1. Spirit Fanfics >
  2. I Can Change For You >
  3. Just Doesn't Seem Right

História I Can Change For You - Just Doesn't Seem Right


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


💠💠Título do capítulo: Apenas não parece certo.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 19 - Just Doesn't Seem Right


Fanfic / Fanfiction I Can Change For You - Just Doesn't Seem Right

 

Minha cabeça não raciocinava direito. Era tudo ao mesmo tempo. O medo de machucá-lo, o meu sentimento pelo Harry, o medo de me machucar, era tudo junto ao mesmo tempo rodando dentro da minha cabeça. Assenti com a cabeça por um impulso involuntário. Eu realmente não sei por que disse sim ao Zayn.

 

 

 

Dianna

 

Zayn sorriu e ajeitou-se na cadeira aproximando-se de mim. Sua mão deslizou pelo meu cabelo solto, acariciando-me. Seus olhos castanhos me olhavam com ternura e transpareciam tranquilidade. Desencostei minhas costas da poltrona e também me aproximei dele lentamente. Ele tocou levemente minha bochecha e meu queixo. Sorri envergonhada e ele sorriu de lado colocando sua outra mão em minha nuca. Harry parecia extremamente desconfortável, afinal, estava bastante inquieto na poltrona ao lado. Zayn inclinou-se para mais perto de mim e fechou os olhos aproximando os nossos lábios. Antes que eu pensasse em fechar meus olhos, Harry deu uma cotovelada forte nas minhas costas.

 

Que bruto!

 

- Ai! – Exclamei – O que foi, Harry? – Perguntei em estresse.

- Procurem um motel!! – Ele disse furioso.

- O que é isso? Ciumento agora? – Debochei evitando um sorriso.

- Se enxerga, garota! Isso aqui é um cinema e não um motel! Vocês podem fazer esse showzinho em outro lugar! – Revirei os olhos e quando olhei para Zayn novamente, ele me olhava com a expressão entediada, no entanto sorriu para mim. Àquela altura Harry havia conseguido o que queria. O clima foi totalmente quebrado.

- Ele é muito sem noção, você não acha? – Louis me perguntou, rindo. Sorri para Louis e concordei. Mas no fundo, eu até gostei não ter beijado o Zayn. As consequências disso seriam desastrosas.

- Até que enfim! – Harry resmungou assim que os créditos do filme começaram a subir na tela do cinema.

- Eu adorei! – Louis exclamou animado e Harry sorriu sem mostrar os dentes para ele.

- Vocês estão com fome? – Zayn perguntou animado, coitado, sendo fuzilado por Harry imediatamente.

- Eu estou cansada... – Disse, já para cortar qualquer desconforto que fosse ocorrer entre os dois.

- Ótimo! Porque nós já estamos indo embora! – Harry me pegou pelo braço com força.

- Solta ela!! – Zayn irritou-se e partiu para cima de Harry, que respondeu o peitando por igual. 

- Meninos, não! Pelo amor de Deus! Nós estamos em um local público, por favor! – Pedi nervosa.

- Foi ele que começou! – Harry encarou Zayn com fúria.

- Não interessa, os dois parem, agora! – Fui firme e Harry saiu andando dando as costas para todos nós. – Harry! – Chamei-o, mas ele nem deu importância.

- Di, não – Zayn segurou o meu ombro – É isso que ele quer, que você vá atrás dele, não faz isso – Ele disse em tom calmo, porém irritado.

- Zayn. Não era pra você ter puxado ‘’briga’’ – Passei a mão pelo meu rosto, inquieta.

- Dianna, eu só estava te defendendo, ele estava te machucando – Ele pareceu indignado comigo.

- Não estava... – Suspirei e ele soltou um sorriso sarcástico.

- Dianna, você não pode deixar esse amor seu pelo Styles te cegar, isso é idiotice!! – Ele praticamente gritou e olhou para algo atrás de mim, em choque. Virei-me lentamente e Harry estava parado, encarando-me, aparentemente em choque também.

- Ha-Harry... – Sussurrei e ele nem piscou, ele permaneceu me olhando.

- Tempo fechou. Altas revelações... – Louis disse e mordeu os lábios, fechando-os.

