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História I Can Change For You - All I Have to Give


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


Me desculpem não ter postado ontem... não consegui mesmo postar.

Obs: Não pulem POVs (vocês irão entender porquê eu disse isso =P)

💠💠Título do capítulo: Tudo o que eu tenho para dar.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 73 - All I Have to Give


Fanfic / Fanfiction I Can Change For You - All I Have to Give

 

Abro meus olhos e só vejo seu rosto

Não posso me esconder, não posso apagar

O jeito que você me faz sentir

Você me completa, garota, e é por isso que

Algo em você me faz sentir

Baby, meu coração quer revelar

Há três palavras que eu sei que você quer ouvir

Sim, eu irei

Pegar sua mão e andar com você

Sim, eu irei

Prometo dizer a você estas três palavras

Sim, eu irei

Dar-lhe tudo o que você precisa e algum dia

Começar uma família com você

Sim, eu irei

Pegar sua mão e andar com você

Sim, eu irei

Meu bem, eu prometo

Sim, eu irei

Oh sim, eu irei

Este não é um amor comum

E nunca conseguirei ter o bastante

De tudo o que você me deu

Meu coração, minha alma, meu tudo

Toda noite eu agradeço a Deus

Por te dar forças para me amar

Cada dia mais e mais

Fico ao seu lado, em tudo o que você fizer

Onde quer que você vá, seja o que você fizer

Baby, estarei ao seu lado

Deus é minha testemunha, de que continuarei assim

Até que a morte nos separe

Oh sim, eu irei

Meu bem, eu prometo

Até que a morte nos separe

Harry

 

 

 

 

 

 

- Eu tive um pesadelo – Murmurei baixinho – Tenho medo de pesadelos...

Ela sorriu doce, encostando minha cabeça em seu peito, deixando sua mão perder-se nos meus cabelos em um carinho gostoso, e passando seu outro braço em torno da minha cintura.

- Assim te acalma...?

- Um pouco – Respondi baixo.

Ela inclinou um pouco seu rosto e depositou beijinhos em minha bochecha e queixo.

- E assim...? – Sorri franzindo o nariz.

- Aham. Agora sim.

Ela sorriu com seus olhos brilhando.

- E essa covinha mais linda...? – Perguntou carinhosa, mordendo a minha bochecha. Soltei um risinho manhoso – Agora boa noite, meu abusivo... – Ela apoiou sua cabeça na minha, descansando-a.

- Boa noite, meu Raio de Sol... – Disse com extremo carinho enquanto envolvia meus braços em torno de sua cintura. 

Desejando nunca sair de perto dela. Sentindo toda a emoção dos meus sentimentos...

Não havia mais nada que eu quisesse nesse mundo do que estar sempre em seus braços...

E agora, pela primeira fez na minha vida... eu tenho onde me segurar...

 

 

 

 

 

                                                                    Horas antes...

 

 

 

 

 

 

Alex

 

Conforme eles se aproximavam de mim, eu ficava cada vez mais tenso. Não era normal Jerome sair para fazer seus negócios sem me avisar, ainda mais em uma hora tão inapropriada. Ele queria alguma coisa, e não seria uma coisa boa. E ainda estava com a droga do pensamento em Emily. Por que diabos essa menina foi inventar de vir para cá logo essa hora? E o que eu iria dizer para Jerome? Alguma coisa eu tinha que pensar, e rápido.

- Olha, se não é o grande Alex! – Stephan, o braço direito de Jerome veio na frente falando comigo e já a esticar o pescoço para ver se a menina estava detrás de mim.

- Olha se não é o Stephinho... – Abri um sorriso falso. Jamais poderiam notar que eu estava preocupado. Jamais.

- Sabe que eu não gosto quando me chama assim, Alex! – Ele realmente ficava puto. Mas quase sempre eu o chamava assim. A última coisa que eu queria era irritá-los, porém, se não o chamasse, seria mais fácil desconfiarem de alguma coisa.

- Ele está só brincando, Stephan – Esse era Arnold. Arnold era tão grande que nós sempre brincávamos dizendo que se ele come uma vaca sozinho. E o animal conseguiu comer mesmo, uma vez.

- Arnold… – Com ele eu não tenho coragem de brincar…

- Então, Alex… não nos convida para entrar? – Perguntou Jerome.

- Claro que sim, entrem... – Dei dois passos para os lados e fiz com o braço sinal para que eles entrassem em minha casa.

Naquele momento um arrepio subiu a minha espinha. E se Emily ainda estivesse dentro da casa? E se ela não me obedeceu ou não achou o local que eu disse? Seria o fim dos meus planos, desgraça!

Conforme eles iam entrando, meu coração ia acelerando mais. Nunca fui de passar sufoco ou de rezar, sempre resolvi as minhas coisas sozinho, mas eu já estava começando a cogitar a ideia de rezar.

- Sua casa está sempre do mesmo jeito, não é, Alex? – Disse Jerome.

- Uma bagunça só! – Disse o Stephan.

- Sua mulher nunca fica pra arrumar – Soltei. Juro que saiu no impulso.

Stephan voou para cima de mim e acertou um soco na minha cara antes que eu pudesse pedir desculpas. O desgraçado, não satisfeito, já tinha tirado o revólver e mirado em minha cabeça.

