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História I know he's married - Se a vida te dá limões...faça caipirinha.


Escrita por: mydarlingzayn

Notas do Autor


HOLA mis amores!!! SOMOS CAMPEÕES DA AMÉRICA PORRAAAA e hoje é aniversário do nosso cristal colombiano. PARABÉNS MI AMOR!
Para comemorar tudo isso VOLTEI MAIS RÁPIDO QUE O ESPERADO GRAÇAS A DEUS! Vocês não tem ideia de como eu fico feliz de postar um capítulo mais rápido, queria que acontecesse mais vezes.
Enfim, muito obrigada por todos o comentários e favoritos, VOCÊS SÃO DEMAIS!! Estou muito grata.
Agora vou parar de falar para vocês apreciarem o capítulo de hoje, lembrando que é uma continuação direta do passado por isso está menorzinho.

Capítulo 37 - Se a vida te dá limões...faça caipirinha.


P.O.V Narrador 

 

Mia e Lewis olharam para todos os lados da floresta em busca dos amigos, mas não restara vestígio deles, ao menos o som de suas vozes. 

— Shit! — O piloto murmurou. 

— Não acredito — Mia levou as mãos a cabeça rindo de nervoso. 

— Calma, estávamos indo para o leste então é só continuar na mesma direção que os encontramos. — Ele sabia que manter a calma era essencial nessas situações. 

Mia o fitou apreensiva. 

— Não seria melhor a gente esperar eles na praia como combinado? — Lewis estalou a língua. 

— E perder de conhecer aquela praia paradisíaca? — Negou com a cabeça. — Nem pensar. 

A médica comprimiu os lábios e ponderou um pouco. Para ela aquilo tinha 60% de chance de dar errado.

— Vamos lá, doutora Mia. — Lewis insistiu. — Do que tem medo? 

— De nos perdemos mais ainda — ela falou como se fosse óbvio, mas o piloto sorriu e negou. 

— Numa ilha desse tamanho? Impossível — a médica suspirou e preferiu não pensar, se pensasse mais não teria vivido a metade das coisas que viveu. Tanto boas, quanto ruins. 

— Se é assim melhor irmos logo — o piloto sorriu. 

— Assim que eu gosto. 

Ambos rumaram na direção onde achavam estavam seguindo inicialmente, sempre reto. Os únicos sons que ouviram eram pios de pássaros e o farfalhar das folhas, nada de vozes ou mais passos além dos deles. Mas ainda tinham esperanças, podiam estar indo por um caminho diferente dos demais, mas no final chegariam no mesmo lugar. Pelo menos era o que achavam. 

— Caramba, eu achei que essa ilha fosse pequena — a doutora parou se apoiando em um tronco de árvore, a respiração levemente descompassada.

— Já cansou? — Lewis questionou sarcástico ao se virar para a morena ofegante, com a mão nas costelas. — Eu podia correr uma maratona agora — provocou se alongando. 

A essa altura o piloto já tinha tirado a camisa, agora jogada sobre seu ombro. 

Mia revirou os olhos. 

" Porque mesmo que eu tenho essa atração por atletas/esportistas?" 

— Esfrega mais na minha cara que eu gosto! — Ironizou. Lewis sorriu e a entregou a garrafa com água.

— Só to cuidando de você porque o que eu quero mesmo esfregar na sua cara é o meu censo de direção — Mia fez careta enquanto tomava largos goles de água e fechou a garrafa ainda deixando uma boa reserva. Precaução necessária segundo ela.

— Que amigo você hein? — Comentou seguindo o caminho na frente do piloto. 

— Você que fica duvidando de mim e eu que sou um mal amigo? — Indagou ainda parado atrás dela. 

— É. — Falou simplesmente sem sequer virar-se. 

Eles continuam o caminho, brigando de mentira durante todo o processo até que Lewis parou de caminhar. 

— O que foi? — Perguntou ela sem entender. 

— Ta ouvindo isso? — Mia franziu ainda mais o cenho e fez silêncio em busca do som a que o piloto se referia. 

— Não to ouvindo nada — sussurrou, mas Lewis a interrompeu: 

— Escuta! 

Então ambos produziram um silêncio quase sepulcral e nesse momento o barulho suave das ondas quebrando na areia e espumando sobre a mesma foi ouvido. 

O piloto olhou desafiador para a doutora e disse:

— Achei a praia e nem precisei parar para descansar — piscou para ela que bufou. 

— Eu já disse que te odeio? — Rosnou tomando ar recebendo um sorriso como resposta.

— Essa sua forma de me odiar é bem estranha. Pensa que eu não percebi você me secando enquanto caminhava? — A doutora rolou os olhos novamente e riu. 

— Vamos logo, Hamilton — e mais uma vez tomou a dianteira se guiando pelo barulho das ondas cada vez mais alto a casa passo. 

Aos poucos a terra foi se transformando em areia sobre seus pés, a vegetação ficando menos densa e o sol mais incidente até que tudo o que podiam ver era uma faixa de areia e o mar turquesa a frente. 

A praia era linda de fato, mas estava vazia e parecia bem menor do que Robson havia descrito. Foi o que ambos pensaram.

— Essa não é a mesma praia — Mia disse. 

Lewis xingou mentalmente, mas não ia demonstrar nenhuma frustração. Não quanto tinha uma praia linda e deserta só para eles. 

— Bom, talvez meu censo de direção não seja tão bom, mas... — Mia ergueu a sobrancelha para ele. — Mas olha esse lugar! — Abriu os braços para demostrar todo o ambiente. 

A praia era fechada por rochas relativamente altas de um lado enquanto do outro o mar impossibilitava o acesso. O mar era turquesa e as águas cristalinas brilhavam a luz do sol. Um dos coqueiros se estendia próximo a faixa de areia a poucos metros do chão, ainda vivo como se por um milagre da natureza. E a areia...branquinha com várias colchas espalhadas.  

— É um santuário — ela completou o raciocínio dele que sorriu. 

— Vamos aproveitar então— ambos se olharam e sorriram partindo para o mar. 

Mia jogou a canga e a garrafa na areia antes de se jogarem nas águas de cor de pedra preciosa. 

Água morna, transparente o suficiente para enxergarem os próprios pés e os peixes que ao pararem de se movimentar se aproximaram como se quisessem reconhecer aqueles corpos estranhos no ambiente deles. 

Mia sorria como quem estava vendo algo incrível. Lewis também observava os animais marinhos, nadando tranquilamente entre ele, mas quando ergueu o rosto o seu olhar se tornou todo dela.

O piloto a achava extremamente bonita e quando sorria então...o sorriso dela o hipnotizava. 

— Isso é melhor que as piscinas — ela falou erguendo os olhos para ele, não fascinada pelos peixes que nem percebera a dedicação do olhar do amigo. 

Por falar em amigo, este desviou o olhar antes para não parecer estranho. 

