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História I Can't Even - 11. The Call


Escrita por: baedamagcon

Notas do Autor


OLÁ!
Eu queria pedir perdão pela demora, comecei a escrever esse capítulo ainda no ano passado mas a criatividade me deixou na mão e levei dias pra finaliza-lo.
Espero que gostem e irei tentar aproveitar da criatividade enquanto ela ainda está por aqui.
Queria agradecer por todos os comentários e favoritos, vocês são demais!
É isso, boa leitura sweethearts! <3

Capítulo 11 - 11. The Call


"Eu sou um tolo

Esperando por você?

[...]

E se nunca soubermos

Por que os corações nos enganam?"

Zayn — Insomnia

 

Capítulo onze  — The Call.

Point of view — Lua Espinosa.

 

Rotina. Essa palavra definia minha vida.

Depois que Matthew felizmente voltou para casa — o que já fazia cinco dias —, minha vida se resumia em ir para a escola, voltar para casa e ficar de olho nele. Não que eu achasse ruim, porque adorava ficar em casa, mas Matt não queria minha ajuda e quando eu ajudava em algo ele ficava irritado.

A semana toda o clima estava frio. Lá fora chovia, então a chuva cessava por alguns minutos para voltar depois.

Eu não ficava muito no meu quarto. Matthew escolheu ficar na sala quando voltou do hospital, embora sua cama fosse com certeza muito mais confortável que o sofá. Como tinha a função de ajuda-lo, eu ficava na sala com ele.

Com o canto dos olhos, vi Matthew se esticando para pegar o controle da TV na mesa de centro da sala. Antes que ele chegasse ao menos perto me levantei, peguei o controle e deixei nas mãos dele.

— Dá pra parar? — questionou ele, enquanto eu voltava a me sentar no outro sofá.

— Com o quê? — ele me olhou com uma expressão que dizia “Quer mesmo que eu diga?”.

— Tudo que eu tento fazer, ou você não deixa ou então o papai ou a mamãe interferem, eu não aguento mais.

— Acho que você é o único que ainda não percebeu, mas vou refrescar sua mente. — encarei ele enquanto falava. — Você sofreu um acidente, está com a perna engessada e o médico disse que você teria de ficar de repouso.

— Eu sei, eu sei, mas eu não aguento mais. Eu só queria poder levantar, ir até a cozinha e pegar meu próprio cereal, subir as escadas e descer sem problemas. Não fui feito para ficar sentado num sofá. — sua fala ficou cansada. Ele estava cansado.

Eu sabia a dor que ele sentia. Matthew sempre foi elétrico, nunca gostou de ficar parado ou de depender de ninguém. — Além do mais, essa porcaria coça. — ele apontou para a perna que ele tinha deixado pra fora da coberta, a perna que estava engessada.

— Eu sinto muito pelo que está passando, Matt. — olhei para ele, tentando não deixar a tristeza transparecer em meus olhos. — Só mais uns dias e você vai poder fazer alguma coisa.

— Tipo o quê? — questionou. A tristeza estava presente em sua voz. — Será que um dia eu vou poder voltar a jogar lacrosse?

— Claro que vai. — ri. — Isso é só uma fase Matt, pare de ser bobo. Não é o fim do mundo.

Ele encarou a TV ainda desligada por alguns segundos.

— Quer saber? Você tem razão. Eu tenho que parar de olhar só para o lado ruim das coisas. Podia ter sido pior.

Matt ligou a TV e se ajeitou no sofá. Eu assisti ao programa de esportes com ele por alguns minutos até decidir pegar meu celular.

Ao abrir o aplicativo de mensagens, não pude deixar de notar o número desconhecido bem no topo. Sem pensar duas vezes, abri a mensagem.

 

Número desconhecido: Oi Lua.

 

Se minha mãe visse aquela mensagem com certeza mandaria eu bloquear o número, mas ela não estava ali para ver nada e minha curiosidade sempre fala mais alto que eu.

 

Lua: Quem é?

 

Eu tinha outras mensagens para responder, mas minha curiosidade não deixava. Eu precisava saber quem era a pessoa do número desconhecido.

Poucos minutos depois meu celular vibrou ao receber outra mensagem.

 

Número desconhecido: Vou dizer uma só palavra, tenho certeza que você vai saber quem sou eu assim que lê-la.

 

Esperei por mais alguns segundos até receber a próxima mensagem.

 

Número desconhecido: Frita.