- Calma, cara! Era só uma brincadeira – Disse ao cuspir o sangue.

- Não faça isso, Stephan! – Jerome ordenou.

Jerome era um cara gordo e quase não tinha mais cabelos na cabeça. Havia, no lugar do cabelo, uma brilhosa careca branca que ele sempre passava um lenço para limpar o suor. Era baixo, lembrava muito o Danny Devito. Mas o que ele tinha de feio e estranho, tinha de poder e dinheiro. Jerome era só um dos homens mais poderosos da cidade. Principalmente por ele ser bastante calmo e saber fazer os negócios, muitos homens gostam dele e o seguem, quase se tornando o mais amado da cidade. Inclusive esses dois capachos.

- Idiota! – Disse Stephan antes de sair de cima de mim e guardar sua arma.

Estava puto com a atitude de Stephan. Mesmo sabendo que provavelmente eu fosse morrer, eu estava com vontade de arrancar todos os dentes dele. Mais um pouco e talvez eu voasse em seu pescoço. Foda-se.

- Alex… queria falar um negócio com você – Quando Jerome falou, pensei logo que ele tivesse visto algo. Lembrei de Emily, coisa que já tinha esquecido, de raiva. Puta que pariu!

- Diga… – Disse virando-me para ele.

- Conte-me como vamos resolver o problema com Elijah? – Ele sentou-se no sofá e cruzou as pernas juntando a ponta dos dedos, me olhando nos olhos como se pudesse ler até a minha alma.

- Ma-mas como assim?! – Droga… vinha problema aí.

- Elijah era seu braço direito, Alex. Pensei que você fosse mais inteligente… – Disse Jerome.

- Sei… – Me fiz de desentendido, mas já sabia o que ele queria com isso.

- Temos que resolver esse probleminha, Alex...

- O que você está pensando em fazer? – Perguntei meio disfarçando.

- Só temos uma escolha – Jerome levantou – Devemos assassiná-lo na cadeia.

- Correremos muitos riscos ao fazer isso – Ainda tentei proteger Elijah para que eles não fossem adiante.

- Não temos escolha, Alex. Sei que ele é seu amigo, mas precisamos fazer – Disse Jerome.

- Nós viemos falar com você apenas pela pouca consideração aos serviços prestados. Mas vamos fazer isso de qualquer jeito – Falou Stephan.

- Mas Elijah é nosso parceiro! – Esbravejei.

- Porém, ele está preso. Elijah sabe demais, Alex. Ele pode nos trazer problemas – Disse Jerome.

- Você está certo… – Concordei. Nisso ele estava certo.

Droga, não queria ficar mancomunado a matar Elijah na cadeia, mas antes ele do que eu. E também, não tinha o que eu fazer diante disso.

- Alex… – Jerome se aproximou de mim – Quem é aquela garota que estava aqui agora a pouco…? – Droga, ele estava desconfiado! Estava desconfiado!

- É só uma puta que eu como de vez em quando. Expulsei ela para podermos conversar mais à vontade – Menti.

- Hum. Fez bem – Disse ele.

Não estava tentando proteger Emily. Eu estava cagando para ela. Porém, precisava limpar a minha dessa e ela era a minha chave que permitia ficar seguro e Elijah não contar nada sobre meu envolvimento no sequestro. Se Jerome soubesse que ela era irmã dele, mataria nós dois e ainda ia atrás de Elijah. Certo que se Jerome tentar matar mesmo Elijah, com ele morto eu estaria seguro. Mas se ele falhar, Elijah vai dar com a língua nos dentes e eu preciso ter Emily comigo nessa hora.

- Bom, nós viemos aqui apenas para te avisar sobre isso – Jerome me deu as costas – Ah, tem mais uma coisa… – Ele virou-se para mim com um sorriso no rosto. Seu sorriso sempre significava algo ruim para quem o presenciava.

- O que? – Perguntei correndo a mão pelo rosto.

- Você arrumou uma confusão para nós e nós ainda temos que resolver pendências com as mercadorias. Por causa desse probleminha com Elijah, atrasaram algumas e ainda temos os policiais na nossa cola atrás de um “cumplice”. Não quero ter mais problemas com isso… ou você vai entrar na lista também – E então virou as costas e saiu.

Stephan demorou um pouco mais para sair me olhando como quem estava desejando ser o cara que iria apertar o gatilho e me matar caso as promessas de Jerome acontecessem mesmo.

E foi então que comecei a digerir aquilo de forma seca. A ficha ia caindo aos poucos do quão ferrado eu estava em tudo que estava acontecendo.

 

 

 

 

Emily

 

O caminho que Alex me disse não era nada fácil de se seguir. Além do mais, estava ficando muito tarde e cada vez mais deserto. A floresta estava meio densa e a todo momento eu olhava para trás. Mas não por medo de algo estar me seguindo.

Apesar de estar com dificuldades para achar a saída e o caminho, eu conhecia aquela floresta um pouco e sabia andar em algumas partes. E também sabia dos animais que tinham e dos perigos que poderiam me oferecer. Porém... em meio a isso tudo... a minha única preocupação se dava com Alex. Afinal eu sabia que ele era metido com coisas que dão bastante errado. Dão sérios problemas.

