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História I Found You - Changes


Escrita por: inhahazza

Notas do Autor


Oi amores.
Fiquei muito feliz que vocês me entenderam. Tanto que me esforcei ao máximo para escrever esse capítulo para vocês. Não ficou tão grande, mas eu não queria deixá-los esperando mais.
Ele pode ter ficado chato, já que eu não estou com a criatividade lá em cima.
Mas enfim...
Boa leitura o/

Capítulo 10 - Changes


Fanfic / Fanfiction I Found You - Changes

Os dias foram se passando rapidamente. E Louis, como sempre, cada vez mais difícil de se lidar. Já fazia quase um mês que eu morava naquela mansão e eu ainda não havia me acostumando com os seus ataques de bipolaridade. Uma hora ele estava feliz e sorridente, já na outra, mal humorado e rabugento. Mas, fazer o que...

Além disso, ele vem se recusando cada vez mais a comer e a fazer as “sessões” de fisioterapia. Está mais magro e a aparência bem cansada, continua bonito ainda, mas se torna preocupante. Karen havia marcado uma consulta com o médico dele, sem a autorização do Sr. Rabugento, o que o deixou irado, é claro.

Ele a chamou de todos os nomes possíveis e impossíveis, quebrou um vaso de flores e disse que estava bem. Eu até tentei acalmá-lo, o que não deu muito certo, já que ele me gritou mais ainda e ainda me chamou de lesado imprestável.

Apesar de tudo, eu tentava entender o lado dele. Imagine, passar anos numa cadeira de rodas? Impossibilitado de andar, correr...viver. Ficar isolado na sua bolha de sofrimento dentro de uma enorme mansão, sem amigos, ou família. Ser literalmente abandonado pela namorada, a qual ele aparentava ser completamente apaixonado. E, ainda por cima ter que conviver com um lesado imprestável, que infelizmente se preocupa com ele.

Nesse tempo que passou, não nos beijamos mais. Não por escolha minha, mas dele. Ele disse que tudo não havia passado de um momento de fraqueza, que foi um erro que nunca mais ia se repetir. Ele se isolou no quarto por um dia inteiro, sem falar comigo ou sequer me olhar. Eu decidi não falar nada ou insistir. Como ele mesmo disse, foi um erro.

–– Vamos?  ––  perguntei para ele, que estava sentado no banco do passageiro do enorme carro dele.

Depois do seu surto, não foi difícil arrastá-lo para o carro. Difícil mesmo foi colocar a cadeira de rodas dele no porta-malas. Nossa, como aquilo pesava.

–– Vamos logo. –– fingiu indiferença e colocou o cinto, sem olhar para mim.

Balancei a cabeça contendo um sorriso e dei partida no carro.

 

(...)

–– Eu odeio esse lugar. –– disse ele.

Estávamos na sala de espera do hospital aguardando o momento que nos chamariam. O caminho todo Louis não dirigiu uma palavra a mim. E eu agradeci aos céus por não ter trânsito, já não aguentava ficar dentro do carro com ele daquele jeito.

–– Resolveu falar comigo? –– falei baixo para que ele não ouvisse.

–– Como? –– me encarou e eu desviei o olhar para a recepcionista.

–– Hum... Nada. –– dei de ombros. Se era assim que ele queria, eu também podia ignorá-lo.

–– Podemos comer alguma coisa depois?

Incrível como sua voz e jeito ficavam doces e suaves de uma hora para a outra.

–– Claro. Depois vamos para casa e você pode comer. –– observei sua expressão decepcionada e me levantei da cadeira um tanto desconfortável. Eu não gostava de tratar as pessoas mal mas ele merecia um pouquinho.

Caminhei até o balcão e a recepcionista automaticamente me lançou um sorriso, jogando seus cabelos loiros para o lado. Se ela pensa que aquilo soou sexy ou sensual, precisava treinar um pouco mais.

–– Com licença. –– pigarreei. –– Gostaria de saber quantas pessoas estão na frente do paciente Louis Tomlinson.

–– Oh, claro. –– mordeu os lábios, o que a deixou mais patética ainda. Digitou algumas coisas no computador e voltou o olhar para mim. –– Ele é o próximo. Sala 3. –– sorriu. –– Posso saber o seu nome?

–– Obrigado. –– dei um sorriso e virei as costas. Não daria esperanças falsas a ela.