 

Minha lerdeza não permitiu que eu associasse a palavra de imediato, mas então meu cérebro me levou até o tal lugar chamado Burgers, onde eu e Jack tínhamos ido comer algo depois de visitar Matt no hospital. Me lembrei então do nome do pedido que ambos fizemos: Frita.

 

Lua: Jack?

Número desconhecido: Finnegan Gilinsky também.

 

Sorri enquanto salvava seu contato.

 

Lua: Seu tonto, por que não me disse logo quem era?

 

Segundos depois ele respondeu.

 

Jack Finnegan Gilinsky: Eu gosto de suspense.

Jack Finnegan Gilinsky: Como você está?

Lua: Eu estou bem, e você?

Jack Finnegan Gilinsky: Não muito.

Lua: Por quê? Aconteceu alguma coisa?

Jack Finnegan Gilinsky: Sim. Não ouço sua voz já faz alguns dias.

 

Feito uma idiota, um sorriso se formou em meu rosto. Por um segundo, esqueci que eu estava na sala bem ao lado de Matt, mas ele me fez questão de lembrar disso.

— Tá rindo do quê, idiota? — perguntou ele. Delicado feito coice de mula.

— Eu só vi um meme. — menti. Boa Lua.

— Deixa eu ver? — perguntou.

— Claro. — abri minha galeria enquanto respondia e abri o primeiro meme que vi nela.

Matthew pegou o celular de minhas mãos para ver, algo que eu odiava. Ele riu e me devolveu o celular. Deu certo.

Resolvi responder à mensagem de Jack.

 

Lua: Que coincidência. Não ouço sua voz faz alguns dias também.

Jack Finnegan Gilinsky: Eu sei como resolver isso.

Lua: Como?

 

Sem aviso prévio, meu celular começou a tocar. Era Jack me ligando.

No mesmo segundo a porta de entrada se abriu. Meus pais passaram pela mesma cheios de sacolas.

— Oi bebês. — minha mãe se inclinou para nos ver na sala.

— Oi mãe. — respondemos. Ela foi em direção a cozinha para guardar as compras.

— Oi. — meu pai acenou e acenamos de volta para ele, que seguiu minha mãe em seguida.

— Você vai ficar com eles? — perguntei para Matt.

— Na verdade eles vão ficar comigo. — respondeu enquanto eu me levantava. — O que vai fazer?

— Vou ir tomar um banho e terminar os exercícios de filosofia. — menti novamente. Eu já tinha terminado os exercícios e odiava mentir, mas precisava. — Volto daqui uma hora, não morra de saudades.

Matt me mostrou o dedo e então saí da sala, subindo as escadas e correndo até meu quarto. Pelo menos a última coisa que eu disse era verdade.

Ao olhar para meu celular, a ligação de Jack tinha caído já fazia três minutos, mas resolvi tentar a sorte.

Relutante procurei seu número e então liguei para ele. Depois de três toques ouvi sua voz.

— Achei que não quisesse falar comigo. — senti como se do outro lado da linha um bico tivesse se formado em sua boca.

— Achou errado. — respondi me sentando em minha cama. — É que eu não estava podendo falar.

— Estava com o Matt né?

— Como sabe?

— Só deduzi. Ele nunca me deixa fazer uma ligação em paz quando está por perto.

— Comigo acontece a mesma coisa. — ri e ele riu junto. — Mas, por que me ligou?  

— Para resolver nosso problema. Eu não ouvia sua voz e você não ouvia a minha a alguns dias.

— Maneira eficiente de resolver o problema. — me deitei enquanto falava. — Você faltou ontem.

— Tive que ir ao médico, exames de rotina.

— Entendi.

— Onde você tá agora?

—  No meu quarto, em casa. — respondi encarando o teto. — Por quê?

— Só curiosidade. Eu queria muito estar em casa agora.

— Onde você tá?

— Estou num jantar com meus pais e uns amigos deles. A Molly está lá dentro com eles, eu dei a desculpa que ia ao banheiro e estou aqui fora.

— Que feio, Gilinsky. — ele riu com minhas palavras. — E ninguém foi te procurar?

— Não ainda, mas logo alguém vai vir aqui me chamar. Sinceramente, eu não suporto esses jantares.

— Por quê?

— Eles são formais demais, não tenho paciência pra isso.

— Achei que você gostasse disso.

— Por que eu gostaria?

— Não sei, você tem cara. — me interrompi. Acho que a frase “Você tem cara de homem de negócios” não cairia bem.

