História I kissed a boy - Vmin - I'm curious for you

Jimin e Jungkook se sentaram nos assentos vermelhos de um dos melhores cantos do auditório, de onde dava para ter um panorama completo do palco.

— Você já leu o livro, hyung?

— Qual, "pequeno príncipe"? Já. Quando eu era menor.

— Menor que agora?

— Tá me chamando pro x um, muleque? Sério? Cai dentro, então.

— Tão fofinho você, hyung. — Jungkook continuou provocando, bagunçando os cabelos recém descoloridos do mais velho.

— Aigoo, Kook.— riu, afastando as mãos que desalinhavam sua cabeleira loira. — A peça vai começar, fica quietinho.

As cortinas vermelhas se abriram e então a apresentação dos estudantes de graduação em artes cênicas teve início. Estavam interpretando a obra "o pequeno príncipe", Taehyung atuando como a rosa. Os olhos de Jimin brilharam. Ele estava maravilhoso. O vestido vermelho de mangas longas, a saia constituída de lâminas de tecido fino cujo formato lembravam pétalas; as pernas longas vestidas com meias de renda verde escura, que cobriam até as coxas; nos pés sapatilhas verdes de camurça. Em todas as cenas em que aparecia estava sentado no chão de tábua corrida do palco, representando a planta que não podia se mover dali.

— Agora é a parte em que eles se despedem ? — Kook perguntou baixinho.

— Sim. O príncipe vai deixar a rosa.

Jungkook olhou alternadamente para o ator vestido no sobretudo azul e para Jimin.

— Você daria um pequeno príncipe melhor, hyung. Sem zoação com seu tamanho, eu realmente acho que ia combinar.

— Não é por nada não, mas eu também acho. — olhou para o rosto levemente maquiado do namorado, se perguntando se conseguiria manter uma postura normal caso estivesse contracenando com ele. Talvez improvisar uma cena de beijo não fosse ruim.

— "Seja feliz." — a rosa desejou ao príncipe assim que ele disse-lhe adeus. — "Seja feliz. Seja feliz. Esqueça que eu não tenho ninguém, nem para onde ir. Seja feliz. Não pense em mim no inverno, toda coberta de neve." — Taehyung dramatizou, cobrindo os ombros com as mãos e dobrando os joelhos para junto do corpo. — "Seja feliz. Esqueça que eu estarei aqui chorando" — foi virando o tronco na direção do príncipe, esticando as pernas devagar — "e que eu nunca serei feliz... "—apoiou as mãos no chão e olhou para o príncipe — "... sem você".

Fechou as pálpebras, deixando duas lágrimas rolarem pelas maçãs rosadas. O príncipe deu-lhe as costas e então as cortinas se fecharam, anunciando o fim do primeiro ato.

— Uou! O hyung é mesmo muito bom nisso! — Jungkook acabou falando alto, impressionado com a atuação impecável do amigo. Jimin não falou nada, estava se esforçando para os olhos marejados não expelirem toda a água que surgira de repente. Ou ele era muito emotivo ou Taehyung conseguia mesmo acertá-lo em cheio nos sentimos, mesmo inconscientemente.

O local demorou a esvaziar depois que o teatro acabou. Os atores começaram a sair dos bastidores, combinando de se encontrar em algum lugar, mas Jimin não viu nenhum sinal de Taehyung.

— Poxa, eu queria muito vê-lo, mas já tá tarde pra caralho e eu tenho prova de variáveis complexas amanhã.— reclamos o maknae.

— Eu também tenho prova...— Jimin olhou pro buquê de rosas vermelhas em sua mão. Por que o namorado estava demorando tanto? - mas pode ir, Kook, eu digo pra ele que não teve como esperar. Ele vai entender.

Jungkook agradeceu e saiu correndo, enquanto Jimin foi pro rumo do palco procurar Taehyung nos bastidores.

— Óh! Você é o namorado do Tae, Park Jimin? — quase esbarrou com o ator principal, que estava de saída.

— Eu mesmo. Estou procurando o Taehyung, aliás.

— Acabei de me despedir dele, pediu pra te falar que você pode voltar pra casa, caso te encontrasse. — balançou a cabeça em negativa e estalou a língua no céu da boca.- Taehyung é muito teimoso, não é? Ele não está passando bem desde ontem mas não deixou adiarmos a apresentação. Inacreditável, não?

— E como.— fechou mais o punho em torno do arranjo de flores.— onde ele está?

— O camarim dele é por ali.— apontou — Terceira porta à direita.

— Obrigado.— foi para aquela direção. — Ah, e parabéns. Sua atuação foi ótima.

— Valeu! — sorriu e saiu, antes desejando melhoras para o amigo ator.

Jimin foi entrando sem pedir licença, encontrando um Taehyung ainda vestido no figurino de flor, todo encolhido num divã de veludo vermelho.

— Ji-Jimin! P-por que não foi pra casa ainda? Amanhã você tem prova.

