História I kissed a boy - Vmin - Too good to deny it

Como se não bastasse o bolo de coisas que estava sentindo naquele momento angustiante, ainda por cima estava com peso na consciência pela conversa que tivera com Jungkook mais cedo.

—Hyung, sabe aquele veterano do Jimin, Kim Namjoon?

— Sei. Ele dá monitoria de inorgânica, se não me engano.

— Sim, e ele tá fazendo estágio aqui no laboratório de fluidos e escoamento, eu o vejo praticamente todo dia.

— Tá, mas e daí?

— E daí que eu tenho um abismo por esse cara e estou pensando em investir, mas quero a opinião de alguém que namora um químico antes .

— Olha, se você estiver disposto a ficar na punheta até a mão cair e a viver desviando das cantadas nas festas a que for sozinho, que vão ser muitas...

— Espera, espera, espera. — abanou as mãos perto do seu rosto  — Pensei que vocês estavam ativos. Não está morando com ele?

— E você acha que ele chega que horas em casa? Não sei que fogo noturno esses químicos têm que as merdas dos laboratórios funcionam a madrugada inteira, e quando não é isso é aquele livro gigante cheio daqueles tracinhos loucos. O Jimin até caga lendo aquela desgraça, se fosse à prova d'água levava pra debaixo do chuveiro também.

— Calma...Isso é sério? — o dongsaeng estava com os olhos arregalados.

— É, e muito. Se você tem um abismo por um químico e quer se jogar nele, se jogue, mas caia sabendo que vai se estribuchar lá embaixo.

Aquilo não era de todo mentiria, mas havia sido um pouco injusto. Ou muito. Talvez bastante.

Óbvio que ele adorava namorar o apaixonado por moléculas e partículas do mundo quântico, mas, poxa, ele tinha seus motivos pra ter desabafado!

Pelo contrário não estaria ali, às uma da madrugada de pleno dia dos namorados, deitado sozinho na cama de casal, só com uma camiseta larga de Jimin no corpo super aquecido e suado, tentando inutilmente se aliviar com um travesseiro, xingando o mais velho mentalmente por tê-lo deixado naquela situação pela centésima vez.

O pior de tudo é que não dava nem pra evitar. Ele tinha fogo no rabo naturalmente, e acordar sendo abraçado por um Jimin sonolento e sem camisa já o deixava aceso desde as sete da manhã.

Tentava se acalmar durante o dia, com a rotina, com as aulas, com os ensaios para a peça em que iria atuar, com sorvete e água gelada, o que fosse. Mas conseguia? Não. Não, porquê acabava esbarrando com o mais baixo, ou o vendo passando de longe, jogando os cabelos para trás daquele jeito fodidamente sexy que só ele sabia fazer.

—Jiminnie babo. — murmurou frustrado. Queria tanto se aliviar, mas as imagens do namorado vindo em sua cabeça só o deixavam mais quente. Estava tão concentrado em friccionar a intimidade na fronha e acabar logo com aquilo que só percebeu que o outro havia chegado ao que a porta do quarto foi aberta com um rangido.

— Jimin?...

— Oh, desculpe amor, te acordei?- deixou a bolsa no chão e foi até a cama.

— Não... não estava dormindo...

— Não? — se aproximou e beijou-lhe o rosto, sentindo a tez quente nos lábios. Estranhou. — Tae...— afastou a franja e colou a testa na sua, medindo a temperatura.— Você está muito quente. Está com febre?- se afastou pra ver melhor o corpo deitado sob a luz fraca que vinha da janela. Taehyung o olhou com os olhos de pupilas dilatadas, brilhantes, antes de voltar a esconder o rosto na almofada a que estava abraçado, apertando mais ainda o travesseiro entre as pernas.

Engoliu em seco, um arrepio desceu pela sua coluna e seu baixo ventre formigou. Abaixou até alcançar a orelha do mais novo.

— Bebê... Você consegue...esperar só mais um pouco? Eu só quero tomar um banho primeiro.

Já ia dizer que não, mas sentiu o cheiro de sílica que vinha do outro, então apenas balançou a cabeça, concordando. Não queria transar com um Jimin cheirando a laboratório farmacêutico.

