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História I Hate Everything About You - Please


Escrita por: RenKey

Notas do Autor


HEY! Para não ocupar seu tempo, tudo que quiser saber a mais esta nas notas finais, obg :3

Capítulo 15 - Please


 

-Mike? MIKE! MIKE POR FAVOR ACORDA!!!

 

Ouço uma voz familiar me chamando, a voz de uma garota, seu pânico é explícito. Ao prestar mais atenção, posso ouvir outras vozes e murmúrios no fundo. Afinal, que merda aconteceu?! Minhas pálpebras pesam tanto que é quase como se estivessem grudadas, concentro todas minhas forças em, pelo menos tentar abrir meus olhos e ver o que esta acontecendo.

 

Tudo está borrado, e é preciso piscar algumas vezes para que aquelas manchas comecem a tomar formas. É quando vejo Katie debruçada sobre mim aos prantos, Larry está ao seu lado e me encara com preocupação igual a todo resto, até mesmo Ryan parece ligeiramente apreensivo. Tento erguer meu corpo e fazer sinais para que se afastem, estou meio tonto e ter tantas pessoas ao meu redor só piora tudo.

 

-Que porra... o que aconteceu? – a sensação de vertigem foi se dissipando aos poucos.

 

-Depois que o ritual terminou, você simplesmente desmaiou. – Larry respondeu, notei que ele estava folheando um livro, provavelmente para encontrar alguma informação sobre o que aconteceu comigo.

 

-Já estava com medo de você não acordar mais! – os olhos de Bloodrayne lacrimejavam, borrando sua maquiagem.

 

-Ah que saco! Ele desmaiou porque é fraco, vocês querem mesmo se tornar vampiros fracos que descendem desse ai?! – meu amado rival se pronunciou com essas palavras doces e muito encorajadoras, ganhando como retribuição por sua gentileza e generosidade, a fúria da loira de fios tingidos ao meu lado, que parecia querer pular no mesmo e cometer um homicídio.  

 

-Se fosse você estaria do mesmo jeito! Talvez nem aguentaria! Você vive pagando de fodão e provocando o Vampir porque no fundo tem inveja dele! Ou quem sabe não está apaixonado por ele, e faz isso porque sabe que ele não curte o seu tipinho de merda e jamais ficaria com você?! – sua raiva e desprezo eram palpáveis, mas nada se compara ao ódio e desgosto vindos do outro a ouvir tais palavras.

 

-Eu nem deveria me dar o trabalho de discutir com uma vadia de merda igual você! – seus dentes trincaram, um sorriso maldoso e provocativo formou-se em seu rosto logo em seguida – Acha mesmo que se defender seu namoradinho “viado” vai fazer ele gostar de você?! Tsc, por favor, você corre atrás dele e faz tudo que ele pede como se fosse a cadelinha dele, e na verdade, você realmente é! Quer saber o mais triste? Ele NUNCA vai te querer! Você não passa da putinha particular dele, que ele usa como bem entender, é mais fácil ele se pegar com o outro ali – apontou para Larry, deixando o mesmo levemente desconfortável – do que com você! Se bobear, ele prefere e pode ficar com alguém “pior que eu” e continuar te deixando de lado! – por mais que a garota estivesse com uma expressão enfurecida, era possível ver que se segurava para não chorar – E sabe o pior de tudo?! Você pode tentar o quanto quiser, mas vai acabar sozinha, esperando algo que nunca irá chegar para você, e esse algo é o Makowski! Então, se eu fosse você fofa, parava de lamber as bolas desse bosta!

 

E com o fim desse discurso, Bloodrayne apenas se levantou, era possível ver lágrimas negras escorrendo sobre seu rosto, destacando junto a vermelhidão, seus olhos castanhos claros. Ela nem tentava mais segurar ou esconder, apenas virou-se e saiu correndo para fora da casa. Pouco depois, eram audíveis os sons do seu carro sendo ligado e dirigindo para longe.

 

O silencio reinou entre todos por longos minutos, ninguém queria se pronunciar e dizer algo errado. Uma boa parte parecia concordar com o que foi dito, porém não com a maneira. Outros ficaram completamente indignados, e alguns babacas acharam simplesmente a melhor coisa que já ouviram. Fiquei imaginando qual a opinião de Larry sobre isso, e me senti mal por no fundo acreditar que o que Ryan disse foi verdade. Bom, não tudo, claro. Mas a parte de Katie ser apaixonada por mim e eu não retribuir. De qualquer forma esse drama já enjoou.

 

-Então... como se sente? – Annie foi a primeira a se pronunciar e quebrar o silêncio.

