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História I feel in love. - Tudo dando errado...


Escrita por: itscammi

Notas do Autor


HELLO HELLO! A Madu tomou coragem pra contar pra Anna sobre o sentimento pelo Thiago, e agora, o que vai acontecer nesse encontro deles em Belford Roxo?

Capítulo 13 - Tudo dando errado...


Madu.

(Coloquem para tocar: This Town - Kirsten Collins & Mario Jose)

As lágrimas não paravam de cair do meu rosto quando eu entrei no elevador completamente desnorteada, ali todas as minhas esperanças acabaram e meu coração parecia que tinha sido pisoteado por uma multidão. O jeito com que ele disse aquelas palavras foram como facas no meu peito e eu havia entendido todo o sentido da coisa agora.

Ele não me beijou porque gostava de mim e nunca gostou e eu estava alimentando um sentimento que só eu tenho, passei a madrugada chuvosa inteira chorando. Eu estava tão feliz que ele havia me mandado mensagem para saber quando eu voltava que olhando agora eu desejaria nem ter voltado pra casa hoje, cada vez que eu pegava o celular e lia aquela mensagem eu ficava pior do que já estava.

Qual o meu problema?

Porque é tão difícil as coisas darem certo pra mim? Depois daquele beijo eu tinha uma pontinha de expectativa de que ele estivesse sentindo por mim o mesmo que eu estou sentindo por ele. Mas agora acabou! Já chega de ser tão idiota e lutar por alguém que não merece o meu esforço e que só estava brincando comigo. E agora eu percebo que ele realmente só estava brincando comigo porque algumas semanas atrás ele disse que me odiava e que eu tinha problemas psicológicos e do nada ele passou a ser meu amigo...

Eu sou tão fraca.

Adormeci depois de tanto chorar e acordei cedo com o barulho da chuva ainda caindo, quando abri a janela ele estava na janela dele observando a chuva com uma xícara de café nas mãos e ao me ver ele deu um sorriso e acenou mas eu fechei a janela sem dizer ou fazer qualquer coisa e fui direto pro banho quente. As lágrimas caiam junto com a água quente e os meus músculos iam relaxando aos poucos mas eu ainda estava tensa e decidi que iria voltar para a casa da minha avó e passar uns dias lá porque ficar longe dele seria bem melhor.

Peguei minha mala e coloquei algumas roupas e coisas pessoais e as batidas na porta se iniciaram e eu estava tão desligada que não olhei antes de abrir,  e lá estava ele com um sorriso desgraçado no rosto.

- Bom dia. - ele disse.

- Bom dia. - respondi sem ânimo algum.

- Pra onde vai? - perguntou quando fechei a mala.

- Pra minha avó. - respondi procurando meu celular.

- Tá acontecendo alguma coisa com você? - perguntou fechando a porta.

- Não. - eu disse. 

- E com essa resposta seca você acaba de concluir minha teoria de que está acontecendo algo contigo. - ele disse quase rindo.

- Eu já disse que não está. - eu disse calçando meu tênis.

- Madu, o que houve? - ele me encarou e em seguida arregalou os olhos.

- Você estava chorando? - perguntou. 

- Não. - eu disse desviando o olhar.

- Seus olhos estão vermelhos. - ele fez cara de óbvio. 

- Cheirei maconha. - eu disse e ele riu.

- Mentirosa, maconha se fuma e não se cheira. - ele disse pegando meu ato falho.

- É isso aí. - eu disse indo até o quarto pegar meu casaco.

- O que foi que aconteceu hein? Você chegou toda estranha ontem e agora você tá estranha e saindo com pressa. - ele me seguiu. 

- Eu já falei que não foi nada. - eu disse vestindo o casaco e ele chegou mais perto.

- Quer que eu te leve lá? - ofereceu. 

- Não. - respondi prontamente. 

- Tá me evitando? - perguntou e eu respirei fundo.

- Eu tenho que sair Thiago. - eu disse indo pra sala mas ele me segurou pelo braço me encostando na parede do corredor.

- Ontem eu até senti a sua falta. - ele disse me olhando nos olhos.

- Dia da mentira já passou. - eu disse e ele sorriu.

- É sério, eu senti falta do seu...- ele chegou mais perto pra me beijar mas eu desviei.

- Eu tenho que ir. - eu disse indo pegar a minha mala.

Abri a porta e ele saiu e eu também arrastando aquela mala pesada porque eu enchi de coisas sem ter a mínima ideia de quantos dias irei ficar lá. Fomos para o elevador e minha vontade de chorar só aumentava cada vez que a minha mente me forçava a lembrar do que ouvi ele dizer.

"Ela é uma criança, não serve para mim"

"Nunca vai ter"

Quando o elevador abriu eu saí primeiro completamente apressada e ele me parou na porta, me puxou para um abraço que me fez sentir protegida e cuidada ao mesmo tempo e foi aí que as lágrimas apareceram de novo.

- Eu não sei o que você tem, mas espero que você fique bem. - ele disse e quando nos afastamos ele viu meu estado.

- Princesa, olha pra mim...me conta o que tá acontecendo, desabafa. - ele segurou meu rosto com as mãos. 

E eu vi um táxi surgir do outro lado da rua e me soltei dele correndo e acenando pro carro parar, entrei e enfiei a mala no banco de trás mesmo e vi seu rosto confuso na porta do prédio. 