- Só voltei para te pegar, anda, vamos – Harry disse e sua voz soou falha e mansa, até demais!

Virei-me para Zayn em câmera lenta e o mesmo me olhava com pânico. Abracei-o e ele sussurrou em meu ouvido:

- Desculpa ter falado isso. Eu acho que ele ouviu – Apertei meus olhos, angustiada, pois eu também achava que ele tinha ouvido. Harry ficou muito estranho e manso, do nada, e foi logo depois do que Zayn havia dito.

- Eu te ligo – Zayn disse e desfizemos o nosso abraço. 

- Tchau, fofuxo – Abracei Louis e ele apertou-me forte.

- Tchau pra vocês – Harry falou em tom desanimado dirigindo-se a Zayn e Louis, e virou-se andando na minha frente. Eu apenas o segui com o coração na mão.

Eu estava MUITO nervosa com a possibilidade de ele ter ouvido Zayn dizer que estou apaixonada por ele. O que iria ser dali pra frente se ele tivesse ouvido? Como eu iria agir perto dele? O que ele teria pensado?

Assim que cheguei ao carro, Harry já estava sentado no banco do motorista com a porta aberta e visivelmente pensativo. Ele estava com o banco meio deitado com a sua cabeça encostada nele encarando o teto do carro. Abri a porta, prendendo a respiração e sentei no banco totalmente imóvel e em silêncio. Ele ajeitou o banco – sem me olhar em nenhum momento – e depois girou a chave do carro ligando-o. Chegamos em casa e ainda estávamos em profundo silêncio. Eu não entendia aquele comportamento dele porém subtendi que ainda fosse ciúme do Zayn. Agora por que isso? Se foi ele que disse que seriamos apenas ‘’irmãos’’? Por que isso agora?

Ele entrou com o carro na garagem e a noite estava muito, muito fria. Ele desligou o carro e ficou sentado, pensativo.

- Harry, está muito frio, você quer que eu desça e traga um casaco para você? – Perguntei conscientemente, apesar de estar também sem nada que me agasalhasse.

- Me deixa sozinho, Dianna – Ele pediu encarando o volante.

- Harry, o que houve? – Perguntei em tom baixo, quase sussurrando.

- Me deixa, por favor... – Ele pediu e havia angustia em seu tom de voz.

- Tudo bem – Virei-me e abri a porta lentamente.

Desci do carro e corri para dentro de casa para que não pegasse tanto ar frio. Entrei em casa e sentei no sofá totalmente confusa e preocupada com Harry. Por que ele está desse jeito?

Levantei e caminhei até a janela da sala de estar que dava para a garagem. Olhei com cuidado para que Harry não me visse, e vi que ele estava do lado de fora do carro andando de um lado para o outro com as mãos na cabeça. Balancei a cabeça negativamente. Ele iria ficar doente se continuasse naquele frio congelante sem agasalho nenhum. Corri até a garagem para chamá-lo.

- Harry!! O que você está fazendo, garoto? – Questionei-o indignada.

Ele continuou andando de um lado para o outro como se eu não estivesse ali, e muito menos falando com ele. Ele simplesmente me ignorou.

 - HARRY!!! – Gritei mais firme e ele enfim me olhou.

- Eu disse pra você me deixar, garota!!

 Ele estava irritado.

- Harry, sai daí. Você vai ficar doente, seu inconsequente! – Pedi, angustiada.

- Que fique – Ele deitou-se no chão, que estava lotado de neve. Desesperei-me.

Abri a porta e saí rapidamente indo de encontro a ele. Ele me olhou surpreso e fechou a cara em seguida.

- Entra, garota! Você vai ficar doente! – A voz dele soou autoritária.

- Ah... então você sabe que se ficar aqui fora nesse frio vai adoecer, não é, Harry? – Perguntei em tom irritado.

- Dianna, entra em casa, agora! - Ele estava visivelmente controlando sua raiva.

- Entra você! O que você quer, Harry? Morrer nesse frio congelante sem agasalhos? Você ficou louco? – Perguntei.

- Dianna, ME DEIXA!! Eu só preciso pensar em algumas coisas, sai daqui!! – Ele massageou suas têmporas, impaciente.