 

Ela sempre teve pose de durona, mesmo com toda essa purpurina na cara. Seu estilo não mudou muito desde quando éramos crianças. A lateral esquerda de sua cabeça é raspada, o resto de seus cabelos negros continuam com as pontas em um degradê entre vermelho e amarelo, lembrando chamas, presos em um rabo de cavalo e uma franja caída sobre o rosto, deixando expostos os dois piercings da sobrancelha esquerda.  O estilo de se vestir se tornou mais, “selvagem”, calças largas de camuflagem em tons de cinza, regata preta, dog tags no pescoço, e luvas cortadas de couro. Sinceramente, acho a combinação exagerada.

-Um pouco diferente... eu acho...  não sei como explicar... só sei que estou exausto. – Respondi tentando me levantar, obtendo sucesso na terceira tentativa. 

 

-Talvez nem tenha se tornado mesmo um vampiro – era possível ouvir os resmungos do sub líder.

 

-Não acha que já falou merda o bastante por hoje? – a morena rudemente rebateu. Ela não odiava Ryan, pelo contrário, até onde vejo eles parecem ser amigos. Mas eu sei que a mesma também é amiga de Katie, e não acho que gostou de ele tê-la feito chorar.

 

-Devo dizer que vai levar um certo tempo para você se transformar por completo, deveria ir para casa. – Larry fechou o livro e me puxou, indo para a saída – pelo que li, você vai provavelmente passar mal para caralho no processo, mas não esqueça de comer apenas carne por enquanto. Eu não tenho certeza, mas provavelmente remédios não farão efeitos em você, então apenas seja forte.

 

-Obrigado, isso ajuda muito – não conseguir conter o sarcasmo em minha voz, talvez ficar mais de vinte e quatro horas perto daquele gótico tenham me deixado assim.

 

Ele por sua vez, apenas deu de ombros e me soltou. Eu não estava com ânimo para falar nem interagir com ninguém, então apenas me retirei e fui para casa.  

 

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Dor. Era tudo que sentia no momento. Uma dor fodida no meu estômago! Quando cheguei em casa, eu apenas tomei um banho e me joguei na minha cama. Estava tão cansado que simplesmente apaguei. Mas esse sentimento torturante tinha que interromper meu sono!

 

Eu nunca senti tanta fome na vida, meus olhos lacrimejavam involuntariamente enquanto me contorcia, eu preciso comer algo, e rápido! Fiz um grande esforço para me levantar, e seguir em direção a minha cozinha. Ia me segurando nas paredes me concentrando em não perder o equilíbrio. Finalmente, cheguei até meu objetivo.

 

Praticamente corri ate a geladeira, abrindo-a com pressa. Peguei o primeiro pedaço de carne que vi. Minha boca salivava tanto que era difícil conter a baba, minhas mãos tremiam em ansiedade, sentia que não conseguiria nem conseguir esquentar o alimento gelado que segurava. Era como um instinto tomando conta de mim, nem ao menos pensava direito.

 

Abocanhei sem pensar nem mais um minuto, rasgando com os dentes, sentindo sua temperatura baixa esquentando conforme mastigava, a consistência mole, o sabor peculiar, tudo descendo por minha garganta.

 

Pedaço por pedaço, devorei toda e qualquer carne que encontrei. Lambia e chupava meus dedos, saboreando o gosto de sangue, ate que me dei conta, eu queria mais. Precisava de mais.

 

Pensei em comer outra coisa. Mas não importava o que, mas tudo parecia feder como merda. Não conseguia nem me aproximar sem sentir uma forte ânsia. Me afastei antes que regurgitasse aquilo que conseguir comer.

 

Minha barriga ainda roncava e a orexia me atacava ferozmente. Só agora pude notar que meus sentidos estão mais aguçados, já que não precisei acender uma luz sequer para me mover facilmente em um breu completo. Sentia um aroma forte que me atraia, e também podia ouvir os batimentos de alguém se aproximando.

 

Me aproximei da porta de entrada, meu corpo involuntariamente se colocando em posição de ataque. Não pensei. A porta se abriu, e me atirei sobre quem é que estivesse ali.

 

Senti um forte murro na boca de meu estômago, apenas aumentando minha agonia anterior, seguido por um chute em minha canela, e quando me dei por mim, estava imobilizado abaixo de um loiro enfurecido.

 

-QUAL A PORRA DO SEU PRROBLEMA?! PIROU DE VEZ?! OU ESTRAPOLOU NAS DROGAS JUNTO COM OS MERDINHAS DO SEU GRUPINHO?! – seus gritos eram ensurdecedores, sentia como se meus tímpanos fossem estourar.