Pensei e parei por um momento. Talvez fosse melhor eu voltar, nem que fosse para ficar vigiando eles de longe. E se feriram ele e o deixaram agonizando sozinho no chão daquela casa? Ele nunca conseguiria ajuda. Em meio a preocupação e desespero, voltei sem pensar duas vezes, mas logo dei uma parada brusca. Alex sabe se virar e apesar de eu amá-lo, não devia fazer mais isso. Sem contar que ele, do jeito que é, certamente faria alguma besteira comigo. Nessas horas o melhor era obedecer a ele. Eu precisava que ele ficasse do meu lado e não irritá-lo. Alex tinha que me ajudar a tirar Elijah da cadeia e não era desobedecendo-o que eu conseguiria isso. Outro dia eu voltaria… enquanto isso, ia lutando contra o meu coração apertadinho querendo saber dele.

Até que enfim eu consegui sair dali. Precisava correr para a minha casa, tomar um banho, comer algo e colocar a cabeça para pensar. Mas como ia conseguir pensar em algo se eu só pensava em Elijah preso e, agora, na situação de Alex? Estava realmente preocupada. Apesar de estar a metros de distância e com uma enorme floresta nos separando, eu ainda insistia em olhar para trás como se fosse vê-lo ou ter notícias suas.

Do meu loirinho...

De sorriso lindo, mas de um gênio... nossa.

Enquanto caminhava adentrando na cidade, avistei um telefone público. E se…? Quem sabe eu faça uma denúncia anônima, jamais saberiam… assim eu ficaria mais tranquila se ele precisasse de ajuda, quem sabe. Mas não… Mesmo se Alex tivesse em apuros ele saberia que foi eu, só eu estava lá agora pouco. Isso só arrumaria mais problemas. Droga, coração. Tem que entender que o melhor agora é deixar ele em paz. Mas só o que eu queria era ter certeza que ele estava realmente em paz agora...!

 

 

 

 

 

23:45

 

 

 

 

Dianna

 

- Di... Di... – Harry estava murmurando enquanto dormia.

 

Ele está sonhando comigo?!

 

Sorri derretida.

- ...eu estou aqui, meu amor... – Sussurrei bem baixinho ao acariciar seu rostinho.

Ele sorriu de olhos fechados envolvendo seus braços ao meu redor, abraçando-me com firmeza. O abracei de volta encostando minha cabeça na sua.

- Sol...? – Balbuciou sem forças. O certo seria raio de Sol, mas ele estava tão sonolento que balbuciou apenas isso.

- Pode dizer... – Falei, desenhando círculos em sua nuca.

- Por que não dorme...?

- Estou ansiosa... – Respondi com o lábio inferior levemente mordido.

- ...mas para que...? – Olhei para ele.

- Amanhã é o meu aniversário... – Seus olhos brilharam de forma intensa.

Ele beijou a minha testa e me abraçou com força, me deixando colada a ele.

Suspirei.

- Quando eu acordar eu te parabenizo... – Murmurou em meu ouvido, totalmente sonolento.

- Não se preocupe com isso... durma... – Beijei seu pescoço.

- Hmm... repete – Pediu todo manhoso, se encolhendo um pouco.

Lhe dei mais dois beijinhos no pescoço, ele sorriu com o lábio inferior entre os dentes, inteiramente arrepiado.

- ...boa noite... – Ele disse enfiando seu rosto entre as mechas do meu cabelo encostando sua testa em minha nuca.

Sorri fechando os olhos.

 

 

 

                                                                [...]

 

 

 

 

O Sol bateu em meu rosto. Abri os olhos e pisquei, já ciente de que estava sozinha na cama. Harry certamente tinha ido para a sua fisioterapia.

Olhei no relógio de parede, que marcava 11:58 da manhã. Ergui os braços me espreguiçando.

Notei algo em minha cômoda, e instantaneamente sorri. Sorri abertamente.

Saltei da cama, me aproximando do móvel.

Toquei em uma pétala de rosa do buquê que estava sobre a minha cômoda ao lado da porta do banheiro. Enfiado entre as rosas, um pequeno envelope foi deixado.

O peguei e abri-o puxando o cartão de dentro. As minhas mãos tremeram. Tremeram ao me deparar com aquela caligrafia...

 

 

Dentre todas essas 120 rosas, você é a rosa que deixa esse dia mais bonito.

Feliz aniversário...

 

Harry.

 

 

 

 

Fiquei paralisada por um bom tempo, só olhando para o bilhete. Sem acreditar no que lia e muito menos que havia sido ele que me mandou todas aquelas rosas. O buquê era enorme. Enorme.

Saí do quarto com o bilhete em mãos e fui até o quarto dele, certamente ele já havia chegado de sua fisioterapia, entrei em seu quarto sem sequer bater na porta.

- Por que simplesmente não me disse isso antes de sair de casa...? – Questionei-o mostrando o cartão entre meus dedos.

Ele estava deitado na cama.

- Isso o que? – Levantou o olhar para mim – Ah... isso – Pensou por uns segundos.– Isso faz parte da surpresa... – Sorriu de canto, encolhendo os ombros.

- Você pediu para entregarem rosas na sua própria casa? – Disse com a voz terna – Quer dizer – Me recompus – Por que não me entregou você mesmo...?