- E não serve pensar dentro de casa? No seu quarto? Ou na sala? – Arqueei a sobrancelha sendo irônica.

- Não!! Porque dentro de casa tem você – Ele me encarou sério – E eu quero ficar sozinho! Sozinho , Dianna! – Ele fora direto me encarando com ira.

- E qual o problema comigo, Harry? – Perguntei olhando-o nos olhos.

- EU PRECISO FICAR LONGE DE VOCÊ!!! – Gritou – Me deixa em paz, me deixa em paz!!

- Eu só vou entrar quando você também entrar, Styles! – Desafiei-o e meus lábios já estavam dormentes e trêmulos. Estava MUITO frio. 

Ele pegou-me pelo braço e me levou até dentro de casa, jogou-me na sala e pegou rapidamente a chave da porta trancando a porta por fora. Desesperei-me novamente. O que esse garoto queria? Morrer congelado?

Bati na porta milhares de vezes para que Harry abrisse e ele não abriu. Ele trancou a porta e voltou a deitar-se no chão. Eu estava com muito medo que ele tivesse um ‘’ataque de hipotermia’’. Eu o amo, caramba!

Longos minutos se passaram e eu estava sentada no chão da sala, escorada na porta apenas vigiando-o deitado olhando o céu estrelado. Eu não sei como ele estava conseguindo aguentar o frio e eu o meu sono. A exaustão estava tomando conta de mim, os meus olhos fechavam-se a todo segundo, porém eu estava disposta a ficar acordada, o tempo que fosse apenas o vigiando para certificar-me de que ainda estava tudo bem com ele. Senti meu corpo perder suas forças e meus olhos arderem em fogo, sem que eu relutasse mais um segundo, pois não haviam mais forças, adormeci no chão frio da sala de estar.

 

 

                                                                               [...]

 

 

 

Acordei aflita e ofegante. Algo em meu sonho havia me assustado – e muito – porém eu não conseguia lembrar o que era. Percebi que estava no meu quarto, e ainda vestindo a mesma roupa que tinha ido ao cinema na noite anterior. Como eu vim parar aqui? Eu dormir na sala! Foram muitas perguntas que passavam na minha cabeça naquele momento. Lembrei que estava na sala vigiando Harry antes de apagar e a minha preocupação com ele voltou. Será que foi ele que me trouxe pra cá? Será que ele está bem?? Corri para o banheiro e joguei uma água no rosto, escovei meus dentes rapidamente e praticamente voei para o quarto dele na esperança de encontrá-lo no quarto – bem e vivo – e não na garagem da nossa casa completamente congelado. Bati na porta do quarto dele, insistentemente, e a falta de resposta dele me deixou ainda mais preocupada. Resolvi entrar no seu quarto sem perder mais tempo. Entrei e ele estava jogado de bruços na cama. Aparentemente dormindo. Meu Deus, ele morreu?! Ele estava imóvel e eu não conseguia ver o seu peito subindo e descendo indicando que ele tivesse respirando. Corri para perto dele desesperada para checar sua respiração mais de perto e o cheiro forte de álcool no hálito dele havia denunciado que ele tinha bebido, e muito, na noite anterior. Então ele saiu? Afastei os cabelos que estavam cobrindo todo o seu rosto e senti que ele estava queimando em febre.

- Harry? Harry? – Batia com cuidado no rosto dele, tentando despertá-lo.

- HM! – Ele resmungou, porém não havia acordado totalmente.

- Harry, acorda, você está queimando!

 Eu fiquei super nervosa com o estado dele. Ele estava muito pálido – mais que o normal – seu nariz e bochechas estavam muito avermelhados e sua respiração falhada.

- O... que... você... quer...? – Ele sussurrou com dificuldade e segurou sua cabeça com a expressão de dor.

- Eu vou trazer um remédio pra você! – Exclamei e saí do quarto correndo literalmente.