— Acho que Deus olhou para mim e falou: Não vou deixa esse cara ser tão humilhado de não chegar a lugar nenhum — disse fazendo a rir. 

— Eu não humilharia você — seus dedos cortaram a lâmina de água, Lewis a olhou cético. — Só te deixaria muito machucado por ter me feito andar tanto na mata e não chegar a lugar nenhum.

Agora foi o piloto que riu e decidiu não mencionar que eles ainda estavam perdidos de certa forma. Tinha certeza que Mia sabia disso, mas eles tinham um lugar desse para que se preocupar com o resto do mundo? Existiam coisas melhores a se fazer.

"A única forma que eu te vejo me machucando é quando eu estiver dentro de você indo tão fundo e tão forte que sua única forma de descontar o prazer que eu vou te dar vai ser rasgando minhas costas com suas unhinhas." — Pensou o piloto e só de imaginar a cena já sentiu o pau querer crescer. 

— Mas eu te trouxe a um lugar — a voz do piloto soou um pouco mais grave e um passo foi dado na direção dela. — Não mereço um prêmio? — Outro passo e já estavam a poucos centímetros de distância. 

Mia sorriu maliciosa e diminuiu mais ainda a distância deixando as mãos deslizarem pelo peito moreno, sentindo a gotas de água sobre os músculos muito bem trabalhados. O piloto já não controlava mais sua masculinidade que diante daqueles simples toques já se encontrava dura. 

— Você não me trouxe no lugar certo — sussurrou olhando nos olhos do inglês, os dedos desceram pelo abdome ondulando com os tijolinhos do tanquinho enquanto faziam uma carícia pra lá de provocante subindo e descendo. 

Wis tinha os olhos só para ela, cada detalhe o excitava mais e mais, o toque suave, o som da voz, a forma que sua boca se abria ou que ela lambia os lábios propositalmente, os seios próximos ao seu tórax. Dois movimentos e ela estaria completamente nua na minha frente, tão perto. 

— Podemos entrar em um acordo quanto a isso — sussurrou também deslizando a mão sutilmente pela cintura dela e a cariciando a medida que o rosto descia até a curva do pescoço exposto da brasileira. 

— Quais são os termos? — Indagou em um arfado ao sentir a respiração dele contra sua pele húmida e depois os lábios roçando e causando arrepios. 

— Primeiro... — a mão livre dele seguiu pela coxa a brasileira, subindo até alcançar interior sensível o acariciando devagar com movimentos circulares. —...eu te dou prazer. — Mas tudo fora um prelúdio para alcançar o que ele realmente queria. Por debaixo da água os dedos do piloto encontraram o meio dela, que já pulsava mais naquele instante se derreteu com o toque suave sobre o tecido. O dedo do meio deslizando por toda a rachadura sem pressa alguma. 

— E depois? — Perguntou em um fio de voz, seu corpo estremecido por dentro com cada toque. Lewis sorriu satisfeito e começou a espalhar beijos no pescoço dela. 

— Depois Mia... — Os dedos afastaram a calcinha do biquini e finalmente a tocaram. 

— Awn... — gemeu baixinho contraindo de prazer e se segurando no peito dele.

— Eu vou fazer o que eu planejando desde que te vi rebolar na minha frente e não pude fazer nada — Mia contraiu mais uma vez com a ideia do que poderia ser. Os olhos já semicerrados e o corpo rendido ao inglês. 

Percebendo que o objetivo fora concluído Lewis a suspende pelas coxas e a doutora passa as pernas ao redor dele com fluidez o dando mais espaço para fazer o que quiser. Lewis aproveita isso. Enquanto uma mão aperta a bunda a brasileira a outra tem dois de seus dedos adentrando a intimidade dela. Mia que já estava com os braços ao redor da nuca do inglês geme ao senti-lo e aperta mais as pernas nele.

Wis começa a movimentar os dedos, entrando e saindo, a sentindo ficar mais húmida por dentro a cada estocada. 

— Isso é tão bom — mordeu o lábio movimentando os quadris. 

A extensão do piloto já estava pulsando e cada gemido era como uma tortura divina, por isso que juntou seus lábios com dela. 

O beijo era intenso e cadenciado com o vai e vem que ele fazia dentro dela. Tudo para deixá-la pronta para ele, tudo para tortura-la como troco pelos minutos que ele levou no banheiro do iate para se livrar da ereção que ela causou e o deixou sozinho para resolver. 

As mãos dela deslizavam pelos cabelos, pelas costas e ombros dele descontando em cada um o prazer que Wis a causava. Mas por mais que o corpo dela já estremecesse e os quadris rebolavam de baixo d'água procurando por mais. Ela sabia que o inglês não estava dando tudo de si e era torturante demais. 

— Mais rápido — pediu partindo o beijo e movendo o quadril enquanto se apoiava nos ombros do inglês. 

Lewis apertou uma das nádegas dela a puxando para cima então tirou os dedos de dentro dela e subiu apenas para acariciar seu ponto de prazer. 

Mia não conseguiu conter o gritinho, tamanho foi seu prazer ao senti-lo tocar o clitores já rijo.

— O que disse? — Perguntou rumando os lábios pelo pescoço da doutora cheio de fome, mas satisfeito. 

— Eu te odeio tanto — rosnou dela cravando as unhas nos ombros dele, os olhos revirando a medida que a língua deslizava pela sua pele e os dedos tocavam a carne mais sensível do seu corpo. 

O inglês sorriu então enfiou novamente os dedos nela, o simples movimento a pegou de surpresa e roubou o ar dos pulmões da brasileira que arfou tremula. Sequer teve tempo para gemer, porque dessa vez o piloto não economizou. Os dedos iam em uma velocidade boa de acordo com a pressão exercida por estarem imersos em água deixava, mas já fora o suficiente para fazer estremecer o corpo da morena. 

Mia apertou os ombros do piloto, se apoiando ali como se fosse o limiar de não cair em um precipício. Seus olhos se fecharam ao sentir seu interior contrair prestes a se liquefazer. Ela bem que tentou se segurar, mas cada investida a levava a um outro nível e quando atingiu o ápice sua cabeça tombou para trás, os lábios se abrindo em um gemido de delírio. 

Lewis pontilhou beijos do ombro até o maxilar dela ciente que o corpo dela ainda estava sobre os efeitos do orgasmo. Mas ao chegar próximo os lábios de Mia a encontrando levemente ofegante indagou: 

— Engraçado, achei que estivesse pedindo mais.

Ainda com o corpo vibrando ela o puxou pela nuca para um beijo de verdade. 

A mão de Lewis subiu para cabelos dela, os puxando deliciosamente provocando gemidos baixos da doutora e a trouxe mais para perto de si. Agora com os corpos encaixados Mia pode sentir o quão excitado estava o piloto e não resistiu a vontade de provoca-lo. Rebolou devagar sobre a extensão coberta e o inglês grunhiu a segurando pelo quadril e afastando seus lábios. 