— Cara de quê? — perguntou num tom brincalhão.

— Não acha que está fazendo perguntas demais?

— Não. — ele riu, e então ouvi uma voz de fundo. A voz de Jack ficou distante por um breve momento e então a ouvi perto novamente. — Minha alegria acabou. Me descobriram. Por sorte foi a Molly, ela disse que eu tenho dois minutos pra voltar, ou então ela vai contar que eu estava aqui fora no telefone.

— Acho melhor você correr então.

— Em dias normais o máximo que meus pais fariam é pegar as chaves do meu carro por um dia. Mas quando estão com esses amigos eles parecem mudar, não sei o que fariam. — ele deu um suspiro pesado. Punições de gente rica é outra coisa. Se eu ficasse sem o carro não seria por um dia, mas sim um mês. — Assim que puder te mando mensagem, tudo bem?

— Tudo bem.

— Foi muito bom falar com você. — sorri ao ouvir suas palavras. — Até mais Lua.

— Até mais Jack.

Naquela noite de quarta-feira, encerrei a ligação com um sorriso no rosto.

 

Era sexta-feira e eu e meus amigos estávamos no intervalo, na mesa que sempre sentávamos para comer algo ou jogar conversa fora.

— Me dá um pedaço? — Wesley me cutucou com o braço, apontando para o pedaço de bolo de chocolate que eu tinha comprado. Empurrei o prato com a colher para ele, que sorriu como resposta e me deu outro cutucão.

— Se me cutucar de novo vai ficar sem bolo. — ameacei, fazendo com que ele parasse na mesma hora.

Do meu lado direito alguém me cutucou.

— Mel. — chamei. Melanie parou de me cutucar e começou a rir. — O bolo tá bom?

Wesley, que tinha pedido um pedaço do bolo, realmente levou seu pedido a sério. Ele já estava na metade quando intervi.

— Eu também quero comer. — puxei o prato de volta, pegando a colher de sua mão.

— Egoísta. — Wesley lambeu os lábios, tirando os vestígios do bolo.

— Você come quase todo o bolo e ela é egoísta? — perguntou Carter.

— Obrigada Carter. — agradeci, comendo o que restou do bolo em seguida.

— Eu odeio história. — Violet fechou o livro de história com força.

— E eu química. — disse Shawn, enquanto fazia anotações em seu caderno.

—Vocês tem prova depois do intervalo, né? — Aaron estava terminando uma maçã quando fez a pergunta.

— Não, estamos estudando por diversão. — respondeu Violet, a voz carregada de ironia.

— Não estudaram antes porque não quiseram. — Jessie respondeu no mesmo tom, mas a voz dela carregava deboche.

— Eu preciso tirar ao menos B nessa prova. — Shawn guardou a caneta e o caderno na mochila. — Eu vou ir até a biblioteca para estudar mais um pouco enquanto tenho tempo.

Shawn se levantou e deu meia volta. Era estranho ver ele se aplicando tanto na escola.

— O que tá acontecendo com ele? — perguntou Melanie, tirando as palavras de minha boca.

— Eu não sei, mas isso é bom. — respondi.

Pouco tempo depois, enquanto meus amigos conversavam, resolvi ir a meu armário para deixar alguns livros nele. No caminho ficava o banheiro e resolvi passar por ali também. Depois de fazer o que precisava, saí do banheiro e fui até meu armário. Deixei nele os livros de inglês e física.

Quando fechei a porta do armário e me virei para voltar até o intervalo esbarrei em alguém. Braços fortes me seguraram e me afastaram com delicadeza.

— Oi Lua. — a pessoa riu. Eu nem precisava levantar a cabeça para reconhecer. Só o riso já seria suficiente, mas a camiseta de basquete vermelha, os vans da mesma cor e os jeans escuros e rasgados deixaram claro quem os vestia.

— Oi Jack. — olhei para ele, sorrindo de boca fechada.

— Eu estava procurando você.

— É mesmo? — perguntei surpresa, me arrependendo em seguida.

— Sim. — ele riu. — Mais tarde eu e os meninos temos treino, ia ficar muito feliz se você viesse.

— Mais tarde que horas?

— Sete horas. — comecei a andar e ele a caminhar ao meu lado. — Depois do treino a gente podia ir ao McDonald’s ou outro lugar.

— Tenho a impressão de que você está querendo me engordar. Você é a bruxa da história de João e Maria? — perguntei, fazendo ele rir alto.

