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História I just wanna be yours (harry potter - yaoi) - Three of Three


Escrita por: mybaeslash

Notas do Autor


GENTE, EU SOU DOIDA

Eu concluí essa fanfic há meses no Wattpad e esqueci de atualizar aqui também! 🤦🏻‍♀️

Creio que para mim aqui também tava concluída, enfim a doida

Boa leitura e espero que gostem do último capítulo da trilogia!

Capítulo 3 - Three of Three


Fanfic / Fanfiction I just wanna be yours (harry potter - yaoi) - Three of Three

Novamente era Natal, aquela época sempre trazia memórias ruins. Costumava passar os natais de sua infância com sua mãe após o bebado maldito do seu pai sair para o bar, Eileen não possuía dinheiro para uma grande festa com peru natalino e tortas, mas ela se esforçava, assava frango para eles, fazia um creme com ovos e leite e despejava em camadas de bolachas ao leite que comprava. Então jantavam juntos e depois assistiam filmes natalinos sentados no chão junto a televisão da sala, o sofá havia sido vendido, mas o eletrodoméstico havia sobrevivido ao vício de Tobias, não por Eileen ou Severus, mas porque gostava de beber assistindo televisão. 


Após a meia noite abraçavam-se e trocavam presentes, sempre presenteava a mãe com flores que recolhia pelos jardins do bairro. Recolhia, não roubava. E ela sempre o presenteava com algum livro, grande parte de sebos. Quando os encontrava muito baratos, chegava a comprar dois. 


Desde seus onze anos era liberado após a meia noite para visitar a melhor amiga, Lílian. Ela sempre o esperava com um presente e doces, e não se importava em não receber de volta, mas Severus sim. Sentavam a calçada e conversavam até a senhora Evans chamar Lily para dormir.


A escola foi infernal por conta do ciúmes de James com a amizade deles, Snape sabia que era desconfiável uma paixão, porque a ruiva era linda e andavam de braços dados pela escola inteira, mas sempre a viu como a irmã que não chegou a ter - pois Tobias havia batido em sua mãe quando descobriu que Eileen estava grávida pela segunda vez.


Quando conheceu Regulus as coisas pioraram, porque Sirius tinha ciúmes do irmão mais novo, que assim como Lílian, dedicava sua atenção a Snape. 


James e Sirius eram dois babacas, mas melhoraram com o tempo, principalmente Potter. Lílian havia dado um ultimato a ele no dia em que aceitou o convite para sair: Só iria se ele e os outros marotos prometessem deixar Severus em paz.


E eles deixaram. Sirius focou-se em Lupin e Peter, sendo tão sem opinião, também o deixou de lado. Severus não aprovava nem nunca aprovaria a relação da melhor amiga com o babaca do Potter, mas se Lílian o amava era mal gosto e problema dela.


Não tinha tempo para se importar com a vida amorosa alheia, tinha um vestibular para passar, sua única oportunidade para fugir de seu pai, o único membro restante de sua família. Sua mãe havia falecido no ano anterior de uma doença degenerativa.


Era bom em boa parte das matérias, mas geografia o deixava confuso, nesses momentos entrava Regulus, que era tão bom que o deixava raivoso. Não estava acostumado a não ser ótimo em algo e aquele ômega o fazia sentir inferiorizado intelectualmente. Fora em outros sentidos que Severus se sentia inferior, não somente a Black, mas em geral.


— Você fica sexy estudando. — o ômega de olhos prateados e cabelos curtos disse, observando-o do outro lado da mesa abarrotada de livros e cadernos. A franja longa o deixava misterioso, Regulus vivia com essas brincadeiras, sempre o deixando desconfortável.


— Pare. 


— É só a verdade, Sevie... — deslizou o pé pela perna do alfa, mordendo os lábios suavemente.


— Seu namorado vem aí. — ergueu os olhos para Rebastan Lestrange, que se aproximava pomposo.


— Como vai, Seboso? — se inclinou sobre Regulus, que não dignou-se a olhá-lo, mantendo seu foco no moreno.


— Não o chame assim. — empurrou os braços do alfa. — E nos deixe estudar. 


Lestrange os deixou, deixando duas batidinhas no ombro de Snape, um pequeno aviso.


— Por que as pessoas tem ciúmes de mim? — bufou, passando a mão longa e pálida pelos cabelos, enfeitada com o anel dos Prince. Regulus se inclinou.