Eu vi suas bochechas corando.

- Eu já disse, fazia parte da surpresa – Ele se levantou da cama e se aproximou de mim – ...você não gostou...? – Suspirei sorrindo.

- Eu amei! Eu amei tanto... – Ele sorriu deslizando carinhosamente a mão por entre os meus fios de cabelos – Muito obrigada... – Choquei nossos corpos, fazendo-o cambalear para trás o abraçando com toda a minha força, ouvindo seu riso gostoso pertinho do meu ouvido.

Enchi sua bochecha de beijos, quando ele me tirou do chão para girar comigo nos braços rapidamente. Sorri contra a sua bochecha.

- Parabéns, parabéns, parabéns, parabéns! – Ele beijava o meu rosto sem pausas. Sorri mais do que antes – Você sabia que... – Ele disse ao me colocar no chão novamente – Eu encomendei essas flores há dois dias...? – Me derreti no mesmo instante.

- Você lembrou do dia...? – Sussurrei trêmula.

- Como eu poderia não lembrar de uma data tão linda...? – Meus olhos marejaram de amor. De amor!

- Eu não acredito nisso... – Murmurei fungando.

Ele sorriu me abraçando.

- ...não chore, minha sweetie... – Disse em meio ao sorriso.

Respirei fundo antes de voltar a olhar para ele, encontrando seus olhos verdes cristalinos.

Cristalinos!

O mesmo tom de quando ele me olhava com tanto amor...

Sorri abertamente tocando seu rosto com a mão direita.

- Seu sorriso é o mais lindo... – Ele disse encarando a minha boca, também a sorrir – Sabia que ainda não acabou? – Disse em seguida, do nada.

Franzi a testa, sem entender.

- Mais tarde tem mais surpresa... – Sussurrou em meu ouvido.

Me afastei para fitá-lo.

- Como assim?

- Não posso dizer. Para.

- Harry! – Reclamei curiosa.

Ele riu me puxando pela nuca para grudar os lábios em minha testa com um suave beijo.

- Não insista, não vou falar... – Fiz biquinho e ele também, me fazendo sorrir.

- Seu bobo...

- Não faça planos para hoje à noite, ouviu? – Ele disse com um meio sorriso, cutucando as minhas bochechas.

- Mas por que não...?

- Tenho grandes planos para nós hoje.

Olhei para ele com os olhos cheios de esperança.

- Você fez planos...?

Ele assentiu vigorosamente.

- Claro que sim, e...

- Aqui está você! Filha! – Meu pai disse, ao entrar entusiasmadamente no quarto.

- Pai?! – O olhei surpresa. O que ele estava fazendo ali? Ele deveria está trabalhando.

- Vim em casa rapidinho só para te dar um beijo – Me beijou amorosamente – Parabéns, meu amor... – Envolvi meus braços em sua cintura retribuindo o seu abraço.

- Obrigada, pai... – Sorri me acomodando melhor em seu corpo.

- Estou ficando com ciúmes – Meu coração acelerou ao ouvir Harry falar isso.

- Ora, então junte-se a nós – Meu pai disse, o chamando.

Ele se aproximou juntando-se ao abraço, beijando a lateral de minha cabeça, esfregando as minhas costas.

- Cabe mais uma aí...? – Ouvi a voz de Anne.

- Claro que sim, querida, venha! – Meu pai disse e Harry abriu espaço para ela.

Os três me apertaram carinhosamente.

- Filha – Meu pai disse ao partirmos o abraço – Mais tarde iremos todos jantar em qualquer restaurante que escolher – Sorri triste.

- Eu agradeço a intenção, pai, mas... eu não me sentiria bem sem a Elise...

Sua expressão mudou, ficando extremamente triste.

- Tem razão, filha... – Ele suspirou fraco – Bom, eu tenho que ir. Aproveite o seu dia – Acariciou o meu rosto e depois saiu do quarto.

- Parabéns, Anjo. – Disse Anne, novamente me abraçando – Que todos os seus sonhos se transformem em realidade! – Soube de imediato que ela se referia a Harry...

- Obrigada... é tudo que eu mais quero... – Sussurrei-lhe de volta.

Era meu aniversário, eu podia me iludir.

Eu queria ele. Ele de volta. Só ele e mais nada...

- Eu acho que tive uma ideia – Harry disse assim que parti o abraço com Anne.

- Que ideia? – Ele sorriu de canto pegando seu celular na cama e discando algum número.

Olhei para Anne, e a encarei por alguns instantes, confusa com as palavras dele.

Ele se afastou até a varanda, falando com alguém, obviamente buscando alguma privacidade.

- O que ele está aprontando? – Perguntei a Anne.

- Eu juro que não sei

Notei ele voltando para o quarto.

- Toma. Atende. – Ele disse me estendendo o aparelho.

Mirei o celular, perdida, porém, atendi quem quer que fosse.

- Alô?

- Alô? Mana? – Meus olhos marejaram ao ouvir voz de Elise.

- Irmã... – Foi impossível segurar meu choro.