Ele a queria para si, a queria agora, mas queira mais.

— Não aqui. — Mia anuiu.

Ambos deixaram o mar e acharam um lugar aninhado entre árvores baixas cujas copas entrelaçadas fariam uma sombra muito bem-vinda. 

E assim que chegaram ali Wis chegou por trás e passou os braços ao redor da cintura dela espalhando beijos pelo pescoço ao ombro. Mia sentiu seu a pele se arrepiar, já sensível demais por estar molhada e deixou um suspiro escapar enquanto a mão subia para a nuca do piloto. Assim que o inglês chegou a ponta da mandíbula dela, a doutora virou o rosto o beijando. 

As línguas colidiam na velocidade perfeita e Lewis não foi nem um pouco tímido ao subir uma das mãos até o seio da brasileira o apertando na mesma forma que apertava o quadril dela contra seu pau. Mia adorou se esfregando deliberadamente. 

Mas dessa vez que partiu o beijo e se afastou. A doutora que já tinha pegado a canga na praia estendeu a mesma sobre a areia compactada, cada movimento seu sendo observado pelo piloto, e então se sentou sobre o pano chamando-o com um simples abrir de uma das pernas. 

Lewis a olhou divertido indo até ela. 

— Você não achou que eu ia transar na areia achou? — Ela perguntou enquanto o moreno se encaixava nela. 

— E se não tivesse esse pano? — Devolveu a olhando com os rostos a poucos centímetros e uma das mãos deslizando pela coxa. 

— Você é ia ter que esperar até voltarmos para casa — sussurrou roçando os lábios nos do moreno. Lewis sorriu. 

— Você é muito má — Mia humedeceu os lábios e deslizou uma das mãos para dentro do calção do piloto. Era com certeza o maior que já vira e estava louca para senti-lo em si, mas primeiro... 

" Parece que nem o frio do choque térmico o fez perder a excitação.

Lewis mordeu o lábio para abafar um gemido ao senti-la o tocando pela primeira vez, mas com o próximo não obteve o mesmo sucesso pois a doutora já começou acariciando a glande húmida com o polegar. 

— E isso é tão ruim assim? — Indagou o olhando nos olhos, fitando cada uma das suas reações aos movimentos que fazia.   

O inglês se apoiou sobre ela com mais um braço e abaixou a cabeça, sentindo o corpo responder aos toques da brasileira tão rápido enquanto na mente xingava pelo mesmo motivo.

A morena sorriu satisfeita, mantendo os movimentos lentos e uma pressão suave, só para enlouquece-lo. A mão deslizava por toda aquela enorme, quente e grossa extensão, sentindo as veias, pulsar sutil da irrigação delas e a respirações de Wis próxima ao seu ouvido. Ela já estava completamente encharcada. 

Então o sentiu pulsar forte pela primeira vez e um fio um pré-gozo deslizar da glande. Foi o suficiente para o piloto perder toda a civilidade. Hamilton segurou a mão dela e a prendeu contra o chão. 

— O problema é que garotas más merecem uma punição — disse a olhando nos olhos. Mia pulou uma inspiração e sentiu o corpo todo estremecer.

Lewis mordeu o lábio e escorregou uma das mãos pelo flanco dela, eriçando cada pelo no caminho até parar no laço lateral no biquini. A doutora prendeu a respiração o vendo puxar uma das pontas e desfazer o nó e suspirou ao sentir os lábios do inglês tocavam a pele sobre o osso do quadril. 

Ele fez questão de degustar a pele dela antes de tudo, sentido o gosto salgado do mar e a textura suave na língua a medida que subia ate chegar ao umbigo. Assim tirou o que restava da calcinha do biquini e se colocou de joelhos. 

O inglês fitou todo o corpo bronzeado seminu da morena, os seios médios preenchendo o biquini, a curva côncava da cintura até os quadril mais largos, as coxas torneadas e parando mais precisamente entre elas enquanto abaixava o calção. 

" Ela estava tão molhada..."

Mia do mesmo modo fitava o piloto, os ombros largos, o peito forte, o abdômen musculoso, as tatuagens que cobriam a pele morena e as gotas que ainda desciam por ela, mas seu olhar se perdurou no V que se abria a medida o calção descia até finalmente libertar todo o membro de dentro. 

A doutora mordeu o lábio, algo entre o receio e a excitação foi despertado dentro dela. 

Lewis deslizou a mão pela panturrilha dela afastando mais ainda suas pernas então adernou o corpo se encaixando entre elas. 

— Só vai com calma ta? Eu ainda quero sentar quanto voltarmos — pediu e o piloto sorriu de canto alisando o quadril dela com uma mão e segurando o próprio membro com a outra, prestes penetra-la. 

" O único lugar que quero te ver sentada é no meu pau." — Pensou consigo mesmo. 

Mas foi com calma, como ela pediu. 

— Awnh! — Arfou ao senti-lo entrar e abri-la de certa forma. 

Lewis hesitou. 

— Se quiser que eu par...

— Não! Continua — pediu e ele o fez. 

Mia tentava abafar os gemidos com os lábios a medida que o piloto a adentrada. Lewis fazia o mesmo a sentindo apertar seu pau, ele já sentira que ela era assim com os dedos, mas a dimensão real só veio agora. E aquilo só o deixou com mais tesão, ainda mais quando ela estava tão molhada. 

Assim que estava totalmente dentro deu um tempo para que a doutora se acostumasse e se pôs por cima dela. Eles se beijaram devagar, as mãos do piloto distribuindo carícias pelo corpo de Mia afim de fazê-la relaxar e as mãos dela deslizando livremente pelas costas dele. 

Quando percebeu que as paredes cederam ao redor dele e que o corpo da doutora ficou menos tenso Lewis desceu os lábios pelo pescoço dela para começar a se movimentar.

Dessa forma a carícia suave de Mia em suas costas logo virou uma pressão dos dedos em sua pele enquanto saia e entrava muito superficialmente. Mas a medida que sentia a mulher cada vez mais confortável e relaxava ia aprofundando e intensificando as estocadas. 

A dor inicial passou e restou para Mia apenas o prazer da fricção da pele e do afundar delicioso daquele membro inteiro dentro de si. Seus iniciais gemidinhos de desconforto se transformaram em gemidos, arfados e olhos revirando. Ondas eletrizantes perpassavam pelo corpo dela e o pré-gozo a deixava escorregaria fazendo com que a mesma começasse a se mover em conjunto com o inglês, buscando por mais e mais. 

— Tem certeza que quer eu vá devagar? 

Ofegante a doutora respondeu: 

Fuck me please — pediu em um fio de voz. 

Lewis segurou uma das pernas dobradas para cima e começou a meter de verdade na boceta dela, indo fundo e mais rápido. E amando aquilo.