Corri até o meu quarto a vasculhei em todas as gavetas do meu criado mudo atrás de um remédio para dor de cabeça e não estava encontrando, nessas horas ninguém encontra nada, nada! Corri até o meu guarda-roupas e abri também todas as gavetas e não encontrei absolutamente nada. Droga! Droga! Lembrei que guardava os remédios no box do espelho do banheiro onde ficava a escova de dente e outras coisas de higiene. Peguei o remédio e corri para o quarto de Harry. Abri a porta do quarto dele e encontrei o mesmo contorcendo-se de dor na cama.

- Calma, bebê, está aqui o remédio – Ajoelhei-me ao lado dele e lhe entreguei o remédio. Ele segurava sua cabeça com as mãos e apertava os olhos em agonia – Abre a boca, Harry – Pedi e ele moveu apenas a sua boca, abrindo-a. Levei o comprimido até a boca dele e virei com cuidado o copo de água em sua boca. Ele tomou o comprimido e encolheu-se na cama ainda com as mãos na cabeça. - Tá muito forte? – Perguntei fazendo carinho do seu braço encarando-o preocupada.

- Tá doendo muito – Os olhos dele lagrimejavam. Ele não os abria em nenhum momento.

- Vai passar, eu prometo...

Chequei sua febre mais uma vez e ela só parecia aumentar mais e mais. Corri para o meu quarto novamente e procurei algum remédio que servisse para resfriado, gripe ou virose. Achei e voltei rapidamente para o quarto dele.

- Toma isso – Coloquei o remédio na boca dele e em seguida dei mais água.

- O meu corpo dói também – Ele sussurrou e tentou abrir os olhos. Ele abriu e fechou no mesmo instante.

- Você está gripado, Harry, eu disse que você ia ficar doente, eu disse! – Disse nervosa.

- Para de brigar comigo... – Ele choramingou e se encolheu mais na cama.

- Desculpa, desculpa é que tô muito nervosa por te ver assim – Falei e o abracei de lado.

Ele choramingava, gemendo baixinho.

Que manhoso, senhor. Não é à toa que somos o sexo forte...

– Você quer cafuné...? – Perguntei e ele assentiu com a cabeça.

Coloquei minhas mãos cuidadosamente em seus cabelos e deslizei lentamente para que não doesse ainda mais. Ele foi soltando as mãos de sua cabeça lentamente até retirá-las completamente... passaram-se alguns minutos e ele já estava dormindo.

Respirei aliviada.

Ao menos assim ele não estava sentindo dor.

Quando ele fica de ressaca, sempre acorda com uma dor de cabeça gigante. Não sei por que ele ainda bebia tanto daquele jeito.

 

 

 

Harry

 

Acordei sentindo um arrepio subir pela minha espinha. Era a Dianna me fazendo cafunés. Eu adoro quando ela me faz carinhos. Eu fico sem forças, me desarmo.

A minha cabeça ainda doía um pouco, mas nada comparado a dor insuportável que eu estava sentindo anteriormente.

- Oi... – Ela sorriu ao me ver acordar.

- Oi... – Sorri de lado para ela. Droga, o sorriso dela me derrete todo...

-  Está com fome, Styles? Você dormiu muito e já passa da hora do almoço.

- Que horas são? – Perguntei olhando ao redor.

- São 14h00 – Ela olhou no visor do celular.

- Caramba! – Exclamei levantando-me da cama e indo até o guarda-roupa pegar uma roupa para sairmos – Vai se arrumar, vamos comer por aí – Falei ainda caçando alguma roupa.

- Harry, você está doente... Você tem que ficar na cama...

- Eu tô ótimo... – Falei e senti o meu corpo cambalear para trás. É, eu não estava tão ótimo assim...

- Harry, para de ser teimoso... Você vai ficar aqui... deitado... e eu vou fazer alguma coisa pra gente comer... – Ela soou calma, porém autoritária.

- Ta bem – Rolei os olhos.

- Isso... – Ela sorriu satisfeita e eu mordi meu lábio inferior involuntariamente ao vê-la sorri novamente. Eu estava EXPLODINDO de vontade de beijá-la.

- Vou tomar um banho – Desviei o olhar dela saindo apressadamente para o banheiro, tive medo de não resistir e fazer besteira.