- Hey, parabéns, chorona. – Sorri entre lágrimas – Sinto muito por não está aí com você. Mas desejo que todos os seus sonhos, metas e desafios sejam conquistados hoje. Ou pelo menos a partir hoje... – Funguei a ouvindo – Desde que cheguei ao mundo você sempre esteve ao meu lado, me ajudando, me apoiando. Você é minha irmã, mas por tantas vezes também foi mãe e para sempre será a minha melhor amiga. A minha confidente, a pessoa que me inspira e quem eu mais confio no mundo. Você é muito especial e só tenho a agradecer por tudo que sempre fez por mim e ainda faz... eu te amo... – Levei a mão ao peito, buscando palavras.

- Eu também te amo, obrigada... obrigada... – Harry sorria de forma doce para mim.

- Eu posso te pedir um favor...?

- Claro. Claro – Enxuguei minhas lágrimas com o dorso da mão.

- Você pode visitar o Fred? Saber se ele já tem alguma resposta sobre a minha carta...?

- Posso, eu posso sim...

- Você pode vir ainda hoje?! – Ela parecia tão entusiasmada.

- Eu posso sim – Sorri do seu jeito. Minha irmã ama mesmo esse rapaz.

- Então eu te espero.

- Certo. Até já, mana...

- Até já! – Desliguei entre sorrisos sob o olhar analítico de Harry e Anne.

- E aí?? – Ele perguntou-me.

- Você pode me levar até a delegacia...? – Ergui minha cabeça um pouco, para encontrar o olhar dele.

Ele sorriu.

- Claro, vamos agora.

 

 

 

 

                                                                                 [...]

 

 

 

 

 

Elise

 

 

 

~Flashback ON~

 

 

 

Fred e eu estávamos deitados na cama, já eram altas horas da madrugada.

Sua cabeça estava sobre as minhas pernas, minha mão direita lhe fazia cafunés, mais um pouco e ele dormiria...

- Gatinho...? Eu posso te fazer uma pergunta...? – Perguntei baixinho, meus lábios pressionados contra a sua testa.

Ele assentiu de olhos fechados.

- E perguntas? Várias perguntas? Pode...? – Ele sorriu levemente. 

- Pode perguntar quantas vezes quiser

- Você também está apaixonado...? – Ele assentiu sem nem ao menos abrir os olhos.

Sorri encantada.

- Se não morasse em Londres, em que lugar gostaria de morar?

Ele apenas deu de ombros.

Cerrei os olhos.

- Você pode me responder com palavras?

Ele me olhou por um segundo, e então passou seus braços ao redor da minha cintura, me abraçando.

- Não tenho vontade de morar em nenhum outro lugar... – Rolei os olhos.

- Nenhum lugar...? Nenhum mesmo? – Tentei esclarecer.

Ele concordou com a cabeça vagamente. Suspirei.

- Você tem mais irmãos além da sua irmã Emily...?

Ele negou com a cabeça.

- Fred, palavras, por favor – Eu disse com um meio sorriso e cutucando suas costelas.

Ele riu cheio de cócegas.

- Eu só tenho ela de irmã – Disse ao parar as minhas mãos.

Sorri levemente.

- Tenho certeza que seremos amigas... – Ele sorriu, inclinando seu rosto para cima, me olhando.

- Seria exótica essa mistura, sabia...? – Enruguei a testa. 

- Por que...?

- A minha irmã é muito diferente de você

- Por que diz isso?

- Ela não é mimada. Riquinha. – Cerrei os olhos – Tagarela, extrovertida, maluca, impulsiva, m

- Chega! – Tentei me pronunciar.

- Eu não acabei

- Ah, acabou sim – Subi nele e comecei a lhe fazer cócegas.

Nossa, o que é essa risada...? Perfeita.

- Paa..ara... ai, para! – Mordi sua barriga, com meus dedos ainda movendo-se em suas costelas.

- Não

- Ah é...? – Ele me segurou e começou a fazer cócegas em mim.

- Nãão! Chega! – Tentava empurrá-lo.

- Tá vendo como é bom

- Sai! – Chutei o ‘‘amiguinho’’ dele sem querer.

- Caralho! – Ele caiu da cama e ficou se contorcendo com as mãos sobre seu membro.

- Amor!! – Fui ao chão também, para acudi-lo.

- Que dor...

- Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa – Lhe enchi de selinhos. Muitos. Muitos!

Ele tentou levantar... mas foi uma tentativa falha.

- Na boa, tá doendo mesmo...

- Vem cá... – O ajudei a levantar e o coloquei deitado na cama.

Deitei ao seu lado e puxei-o para os meus braços, o abraçando com cuidado.

Comecei a deslizar minhas unhas por sua nuca e pescoço, ouvindo-o suspirar de satisfação...

- Agora eu vou te encher de carinhos pra te recompensar – Falei, afagando sua nuca.

- ...é o mínimo... – Murmurou baixinho, já visivelmente mole.

- Durma... durma... – Sussurrei, nossos lábios quase se roçando.

Nossos olhos se encontraram de novo ao trocarmos um rápido selinho.

- Boa noite, minha desastrada...

- Boa noite, meu gatinho...

 

 

~Flashback OFF~

 

 

 

Gatinho... o que será que estaríamos fazendo agora...? – Refleti em meio a um sorriso depois de ter essa doce lembrança.

- Querida? – Disse Annette, a enfermeira mais legal da clínica.