— Awn... — gemeu cravando as unhas na pele dele. — Don't stop! — Wis não pararia sentindo-a se derreter ao seu redor, pulsando junto consigo, contra si e estremecendo deliciosamente quando chegava ao seu fim. Ah! Mia revirava os olhos quando o piloto atingia o pé do seu útero, um frissom indescritível a cada vezes que se repetia. 

— Baby... — Hamilton ofegou contra o ombro dela e apertou a sua nádega estocando com força. 

A doutora tombou a cabeça contra o chão, as pernas tremulas como gelatina. Ela rasgava as costas do piloto como quem segurava na ponta de uma rocha para não cair no precipício, todo o tamanho dele causava muito mais prazer do que esperava e não conseguia esconder isso mesmo que quisesse. 

— Lewis... — ela gemeu de propósito sabendo que o inglês a fitava e logo em seguida o sentiu pulsar. 

— You like that? — Ele indagou dando um tapa na bunda dela que estremeceu. Aquilo foi como acionar um gatilho, o corpo da doutora começou a formigar e leves espasmos se sucederam a medida que o pau dele a invadia incessantemente, tão rijo e sem piedade alguma.  

— Oh! It's so good — gemeu ofegante, a boca entreaberta buscando o ar roubado a cada estocada profunda. 

Sentindo que ela estava próxima do orgasmo Lewis segurou o quadril da brasileira e ergueu o tronco, queria acompanhar cada reação dela. Mas não parou de estocar em momento algum levando Mia a loucura onde os gemidos saiam sem filtro e a visão embaçava frequentemente. 

Sem pele onde cravar as unhas a doutora agarrou o tecido sob si quase sem forças e com mais uma entrada atingindo-a no fundo ela sentiu um intenso frenesi tomar o seu corpo. 

— I'm cum baby... — avisou entre arfados. 

— Come to me — pediu rouco então ela arquejou apertando os olhos e irrompendo nele. 

Lewis sentiu o gozo dela escorrer por todo o pau dele e sorriu satisfeito. A doutora estava completamente absorta e tremula de prazer, o corpo ainda soltava espasmos que iam diminuindo gradativamente.

Quando ela abriu os olhos viu o sol ultrapassar as folhas e desceu até Lewis entre suas pernas. O piloto inglês tinha um sorriso malicioso nos lábios e se pôs por cima dela mais uma vez. 

— Ela assim que eu te queria Mia — sussurrou antes de beija-la. 

A brasileira passou as mãos ao redor da nuca do piloto e aos poucos o beijo foi esquentando, as mãos bobas distribuindo carícias, provocando até que Lewis separou os lábios dos dela. 

— Te quero montada em mim — exigiu.

Mia sorriu, o empurrou para o lado e passou uma das pernas para o outro lado do corpo do piloto, mas não montou nele de imediato. Ela içou os laços da parte de trás do biquini e puxou os desfazendo para deixá-la completamente nua. Lewis suspirou ao ver seus seios e não conseguiu segurar o arfado ao sentir a mão dela envolver a base do seu membro. 

— Mia please — pediu baixinho. 

— Mas você não me deixou terminar Wis — falou com falsa inocência começando a o masturbar lentamente. 

— Fuck... — ele jogou a cabeça para trás mordendo o lábio e as mãos apertando as coxas dela. 

Mia riu e alisou a glande que derramou mais pré-gozo. Ela pulsou com a visão e ponderou um pouco antes de se colocar de joelhos entre as pernas musculosas do piloto. Só a ideia do que ela faria já deixou Wis louco, e quando sentiu a língua quente e molhada dela rodear seu topo não consegui segurar um gemido. 

— Mia... — a doutora o fitou e sentiu o meio ficar húmido com a visão sôfrega do inglês. Querendo mais ela desceu língua até a base e subiu o lambendo como um picolé enquanto mantida os olhos em Lewis. 

O inglês mordia o lábio para abafar os gemidos e as veias já pulavam no seu braço a medida que apertava as mãos em punhos. 

— Oh baby — ofegou quando ela pôs parte do pau na boca, chupando, lambuzando e depois o masturbando enquanto apertava o próprio seio. — Assim você acaba comigo — sussurrou rouco sentindo o membro latejar. 

Ela comprimiu mais os lábios ao redor dele indo mais fundo e mais rápido, mas Wis pulsou forte e as veias saltaram avisando que ele estava próximo. 

— Não vou aguentar— suplicou. —  Preciso te sentir Mia. 

Mia o tirou da boca e continuou com a mão bem devagar enquanto se colocava por cima do piloto. Ela também queria senti-lo, ainda mais do jeito que estava agora.

— Preciso que se segure. 

Então começou a coloca o membro do inglês dentro de si e foi devagar para que ele não gozasse. Mesmo assim só o contato fez que ambos gemessem sôfregos. 

Encaixada dele ela começou a rebolar fazendo Lewis xingar entre dentes e apertar a bunda dela. Os movimentos dela eram lentos e cadenciados, as vezes a doutora contraia as paredes de propósito para massagea-lo. 

O piloto castigava as coxas e as nádegas da morena, descontando ali todo o tesão contido. Ele a sentia rebolar do mesmo jeito que imaginou que seria, da mesma forma que ela fazia quando dançava. Aquilo o enlouquecia, o olhar deslizando por todo o corpo dela, os seios balançando a medida que ela cavalgava.

— Você é tão gostosa — ela mordeu o lábio espalmando as mãos no peito dele, adorando sentir cada polegada e o ver tão entregue. 

— Era desse jeito que você queria? — O fitou de cima para baixo e passando a se mover de forma que o atingia até a base os fazendo gemer juntos. 

— Yes baby — afirmou sôfrego sentido o próprio membro pulsar fortemente a cada quicada. 

Eles mantinham o contato visual, ambos sentindo ondas pelo corpo, sedentos demais. O sol os banhava, a camada de suor cobrindo a pele os fazia brilhar e goticulas se acumulavam pingando, deslizando. Não só o ato lhes causava prazer, mas a visão um do outro, os sons da pele na pele, os grunhidos, arfados, gemidos e arquejos. Era algo selvagem, animal em todos os sentidos. O prazer pelo prazer, o lugar...tudo ambientava o fetiche. Tudo os levava até o último nível. 

Ela tombou a cabeça cavalgando sem parar e estremecendo internamente, Lewis mordeu o lábio no limiar do seu ápice. Uma, duas, três e eles começaram a sentir os primeiros espasmos juntos. Completamente ébrios a beira do orgasmo. 

— Mia... — gemeu apertando os olhos. 

— Awn Lewis... 

Não demorou para que chegassem ao ápice em sincronia. Por alguns segundos apenas o barulho das respirações ofegantes preencheram o ambiente, mas aos poucos foram recobrando a consciência após o frenesi. 

Eles olharam e sorriam um para o outro ainda ofegantes. Mia se debruçou sobre o piloto e selou seus lábios.