— Como você descobriu? Como vou te cozinhar num caldeirão se você já adivinhou meu plano? — dessa vez não segurei a risada e ri alto como ele. — É brincadeira. Você pode escolher para onde iremos, tudo bem?

— Tudo bem.

— Isso é um sim? — ele sorriu para mim. — Você vêm?

— Talvez. — olhei ao redor e depois para ele. — Eu vou vir.

— Tá legal. — agora ele sorria de boca fechada. Antes que eu pudesse prever, ele se aproximou de mim, depositando um beijo em minha bochecha e correndo em seguida. Pouco antes de virar o corredor, ele se virou para trás, olhando em minha direção. — Te vejo mais tarde!

Eu estava pronta para responder, mas então percebi que ele havia afirmado minha presença e não perguntado por ela. Esperto.

Quando percebi que estava parada no meio do corredor, voltei a andar.

 

Mais tarde naquele mesmo dia eu estava me arrumando para ir ao treino. Minhas amigas não poderiam ir comigo e sinceramente, não sabia se isso era bom ou ruim.

Pelo lado bom, elas não estariam lá para me encher com as mesmas besteiras que ouvi hoje cedo, quando contei a elas que Jack tinha me convidado para assistir seu treino e sair para comer depois.

— Acho que ele não quer comer comida. — Violet me olhou maliciosa. Estávamos em frente ao armário dela, onde ela estava guardando um de seus cadernos.

— Vai se foder, Violet! — esbravejei.

— Ela está ficando vermelha! — riu Jessie.

— Estou vermelha de raiva. Olha as coisas que vocês me falam. — cruzei meus braços. No fundo eu sabia que o vermelho de minhas bochechas também eram de vergonha. Por que eu teria vergonha?

— Deixem ela em paz. — Melanie colocou uma mão em meu ombro e suspirei aliviada. Pelo menos alguém estava do meu lado. — Ela ainda não pensou no assunto.

As três começaram a rir e fiquei com mais raiva ainda.

— Quer saber? Ainda bem que vocês não vêm comigo, só iam falar besteira. — dei as costas à elas e passei a andar rápido pelos corredores.

Na hora da saída tive de encontrar com elas para ir embora e agradeci mentalmente que ninguém tocou no assunto Jack e Lua.

Agora eu estava ali, parada em frente ao espelho do banheiro, colocando os brincos de argola que Jessie havia me dado alguns meses atrás e pensando sobre tudo. Será que Jack realmente gostava da minha companhia ou ele só queria me usar?

Antes que eu tivesse uma resposta, passei meu perfume favorito e peguei meu celular, saindo de meu quarto e descendo as escadas. Parei na porta da sala e vi Matthew dormindo profundamente no sofá. Minha mãe estava vendo um filme na TV.

— Você está linda. — ela sorriu ao me ver.

— Obrigada. — sorri. — Eu já vou indo.

— Para onde você vai mesmo?

— Vou assistir um treino de lacrosse na escola, depois vou sair com um amigo.

— Jack? — perguntou sorrindo de lado. Eu sempre mencionava ele como um amigo, mas mãe é mãe e ela percebeu que ele era algo mais desde a primeira vez que mencionei seu nome.

— Sim. — respondi sem graça. — Tchau mãe.

— Tchau querida. Se cuide.

Peguei o carro na garagem e saí. Em poucos minutos eu já estava no estacionamento da escola. Fazia frio e eu agradeci a mim mesma por ter pegado minha jaqueta de couro antes de sair de casa.

Minhas botas de cano médio faziam barulho enquanto eu caminhava pelo asfalto. Eu poderia ir por fora, chegaria mais rápido até o campo, mas o vento estava forte e resolvi ir por dentro da escola. Lá dentro só alguns poucos alunos conversavam em frente aos seus armários, provavelmente esperando a hora do treino para irem assistir.

Ainda faltavam alguns minutos para o início do treino e senti uma vontade repentina de ir ao banheiro. Resolvi ir antes que os meninos começassem a jogar.

Depois de fazer minhas necessidades, saí da cabine e fui em direção a pia para lavar minhas mãos. Enquanto ensaboava as mãos, ouvi o estalar que só um par de salto alto poderia fazer. Meus ouvidos seguiram o barulho e meus olhos encontraram Madison Beer.

Os cabelos pretos estavam soltos. Ela usava uma calça jeans clara, um salto vermelho e um cropped de mesma cor.