- Sim? – Olhei para a porta.

- Tem visitas, querida...

Sorri radiante. Era ela. Era a Dianna. Ela traria notícias!

- Onde ela está? Onde?? – Me tornei eufórica.

- Cheguei! – Minha irmã sorriu abertamente ao entrar no quarto.

Abri os braços e um sorriso, observando-a caminhar em minha direção. A tomei em meus braços no mesmo instante, segurando-a contra mim em um forte e longo abraço.

Por cima de seu ombro vi Harry enxugar a minha lágrima com o dedo e encontrei o seu olhar.

Ele sorriu para mim de forma terna.

- Harry... – Disse ao partir o abraço com a Dianna.

- Baixinha... – Ele me abraçou com carinho. Sorri me acomodando melhor em seu corpo.

- Vamos conversar? – Minha irmã disse em um tom estranho.

Gelei de imediato.

- O que aconteceu? É o Fred? – As minhas pernas já tremiam.

Minha irmã e Harry se entreolharam, até que ela enfiou a mão em sua bolsa puxando de dentro um papel dobrado.

Levei as mãos ao rosto e comecei a chorar, o meu corpo tremia de um jeito que eu pensei que iria quebrar.

Ele respondeu. Meu Deus, ele respondeu!

- Eu acho que você já esperou muito por isso... – Ela disse, me entregando o papel, seus olhos levemente marejados.

Peguei o papel da mão dela já o abrindo para ler.

 

 

Querida Elise,

 

De todas as formas que eu um dia imaginei ser o amor, nenhuma compara-se a essa que sinto agora...

Enquanto escrevo, a minha mente busca as palavras certas para tentar descrever tudo que estou sentindo. Mas a cada nova batida do meu coração, as palavras parecem ultrapassadas, como se o amor que senti a um segundo atrás fosse pouco para o que estou sentindo agora...

Ler cada palavra que você escreveu naquela carta foi como sair dessas grades frias que me cercam e ir parar dentro do teu coração tão aquecido...

A cada frase lida, eu fechava os olhos e respirava fundo. E por um instante, por menor que pudesse ser, eu podia escutar a tua voz doce me falando cada palavra; eu podia sentir o teu aroma enfestando toda a minha cela. Na verdade, que cela? Não sei como você faz, amor, mas você consegue me tirar daqui de dentro, onde quer que você esteja. Definitivamente, você é um pedaço do céu para mim... quando você está aqui, mesmo que por simples palavras escritas com caneta em um papel, eu voo até as nuvens podendo senti-la entre os dedos dos meus pés...

Elise, sei que falei palavras horríveis para você. Eu estava desesperado e só queria tentar te proteger. Quem sabe te afastando de mim, por mais difícil que isso foi, eu pudesse me sentir útil e te proteger? Afinal, o que eu poderia fazer para te proteger se eu estiver trancado aqui dentro? Estou preso entre barras de ferro que me impedem até de te tocar, quanto mais poder cuidar de você...

Eu já estou preso... não precisaria você também ficar presa aqui comigo, meu amor. Já basta um de nós sofrer...

No entanto... diante do que você me escreveu, eu vejo que fiz errado. Muito errado. Eu te causei logo o que mais queria evitar. Sofrimento. Machuquei você. Eu nem sei como pedir desculpas pelas besteiras que fiz. Por favor, meu amor, me desculpe. Sinto estacas no meu peito agora mesmo enquanto te escrevo. Mas, apesar de triste pelas bobagens que escrevi e o quanto te fiz sofrer, estou feliz por ter lido suas lindas palavras na carta. Deus, como é bom poder sentir você perto assim de novo. A única coisa melhor do que dizer que te amo é escutar você dizer que me ama...

Por isso, onde quer que esteja, Elise, saiba que eu amo você. Agora eu já não quero mais desistir de ti. Na verdade, eu nunca quis desistir de você. Fazia apenas porque, tolo, achava que seria o melhor para nós dois. Mas estava completamente enganado. Agora eu quero lutar, quero brigar com tudo e todos para poder te ter de novo. E pode ter certeza, que essas barras, nem a distância, vai poder nos impedir de nos vermos.

De nos termos!

A partir de hoje, amor, não chore mais. Quando tiver se sentindo triste, quando a saudade apertar, feche os olhos e lembre daquela noite que estávamos juntos vendo a lua. Eu abri um buraco no telhado para você naquela noite, e vou abrir outro para que fiquemos juntos. Respire e sinta-me perto de você novamente. Pois eu estarei aí. Pensarei tanto em você, amarei tanto, que sentirá a minha presença aí, e todas as noites um delicado beijo em sua testa e deitarei ao teu lado te protegendo de tudo. E pode ter certeza que não são apenas palavras escritas em um papel, é o meu coração que não me deixa mentir. É o meu coração que está te dizendo isso!

Por favor, me informe tudo que acontecer com você. Qualquer coisa, me deixe fazer parte de sua vida, mesmo que não da forma que gostaria. Ver você, no momento, isso seria impossível, mas acredito que nós podemos vencer isso, meu amor. Nós podemos. Eu que nunca acreditei no amor sei agora que ele pode vencer tudo. É essa coisa louca que nos faz acreditar no impossível se tornar possível desde que o amor toque. E cá entre nós, há muito amor nos tocando agora!