— Parece que Deus perdoou seus pecados, porque estamos no paraíso — sussurrou fazendo-o rir. 

As mãos do inglês escorregaram até a cintura dela e ele se sentou descendo os lábios do o pescoço até o vale entre os seios, beijando cada um dos dois mamilos em seguida. A morena suspirou passando as mãos pela nuca dele. Lewis fez o caminho de volta, mas parou apoiando a cabeça no ombro dela soltando um gemido frustrado. 

— Desculpa eu não consegui, gozei dentro — Mia sorriu de canto ainda fazendo carinho nele.

— Relaxa, eu tomo injeção de anticoncepcional — assegurou. — A não ser que você tenha alguma doen... — o piloto ergueu o rosto rapidamente para garantir:

— Não, zero DST. 

— Então está tudo bem britshman— sussurrou aproximando os lábios dos dele. Lewis riu do apelido.

— Você tem razão. Isso aqui é o paraíso — então uniu as bocas novamente. 

 

… 

 

— Gente! Mia e Lewis sumiram! — Sarah gritou ao se virar para trás e não ver nem Mia e nem Lewis. 

Todos pararam e viraram-se para trás, não havia lugar mais limpo. Os dois não estavam mais lá. 

— Puta merda! — Rafaela levou as mãos ao rosto. 

— Como assim? Eles estavam aqui agora — Jota falou olhando para o chão como se eles tivessem desaparecido ali e fossem brotar da terra. 

— Caralho e agora? — André pergunta. 

— Mia! — Sarah grita. 

— Lewis! — Bianca berra. 

Uma cacofonia intensa se instala, alguns discutindo sobre voltar, se separar para procurá-los, outros gritando para que se estivessem perto os ouvissem. O fato é que ninguém sabia em que ponto eles tinham se perdido, então não saberiam para onde voltar e muito menos onde procurar. 

— Calma! — Medina tomou a fala com um berro que calou todos. — O combinado para quem se perdesse no caminho era que voltasse a praia, então relaxem. 

Todos se entreolharam. 

— Acha que devemos continuar então? — Sarah o indagou cética.

O surfista suspirou dando de ombros. 

— Seria quase impossível se perder numa ilha desse tamanho — Lucas afirmou. 

— Eles já devem estar no iate a essa hora — Scooby acrescenta. 

— Se voltarmos vamos perder a praia atoa — O campeão mundial cruzou os braços. Não era egoísmo, ele se fato pensava que dificilmente Lewis e Mia estariam pedidos. 

Houve mais um falatório entre eles, mas no final a maioria concordou que eles deveriam estar bem e a salvo no barco. Sarah hesitou muito, mas cedeu após uma certa pressão de Medina e Scooby. 

 

 

 

— Isso é que é vida — o piloto falou enquanto boiava nas águas tranquilas do mar. 

Mia que estava a alguns centímetros dele sorriu.

— Valeu a pena o desespero. 

Eles passaram um tempo ali, em silêncio olhando para o céu azul claro com nuvens espaças, sentindo a correnteza suave os conduzirem e os peixes passarem por de baixo de seus corpos.  

 

… 

 

— Daqui a pouco o sol vai começar a se pôr, melhor voltarmos logo — Lucas fez o chamado a todos. 

A volta a praia original foi muito mais fácil do que achar a outra, por isso o tempo de caminhada foi bem menor. Todos assumiram que valeu a pena, no entanto. Praia era algo de outro mundo, arrecifes ao longe impediam que ondas fortes chegassem a costa tornando o mãe calmo e o local perfeito para piscinas naturais cheias de peixes, moluscos e algas. 

Antes que o céu fosse tomado pelo apogeu das cores alaranjadas eles chegaram ao píer, mortos de fome em sua maioria. Principalmente Jota que tinham ingerido mais álcool que água e este já estava corroendo as paredes do seu estômago nos últimos segundos de caminhada. 

O fato é que ao entrarem no iate, alguns buscado um lugar para sentar, outros buscando comida, Sarah e Medina buscaram Lewis e Mia, mas eles não estavam lá.  

Assim que anunciaram um silêncio emudeceu todos, que pararam exatamente onde estavam em choque. 

— Porra! Eu avisei que devíamos ter voltado — Igor falou se sentando no sofá ao lado de Jota que estava jogado sobre ele como um boneco inflavel mucho.

— Talvez eles tenham vindo e depois saído de novo, explorar sei lá — Scooby deu de ombros, apenas um gesto para encobrir o breve nervosismo em sua voz.

— Falei com Robson, eles não chegaram aqui em momento algum — Sarah cortou rapidamente. 

Giva levou a mão a cabeça. 

— Temos que ligar para a polícia — Bianca decidiu. 

— Não é assim, são 48 horas de desaparecimento para polícia fazer algo — Lucas explicou.

— Então o que vamos fazer? — Rafa perguntou. 

— Existe uma equipe de busca na costa, mas eles vão demorar um tempo para chegar aqui — o surfista falou o que ouvirá do marinheiro. 

— Péssimo dia para sair sem celular — Jota murmurou bêbado demais para falar algo relevante. 

— E se eles tiverem sido mordidos por uma cobra? Se tiverem precisando de ajuda? — Igor já estava a beira do pânico. 

— Os dois serem picados? É muita falta de sorte.

— Além do mais cobras só saem a noite — adicionou Giva. 

— Ainda sim precisamos fazer algo — Sarah afirmou sem margens para dúvida. 

— É, não podemos esperar de braços cruzados — Lucas concordou. 

— Tem razão, mas seria irresponsável da nossa parte fazer isso sozinhos — Scooby falou.

— E você quer que quem faça? A polícia que não vai vir? A guarda costeira que também não vai vir? — Rafa se irritou. 

— Já está anoitecendo, deixá-los sozinhos nessa ilha é arriscado — Sarah também tinha a voz alterada. 

— Calma todo mundo! Não podemos deixá-los, mas também não podemos ir sozinhos. Como Sarah mesmo disse já está anoitecendo — Medina tentou ser racional, por mais preocupado que estivesse. — O jeito é chamar a guarda costeira, ela demorar, mas uma hora eles chegam e...

De repente barulhos de passos contra o piso do deck de madeira o interrompeu.

Mia e Lewis surgiram na popa do iate um pouco ofegantes, suados e mais bronzeados que antes. 

— Gracias Dios! — Sarah soltou os ombros tensos indo até a amiga a dar um abraço. Mia a abraçou de volta, franzindo levemente o cenho ao ver o semblante preocupado se transformar em aliviado na face de cada um. 

— Nós estávamos quase ligando para guarda costeira — Medina falou ao se aproximar de Lewis para cumprimenta-lo. 

O piloto sorriu de canto, em parte se sentindo culpado por ter ficado aproveitando a praia enquanto existiam pessoas preocupadas com eles. Mas em outra parte rindo pelo mesmo motivo.