Jimin soltou o ar pelas narinas, sem se preocupar em esconder a irritação. Sentou-se no espaço vago do estofado, puxando o corpo magro para o seu colo, sem ser agressivo, mas com firmeza.

— Por que você faz isso comigo? — segurou o rosto ainda maquiado entre as mãos. — Por que não me diz nada? — deixou um beijo casto em seus lábios. — Você sabe como eu sou lerdo pra perceber essas coisas. Se você não me disser... Não vai ter como eu saber.

— Eu não quero te preocupar, Jiminnie.— abaixou a cabeça, tentando esconder o rosto, mas Jimin o ergueu de volta, segurando em seu queixo.

— Mas eu quero me preocupar. Eu estou sempre pensando em você, Taehyung. Porque eu quero te amar corretamente. — pegou suas mãos geladas e beijou-lhes as costas.— Quero te entender. Entender como seu amor funciona. Eu...estou sempre tão curioso sobre você...— virou-as para beijar as palmas.— E não vou fazer como o pequeno príncipe fez com a rosa. Ele saiu pra tentar entender como deveria amá-la e acabou a deixando sozinha. Eu não vou fazer isso. — beijou-o nos pulsos — Vou fazer como ele deveria ter feito, deveria ter buscado saber sobre amar a flor nela, não longe dela, mas com ela. Então confia em mim, conta pra mim o que se passa no seu coração. — espalmou a mãozinha contra o peitoral que subia e descia com a respiração descompassada — Porque eu quero te entender. De verdade.

— Jiminnie...— os olhinhos amendoados se encheram e lágrimas.— D-desculpa...

— Não, não chora. — selou as duas bochechas, depois a ponta do nariz. — Está tudo bem...

O abraçou pela cintura, deitando a cabeça no peito esquerdo e apertando a audição contra o coração que batia acelerado.

— Agora...me conta...o que houve?

— Eu... tava me sentindo tonto...e ontem minha pressão caiu muito, de uma vez. Tenho quase certeza que foi a ansiedade...sabe, por conta da apresentação. Ainda não estava me sentindo preparado pra interpretar meu papel, e agora tenho certeza que foi ruim, porque eu estava sentindo que ia desmaiar a todo tempo...

—Taehyung...— levantou a cabeça para o olhar nos olhos.- Sua atuação ficou impecável. Eu mal consigo acreditar que você fez tudo aquilo mesmo sem estar se sentindo bem.

— Sério?— passou as mãos no rosto, limpando o choro.

— Sério. Estava todo mundo comentando o quanto você foi bem.— pegou o buquê que havia deixado no canto.—Toma. É pra você. Parabéns pela peça.

Taehyung pegou as flores, passando a palma da mão superficialmente por sobre as rosas, sentindo as pétalas. Sorriu bobo.

— É a primeira vez que me dá um buquê tão grande.

— O do nosso casamento pode ser maior.

— E nós vamos casar, é? — riu soprado.

— Claro que vamos. Você aceita, não aceita? — puxou seu rosto para junto do seu e capturou seus lábios num selinho. — Ou ainda tem alguma dúvida de que não tem mais como fugir de mim? — selou a boca vermelha mais uma vez, e mais uma. — Você é a flor do meu planeta, Taehyunggie. Eu te amo.

O mais novo o abraçou pelos ombros e afundou a boca na sua em um beijo. Jimin não tinha limites pra nada. Não tinha limites pra ser lerdo, não tinha limites pra ser lindo, não tinha limites pra ser romântico, não tinha limites pra arrasar seu pobre coração, dia após dia, sem descanso. Não tinha a menor pena dele, nem um pingo de compaixão. Quando que iria imaginar iria namorar esse Jimin, todo metido a Romeu, e não um nerd viciado em hq's? Ele não tinha se preparado para aquilo, mas que injusto!

— Eu te amo, Jimin-ah. — afagou-lhe os cabelos claros. Já se sentia tão tranquilo, nem parecia que tinha acabado de viver uma das semanas mais estressantes da sua vida.

Jimin sorriu, acariciando suas costas. Taehyung deitou a cabeça em seu ombro, beijando seu pescoço e descendo a mão no tronco forte, estreitando os dedos entre os botões da camisa fina. Não demorou a desabotoar tudo para poder apalpar os músculos rijos de seu abdômen.

— Taehyung...— corria a mão pelas pernas cobertas de renda, dobradas sobre as suas.

— Jimin...— sussurrou rente ao seu ouvido — você está tão quentinho...me esquenta também, daquele jeito que só você sabe fazer.— passou as pernas, uma para cada lado de sua cintura, apoiando as mãos em seus ombros e o encarando, carente. — Por favor.

Jimin não queria fazer nada com o namorado, sabendo que seu corpo certamente estava frágil por conta do estresse, mas não podia negar um pedido dele. Não conseguia. Cobriu seu pomo de adão com os lábios e sugou forte.

Taehyung apertou os olhos. O namorado sabia exatamente o que fazer para deixá-lo duro em menos de um minuto. Sentiu as mãozinhas apertando sua bunda.