 Te amo muito, pirralhinha,

 

 

Elijah

 

 

 

 

 

Dianna

 

- Eu quero que fique ainda mais linda – Harry disse assim que chegamos em casa.

Sorri levemente corada.

- Você está aprontando...? – Soou mais como uma afirmação.

Ele riu, leve como uma pluma.

- Eu nunca apronto – Foi a minha vez de rir.

Ele inclinou a cabeça, me olhando indignado.

- Estou falando sério!

- E eu estou apenas rindo... – Disse enfiando minha mão direita entre seus cabelos macios – O que devo vestir...?

- Você fica linda em qualquer coisa

- Harry! – Desviei o olhar para o painel do carro.

- Estou falando a verdade, poxa.

Fiquei apenas calada, esperando. Ele logo se deu conta de que teria que falar alguma coisa.

- Tudo bem. Coisa simples... nada muito arrumado. – Respirei fundo e me virei para sair do carro.

Levei meia hora no banho. Queria ficar cheirosa o bastante para a noite que iríamos ter... não que fôssemos ter alguma coisa, mas...

Saí do banheiro e coloquei um vestido leve, mas bonito. Ele era roxo, com uma pequena abertura na perna direita.

Me maquiei o mais natural possível, adorava parecer que não estava maquiada, mas estando. Me olhei no espelho e inclinei a cabeça de lado. Será que eu estava bem o suficiente? Talvez se eu trocasse a roupa...?

Eu estava para ficar louca.

Porém decidi não deixar as minhas duas amigas: nóia e a insegurança, dominarem-me.

Borrifei perfume em meus pulsos e pescoço, calcei as minhas sandálias e ajeitei o cabelo sobre um ombro. Eram 19:30 da noite, e eu já estava pronta.

Caminhei para sair do quarto e foi aí que avistei um papel sobre a minha cama. Minha barriga se contraiu de nervoso.

Me inclinei para pegá-lo e o desdobrei.

 

 

Eu preciso que você saia do quarto agora...

 

 

Suspirei, e caminhei com pressa para abrir a porta e sair.

 

 

E assim que coloquei meus pés para fora, fiquei paralisada no mesmo lugar, pasma.

Soltei um sorriso, em êxtase.

Totalmente em êxtase...

Havia uma trilha feita no chão com potinhos de vidro, e dentro deles velinhas acesas, iluminando todo o caminho que levava até o quarto dele.

Meu corpo tremia ao caminhar até lá... tive medo de não conseguir completar o caminho... de enfartar, quem sabe...?

Ergui minha mão à porta, a empurrando bem devagarinho.

Ele olhou na direção da mesma. Me olhou de cima até embaixo e sorriu, mordendo o lábio inferior.

- Vo-você está muito linda... – Sorri abaixando a cabeça.

- Você tam..bém está muito lindo... – Confessei ainda de cabeça baixa.

Ele se aproximou de mim para cheirar o meu pescoço. Arrepiei-me.

- Como arrumou tudo isso...? – Abri um sorriso maior que o rosto – Como em tão pouco tempo...? – Eu não conseguia parar de sorrir.

- Eu combinei tudo com a minha mãe mais cedo. Ela vai tirar o Ronald de casa até as 23:00. E você demorou tanto no banho que conseguir arrumar tudo sem pressa... – Ergui a mão direita para acariciar seu rosto.

- Como trouxe essa mesa? E sozinho?

- Sabia que a fisioterapia está dando ótimos resultados...? – Ele disse divertido, erguendo a mão para também acariciar a minha bochecha.

- Você é maluco, Styles... – Sussurrei apaixonada por estar diante de tudo aquilo.

Ele decorou o quarto inteiro, todinho! Era um sonho!

Haviam envelopes pendurados por todo o cômodo, uma mesa no centro com comes e bebes, e um suave cheirinho de canela espalhado por todo o quarto.

Almofadas em cima da sua cama, no chão, as janelas estavam abertas, o vento balançava todos os envelopes pendurados.

Comecei a caminhar pelo quarto pegando o primeiro envelope.

 

 

De longe você é linda... De perto, é mais ainda.

 

 

Sorri boba trocando um olhar com ele. Que me olhava encantado e ao mesmo tempo ansioso... caminhei mais um pouco e ergui o braço para pegar outro envelope.

 

 

Alguém te disse que você é especial?
Mas, disseram isso hoje?
Se não disseram, eu estou afirmando agora, com todas as letras:

V-O-C-Ê - É - E-S-P-E-C-I-A-L!!

 

 

Sorri com a língua entre os dentes. Ele soltou um risinho manhoso e derretido.

 

Dei mais alguns passos e alcancei outro envelope.

 

 

D oce menina

              I inacreditável pessoa

                  A quela que me faz sorrir

         N obre ser humano

 N obre garota

                                                               A quela por quem suspiro todas as noites ao descansar em minha cama.

 

 

O olhei com o coração batendo em minha garganta. Meus olhos marejados não me deixavam mentir o quanto eu estava emocionada.

Limpei o nariz com as costas da mão ao fechar meus olhos. Tentando me acalmar... eu estava tremendo muito. Muito...