— O que aconteceu? Nós olhamos para trás e vocês não estavam mais lá — Rafa perguntou aos dois assim que eles se sentaram. 

— Um bicho furou meu pé enquanto estávamos na trilha, Lewis parou para me ajudar e quando nos viramos para continuar vocês não estavam mais lá — explicou a doutora. 

— Acho que vocês não perceberam que tínhamos parado porque até gritamos, mas não conseguimos ouvir resposta ou se quer os barulhos dos passos — Wis continuou. — Ficamos perdidos, mas decidimos seguir até onde achávamos ser a praia — Mia pigarreou. 

— Onde você achava ser a praia — concertou e o piloto anuiu. 

— Mas o combinado era que se alguém se perdesse voltaria para cá — Scooby interrompeu. 

— É, mas eu convenci Mia a continuar a trilha. Já tínhamos perdido muito tempo para voltar para mesma praia. 

— E daí andamos por um bom tempo procurando vocês e nada — concluiu Mia. 

— Então vocês ficaram todo esse tempo perdidos procurando a praia e nós todos? — Igor questionou cético. 

Quase todos não tinham engolido aquele final, eles pareciam bronzeados demais para quem estava na mata, fora que havia areia em suas pernas e os cabelos de Mia estavam levemente húmidos. 

— Aonde vocês estavam? — Sarah perguntou o que todos estavam se mordendo para perguntar. 

Parecia uma cena de interrogatório, todos ao redor o olhando quase de forma sufocante. Mia e Lewis se encolheram no banco, levemente intimidados apenas trocando olhares de canto de soslaio. 

— Bom — tomou a fala a morena. — Achamos uma praia no caminho e decidimos ficar por lá, adentrar mais na mata só ia ser mais perigoso. 

— Achei que só houvessem duas praias da ilha — Igor cantarolou com um ar dúbio. 

Na realidade o ar dúbio se estendeu a todos.

— Nós também, mas pelo visto tem três — Lewis falou bem humorado. 

Medina até abriu a boca para perguntar mais alguma coisa, na intenção de pressionar ambos a expor mais, mas Sarah percebeu e passou os braços ao redor do surfista dizendo:

— O que importa é que eles estão bem né!? 

Um murmúrio de concordância soou de todos enquanto eles voltavam as atividades anteriores. Mia e Lewis suspiraram aliviados por terem passado ilesos.

— Então, tem alguma coisa para comer aí? — Perguntou Wis já se levantando para ir a cozinha. 

— Vocês perderam, a praia era linda — Scooby sussurrou para Mia enquanto ela também se levantava, mas para ir ao banheiro. 

A doutora sorriu para ele e disse com uma pitada de sarcasmo:

— Uma pena, de fato

 

A noite já caia quando todos estavam juntos ao redor da mesa e incitados por Igor e Rafaela começaram a jogar Eu nunca para passar o tempo até chegarem em terra. Segundo eles seria uma brincadeira divertida, mas todos sabiam que existia um fundo de curiosidade maliciosa nas suas intenções. Mas ninguém falou nada, no fundo estavam querendo saber o mesmo que eles. 

— Eu nunca fiquei com alguém daqui — Rafa soltou na primeira oportunidade que teve. — E quando eu falo de ficar, me refiro a sexo — acrescentou.

Um de cada lado Lewis e Mia trocaram olhares discretos, eles haviam combinado de não contar sobre o lance que tiveram, discrição. Mas ninguém estava colaborando para mantê-la.

— Você é baixa Rafaela — Medina resmungou. 

Sarah revirou os olhos e goleou a cerveja, assim como Medina, Lucas e Bianca. Mas olhares discretos passavam pelo piloto e pela doutora meio que aguardando uma resposta positiva. 

Então os dois deram um gole em suas respectivas bebidas fingindo não estarem se importando muito. Embora o ato não tenha passado despercebido por ninguém Igor foi o único que decidiu se pronunciar: 

— Eita que esse jogo ta ficando bom — bateu na mesa como se fosse um tambor, acordando Jota que estava quase dormindo no ombro de Giva. 

Todos riram. 

O jogo continuou girando, já havia alguns de fora por terem acabado com os pontos enquanto Mia se vangloriava por ser a pessoa com mais pontos.

— Eu nunca deixei dormi com mais de uma pessoa na mesma noite — soltou a doutora e Igor xingou perdendo o último ponto. 

— Você é uma péssima amiga — Sarah falou abaixando para seu último ponto. 

— Desculpa ginger, eu tinha que derrotar ele — Igor ergueu o dedo para ela que sorriu satisfeita. 

— Ela parece uma predadora — Lucas disse para ninguém em especial. 

— Sou competitiva — deu de ombros. 

— Então se prepare para essa— Rafaela, sendo a próxima, avisou. — Eu nunca transei na praia — o sorriso de Mia murchou em detrimento do sorriso vitorioso da loira que acabará de empatar as coisas entre as duas. 

Igor gargalhou e Sarah xingou perdendo o último ponto. 

As bochechas da morena ficaram enrubescidas, Lewis que estava a dois pontos de perder escondeu o sorriso malicioso com o gargalo da garrafa. 

— Jogou baixo — olhou fulminante para Rafa depois de dar o gole. 

— Também sou competitiva baby — piscou.

 

 

O iate aportou o ancoradouro de Barra Grande e todos começaram a arrumar a coisas para descer. Mia estava descendo, mas como havia um espaço entre o barco e o píer flutuante e o piso do iate estava molhado ela quase escorregava e cairia, se não fosse por Lewis que a segurou pela cintura a trazendo para o píer.  

Eles ficaram bem próximos, os rostos a centímetros e os corpos colados. Mas eles logo se apartaram.

— Valeu — a brasileira agradeceu e o piloto apenas sorriu ajudando Giva que vinha logo atrás. 

— Vocês deviam parar de fingir que não se pegaram — Giva sussurrou para a doutora enquanto elas andavam para terra firme. 

Eu não sei do que você está falando — Mia cantarolou e a amiga apenas murmurou um "uhum".

Minutos mais tarde enquanto eles caminhavam até as vans André comentou: 

— Cara, eu também daria uma fugidinha para pegar ela — os olhos do jogador estavam no corpo da carioca andando alguns metros a frente com Sarah e Rafa.

Eu não sei do que você está falando — Lewis negou plácido.

— Você não achou que íamos cair na de "nos perdemos", achou? — Igor ergueu a sobrancelha. 

— Mas nós nos perdemos mesmo — garantiu o piloto só recebendo uma risada irônica de todos como resposta.

 

 

Mia terminou de ajeitar as últimas coisas na mala, separando uma roupa confortável para voltar ao Rio logo amanhã pela manhã. Assim que terminado ela se deitou na cama enquanto Sarah tentava arrumar a própria mala enfiando as roupas, mas sem sucesso em fechar. 

— Eu avisei que não precisava dessa quantidade de coisa — a doutora cantarolou. 