O mais velho selou sua orelha antes de sair apressado. Voltou a se movimentar devagar enquanto ouvia o barulho do chuveiro, fazendo um estímulo fraco e constante até o namorado terminar o banho.

Jimin mal se enxugou e voltou pro quarto. Engatinhou pra cima do mais novo, este ainda movendo o quadril lentamente no travesseiro. Tirou o objeto dali ao que girava o corpo suado e se deitava sobre ele, beijando suas bochechas demoradamente enquanto puxava de leve seus cabelos.

Taehyung imediatamente o abraçou de volta, esfregando sua intimidade na dele, rebolando abaixo de si.

— Tae...— chamou o mais novo que já gemia sôfrego em seu ouvido. - a quanto tempo você vem se aliviando sozinho?

— Desde que você esqueceu que eu existo, talvez? — parou de se mover um pouco.

— Taehyung, e-eu... — se sentia péssimo. Estava tão confortável em saber que o namorado estava vivendo em sua casa quanto preocupado em não deixar parecer que só o que queria com ele era sexo, que nem notou estar deixando o outro na mão, literalmente, sem contar com os estudos. A Química conseguia ser tão ciumenta quanto o próprio Taehyung.

— Shh...— pôs o indicador nos lábios trêmulos. — Eu consigo imaginar no que está pensando. Se disser que, além de tudo, estava com medo de me fazer pensar que você só me quer pra transar, eu vou ficar puto. De verdade. Então apenas cale-se.

— D-desculpa.

Segurou o rosto bonito entre as mãos, beijando o biquinho que havia se formado na boca rosada.

— Mas... você podia ter me avisado... — desceu o rosto para o pescoço já curado das últimas marcas que havia deixado.

— Não queria te atrapalhar. — suspirou, sentindo a sucção forte no pescoço.

— Pode atrapalhar. — lambeu o hematoma que acabara de fazer na pele amorenada. — por favor, Taehyung — mordeu sua mandíbula — Basta pedir, que eu largo tudo o que estiver fazendo — beijou por sobre a marca dos dentes — E venho cuidar de você.

Respirava com dificuldade, puxando os cabelos de Jimin com força. Se ele ao menos soubesse que tipo de coisa estava dando em suas mãos dizendo aquilo.

Jimin pegou seu braço pelo pulso e beijou ali, depois por toda sua extensão até a manga da camisa, depois beijou o ombro exposto pelo colarinho largo.

— Você fica tão bem nas minhas camisas. — admirou o tecido vermelho pregado ao corpo bonito por conta do suor. —Tão gostoso. Da vontade de te foder com ela aí.

— Fode então. Não precisa tirar. Faz do jeito que você quiser, Jimin-ah.

— Não. Você fica uma delícia assim, mas fica ainda mais sem nada.— tirou a camiseta com a estampa da atlética de química do corpo delgado, enchendo o tronco liberto de beijos e chupões.

Chegou no membro ereto e lubrificado, abraçando-o com os dedinhos e sentindo sua textura enquanto via Taehyung revirar os olhos. Passou o polegar pela fenda de onde se formava um gota perolada e pressionou, o outro gemeu alto em resposta. Não precisou aumentar muito a velocidade da punheta antes do mais novo gozar nas suas mãos.

— Jiminnie...— ia reclamar, um pouco frustrado por ter gozado tão rápido, por estar sensível, mas foi interrompido com a língua quente de Jimin em sua boca.

— Tudo bem, bebê, eu sei o que você quer — disse depois de ter chupado sua língua e lábios — vou te deixar excitado o bastante para isso.- puxou seu piercing de leve com os dentes. — Só relaxa.— passou a ponta da língua por dentro do aro — Que o hyung sabe o que está fazendo.

Ainda ia o deixar excitado? Ele tinha certeza de já ter uma ereção novinha só com aquilo. Era impressionante como Jimin conseguia deixar seus hormônios quase lhe escapando pelos orifícios só com um beijo na boca.

Olhou-o nos olhos, limpando o sêmen de uma das mãos com a língua.

— Fica de quatro, Tae.

Obedeceu-o, mesmo sentido o corpo ainda amolecido pelo orgasmo recente. Abraçou uma almofada e empinou até onde conseguia.