Caminhei até Louis, que me encarava com tristeza no olhar. Engoli em seco e empurrei sua cadeira a caminho da sala 3. Eu não poderia ceder facilmente, tinha que pelo menos mostrá-lo como eu me senti quando ele me ignorou.

Depois de duas batidas na porta e um “Pode entrar” como resposta já estávamos no enorme consultório do doutor Richard. Posicionei a cadeira de Louis próximo a mesa e cumprimentei o médico com um aceno de cabeça.

–– Olá Louis. – o saudou com a voz um tanto animada. –– Há quanto tempo, não?

–– Sim. –– foi só o que ele disse.

Sentei numa distância considerável dele, que me olhou feio. Dei de ombros e me direcionei ao médico.

–– Não foi muito fácil convencê-lo a vir, doutor. –– comecei –– Ele é bem teimoso, como o senhor já deve saber. –– ele soltou uma breve risada.

–– Sim, eu sei. –– pegou alguns papeis. –– E você é?

–– Sou o Harry, o novo cuidador dele.

–– Oh, claro. –– sorriu. –– Bom. Vamos começar. –– sentou na cadeira de forma ereta. –– Louis, está se alimentando corretamente? –– perguntou a ele que nada respondeu, só desviou o olhar para a janela de vidro. –– Harry?

–– Não, doutor. –– falei e imediatamente Louis me mandou um olhar mortal. –– Ele se recusa a comer, e quando come é muito pouco. –– dei uma pausa, enquanto Richard anotava algo em seu computador. –– A sua última refeição na verdade foi ontem. Já que ele se recusou a comer hoje antes de vir.

–– Hum... E os remédios, ele vem tomando corretamente?

–– Sim. Eu dou a ele, todos os dias.

–– E a vitamina Louis? Está tomando?

–– Aquilo é horrível. –– disse baixo. –– Eu não consigo.

–– Precisa se esforçar um pouco mais, Louis. Como você não está alimentando corretamente, o que já é muito ruim. Precisa pelo menos tomar a vitamina. Ela fortalece os seus ossos, e se você não tomá-la, sabe muito bem o que acontecerá.

–– Mas... –– resmungou.

–– E as fisioterapias?

–– Ele não quer ir no fisioterapeuta. Então, temos que fazer em casa mesmo. –– dei de ombros. Aquilo parecia um interrogatório.

–– Vou marcar uma consulta com um amigo meu, que é fisioterapeuta. –– Louis abriu a boca, quando Richard o impediu. –– Não adianta Louis. Você precisa ir ao fisioterapeuta, só fazer as sessões em casa não é o bastante. Precisa de um profissional nessa área para ajudá-lo.

–– De quê adianta tudo isso? –– sua voz se alterou um pouco. –– Eu nunca mais vou andar. Isso tudo é uma idiotice.

–– Não pense assim, Louis. Se você não se cuidar que isso nunca irá acontecer. –– falou seriamente. –– E os ataques? Tem se tornado frequentes?

–– Um pouco. –– murmurei. Eu não estava me sentindo muito bem, só não sabia por qual motivo.

–– Hum... –– imprimiu um papel e me entregou. –– Ai está o nome de alguns remédios para dar fome a ele. E uma nova vitamina. Essa não é tão ruim Louis, e você vai precisar tomá-la com mais frequência. Estou vendo que está muito magro. –– falou e Louis bufou irritado.

–– Podemos ir embora? –– me encarou.

–– Eu vou marcar a consulta para a semana que vem. Aqui o endereço da clínica. –– me entregou um papel pequeno.

–– Obrigado doutor. –– levantei e dei um aperto de mão nele.

–– Por nada. Faça-o comer, nem que seja a força. –– brincou. –– Ouviu Louis? Coma.

–– Ouvi. –– revirou os olhos. –– Vamos, Harry.

Guardei os papeis no bolso do meu casaco e empurrei a cadeira para fora do escritório.

–– Cuide bem dele. –– pude ouvir a voz do doutor Richard.

Passamos pela recepção, e a recepcionista me olhou com uma cara feia. Devia estar bem irritada comigo. Reprimi um sorriso e olhei para Louis.

–– Você está com fome? –– eu sabia que a qualquer momento eu não conseguiria mais resistir a ele. Não conseguia ignorá-lo completamente.

–– Hum... Sim.

Parei a cadeira assim que chegamos em frente ao carro.