— Cala boca! — A assessora de imprensa rosnou fazendo a amiga rir. 

A brasileira olhou para o teto pronta para cair em devaneios quando o celular vibrou na mesinha. Imediatamente lembrou-se do aparelho e que agora ela teria tempo para dar uma olhada nas coisas. 

Já na tela principal havia várias mensagens e notificações, por isso decidiu ir a cada aplicativo por vez. Em sua maioria a mensagens eram de tias, primos e amigos desejando feliz ano novo. Também tinha uma mensagem da sua mãe. Já no Instagram os directs dos amigos respondendo aos stories do ano novo, Marcelo escreveu em um deles: 

" Mais olhe para a doutora! Quero ver voltar sóbria dia 11, viu?" 

Am mandou em uma das fotos:

" Saudades do caralho, aqui está um frio da porra. Feliz ano novo amor, te amo."

Isco comentou um emoli de dois olhinhos nas fotos. Nacho exaltou sua beleza e a de ginger e depois nos desejou feliz ano novo. Assim como Am que fez 20 comentários sobre como elas maravilhosas. Já Vazquez não perdeu a chance de zoar: 

" Quem sabe esse ano você me vence." 

Mia ficou vendo tudo e rindo dos comentários dos amigos e das respostas no privado, então quando desceu mais viu: 

 

marcoasensio10

Sei que a gente não se fala faz tempo...

 

Seus dedos tremeram e o coração no peito deu um solavanco. Marco havia lhe mandado uma mensagem depois de meses sem se falar direito. Mais curiosa que receosa Mia tocou na mensagem para a ver completa. 

 

Sei que a gente não se fala faz tempo, mas é ano novo e eu lembrei de você porque sei que você gosta desses feriados. Então, feliz ano novo Mia, espero que seja um bom ano pra você. 

 

Um sorriso cresceu no canto do lábio de Mia. 

— Pronto! Consegui — Sarah falou olhando para a mala com um sorriso de quem tinha vencido uma batalha. — Agora só falta mais uma — olhou para a outra mala de sapatos aberta sobre a cama e depois se virou para a amiga na intenção de pedir ajuda, mas o que encontrou com uma Mia com um sorriso bobo e os olhos brilhando diante da tela do celular. 

— Ihh! Que sorrisinho é esse? 

— Marco me mandou uma mensagem — a doutora ergueu os olhos para a ruiva. 

— O que? Assim do nada? — Ginger seguiu até Mia e se sentou ao lado dela para ler. — Será que ele terminou com a Miss? 

— Você acha? — Ela o olhou para Sarah.

— O cara te mandou uma mensagem na madrugada de ano novo dizendo que se lembrou de você. Se ele não terminou com a namorada, alguma coisa tem aí. 

A morena mordeu o lábio e encarou o texto novamente. 

— Não quero me iludir de novo — falou após soltar um grunhido. 

— Ex é sempre assim, quando você acha que está bem e esquecendo ele volta pra te lembrar que não. 

Mia jogou o corpo para trás e bufou.

— Eu sinto falta daquele desgraçado — Sarah sorriu de canto para a amiga. 

— Responde, mas não cria esperanças demais. Você sabe como é... — aconselhou suavemente, ela entendia o que a brasileira sentia, o que estava passando e o que passou. 

Ginger se afastou para Mia responder como quisesse voltando a arrumar sua mala. 

A doutora suspirou e olhou mais um mais uma vez para mensagem. 

"Porque Marco mandaria aquilo? O que significava aquela mensagem? E porque agora? Eu estava tão bem tentando recomeçar, esquecer. Será que eu deferira responder? Trazer esse fantasma para minha vida novamente?

 

 

 

— Nem acredito que vamos embora amanhã — Wis comenta. Ele e Mia estavam sentados do parapeito de uma das varandas, já devia se passar as oito da noite e estavam todos arrumando nas malas para voltar para casa. 

— Pois é — a doutora suspirou olhando para o céu estrelado. — De volta a vida normal. 

" Cuidar de lesões, prescrever e acompanhar os exames dos jogadores, fazer relatórios, ver os meninos, ver Marco, ver James..."

— Caramba! Você já vai se apresentar no Real? — Lewis perguntou surpreso. 

— Não, tenho mais cinco dias aqui no Brasil. Volto para Madrid dia sete — falou com um sorriso de canto. — Mas e você? Quando começa a temporada? 

— Só em março, GP de Xangai. 

— Uau, deve ser demais viajar pelo mundo para das corridas — a doutora sempre achou fascinante a ideia de conhecer o mundo, na sua mente devia ser melhor ainda fazer aquilo enquanto trabalhava. Unir o útil ao agradável. 

— É uma das minhas partes favoritas, conhecer culturas novas, pessoas diferentes, lugares incríveis. Não posso reclamar do meu trabalho nesse quesito — ele olhou para Mia que tinha os olhos vertidos para o céu e falou:

— Vou te levar para um corrida qualquer dia desses — Mia virou o rosto para ele. 

— Se você consegui me tirar de dentro do centro de treinamento no meio do campeonato, boa sorte com isso. 

— Esses jogadores bem que podiam parar de se machucar né? Assim você tinha mais tempo para os seus amigos — ela sorriu negando com a cabeça. 

— Se isso acontecer eu perco meu emprego, então tire essa ideia da cabeça — cerrou os olhos o ameaçando na última parte .

— Não está mais aqui quem falou — ele ergueu os braços para o alto. 

Ambos riram. 

— Então até março você está de férias? — Wis riu.

— Quem me dera. Tenho trabalhado com a Tommy Hilfinger sobre uma selo meu na marca, teremos amostras em Nova York da coleção esse semestre, também tenho que fazer as campanhas pela Mercedes, treinar com o novo carro, dar minhas opiniões antes de começar a temporada, estou para fazer uma viagem com a unicef para África e no meio disso tem as negociações de um imóvel em Los Angeles. 

Mia suspirou. 

— Cansei só de te ouvir falar — Hamilton riu. — Quer dizer que vai morar em Los Angeles agora? 

— Não exatamente morar, mas comprei uma casa perto da praia. Será um bom lugar para descansar, fora que meus cachorros adoram — a morena sorriu. 

— É mais para ser um refugiu ou...? — Lewis meneou com a cabeça. 

— Os dois, Los Angeles tem o melhor dos dois mundos. Diferente de Londres ou Mônaco, Los Angeles me abre as portas para um futuro que estou começando a trilhar. 

— Foi difícil a decisão quando saiu de casa? Sente falta? 

Diferente dela Lewis podia ter uma casa em vários países e flutuar por elas igual a como Mia  vai de uma cidade a outra do Rio. Então ela se perguntava se morar "longe" da família tinha o mesmo efeito para ele. 

O piloto anuiu sem pensar duas vezes. 