— Porque você é gostoso.


— Eu já não disse para você parar de brincar comigo? — bufou. — E se eu sou gostoso, por que me chama de Seboso? — cruzou os braços.


— Porque o seu shampoo é ruim, mas eu deixo você tomar banho lá em casa. — voltou a deslizar o pé pela perna do alfa, que dessa vez permitiu, deixando para ver até onde Regulus iria. O ômega não vacilou, tocando a ereção do mais alto com a ponta do sapato social. Snape arfou, levantando rápido, seu pau antes estava flácido, mas isso mudava agora. Regulus foi rápido em focar seus olhos tempestuosos naquela área. - E aí?


— Você tem namorado! — enfiou os materiais na bolsa preta, pendurando-a lateralmente. A escola forneciam quatro uniformes, Severus e Regulus usavam o mesmo, com gravatas verde e prata, suéteres com detalhes nas mesmas cores e cinza, calças sociais e sapatos. Apenas membros dos times e equipes possuíam uniformes diferentes.


— Eu sei, é o que torna tudo mais interessante.


— Para de brincar comigo, Regulus. — apoiou as mãos contra mesa, se inclinando sobre o ômega.


— Ou o quê? Vai me punir? 


— É o que você mais deseja, não é? — tocou o queixo do menor, provocando-o também. Regulus parecia tão sério, mas sua falta de autoestima não permitia acreditar que os flertes de Black eram verdadeiros.


Mas aparentemente sim. O ômega focou seus olhinhos brilhantes na boca fina do alfa, inclinando-se como se estivesse em um transe, permitiu o beijo casto, se afastando em seguida. Ele parecia embaralhado, perdido. Com as bochechas vermelhas e os olhos prateados encarando o tampo da mesa.


Respirou fundo, virando-se e indo embora da biblioteca.


O problema é que haviam muitos alunos ali e boatos corriam rápido, logo chegaria aos ouvidos de Rebastan que Regulus beijou Severus Snape.


[...]


Passou a noite inteira pensando sobre o pequeno beijo, se é que poderia chamar assim. O cheiro do ômega parecia ter grudado ao seu uniforme e estava tão perto, tão torturante, que rosnou antes de não aguentar mais e ter que se tocar.


Acordou exausto, sentindo que mal havia piscado. Tomou um banho rápido e gelado, mas estavam sem energia elétrica. Mesmo se Regulus o quisesse, Orion e Walburga Black nunca aceitariam um pobretão como alfa do único ômega deles. Era comum entre famílias aristocráticas casamento arranjado, o que havia acontecido com Lucius e Narcissa e Bellatrix e Rodolphus. 


Os Malfoy tiveram sorte de terem se apaixonado antes, mas Bella nunca amaria Lestrange. Era amigo deles, andavam juntos pela escola antes da formatura do quarteto. Agora eram só ele, Regulus e o odioso Rebastan.


Passou na casa de Lily, que o recebeu com um beijo no rosto e uma fatia de bolo. Ela sempre sabia quando ele estava precisando.


— Obrigado, Lils. — beijou a testa dela.


Lílian havia saído mais cedo da escola no dia anterior, então não chegou a ouvir os boatos de que Rebastan havia dito que "pegaria Snape na saída" e menos ainda sobre o beijo, que Snape contava agora enquanto caminhavam de braços dados. A dupla de amigos chegou em frente aos portões de Hogwarts já atrasados, entraram correndo e o zelador Filch fechou os portões.


Estranhamente, a escola inteira parecia estar no pátio e mais estranho ainda foram os Marotos e Regulus correndo em sua direção.


Severus respirou fundo, já imaginando o que poderia ser. Por que tanta merda acontecia com uma só pessoa? Zeus não poderia espalhar um pouco os problemas entre as pessoas?


— Ranhoso, pula o muro. — James segurou nos ombros do mais alto, girando o corpo dele em direção a quadra da escola.


— Sevie, me perdoe! — Regulus segurou a mão do alfa, que a puxou do contato.


— O que você fez? 


— Hey! Não fale assim com ele! — Sirius apertou o cenho.


— Rebastan vai bater em você por minha culpa. 


Snape suspirou, tirando as mãos de James de si e sem responder ninguém, voltando a caminhar em direção a escola.