— Assim, hyung?— perguntou, rebolando e olhando inocente para Jimin por trás dos ombros, vendo-o lamber os lábios.

— Isso, Tae. Desse jeito.

Lambeu superficialmente a entrada que piscava pra ele antes de enfiar um dedo sujo de porra ali.

— Óh... Uhm. Áh. Áh. Áh!... Jimin...— rebolava nos dedos lambuzados forçando entrada em si. Os dígitos o acariciando por dentro enquanto a língua molhada rastejava por suas coxas sem nenhum pudor.

Jimin estendeu o rastro de saliva para a nádega redondinha, chupando e mastigando a pele macia, introduzindo o último dedo no orifício apertado.

— Ôhushi....ôh...— gemia arrastado, a baba lhe escapando da boca sem que pudesse controlar. — uhm... Jimin...isso...isso é tortura. Uhm... Uuumm...

— Tortura?— retirou seus dedos, guiando o membro até aonde estavam e se debruçou sobre as costas largas.— Eu não quero te torturar, bebê, jamais, só quero que seja gostoso. Gostoso desse jeito.— enterrou o pênis de uma só vez, acertando o ponto doce de Taehyung de primeira. Este gritou e lacrimejou de prazer.

— Áh!... Ãmh! Ãn! Ãh! Umh... — Taehyung praticamente soluçava, afogado em tamanho prazer.

Não satisfeito em destruir o namorado daquele maneira, procurou por seu membro e o masturbou na mesma velocidade em que metia em sua próstata, acelerando aos poucos.

Taehyung estava ensandecido. Fazendo tudo aquilo com ele e ainda achava como passar sua língua inquieta pelas suas costas nos pontos mais sensíveis. Os lençóis já não eram o suficiente para puxar e a almofada estava encharcada com sua saliva.

— Jimin! Jimin! Eu preciso... Áah!.. Eu preciso te tocar...

O mais velho o girou rapidamente no colchão e seguiu com as estocadas, passando a estimular seu pênis pressionando-o com o abdômen. Procurou a por sua boca num beijo de língua obsceno, antes de provar os lábios um de cada vez com a ponta do músculo.

— Toca em mim, Taehyung-ah. Faz o quiser comigo.

E assim o fez. Deixou vergões vermelhos por toda a pele branquinha, mordeu e marcou seu pescoço, puxou seus cabelos, lambeu os lábios carnudos e gemeu neles.

— Isso. Isso. Ãnn. Ãnn. Ãnn. Áh!... Jimin ! Jimin! Ôuh!...Eu vou... — não queria que aquilo tivesse fim tanto quanto queria sentir aquele orgasmo que estava por vir.

— Goza, gatinho. — permitiu, sentindo-se no limite. A entrada quente o engolindo com gula, o deixando sem forças pra se segurar por mais tempo.

Logo ambos os corpos abraçados tremiam juntos em espasmos violentos, os gemidos tornando-se repentinamente silenciosos, o esperma de Taehyung encontrando caminho para escorrer entre as peles banhadas em suor, o sêmen quente de Jimin descendo viscoso pelo canal estreito.

Taehyung soltou Jimin a contragosto quando este saiu de si e desceu da cama.

— Jiminnie... abandono pós sexo eu não aceito.

O mais velho voltou com um pacote de lenços umedecidos e uma caixinha de veludo vermelho.

— Feliz dia dos namorados, Taehyung.— lhe deu um selinho, deitando ao seu lado e pondo o presente em sua mão.

— Feliz dia dos namorados, Jimin-ah.— o beijou de volta, antes de abrir a caixinha. Eram dois anéis prateados, ambos com uma pedra vermelha no topo. Nem percebeu as lágrimas descendo até Jimin limpar seu rosto com os polegares. Sorriu bobo, pegando um dos anéis e lendo o que estava escrito por dentro na letra estilizada.

"Taehyung para sempre"

— Esse é o seu. — pôs o anel no dedo gordinho do namorado. Pegou o outro anel e leu o que estava escrito.

"Jiminnie babo". Sorriu.

— Esse é o seu. — Jimin sorriu junto, pondo o anel no seu dedo.