Continuo explorando seu pescoço com a boca, subindo a chupadas e lambidas lentas até o final da mandíbula, arfando excitado com o quadril inquieto em seu colo.

— Hm... Ahm...— puxava os fios descoloridos e rebolava, afoito. — Ji-Jimin...— não podia nem chamar aquilo de preliminar, mesmo assim já sentia seus testículos pesados e o pênis implorando por liberdade.

— Tão sensível... — Jimin sussurrou em seu ouvido. Lambia sua orelha e sugava a cartilagem como se não houvesse amanhã. — Quer gozar, não quer, gatinho? Tudo bem. — arrastou as mãos para dentro da saia do vestido, tirando o membro necessitado do aperto dos panos, ouvindo Taehyung gemer com o toque. — Eu não vou entrar em você hoje, mas você vai gozar. — começou a masturbar o órgão molhado de pré gozo. — Vou te dar um orgasmo bem gostoso.

— Uhm...— moveu a cintura na direção da mão que o tocava.

Jimin passou um braço por seu corpo, jogando-o deitado no divã. O buquê caiu no chão durante a movimentação, mas não ligaram. O mais velho tirou suas sapatilhas e a roupa íntima, deixando as meias de renda ali. Taehyung puxou a saia do vestido para cima e abriu as pernas, deixando-se exposto aos cuidados do mais velho, que lambeu os lábios, sedento. Foi descendo o rosto pela parte interna da coxa, cheirando e beijando a pele amorenada. Deixou uma lambida na superfície do buraquinho quente que já contraía em expectativa, antes de ir introduzindo o músculo, devagar, saboreando cada passagem aberta.

— Óh...óh...oh...ow...— Seus olhos lacrimejaram de prazer com a língua quente lhe penetrando. — uhm...uhm!...

Jimin começou a lambe-lo por dentro. O músculo molhado estalando na carne inchada em sons indecentes.

— Hum... — gemeu contra o buraquinho quente, devorando-o com gula, faminto.

— Ah! A-ah! Amh...— o pano do vestido era alvo de suas mãos em agonia. Rebolava desesperado contra o rosto do mais velho, em busca de mais contato com a linguinha gostosa que lhe dava tanto prazer. — uhm. uhm. uhm. hm...aãh!...— Jimin fez movimentos de vai e volta, como que de estocadas. — ah. ah. Jimin...Jimin...— revirava os olhos, sentindo o orgasmo chegando.

Jimin terminou fazendo círculos preguiçosos dentro da entrada estreita que já tremia, antes de retirar-se com calma, arrastando a língua dali pelo períneo e subindo por toda a extensão do membro teso e coberto de lubrificação natural, descendo então os lábios por ele, acolhendo centímetro a centímetro dentro da boca, até a cabecinha tocar-lhe a garganta.

Taehyung soltou um gemido longo e manhoso. Sua garganta já ardia, sentia os lábios secos, os pulmões sufocados na caixa torácica, o coração por explodir, o corpo todo exsudando hormônios por onde podia. A boca carnuda subia e descia em torno de si, chupando-o como que a um doce, a saliva escorrendo por sua extensão. Já não podia suportar mais.

Agarrou-lhe pelos cabelos, arqueou a coluna até onde era capaz e gozou com força, o orgasmo intenso provocando-lhe arrepios longos em ondas que iam da cabeça aos pés.

Jimin deixou o membro escorregar por seus lábios, sentindo um fio de porra descendo pelo canto da boca. Sentou-se e apreciou a bagunça que havia feito. O mais novo estava completamente acabado, derretido, esparramado sobre o veludo vermelho. Os cabelos suados ao redor da testa, os olhos fechados e a boca aberta num formato adorável, o lábio inferior quase contraído em um biquinho fofo.

Comer o namorado daquela maneira o havia deixado com uma puta ereção que estava doendo no dentro da calça, mas teria de aguentar. Tinha deixado o mais novo num estado em que ele não aguentaria um segundo orgasmo nem tomando um afrodisíaco. Taehyung abriu um pouco os olhos, vendo o mais velho o encarando. Passou o indicador pelo rastro branco em seu queixo, tirando-o dali. Jimin pegou sua mão pelo pulso e lambeu seu dedo. Suspirou. Jimin já era um baita de um afrodisíaco por si só.

— Agora seu camarim vai ficar cheirando a sexo. — comentou, pegando o corpo anestesiado no colo e pegando o buquê do chão.

— Sua culpa. — ajeitou as flores sobre seu tronco, para que não caíssem de novo.

— Minha? Mas foi você que pediu.

— Eu pedi pra você me excitar, não pra me destruir.

— Pra mim dá na mesma. Não consigo te provocar sem ir até o final. Eu não brinco em serviço. Além do mais, eu gosto de te ver gozando.

Taehyung sorriu, passando um braço pelo pescoço do namorado enquanto ia sendo levado para fora do teatro.