— Não seja um corajoso idiota! — Remus tentou interromper seu caminho.


— Me deixe estudar, Lupin, tem prova hoje e eu não posso perder. — suspirou. — Um soco a mais ou a menos não fará diferença.


Os cinco meninos suspiraram tristes, Lílian fungou, seguindo o melhor amigo. Regulus sentia tanta culpa. Mas James, idiota e corajoso, virou-se para Sirius, o único outro alfa do quinteto.


— Nós não vamos deixar o Seb-... Verus apanhar.


Sirius fez uma careta. Regulus segurou o braço do irmão, implorando para que ele ajudasse.


— 'Tá bom, caralho. — bufou.


Severus fez sua prova de matemática com tranquilidade, sabia todas as respostas e ajudou Lily com uma cola discreta. Só entregou sua prova assim que ela havia entregue, saindo juntos para o refeitório.


— Sinto muito por estar passando por isso de novo. Logo agora que James e Sirius pararam com as piadinhas e as agressões. — fungou, pegando uma bandeja.


— Pare de chorar, Lils.


— Não consigo.


Abraçou a ômega pelos ombros. 


— Vai ficar tudo bem. 


James pigarreou. — Tudo bem por aí? — entrou entre os amigos, colocando uma maçã em sua bandeja. — Querem almoçar com a gente?


Lily olhou pedinte para o mais velho, que assentiu somente para agradá-la.


— Sim. — respondeu seco, seguindo Potter em direção a mesa onde os outros três estavam sentados. Buscou Regulus ao redor e o encontrou olhando em sua direção entre os braços de Rebastan, que também o encarava. Sabendo que já estava fadado, Severus piscou. Apreciou o alfa rosnar e o ômega baixar o rosto, sentando ao lado de Peter, que o encarou de lado.


— Oi. 


— Oi. — estranhou, focando em seu almoço enquanto o ômega loiro continuava a focalizar seu rosto. 


— Tudo bem? 


— Sim.


— Também estou bem.


Severus assentiu, mordendo um pedaço do seu hambúrguer. 


— Esse hambúrguer é ruim, tem uma lanchonete bem legal aqui perto. — sorriu, expondo os dentinhos pequenos. 


— É a única opção que a escola oferece.


— A gente pode almoçar um dia nesse restaurante. 


Paralisou, Pettigrew estava convidando para um encontro?


Sabia que poderia ir, e estava se sentindo burro por negar. Encarou Regulus a distância, tão desconfortável entre Rebastan e os amigos. Queria que ele saísse de lá, sentasse ao seu lado. Tocaria seu rosto pequeno e o daria um beijo de verdade. E não importava se apanhasse todos os dias.


Regulus era como ele, alguém preso pela família e sem ter como fugir. Sorriu triste, encarando os olhos azuis de Peter.


— Não posso.


As aulas restantes passaram rápido, diferente do que esperava, na saída James e Sirius entraram em sua defesa, fazendo Rebastan se acovardar. Porém quando os dois alfas se afastaram, Lestrange o puxou pela gola da camiseta e antes que pudessem intervir, seu rosto foi socado com tanta força que seu olho não ficou somente roxo, como seu supercílio abriu um talho enorme que manchou sua roupa. 


Regulus afastou Rebastan com as mãos delicadas e o alfa não ousou tocar nele, Sirius afastou o irmão do namorado e James levou Snape para a enfermaria.


— Sinto muito por Rebastan e por ter estado no lugar dele algum dia.


— Vocês não são diferentes, Potter, dois ciumentos. A diferença é que Lestrange tem razões para isso. 


Seu rasgo foi costurado, Madame Pomfrey o obrigou a tomar remédio para dor e permitiu que ficasse deitado. 


— Oi. — Regulus empurrou a cortina que o isolava do resto da enfermaria. — É tudo minha culpa. 


— É. — suspirou. O ômega fungou. 


— Sinto muito, Sevie.


— Você não deveria brincar com os sentimentos dos outros. — tocou o rosto do ômega. — Gosto de você.


— Eu também gosto de você. 


— Mas você não pode. — riu irônico.


— É, eu não posso. Vou me casar com Rebastan.


— Não esqueça que a vida é sua. Que é você quem vai vivê-la.


— Adeus, Sevie. — tocou os lábios do alfa com os seus, Severus o segurou com força, quase trazendo Regulus para sobre seu corpo. O beijou como se nunca mais fosse beijar ninguém.