- Toca pra Belford Roxo moço, por favor. - pedi secando as lágrimas e ele acelerou. 

- Madu! - ouvi Thiago gritar mas nem olhei pra trás. 

Eu sou bem dramática né? Mas só eu sei o quão chateada e magoada eu estou e ficar longe vai me fazer ficar um pouco melhor. Quando cheguei a frente da casa da minha avó eu avistei a minha mãe regando as flores do jardim e quando ela me viu veio correndo me ajudar com a mala.

- Querida, que bom que veio! - ela disse me abraçando. 

- Eu estava precisando. - sorri.

- O que houve? - perguntou quando entramos no jardim.

- Eu estou com um problemão. - eu disse e ela me encarou.

- Sua avó não está, então vamos conversar primeiro e depois a gente arruma tudo. - ela disse me puxando para dentro.

- Mãe, o que é que eu faço? - perguntei tirando meu casaco.

- Sobre o que? - perguntou.

- Eu tô apaixonada, de verdade. - eu disse e ela sorriu.

- E qual é o problema nisso? Se apaixonar é a coisa mais linda que tem. - ela disse achando incrível. 

- Não é quando você se apaixona por um amigo mais velho que não tá nem aí pra você. - eu disse revirando os olhos.

- Mais velho tipo...? - ela perguntou enquanto eu tirava o tênis.

- 8 anos mais velho. - respondi.

- Ué filha, 26 não é tão velho assim. - ela disse.

- Mãe, ele liga pra esse lance de diferença de idade. - eu disse frustrada.

- Já rolou algo entre vocês? - perguntou e eu ri.

- A gente já se beijou. - omiti o que veio depois dos beijos.

- E quem é esse cara que te pegou de jeito e deixou assim? - perguntou com um sorriso.

- Thiago. - respondi. 

- Que Thiago? - perguntou confusa.

- O amigo do papai, Thiago do escritório. - eu disse e ela arregalou os olhos chocada.

Thiago.

Já em casa eu fiquei pensando no que será que pode ter acontecido com a Madu pra ela estar tão fria e descontrolada hoje, na verdade ela parecia bem mais do que isso e não me deixou nem ajudar. O jeito com que ela fugiu de mim hoje me faz pensar se eu fiz alguma coisa pra ela ou se ela não quer mais falar comigo. Não sei quantos dias ela vai ficar fora mas creio que devo usar esse tempo para pensar no que eu estava fazendo com ela porque não parece certo querer me divertir com alguém que nutre sentimentos por mim que eu não posso corresponder.

O que eu falei na noite da boate para os meninos agora parece tão sério na minha cabeça, parece tão estranho pensar que eu possa me apaixonar por ela. Usei o tempo que ainda tinha para me arrumar para o trabalho e a chuva parecia estar diminuindo quando cheguei ao escritório. 

- Bom dia Thiago. - Juliana disse sorrindo.

E eu passei direto sem nem responder porque eu não suportava nem olhar pra cara dela e fiz o velho caminho até minha sala, mas acabei me assustando com Rafael lá sentado lendo o jornal. 

- Bom dia. - eu disse.

- Bom dia companheiro. - ele sorriu. 

- Precisa de alguma coisa? - perguntei estranhando ele estar tão cedo na minha sala.

- Conversar. - ele disse e eu me sentei. 

- O que foi? - perguntei. 

- A minha filha me contou tudo. - ele disse.

- Tudo o que? - perguntei tentando parecer calmo. 

- Sobre você e ela. - ele disse e meu coração parou por um minuto.

- Sobre eu e ela? Ela quem? - perguntei com tanto medo.

- Juliana. - ele disse e eu dei um longo suspiro.

- Ela me contou que ela estava com você e comigo e foi difícil saber disso porque você é meu amigo. - ele disse e eu ainda estava tentando me acalmar.

- É, eu não quis te contar...mas a Madu sabia. - eu disse.

- E aí ela foi brigar com a Juliana e ela a empurrou e a minha filha foi parar no Hospital. - ele disse e eu arregalei os olhos.

- Como você soube? - fiz essa pergunta idiota. 

- Fui no apartamento da minha filha cedo e ela me contou. - ele disse.

- Ah, é claro. Eu não ouvi porque eu estava dormindo no c...- calei a boca quando me toquei da besteira que estava falando.

- É claro que eu não ouvi porque eu estava dormindo em casa. - ri nervoso tentando disfarçar.

- Na minha casa. - enfatizei e ele riu.

- Você tá bem? Parece um pouco atrapalhado. - ele disse.

- Tô sim, é só uns probleminhas aí. - eu disse e ele levantou. 

- Tenho um convite pra você. - ele disse.

- Pra mim? - perguntei.

- É, no final de semana é aniversário da minha ex sogra e ela me convidou apesar de tudo. Queria que  você fosse comigo. - ele disse.

Ex sogra = avó da Madu.

Poderia ser uma boa chance de vê-la então eu aceitei, não sei bem como vai ser a reação dela mas espero que ela também goste de me ver. Depois que ele saiu eu comecei com os meus trabalhos e Juliana entrou na minha sala.

- Tem alguém querendo falar com você. - ela disse.

- Quem? - perguntei.

- Eu. - ela surgiu na porta.

- Belle? - eu perguntei chocado.

- Eu preciso falar com você. - ela disse.

- E é bem sério. - ela disse me deixando aflito.



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