou na enfermaria.
Depois de uns 15 minutos a enfermeira saiu.
- Vocês deveriam estar na aula. - ela disse.
- O que aconteceu com a Katherine? - Sam levantou.
- Ela acordou, vai ficar bem. Falei para que ela fosse para casa.
- Eu levo. - Sam disse.
- Não posso deixar. O diretor tem que liberar.
- Ok. Eu falo com o diretor.
- Sam. Sam. - chamava ele enquanto ele corria até a diretoria.
- Ei o que aconteceu? - Taylor parou a gente no meio do caminho.
- A Kath desmaiou e eu vou levar ela pra casa. Preciso falar com o diretor.
- Eu to indo pra casa. Meus pais ligaram aqui e o diretor me liberou, eu moro do lado dela. Eu levo. - Taylor disse.
- Não, tá tudo bem, cara. Eu levo. - Sam disse.
- Sam. - chamei e ele me olhou - Deixa o Tay levar.
- Tá. - ele suspirou e cedeu - Toma conta dela.
- Pode deixar. - ele afirmou com a cabeça e foi para a enfermaria.
- Sam, calma, ela só desmaiou. - falei passando a mão pelas costas dele.
- É que eu já to me sentindo culpado o suficiente por descobrir que engravidei uma menina quando eu deveria estar sendo um bom namorado pra Katherine.
- Só não era pra ser. - disse - Vem. Vamos voltar pra aula e depois a gente vai na casa dela ver como ela tá.
KATHERINE's POV
[...]
- Ai caralho. - falei me encostando na parede e jogando a cabeça para trás - Eu to fudida.
Tentei ligar para a Mariana inúmeras vezes mas, não sei por que tem celular porque nunca atende aquela merda.
Pulei pela janela do Taylor que estava aberta e ele estava dormindo.
- Taylor. - chacoalhei o ombro dele - Taylor, acorda.
- Oi. - ele deu um pulo de susto e sentou na cama - Por que você tá na minha casa às... - ele olhou o relógio - 3 da manhã.
- Eu preciso da sua ajuda. - torci a boca - Me dá um conselho?
- Não sou muito bom nisso mas, posso tentar. - riu fraco.
- Ok. Vamos supor que você descobriu que engravidou uma menina enquanto você namorava outra.
- Conheço essa história.
- E aí, quando você já largou essa menina que você tava namorando e tá com a menina que engravidou. Ok?
- Ok.
- Não, calma. Vou mudar de ponto de vista. - falei - Você é uma garota. Você namorava um cara mas, ele descobriu que a ex dele tá grávida dele. Ele te largou pra ficar com essa outra, certo?
- Katherine fala logo.
- E se você descobrisse alguma coisa bem ruim que ia fuder com a vida toda dele? O que você faria?
- Como assim?
- E se você descobrisse assim, um exemplo, só exemplo. Que você tava grávida?
- Katherine! - ele deu um berro e eu tapei a boca dele com a mão.
- É um exemplo.
- Você tá grávida?
- Talvez.
- Katherine!
- Cala a boca, Taylor.
- E você vem descobrir isso 1 meses depois de ter terminado com o Sam, porra.
- E você queria o quê?
- Ai meu Deus, Katherine.
- Liguei pra Mariana mas, a desgraçada não me atende.
- Você tem certeza?
- 4.
- O quê?
- Testes, Taylor. Fiz 4 testes.
- Caralho, o Sam já ouviu falar numa coisa chamada camisinha?
- Ele usou.
- Que merda.
- Eu sei.
- Vamos dormir, amanhã a gente pensa nisso.
- Tá. - passei as mãos pelo rosto.
- Boa noite.
- Boa noite.
Dormir? Ah, claro, Taylor.
Levantei da cama, tomei um banho gelado, coloquei uma legging preta com uma regata branca, um moletom e um casaco por cima, por conta do frio, coloquei minha uggy e desci com a bolsa e o celular nas mãos.
- Bom dia, filha. - meu pai sorriu e eu sorri de volta.
- Bom dia. Eu vou indo senão me atraso. - disse girando os calcanhares e indo em direção à porta.
Passei no Starbucks e pedi um café para me manter acordada por não ter dormido a noite inteira.
Peguei as coisas no armário e fui caçar a Mariana e encontrei ela aos beijos com o Shawn no estacionamento.
- Vem aqui. - falei puxando ela pela alça da bolsa e fazendo ela separar o beijo.
- Bom dia pra você também.
- Já começou péssimo, querida. Viu minhas ligações?
- Vi mas, achei que não fosse nada de importante.
- Deixa eu te falar uma coisa. Quando uma pessoa te ligar 28 vezes numa noite é porque é importante.
- Pode falar.
- Eu vou ser mamãe.
- É O QUÊ?
- Grita mais alto que o presidente ainda não ouviu. - falei - Mare, você não pode contar pra ninguém.
- Não vou.
- Que horas são? - perguntei.
- Quase 8.
- Preciso achar o Sam.
- Mas...
- Depois a gente se fala. - falei e corri para dentro da escola e encontrei o Sam com o Nate - Sam.
- Oi. - ele virou sorrindo.
- A gente precisa conversar.
- Agora?
- É. Foda-se a minha aula de química.
- Pode falar.
- Precisa ser à sós. Num lugar um pouco mais reservado do que isso porque eu to com medo da sua reação. - torci a boca.
- Tá bom. A gente se fala depois, Nate. - fizeram um toque - Vem.
- Pra onde a gente vai?
Ele me levou até a quadra onde uma turma do 1º ano estava fazendo aula e a gente sentou na arquibancada.
- Pode falar.
- Olha. Eu nunca achei que isso fosse acontecer. Eu não sabia o que fazer hoje de madrugada então recorri ao Taylor. Eu to desesperada, eu não sei o que fazer, você vai querer me matar, me jogar da janela eu não...
E DO NADA, o Sam me interrompeu com um beijo.
- Fala com calma. - ele disse se separando um pouco.
- Sam... Ah, quer saber? Esquece.
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