Maldita hora que eu me abri para a Dianna. Maldita hora que nos envolvemos e nos entregamos aquele beijo. Eu não conseguia parar de pensar e desejar o beijo dela... Aquele beijo mexeu tanto comigo, que eu só queria a Dianna mais e mais. Quando eu toquei a boca dela... quando eu senti como é tão gostoso beijá-la... quando eu senti o que o toque dela faz com o meu corpo... é claro que eu desejaria isso o tempo todo para mim! Eu não podia!

Mas eu não penso em outra coisa.

Devo ter ficado uns dez minutos no banho só refletindo sobre tudo que aconteceu e tudo que teria que fazer... E então eu cheguei a uma conclusão que eu não gostei nada, mas que seria a única solução.

 

 

                                                                                       [...]

 

 

 

- O almoço já está pronto – Ela disse animada assim que entrei na cozinha.

- Hm, tá – Respondi sem lhe dá importância, e sem olhá-la. Comecei a servir o meu prato e fiz tudo muito rápido. Eu não queria ficar perto dela, eu não podia ficar.

Fiz meu prato e fui sentar no sofá.

- Sério que vai me deixar almoçar sozinha mesmo? – Ela perguntou calma porém havia irritação no seu tom de voz.

- Sim – Respondi rápido.

- Harry, o que houve?

- Dianna, me deixa! – Revirei os olhos, eu estava impaciente.

- Tudo bem... – Ela disse e voltou para a cozinha. Meu peito apertou por deixá-la comer sozinha, porém eu tinha que fazer isso. Eu tinha que afastá-la de mim. Ali mais do que nunca eu queria que ela me odiasse, me odiasse muito. Eu comia engolindo tudo junto ao choro que vinha a minha garganta... eu queria estar lá, na cozinha com ela, no entanto eu não podia...

Terminei de comer e fui até a cozinha deixar o meu prato na pia, ela estava lavando a louça e quando fui deixar meu prato na pia ela afastou-se de mim bruscamente. Ouvi ela fungando. Ela estava chorando. Droga, seu idiota! Você fez ela chorar de novo! Meu coração me sufocou por dentro e a única reação que eu tive foi me aproximar dela.

- Dianna, você está chorando?

- Sai daqui, Harry... Deixa o seu prato aí que eu lavo, tá bem – Ela estava de costas para mim.

- Ei... – Me aproximei dela e tentei virá-la para mim, mas ela deu um passo para frente.

- Me deixa!

- É isso que você quer? – Perguntei.

- Não, Harry... não é isso que eu quero... É isso que você quer...

- Dianna, não faz isso comigo... – Pedi totalmente desarmado já. Vê-la chorar acaba comigo.

- Sai, Harry... – Ela pediu novamente.

- Não chora, pequena... – A abracei forte e ela me abraçou mais forte ainda. Aquela foi a primeira vez que eu a chamei de pequena.

Eu estava em um misto de emoções. Preocupado com ela. Feliz por estar abraçando-a. Confuso sem saber por que ela chorava. Angustiado por não poder fazer nada para que ela não chorasse mais. Ela chorava, encharcando toda a minha camisa com um rio de lágrimas.

- Pequena, porque você está chorando?

Ela me olhou.

- E-eu não sei, Harry... – Senti seus dedos apertarem minha camisa com força.

- Vem cá... – A peguei no colo e ele enterrou sua cabeça na curva do meu pescoço, aquilo fez o meu coração derreter aos pouquinhos... Caminhei com ela até o sofá e a sentei com cuidado. Me agachei a sua frente e ela inclinou a cabeça me olhando. Ficamos assim por alguns segundos.

- Quer me contar por que você está assim? Por que eu não acredito que você não saiba por que está chorando... – Falei, em tom calmo a olhando nos olhos.

- Eu também não acredito que você não saiba , Harry... – Ficamos nos olhando por mais alguns minutos.

- Você tá dizendo que tá chorando por causa de mim, é isso? – Sussurrei e ela abaixou a cabeça em silêncio. - Olha pra mim... – Sussurrei levantando a cabeça dela.

- Harry...