 

 

Caminhei novamente e ergui o braço pegando mais um.

 

 

Abra o próximo envelope.

 

 

Peguei o próximo e o abri.

 

 

Você acreditaria se eu dissesse que meu coração acelera só de ouvir o seu nome...?

Por que quando a vejo o meu coração acelera...?
Por que ele não bate normalmente como bate com todas as outras pessoas?
Por que sinto prazer em ouvir a sua voz?
Por que o seu beijo em minha bochecha é tão doce?
Por que ele não pode ser comum como os das outras pessoas...?

 

 

Não pude deixar de sorrir e de me sentir completamente derretida com aquilo. Sorri para ele, extasiada... e tremendo mais do que antes, dei mais três passos para frente e peguei o último envelope.

 

 

Eu sinceramente não sei o que te dar de presente. Não sei mesmo. Lembro pouco dos seus gostos, e o pouco que sei, não iria me ajudar. Você não liga para o que é material, Di... e foi exatamente por isso que organizei, que aprontei tudo isso aqui....

Sei lá, hoje o dia está um pouco estranho, você não acha?

Alguma coisa está acontecendo... olhei para o céu, cadê as estrelas?

O sol sumiu

A lua partiu

Sumiram todas as rosas dos jardins

Sumiram até os peixes do mar

O vento deve estar soprando em outro lugar...

Em busca de ajuda

Procurei os anjinhos, e nem eles consegui encontrar

Quando de repente um deles, eu vi tentando escapar

Não hesitei e fui logo perguntando:

Mas o que está acontecendo?

Ele, mesmo que apressado, respondeu o meu chamado

Jovem rapaz, você não tem com o que se preocupar

Todos saíram para comemorar

O aniversário da pessoa mais linda desse lugar!

Doce Dianna,

Hoje é o seu dia. Seu dia de comemorar e agradecer a Deus por mais um ano de sua existência na Terra. O que eu mais desejo, é a sua felicidade.

Você é a flor que nasceu em meu jardim... suas raízes se fixaram em mim para sempre.

 

Harry

 

 

Eu procurava em minha mente alguma chance daquilo estar realmente acontecendo. Não era sonho? Era??

Não conseguia me mexer, eu só tremia. Senti lágrimas brotando em meus olhos, Harry deu alguns passos até a mim, me abraçando.

- Você gostou...? – Sussurrou próximo ao meu ouvido, esfregando as minhas costas suavemente.

Assenti soltando um suspiro em seu pescoço.

Eu tentava falar, mas não saía nada, eu ainda chorava muito. Emocionada!

- Olha pra mim... – Pediu de forma doce, esfregando suas palmas em meus braços.

Ergui o rosto me perdendo em seus amorosos e doces olhos...

- Você está chorando de felicidade, não é? – Ele sorriu nervoso, mordendo o lábio inferior. Havia uma leve preocupação em seu tom de voz.

- S-im... eu... eu – Parei de falar entre um suspiro.

Ele sorriu de canto, todo bobo, e beijou meu pescoço, e ombro.

- Não precisa falar nada, pequena... – Sorriu corando levemente as bochechas, limpando com calma as minhas lágrimas.

- Claro que precisa... – Eu disse, de olhos fechados – Isso foi, foi – Gaguejei na hora de pronunciar as palavras. Abri os olhos. Ele sorria me olhando – Isso foi perfeito... – Suspirei calma – Muito, muito obrigada... – Ergui a mão e segurei em sua nuca.

Ele abriu um sorriso, soltando um risinho envergonhado. Beijou minha testa com carinho e me abraçou de novo me deixando esconder o rosto na curva de seu pescoço.

- Eu te amo... – Levei a mão ao seu rosto para acariciar sua bochecha e o vi fechar os olhos deitando a cabeça em minha palma ao mesmo tempo em que sorriu com as minhas palavras.

Soltei tais palavras sem conseguir me segurar.

- Repete... – Disse, sorrindo.

Me arrepiei levemente com o tom suave de sua voz.

- Eu te amo... – Ele sorriu mais ainda, e me abraçou de forma tão apertada, me impedindo de erguer a cabeça para admirá-lo...

Ouvi-o fungando baixinho em meu pescoço.

- Bebê...? – Me afastei para olhá-lo.

Ele fungou um pouco, abrindo um sorriso logo depois.

- ...eu fiquei emocionado, me desculpa... – Choramingou limpando os olhos com as pontas dos dedos.

Sorri acariciando seu rosto, de leve. Beijei sua clavícula, e cheirei seu pescoço... ele suspirou manhoso...

Ergui um pouco a cabeça... ficamos longos segundos nos olhando... eu apenas acariciando o seu rosto e ele a minha cintura...

- ...eu sei que tudo isso já foi perfeito e muito mais do que eu merecia, mas... – Enrolei uma mecha de seu cabelo ao redor do meu dedo indicador – Eu posso te pedir uma coisa de aniversário...? – Questionei-o, ainda o fitando com amor...

- ...pode... – Ele me olhava da mesma forma.

- ...me beija...?

As bochechas dele se avermelharam na mesma hora. 

 


Notas Finais


Só eu que senti a alta declaração de amor do Harry para a DiANNA?
Me digam o que acharam do capítulo e até o próximo ❤️


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