Óbvio que beijou nos anos que se seguiram, beijou, transou, mas nunca casou. Nunca conseguiu esquecer completamente Regulus Black. 


Se formou um mês depois e mesmo sendo padrinho de Draco e Harry, nunca mais viu Regulus. A morte de Lílian e James levou um pedaço de si para o túmulo também. Não era dos mais carinhosos, mas tentou ser um bom padrinho para o menino, a única coisa que restou de Lílian.


E agora, dezesseis anos após a morte da amiga, aceitou o convite de Lucius para o Natal, pensava apenas na perda dos amigos, tão focado em sua dor que esqueceu de uma delas - Regulus.


Não morto, mas como se estivesse. 


— Severus! — Narcissa o abraçou polidamente, indicando para que a governanta removesse os embrulhos dos braços do homem e colocasse debaixo da árvore. — Estão todos aqui! Até Andrômeda!


— Que... Beleza! — sorriu falsamente para a cunhada. 


Como um clichê, seus olhos colaram-se a imagem do pequeno ômega junto a mãe e o marido no sofá. Regulus tinha os olhos acinzentados focados na mesa de centro, olheiras enormes e palidez completavam seu estado deplorável. Estava em silêncio, enquanto seus acompanhantes conversavam entre si. 


O ômega ergueu a cabeça, o encarando nos olhos. Pareceu por alguns segundos paralisar, então sorriu pequeno, voltando-se para a taça de espumante em sua mão.


Seu coração disparou, tão forte que sentiu que iria ter uma parada cardíaca aos trinta e sete anos.


Respirou fundo, passando o mais longe da área onde os Lestrange estavam, unindo-se a Sirius e Remus que fotografavam Teddy entre os presentes.


Pegou uma taça quando um dos garçons passou por si, se abaixando ao lado do garotinho de cabelos castanhos.


— Tio Sevie, trouxe presente? — Teddy enrolou os bracinhos ao redor dos ombros do professor.


— Você trouxe?


— Só o papai tem dinheiro. — fez um biquinho. — Eu não.


— Okay, mas eu trouxe. — piscou. Teddy riu feliz, voltando para sua posição entre duas caixas.


— Está tudo bem? — Remus apertou meu ombro, assenti para o ômega.


— Por que não estaria?


— Oh, Severus, não finja! Eu te conheço.


— Estou bem, Remus, eu juro. 


Ele revirou os olhos e Lucius apareceu, me guiando em direção aos sofás. Que ódio.


— Meu amigo, nem te conto.


— Por favor, fique calado então.


— Ontem a noite Draco veio falar comigo... Quer pedir Harry em casamento.


Sentei em uma poltrona e ele sentou na poltrona ao meu lado. Pude sentir o cheiro de Regulus, tão perto quanto não sentia há anos. Tentei focar minha atenção em Lucius, mas não consegui.


— Legal. — levantei, puxando minha cigarreira de prata e passando pelas portas duplas em direção a varanda. Acendi um, apoiando a taça sobre a mureta enquanto nevava sobre meus cabelos.


— Quanto tempo, velho amigo. — aquela maldita voz soou atrás de mim. Virei para encará-lo, assistindo fechar a porta. 


— Não tanto quanto o necessário.


Deixou sua taça ao lado da minha, próximo demais para a minha sanidade. Como eu sou patético! Vinte anos estagnado amorosamente por conta do mesmo ômega, que me encarava agora como se o tempo não tivesse passado. 


— Sempre tão gentil. — ironizou, lambendo os lábios ressecados.


— Está frio para um ômega.


— Não me importo. 


— Mas eu sim. — bufei, removendo meu casaco e passando ao redor dos seus ombros miúdos, ele deu um passo à frente e eu um para trás.


— Sempre tão cavalheiro.


— Você usa demais a palavra sempre. — soprei a fumaça na direção do vento. 


— Sua cicatriz é quase nula. — ergueu a mão, tocando meu rosto. Esses contatos entre as pessoas são normais ou eu que os odeio e evito? 


Travei meu maxilar, minha pálpebra tremia sob seu toque sensível.


— Seu marido não vai gostar disso e eu não quero estragar o Natal. Não sou mais o mesmo Severus e não vou deixar barato.