— Espinosa. — ela me olhou da cabeça aos pés antes de falar, usando um tom nada agradável.

— Madison. — respondi no mesmo tom.

— Deixa eu adivinhar. Veio assistir ao treino? — ela perguntou, enquanto olhava no espelho e tirava o borrado inexistente de seu batom.

— Você veio? — perguntei em resposta.

— Sim, Jack me convidou. — respondeu.

Meu queixo quase caiu quando ouvi suas palavras, mas evitei que isso acontecesse. Infelizmente não consegui controlar a expressão facial de surpresa.

— O quê foi? — ela me olhou. — Quem te convidou?

— Jack. — respondi contra minha própria vontade.

— Mas o quê? Por que meu namorado te convidaria?

Namorado. Aquela palavra ecoou na minha cabeça pelo que pareceram ser horas.

— Olha, eu não sei qual problema você tem ou se bateu a cabeça com muita força, mas Jack Gilinsky ainda é meu namorado e eu sei que ele nunca convidaria nenhuma garota além de mim para assistir ao seu treino. — ela riu. — Mentir é feio Espinosa.

— Não estou mentindo. — sequei minhas mãos com papel toalha antes de me virar para ela novamente. — Mas não quero ficar entre você e seu namorado.

Os olhos de Madison pareciam me queimar, e agradeci mentalmente o fato dela não possuir laser neles. Sai do banheiro e ao invés de seguir o caminho que me levaria para o campo, refiz o caminho de volta para o estacionamento. Agora eu tinha a resposta da pergunta que tinha feito a mim mesma alguns minutos antes: Jack estava me usando.

Eu não sabia se sentia mais raiva dele ou de Madison. Sentia raiva dele por ter mentido pra mim e sentia raiva dela por ser tão insuportável.

Quando cruzei a porta, saindo da escola, avistei um Camaro vermelho entrando no estacionamento. Eu não precisava olhar dentro do carro par saber que quem o dirigia era Cameron, mas olhei mesmo assim. Antes que ele tivesse a chance de me ver ali parada feito idiota, desci os degraus e segui até meu carro.

Assim que abri a porta, uma mão segurou meu braço.

— Lua, oi. — Cameron sorriu.

— Oi Cameron. — tentei sorrir, mas o soco que levei no estômago pouco tempo antes não permitiu.

— Tá tudo bem? — ele me olhou preocupado.

— Sim. — sorri comprimindo os lábios.

— Tem certeza? Se não estiver bem e quiser ficar prometo que a gente vai tomar um sorvete depois do treino.

Queria responder “Sim”. O que eu mais precisava no momento era de uma taça de sundae e um bom amigo por perto, mas se eu ficasse no treino eu teria que encarar as mentiras de Jack e Madison me encarando com raiva o tempo todo.

— Hoje não vai dar. — a cara de decepção de Cameron fez com que eu sentisse vontade de engolir as palavras. — Mas eu prometo que te mando mensagem pra gente marcar um dia.

— Tudo bem, eu entendo. — ele sorriu de boca fechada, me abraçando em seguida. Enquanto meus braços o envolviam também, seu perfume invadiu meus sentidos e me senti inebriada.

Depois de desfazer o abraço, consegui sorrir para ele.

— Bom treino. — falei, fazendo ele rir.

— Valeu. — ouvi sua voz enquanto entrava no carro. — Vai ser uma pena não te ver na arquibancada. O que eu digo ao Jack?

Ouvir o nome me fez arrepiar, e a única coisa que consegui pensar foi “O que ele falou sobre mim para o Cameron?”. Respondi enquanto colocava a chave na ignição.

— Diga pra ele que mentir é feio.

Cameron me olhou confuso mas assentiu. Ele se afastou acenando e acenei de volta. Dei ré e saí dali absorta em pensamentos.

O bom disso tudo era o fato de que a escola organizaria um conselho entre professores do estado na segunda, terça e quarta-feira, então eu não teria de ver Jack ou sua namorada por uns bons dias, e eu esperava que pudesse esquecer toda a situação durante esses dias também.


Notas Finais


E aí, vocês acham que o Jack mentiu mesmo? Ou a Madison? Não deixem de comentar o que acharam do capítulo, isso me incentiva e muito.
Até a próxima, amores! <3
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Entrem em contato:
Twitter: @focusongriers/@dolxnslxne
Snapchat: kah.baldassari


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