- Olha, Dianna – Fui mais firme dessa vez. Ela levantou o olhar e me olhou nos olhos. - Você tá chorando por mim? – Perguntei, sem desviar o olhar do dela. Ela apertou os olhos e balançou a cabeça positivamente. Um nó subiu na minha garganta, tive que engoli o choro – Foi por que te deixei almoçar sozinha? – Continuei perguntando. Ela dessa vez demorou a responder mas balançou a cabeça positivamente outra vez. - Me desculpa? – Ela só assentiu de novo.

Eu então a abracei forte fechando os meus olhos. Como era bom abraçá-la... O abraço dela é tão gostoso e aconchegante...

- Harry... – Ela sussurrou próximo ao meu ouvido. Afastei-me dela, olhando-a nos olhos.

- O que? – Perguntei calmamente.

- Eu posso te dá um beijo? – Ela perguntou. Senti o meu rosto esquentar.

- C-como assim, Dianna? – Gaguejei.

Ela deu um sorriso torto.

- Na bochecha, Styles... – Disse limpando suas lágrimas enquanto sorria um pouco.

- Sim... – Soltei o ar levemente.

Ela então aproximou-se e passou a mão em meu rosto me fazendo um carinho. Fechei meus olhos me controlando completamente. Meu coração dava murros em meu peito. Aquilo me deixou louco, e ela olhava fixamente em meus olhos.

Eu estava quase a beijando quando percebi que seria um erro – de novo – juntei forças de algum lugar desconhecido e me afastei.

- Eu, eu, eu vou pro meu quarto – Falei.

Saí às pressas da sala tentando controlar os meus batimentos cardíacos que naquele momento deveriam estar a ponto de me provocar um infarto fulminante. Fui para o meu quarto e depois tomei um banho bem gelado. Deitei na cama e fechei meus olhos tentando não pensar nela, mas isso foi impossível. Como pude quase beijar a Dianna de novo? Levei uma mão aos meus cabelos. A minha cabeça estava a mil e tudo que eu queria era sumir.

 

 

                                                                                      [...]

 

 

 

Já eram 19:40 da noite quando a Dianna bateu na porta do meu quarto, acordando-me.

- Pode entrar – Esfreguei os olhos sonolento.

Ela entrou no quarto com um prato nas mãos e nele havia três pedaços de pizza.

Estremeci ao olhá-la novamente, mas soube disfarçar muito bem isso. Encarei-a sério e fiquei esperando ela dizer alguma coisa.

- Trouxe pra você - Ela disse vindo em direção a cama.

Sentei-me na cama e ela então sentou na cama estendendo o prato de pizza para mim.

- Não estou com fome – Disse, mas ao me deparar com o seu olhar preocupado e totalmente doce, fui obrigado a pegar o prato de suas mãos.

- Ainda bem... você não saiu daqui desde... – Ela parou a frase, e eu a olhei trêmulo – Desde que subiu... Você precisa comer algo, bebê – Ela disse e eu senti meu coração derreter. Eu não sei explicar o que sinto quando ela me chama de bebê... Eu, eu simplesmente adoro quando ela chama...

- Tá... valeu – Cedi pegando a fatia de pizza e levando até a minha boca

- Você está bem?  – Ela perguntou tirando a minha atenção da pizza.

- Tô – Respondi ainda mastigando.

- Tem certeza? – Ela soou confusa.

- Claro. Por que não estaria? – A encarei tão confuso quanto ela.

- É que... – Ela encarou o chão.

- É que o que, Dianna? – Fui direto.

- Você fugiu de mim naquela hora..? – Ela perguntou, me fazendo engasgar com o pedaço de pizza.

- O-o que? – Perguntei assim que consegui parar de tossir.

- Você não deixou que eu beijasse a sua bochecha... Por que subiu daquele jeito...? – Perguntou-me. Senti as minhas bochechas fritarem.

- Bom... É que... Dianna, você sabe que... bom... é que... – Gaguejei e tentei responder de mil formas possíveis.

- V-vamos deixar isso pra lá, não é?! – Ela gaguejou estendendo a mão para pegar o prato.

- Isso!! – Sorri fraco e respirei aliviado entregando o prato a ela. Ela sorriu de lado e saiu do quarto.

 

Meu Deus do céu...