–– O que quer comer? –– ajeitei minha touca. O tempo estava um pouco frio.

–– Eu queria um... –– coçou as têmporas e olhou ao redor. –– Capuccino. –– sorriu. Não conseguir resistir e sorri também.

–– Vamos. Tem uma cafeteria no final da rua. –– me posicionei atrás de sua cadeira.

–– Podemos pedir marshmallows? –– tombou a cabeça para o lado e me encarou com os olhos brilhando e o sorriso radiante.

Eu adorava aquele Louis.

 

(...)

–– Está com frio? –– falei assim que adentramos na cafeteria. Eu adorava aquele cheirinho de café fresco.

–– Não. –– balançou a cabeça e apontou para uma mesa no canto.

Fizemos nossos pedidos e eu o observei. Ele estava tão fofo de touca, sua barba não estava tão grande, o que o deixava com a aparência mais jovem.

–– O que foi? –– ouvi sua voz e só então percebi que eu o encarava feito um retardado.

–– Nada. –– balancei a cabeça eu podia jurar que estava vermelho. Mas que grande imbecil eu era.

–– Sei... –– soltou uma risada baixa e logo após ficou sério. –– Porque você estava me ignorando?

–– Te ignorando? –– me fiz de desentendido. –– Não estava.

–– Estava sim. –– falou triste.

–– Você me ignora a todo instante. –– soltei sem querer.

–– Eu...  –– mordeu o lábio inferior. –– Me desculpe. –– seus lábios se repuxaram num leve bico.

–– Esquece isso. Vamos comer. –– falei assim que a garçonete chegou com os nossos pedidos. –– Obrigado.  –– agradeci e ela sorriu, virando as costas.

–– As mulheres gostam muito de você. –– disse Louis, fingindo desinteresse.

–– É o meu charme. –– dei de ombros e entreguei a xícara de capuccino para ele. Estava com um cheiro maravilho.

–– Com certeza é. –– falou mal humorado e eu sorri, mordendo um muffin.

–– O que foi?

–– Nada. –– deu de ombros e tomou um gole do seu capuccino.

–– Quer? –– estendi o meu muffin para ele.

–– Não, obrigado.

–– Só um pedaço. –– insisti. –– Por favor. –– fiz um bico e ele riu.

–– Tá. –– abriu a boca e deu uma mordida grande. –– Hum.

–– É bom?

–– Sim. –– falou do boca cheia. –– Quero mais. –– abriu a boca novamente.

–– Pega outro. Já comeu o meu quase todo. –– brinquei dando uma mordida no muffin.

–– Não comi nada. –– estendeu o braço e pegou o outro muffin de cima da mesa.  –– Isso é bom. –– gemeu em aprovação. –– Karen vai te matar quando descobrir  que você está me dando besteiras para comer.

–– Ela não precisa saber –– pisquei.

 

(...)

–– Acho que eu nunca mais vou comer. –– resmungou colocando a mão na barriga. –– Eu estou muito cheio.

–– Quem mandou comer três muffins. –– gargalhei.

–– Não tem graça. –– se remexeu no banco. –– Se eu morrer a culpa é sua.

Balancei a cabeça com um sorriso no rosto e estacionei o carro em frente a mansão. O caminho todo ele veio reclamando que estava morrendo e que ia ficar obeso. Dramático ele? Imagina.

Falei para voltarmos logo pois o tempo estava ficando cada vez mais frio. Tirei ele do carro, ouvindo mais uns resmungos e caminhei até a porta de entrada com ele ao meu encalço. Abri a porta e ouvi vozes de dentro da casa.

Entramos e eu vi o momento que Louis ficou tenso. Olhei para onde os seus olhos estavam focados e avistei uma mulher morena de cabelos castanhos compridos. Karen estava ao seu lado e deu um olhar para Louis como que se desculpasse de algo.

A mulher sorriu para Louis e ele travou o maxilar e com a voz fria e séria , disse.

–– Johanna, o que faz aqui?


Notas Finais


Eu espero que vocês tenham gostado. Acho que agora não irei demorar tanto para postar. Vou ver se atualizo minhas outras fics essa semana que vem, já que as coisas estão melhorando um pouco e eu estou com um pouco mais de tempo.
Me desculpem mais uma vez pelo capítulo pequeno.
Até a próxima, eu amo vocês.
Qualquer coisa falem comigo >> http://ask.fm/Yalle1D


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