Capitulo 12- Third Chance
Eu estava mal. Muito mal mesmo. Eu chorei bastante, mas mesmo assim eu ainda sentia mais vontade. Estava começando a me arrepender de ter brigado com ele, eu estava sendo meio precipitado. E acho que brigar com ele não me fez bem, sinceramente eu nunca estive tão mal. Talvez eu esteja sendo precipitado demais, e talvez eu devesse dar uma chance pra ele. Mas agora já não da mais tempo, aconteceu. Me levantei como se um tilojo me puxasse pra baixo, mas eu consegui. Coloquei um casaco rosa e jeans rasgados. Pela minha cara eu tinha chorado o dia.
Desci as escadas com a cabeça baixa, para que ninguém visse que eu chorei a noite inteira e só conseguia pensar em como eu havia sido precipitado demais. Que droga!
-Vou indo,tchau mãe!
-Tchau...
-Ei,aonde pensa que vai?- minha prima me barrou.
-Escola.
-Não antes de me contar o que aconteceu.
-Como assim?
-Você não está bem.
-Por que diz isso?
-Primeiro: seus olhos estão vermelhos.
-Eu não dormi direito...
-Segundo: deu pra ver que você estava soluçando.
Merda, devia ter parado o soluço ANTES de sair do quarto, não na hora. E agora ela não vai mais parar de me encher. Saco!
-Isso é normal.
-Terceiro: sua cara tá inchada.
-Acho que eu bati a cara na escada.
-Ai, larga a mão de ser trouxa e admite logo.
-Tá, eu posso ter chorado.
-Por que?
-Sei lá.
-Fala logo, bobão.
-Nãaaao.
Enfiei a cabeça no travesseiro. Nem a pau que eu ia falar pra ela que o babaca do Marshall me beijou e eu dei um surto. Falando assim até parece que EU sou o errado.
-Eu vou te bater se...
-O Marshall me beijou.
-E?
-Ele prometeu que ia mudar! Eu acreditei nele, e ele só quer me usar!
-Que usar o que? Ele só te beijou.
-... Mas eu não deixei.
-Mas você não proibiu. Cara, você acabou de perder uma chance.
-Como assim?
-Vai dizer que não gosta dele? E ele tá tipo, muito na sua.
-Para, sua tonta.
-Só pensa nisso.
-Ok.
Ela saiu de lá e me deixou plantado com meus pensamentos. Será que ela estava certa? Será que eu fiz muito cú doce? Não sei... Então eu só fui pra escola pensando em batatas. Batatas caseiras, batatas fritas, qualquer coisa envolvendo batatas.
Chegando lá vi ele e meu coração parou. Eu não sabia o que fazer. Eu queria falar com ele, mas será que ia adiantar? Ou será que ele só iria continuar daquele jeito. E será que a Bonni tinha razão? Será que eu estava sendo muito injusto? Eu sou muito orgulhoso pra admitir meus erros.
-Oi...- ele disse baixo, como se dissesse pra ele mesmo. Droga! Como ele pode ficar tão lindo em regatas cinzas e jeans acabados? Se fosse não fosse tão fácil amar ele eu nem tentava odiar.
Que? O que eu tô falando. Merda. Eu tô ficando louco, eu tô falando comigo mesmo. Ok, pode me internar.
-Olha me perdoa por ontem? Eu juro que eu não queria, mas é que você é tão... Por favor.
-Tão o que?
-Nada não.
-Agora fala.- disse meio bravo.
-Gostoso...
Eu comecei a rir. Prêmio de maior trouxa do ano vai pra quem? Pra mim obviamente.
-Você acha mesmo?
-Pra caralho!
Eu ri de novo. Merda. Eu sou muito idiota. Minha boca e meu cérebro não agem juntos. Certeza.
-Isso quer dizer que você não está bravo comigo?
-Olha, você me deixa meio traumatizado.- ele riu, por que? Tá né.- Mas, eu admito que talvez eu seja um pouco exagerado.
-Um pouco?
-Ok, bastante.
Ele ri. Eu odeio admitir, mas a risada dele é muito linda. E as covinhas dele são perfeitas.
-Dessa vez eu deixo.
-Isso quer dizer que eu posso te beijar de novo?
-Não.
-Droga!
Na hora eu queria falar sim. Mas né, tenho que me fazer de difícil. Eu adoro isso. Esse sentimento. O que eu tô falando? Credo.
-Então... Quer sair comigo?
-Que rápido...
-Desculpa...
-Mas pode ser.
Eu dei um sorriso idiota. Credo. Eu pareço um idiota apaixonado. Mas será que estou? O que está acontecendo comigo? Eu acho que eu estou realmente perdido.
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