 

Escorreguei meu corpo lentamente até deitar na cama e fiquei perdido em meus pensamentos. Meu celular começou a tocar. Peguei-o e não reconheci o número. Eu não ia atender, mas a pessoa insistiu tanto que acabei atendendo na quinta vez.

‘’Alô?’’

‘’Oi, amor!’’

‘’Alisson?’’ – Enruguei a testa.

‘’Sou eu, amor’’

‘’Amor? Nós não temos mais nada, Alisson, esqueceu que eu terminei com você?’’ – Perguntei ríspido.

‘’Eu pensei que tivesse sido só a nossa primeira briguinha amorosa’’ – Ela disse quase gemendo. Que cinismo!

‘’ALISSON O QUE VOCÊ QUER?!’’

‘’Você’’

‘’Era só isso? Tchau!’’

‘’Espe...’’ – Desliguei a ligação sem nem a escutar.

 

- Era a Alisson... sua namorada? – Perguntou a Dianna e eu senti um arrepio subir pela minha espinha. Senti meus olhos quase saltando da orbita enquanto meu coração errou uma batida - Eu ouvi os gritos...

- Droga, Dianna, que susto!! – Levei a mão ao peito.

- Desculpa, desculpa – Ela desculpou-se de olhos fechados.

- Só pra constar, Ex namorada – Corrigi.

- Ex de verdade? – Ela perguntou franzindo o cenho para mim.

- Sim, mas o que isso te interessa? – Encarei ela.

- Ai seu grosso, eu só fiz uma pergunta.

- Desculpa, é que a Alisson me tira do sério – Escorreguei a mão pelos cabelos, inquieto.

- Tem certeza que está bem com tudo isso? Com o fim de vocês... – Ela se aproximou e sentou-se na cama.

- Claro que estou. Foi eu que terminei. E além do mais não tinha sentido eu namorar com ela gostando de outra... – Encarei-a por alguns segundos.

Ela ficou visivelmente surpresa. Ela ficou boquiaberta, literalmente, com o que eu disse. Evitei encarar os seus lábios entreabertos. Eles totalmente fechados conseguem me deixar louco, imagina eles abertos?

 - V-você... gosta de outra? – Ela disse numa voz trêmula.

- S-s-im... – Sussurrei delicadamente. Ela sorriu surpresa e suavemente fascinada com o que eu havia dito. Até pareceu que ela sabia que era ela. Meu coração disparou tanto que doeu – Eu sinto por isso... – Ela disse.

- Pelo que? – Arqueei a sobrancelha dando a entender que ela prosseguisse.

- Por tudo. Você deve se sentir chateado... Por não está com quem você ama...

- Eu estou bem – Menti, abaixando a cabeça.

- É, é, é, é – Ela falou tudo de uma vez fazendo com que eu risse – É, é melhor eu ir indo, né – Ela disse levantando-se da cama e tropeçando no meu lençol em seguida.

- Cuidado! – Em uma fração de segundos eu me levantei e segurei ela.

Com o impacto do meu puxão acabamos caindo sobre a cama.

Nossas respirações se tornaram ofegantes e eu comecei a tremer ao vê-la sobre mim com sua boca tão perto da minha.

Quando senti que não aguentaria mais, de repente, seus dedos puxaram meu rosto e ela me beijou vagarozamente. Fechei meus olhos correspondendo ao beijo deixando o meu coração falar por mim... 

Nossas línguas dançavam em nossas bocas me causando arrepios pelo corpo...

Ela subiu suas mãos ao meu rosto me acariciando e as minhas estavam em sua cintura...

Ofeguei durante o beijo, mas de maneira nenhuma o parei. Eu amava a sensação e o sabor do beijo dela... era sem dúvida a coisa mais gostosa desse mundo. Eu estava totalmente entregue...

A minha Dianna havia me beijado novamente.


Notas Finais


Olá amores, gostaram?
Me digam nos comentários e até o próximo capítulo ❤️

→❤️❤️❤️ Música tema do casal Darry: https://m.youtube.com/watch?v=unTus4ukPB0

→Tradução: https://www.letras.mus.br/one-direction/they-dont-know-about-us/traducao.html


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...