 

Alguns segundos depois, finalmente fui solto e pude olhar nos olhos de meu agressor. Percebi que lacrimejava, e meu corpo está milhões vezes mais dolorido do que antes, obviamente graças aos golpes. O delinquente deu um longo suspiro e trancou a porta atrás de si, ainda parecia aborrecido com toda situação, mas felizmente não com a mesma fúria.

 

-Mike, serio, que merda foi essa?! – me encarou com aqueles olhos verdes esmeralda tão familiares, escurecidos graças ao ambiente, iluminado apenas por luzes do exterior. Sua voz era calma, e ele estendeu sua mão para me ajudar a levantar.

 

-T-Trent eu... eu realmente não sei como dizer isso...

 

-O que?! Você está gravida?! Porque está parecendo minha ex quando isso quase aconteceu – Revirou os olhos impaciente – Explica de uma vez. Por que me atacou?

 

Seu olhar duro se suavizou quando me viu desabar, a dor, a fadiga, a fome, apenas não suportei mais segurar tudo. Ele me abraçou em silêncio. Não era mais Trent Boyett, um dos maiores valentões de South Park, que foi para o reformatório por mais de oito anos, extremamente problemático e temido por todos. Era Trent, meu irmão mais velho, e eu apenas seu irmãozinho desesperado buscando apoio no mesmo.

 

Ficamos assim por um tempo, não sei dizer quanto exatamente. Quando finalmente meus soluços se acalmaram, ele me afastou.

 

-Certo, chega dessa viadagem – parecia um pouco constrangido, ele nunca foi do tipo que demonstra carinho ou afeição – agora você consegue me dizer o que houve?

 

Sequei meu rosto com as mangas de minha blusa, respirando fundo. Puxei-o para sala, e nos sentamos no sofá. Finalmente contei tudo que havia acontecido, tudo que eu havia feito. Ele ouvia atentamente, as vezes parecendo desconfortável com toda situação, mas em nenhum momento pareceu desacreditar. Ficamos, então, em silencio.  

 

-Certo, então – correu o ambiente com o olhar parecendo pensar ou lembrar de algo - você e seus amiguinhos finalmente levaram essa brincadeirinha de vampiro longe demais, e você vendeu sua alma para um demônio? – assenti – Olha... cara como você pode ser tão idiota?!

 

- Sempre foi meu sonho Trent! Você não entenderia... – suspirei - mas... eu também fiquei um tempo pensando sobre isso, e eu decidi que queria, mas não imaginei que seria tão terrível! Em todos os filmes que assis-

 

- Sério?! Jura mesmo?! – sua voz se elevou por conta da irritação – Mike a vida não é a merda de Crepúsculo ou sei lá que caralho! O sobrenatural não funciona como nas séries, filmes, fanfics, livros ou qualquer outra porra do tipo!

 

-E como você sabe? – foi minha vez de me exaltar.

 

-Porque... porque eu já vi. – Soltou um longo suspiro – escuta, eu já fiz alguns pactos ok? – minha expressão era completamente tomada em surpresa, como assim?!

 

-Como assim?! – respirou fundo mais uma vez, Trent se irritava extremamente fácil, principalmente com reações exageradas ou quando tinha de contar algo incomodo.

- Claro que não vendi minha alma igual você. Bom, nem teria sentido, é obvio que vou diretamente para o inferno! Mas digamos que fiz uma troca de favores.

 

-Que tipo de favores? – questionei mesmo sabendo que o deixaria puto, se ele quer contar algo, conta direito!

 

- Certo, seguinte, você sabe que eu valorizo minhas vinganças praticamente acima de tudo, porém eu precisei de uma certa “ajuda não convencional” em uma delas. Como esse caso em especifico era extremamente complicado, resolvi tentar um desses lances de invocações de demônios, até porque estava ficando sem recursos, e duvidava que ia dar certo. Mas surpreendentemente funcionou, e ele fez a tarefa com tanta perfeição que se tornou uma das minhas melhores vinganças! Não, serio, aquilo foi uma puta obra de arte! – olhou para o nada com admiração, como se visualizasse o ato citado – Mas ele não fez de graça, nenhum deles faz, e agora preciso cumprir tarefas para esse desgraçado quando ele bem entende. E acredite, esses desgraçados te obrigam a fazer coisas que você jamais faria por vontade própria.

 

Fiquei estático por alguns minutos, processando tudo que ele havia dito. Eu nunca imaginei que meu irmão já esteve envolvido com ocultismo, principalmente porque ele sempre desprezou meu grupo. A possibilidade de ele estar mentindo me ocorreu, mas não teria sentido. E Trent não costuma mentir para mim. Omitir sim, mentir não. 

 

-Como eu nunca soube disso?! -  pensei alto, e o mais velho apenas riu.