— Eu sei, você mudou muito e ao mesmo tempo não. — desceu sua carícia para minha bochecha, deslizando o polegar sob meu nariz adunco, então pelos lábios.


— Não brinque comigo, Regulus. — novamente eu estava me sentindo com dezoito anos, perdido e fraco.


— Eu não minto, tudo o que disse é verdade.


— Mesmo assim continua sendo um covarde. — segurei seu pulso e o empurrei, abri meus olhos, encarando os acinzentados que tanto odeio. Malditos olhos expressivos.


— Eu sei, sou covarde, fútil, fraco... Tantas coisas. — deu de ombros. 


— Quem diz essas coisas de você? 


Sou realmente patético, em um segundo estou deixando minha mágoa me dominar e agora estou preocupado em protegê-lo.


— Rebastan, mamãe... Sirius... Eles não mentem, eu concordo. Nunca amei meu marido, mas ainda estou casado. Não consigo me divorciar. Me sinto preso. Sempre me senti. Menos quando estava com você. — me encarou. — Você sempre respeitou meu espaço e jamais me sufocou.


— Então por que não me escolheu? — questionei em não mais que um sussurro.


— Porque você era pobre, mal conseguia se virar sozinho, imagine com um ômega que ficaria tão pobre quanto sem herança. Eu era menor de idade e ainda tinha um ano de escola.


Assenti, não o julgaria. Se eu estivesse em sua posição iria preferir o conforto a passar trabalho. A famosa frase "amor não enche barriga".


— Eu ainda te amo, Severus. Rebastan me toca somente nos cios, não sou dele e nunca serei. — segurou meu rosto. — Meu ômega não o aceita, por isso não temos filhos.


— Pare! Você não pensa o quanto me machuca pensar em você e nele juntos! — segurei suas mãos, mas não consegui afastá-las. — Eu sempre te amei, porra! Mas diferente de você não consegui fugir disso! Você me amaldiçoou com esse sentimento, Regulus!


— Agora eu posso largar tudo por você, Sev!


— Agora que eu sou rico, não é?! — ri irônico, empurrando seu corpo contra a mureta. — Interesseiro.


— Não preciso do seu dinheiro, Orion morreu e tenho a herança dele. Eu tenho meu próprio dinheiro. Mas eu não vou ter forças sozinho para sair das garras de Rebastan, preciso de você!


— Eu te odeio! — rosnei, ele soltou um gemido de dor. Colei nossos lábios com força, apertando-o tão forte que o ergui do chão sem perceber. Gemi, segurando seu cabelos com a mão desocupada. Suas unhas arranharam meu pescoço, segurando o cabelo da minha nuca com força. — Ômega maldito. 


— Sevie! — gemeu alto, ele esquecia que ao lado de nós, divididos por somente uma parede, estavam mais de dez alfas com audições perfeitas?


— Calado. — afastei seu corpo. — Não vou fazer nada por você, se me quiser mesmo corra atrás! — peguei minha taça e sai. 


Cheguei descabelado na sala de estar, tão zonzo que não pensei em meu pescoço arranhado, camisa amassada e lábios inchados. Céus, onde estava meu casaco?


Rebastan veio para cima de mim como um raio, mas desviei. 


— Onde está meu ômega?! — rosnou, Lucius e Sirius vieram para perto.


— Por que eu saberia? — me encarei no espelho as suas costas. Parecia que eu havia fodido.


— Talvez porque está exposto na sua cara que estava com alguém!


— E por que essa pessoa seria o seu marido? Não confia nele?


— Não seja sonso, confio em Regulus longe de você!



Sou uma exceção então? Bom saber.


— O que está acontecendo? — o citado saiu da varanda com meu casaco em mãos. Zeus! Por que não jogou um raio sobre essa criatura?


— Aí está a prova! — apontou para o tecido, cortei caminho até Regulus e segurei meu casaco.


— Prova?


— De que você estava com ele! — apontou o dedo no rosto do ômega, baixei seu braço.


Regulus segurou o braço de Severus, surpreendendo todos. — Você está certo, Rebastan, eu estava com Severus e quero deixar você.


Que belo Natal em família!


Bellatrix deixou sua taça cair no chão, encarando a cena de olhos arregalados. Snape não se moveu, tão paralisado quanto Rebastan.


Que essa fosse a última vez que Regulus o metesse em problemas, mas poderia deixar passar por conta do toque dele em seu braço. 


Lestrange ergueu o braço e o alfa moreno segurou. — Não, Rebastan, apenas vá embora e pare de se humilhar. — empurrou-o suavemente.


Lestrange rosnou para Regulus, se virando e indo embora.


— Covarde! — o ômega choroso reclamou, esfregando suas orelhas doloridas. Snape respirou fundo, beijando os cabelos curtos dele e o puxando também em direção a porta. 


— Vamos embora, Reg. Vou te levar para casa.


— Não quero ir para onde Rebastan está.


— Não, a minha casa.


[...]


Severus deixou o ômega descansando sobre o sofá da sala, indo na cozinha conferir o que tinha para comerem. Ainda era véspera de Natal. Céus, após vinte anos passaria uma noite de Natal com Regulus.


— Só tenho pão velho e comida para fazer, posso pedir uma pizza. — ofereceu, voltando a sala. O menor tinha os olhos na lareira acesa, ainda com o casaco do alfa cobrindo seu corpo.


— As pizzarias estão trabalhando? 


— A indústria nunca para.


Lestrange assentiu com um sorriso. 


— Você... Eu sei que não posso aparecer depois de vinte anos e te pedir algo. Mas eu nunca parei de pensar em você, Sevie. Eu te amo. Quero ficar com você. — levantou, segurando o rosto do alfa e o trazendo conta o seu. Snape não relutou, segurando-o entre seus braços enquanto tomava a boca pequena. 


Regulus se deixou ser deitado sobre o tapete macio, e o mais velho empurrou a mesinha de centro, abrindo espaço para os dois corpos.


— Sempre quis você, Reggie. — lambeu o pescoço do ômega, abrindo a camisa dele, expondo o peito magro e sem marcas.


— Não diga nada. — fechou os olhos, aproveitando as sensações que nunca sentiu antes. Seu sexo com o marido acontecia sempre em seus heats, permitia que os instintos que o ômega comandassem, assim livrando-se das imagens e das memórias de seus atos com Rebastan. 


Snape despiu o outro homem devagar, beijando cada espaço de pele exposto por suas mãos. As coxas de Regulus eram musculosas como a barriga plana, a ereção mediana gotejava, apontando vermelha para o umbigo do ômega. Este apertava as mãos contra o tapete, arrepiando-se e gemendo a cada mísero toque. Severus soprou sobre a ereção do mais novo, apreciando as sensações que ele expunha tão sensível. 


Segurou o membro, lambendo as bolas antes de tomar todo o comprimento de Reggie entre os lábios. Chupou de olhos fechados, sorvendo toda e qualquer mísera gota de lubrificação. Rosnou com o aperto em seus cabelos, fazendo Black gemer alto, vindo em seus lábios. Não se surpreendeu pela rápida ejaculação, Regulus parecia tão inexperiente quanto afirmava ser. 


Removeu suas roupas, segurando o ômega e sentando no sofá com ele sob seu colo.


— Se você comandar irá doer menos. — ajudou o mais baixo a se ajeitar sobre seu colo. Beijou os lábios entreabertos, empurrando a franja de Reggie para fora do rosto. — Eu te amo.


O ômega apertou os braços ao redor dos ombros do alfa, beijando-o com desespero. 


— Eu te amo. Sou um idiota. — segurou o rosto do alfa. — Me desculpe.


— Shh. — ergueu o quadril, puxando o de Regulus para baixo. — Senta.


Assentindo, segurou o pênis de Snape, sentando sobre a ereção enquanto grunhia baixo, mesmo tão lubrificado por sua excitação ômega, não era o suficiente.


— Vou te morder, meu ômega. — Severus deitou Regulus contra o estofado quando este se mostrou mais receptivo.


Black gemeu, expondo o pescoço. Sem controle, Snape avançou, mordendo-o com força, sem suportar a ideia de voltar a ser separado de Regulus uma segunda vez.


Mas agora ninguém mais poderia. Eram um do outro.


Eram um só.


Notas Finais


O que acharam desse vai e volta cheio de tre-le-le?

Eu AMO SeverusxRegulus DEMAIS

Comentem o que acharam (desse cap e da trilogia) e favoritem!

Digam também se gostariam de ver mais fanfics assim, de um mesmo universo com 3 casais ou mais diferentes se interligando


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