 

-Você acha mesmo que eu saio por aí dizendo que tenho pacto com um demônio?! Ou que saio com ele, na forma real, ao meu lado?! Claro que não! Além disso, eu não sou nenhum exemplo de “irmão super presente e próximo” para você saber tudo sobre mim.

 

-Realmente... – acenei em concordância.

 

-Você ao menos sabe o nome dele?

 

-Damien Thorn... – o nome saiu de minha boca com tanta naturalidade, como se estivesse na ponta de minha língua. A risada de meu irmão se tornou audível novamente.

 

-Isso só pode ser coisa de família... não, serio, Damien deve ter achado que fazer negócio com você é tão útil quanto comigo, ou ele só tem uma tara tão grande por mim que resolveu pegar meu irmãozinho também.  – Nesse momento eu não sabia se ria junto a ele, ou chorava, afinal, isso se relaciona a mim!

 

-É tão ruim assim?! – Finalmente o babaca parou de rir.

 

-Ah, relaxa, você supera – nesse momento ele se levantou – Bom, foi muito legal esse nosso momento entre irmãos e tal, mas, eu vou indo...

 

-ESPERA! – gritei e segurei em seu braço – Trent eu... estou com fome... – parecia até que voltamos na época quando eu tinha doze anos, sozinho em casa e sem nada para comer. Quando finalmente meu irmão chegava e me “resgatava”.

 

-E o foda-se? Serio, que porra eu tenho com isso? - parece que ele perdeu o "heroísmo" ao passar dos anos.

 

Eu apenas trocava olhares entre o chão e seu pescoço timidamente, como se quisesse passar o recado sem nem ao menos dizer nada. E foi eficaz.

 

-Ah não, eu não vou deixar você morder meu pescoço para tomar meu sangue, além de ridículo isso é uma puta viadagem e muito errado. Vai chamar uma das suas vadias.

 

Eu até podia tentar ataca-lo, mas, eu realmente não estou afim de levar outra surra.

 

-Por favor Trent! Eu estou faminto! Você é minha única chance de acabar com essa agonia! – minha voz saiu mais melosa do que gostaria, mas pareceu fazer efeito.

 

O loiro apenas suspirou e sentou-se em uma poltrona, estendendo o braço em minha direção. Eu me ajoelhei a sua frente, em seguida segurando e ficando meus dentes em sua pele branca, alimentando-me de seu sangue. Seu gosto era metálico, como esperado, com um toque ligeiramente apimentado.

 

Boyett permanecia com os olhos em mim, esperando eu acabar. Não aparentava estar emputecido, nem impaciente, permanecia apenas despreocupado, como se eu não estivesse quase devorando seu braço.

 

 

-E então? Já acabou? - Aparentemente, sangue humano parecia me satisfazer bem mais rápido do que o animal, considerando que pouco tempo depois o soltei.

 

-Já – limpava os cantos de minha boca, por onde escorria o liquido carmesim – muito obrigado.

 

-Que seja – mais uma vez, retirou-se em direção ao quarto, mas não sem antes fazer um cafuné desleixado em minha cabeça. Geralmente ele faz isso para me irritar, o que sempre funciona já que levo um bom tempo arrumando o cabelo, mas senti que dessa vez estava mais para um gesto afetuoso.

 

De qualquer forma, apenas volto para minha cama, praticamente me jogando na mesma. Sinto todo cansaço que me afligia me atingindo como se fosse um tiro, e simplesmente apago. 


Notas Finais


Okay, eu realmente n gostei de como saiu o cap maaaaaaaaaaaaaas é oq deu. Eu tava com bloqueio nesses últimos dias, e msm q eu ja tivesse planejado escrever e postar o cap uma semana depois do anterior, não consegui. Espero que eu consiga desenvolver o romance a partir do próximo, pq sinceramente eu msm estou achando esses caps meio irritantes.

Sobre o Trent ter pacto com o Damien, foi uma coisa q me ocorreu, e eu refleti MUITO sobre se isso era realmente uma boa deia, se n ia fcr clichê e essas caralhas, mas no fim eu tbm pensei "ah foda-se acho q vai fcr legal, e msm se n fcr bm, eu excluo e reescrevo" (mas eu n ia fzr d qlqr forma pq sou preguiçosa) e eu n sei se quero fzr deles um ship (msm q tenha me ocorrido). Se qsrm expressar a opinião d vcs sobre isso eu agradeço d td meu coração X3

É isso por hoje, obg d novo a tds q comentam, favoritam, leem, etc! Se puderem fzr criticas (boas, construtivas ou msm dzr q ta uma bela d uma merda) eu aceito tbm!

Beijos e ate o próximo! <3


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