— Sim, totalmente. A primeira vez que me mudei foi para Suíça quando pilotava pela McLaren, foi um misto de animação com medo. Por mais que meu pais fossem separados, eu os tinha sempre ali, e de repente eu precisava me virar sozinho. Com o tempo você se acostuma, a parte boa é que eu viajo muito então não fico sozinho o suficiente para pensar demais sobre isso. Mas sim, sinto falta deles, ainda dependo emocionalmente deles. — Mia anuiu em confirmação. Ela também sentia essa dependência emocinalmente da sua família, da sua mãe mais especificamente. Talvez isso fosse demorar para passar, talvez nunca passasse. — Mas eu finjo que não, afinal eu sou homem adulto. 

Eles riem.

— Me senti adulta quando comecei a pagar boletos — a doutora fez careta de sofrimento. 

— Engraço que quando a gente é adolescente acha que ser adulto é um máximo, vai poder beber, morar sozinho, fazer o que quiser e depois que você vira adulto...

— Você percebe que isso tudo é um pesadelo — completa.

— A maioria vitória da vida adulta é permanecer são. 

— Fico olhando os jovens e pensando: "Deus, como eu conseguia virar várias noites e ficar bem com isso?". Sério, eu vou dormir por cinco dias seguidos depois disso aqui. 

Lewis riu. 

— Modo hibernação ativar. É revoltante ver de ver, eles levaram e a coluna nem estala — mais risadas.

— Quando foi que viramos esses velhos chatos? 

— Eu posso até ser chamado de velho, mas você ainda tem 23. A três anos atrás você nem podia beber dos EUA. 

Mia o olhou ofendida. 

— Acho bom você me respeitar, eu faço 24 em Abril. 

— Uau! Vou fazer 33 daqui a cinco dias... — ele olha no relógio. — Três horas e 37 minutos. 

— Dia 7? Preciso lembrar para te dar parabéns. 

— Você não precisaria ter que se lembrar se estivesse comigo na festa. 

— E onde seria essa festa? 

— Em Los Angeles — a doutora riu.

Ela sabia que o mundo de Lewis era muito diferente do dela. Apesar de ganhar muito bem no Real Madrid seu dinheiro agora estava contado para organizar sua casa e viver confortavelmente. Mia mal pode pagar uma passagem para o Brasil, quanto mais uma para Los Angeles. 

E só isso já demostra o quão distintos eles eram. Lewis era simplesmente o piloto mais bem pago do mundo. Precisa falar algo mais depois disso?

O mundo é realmente louco. 

— Se você dissesse que ia ser em Salvador eu até ia pensar — brincou. 

Lewis gostava de Mia, ele se sentia bem com ela e se dava bem com ela. Não se conheciam muito, mas houve uma conexão muito rápida que até pareciam velhos conhecidos. 

— Sabe que posso mandar te buscar, distância não é uma boa desculpa dona Mia — um sorriso cresceu nos seus lábios. 

— Eu sei, mas preciso me estar no CT no dia 11. E eu acabei de me mudar também, minha casa precisa de uma organização antes de tudo — Lewis sorriu de canto. 

— Tudo bem, vou tentar aceitar que vai me trocar por uma faxina — a doutora riu. 

— 33 anos com cara de 25, como pode? — O piloto esticou a pele do rosto para trás. 

— Muitos cremes e plásticas. 

— Eu sempre desconfiei! — Bradou e Lewis levou o dedo a boca. 

— Shh! É o meu segredo.

Ela levou a mão a boca. 

— Oh! Desculpe. 

Eles passaram horas ali conversando, por um bom tempo Mia sequer se lembrou de Marco e sua aparição repentina, mas uma hora ele voltou a sombrear sua mente. Ela tinha medo do o que poderia acontecer depois daquela mensagem, do que ele responderia, de como agiria. 

Mas Lewis logo a fez colocar de lado aqueles devaneios com o jeito dele. 

 

Mykonos - Grécia 

 

A água morna caía no corpo do camisa 20, o vapor enevoando o cômodo e o suave odor da essência de verbena do sabonete perfumando o ambiente. Saindo do banheiro enrolada na toalha Marina caminhava até o mini closet até ouvir o celular de Marco vibrar na mesa. 

A Miss pensou duas vezes, mas a curiosidade foi maior para saber quem mandaria uma mensagem um hora daquela. Então rumou até o aparelho e de cara na tela bloqueada viu o nome de Mia. Ela não se conteve tanto de raiva e de curiosidade. 

" O que aquela vadia está mandando para meu namorado?" 

Usou a senha que Marco sempre colocava em quase tudo e adentrou a conversa. E se surpreendeu ao ver que quem havia mandado uma mensagem primeiro foi ele, na madrugada de ano novo, logo depois que eles transaram.

A Miss sentiu ondas de raiva perpassarem pelo seu corpo ao ler cada palavra.

 

" Engraçado, eu também lembrei de você por um momento. Feliz ano novo para você também Marco, tenho certeza que será um bom ano para nós dois." 

 

Marina rangeu os dentes e só queria quebrar o celular no chão, ou responder a mensagem mandando Mia se afastar do namorado dela. 

Mas naquele exato momento ela ouviu o chuveiro fechar e percebeu que seria a forma certa de agir. Rapidamente apagou a mensagem da doutora, mas não deixaria isso passar em branco. 

Assim que Marco saiu do banheiro com a toalha enrolada do quadril e outra secando os cabelos ela começou a citar: 

— "Sei que a gente não se fala faz tempo, mas é ano novo e eu lembrei de você porque sei que você gosta desses feriados. Então, feliz ano novo Mia, espero que seja um bom ano pra você." — Ela ergueu os olhos para um Marco parado a frente da porta sem palavras, por dentro dele xingava no entanto. 

" Porra! Eu tinha até esquecido isso."

Marco passou as mãos no rosto e respirou fundo. 

— Porque você pegou meu celular Marina? — A modelo o ignorou completamente. 

— Você mandou isso as 6:05 da manhã para ela, logo depois de foder comigo naquela cama — soltou uma risada sarcástica. — Quer dizer né, comigo não. Porque era nela que você devia estar pensando o tempo todo. 

O jogador franziu o cenho completamente confuso e assustado com as acusações de Marina. 

" Ela já tinha passado dos limites."

— Ei! Vamo com calma — pediu ainda que as íris da Miss estivessem como larva fervente. 

— Calma Marco? Você manda uma mensagem pra sua ex dizendo que lembrou dela e você me pede calma? — Ela grunhiu. 

— Eu mandei uma mensagem para Mia dela e me lembrei dela sim, qual o problema? Nós somos amigos, eu estava sem sono porque havia bebido. Lembrei dela como lembrei de outros amigos e desejei feliz ano novo. Só isso. 

— Mas ela não foi só sua amiga Marco! — Ele se irritou e jogou a toalha em cima da cadeira.

— Você sabe bem que agora ela é só minha amiga. E também sabe como eu odeio esse showzinho de ciúmes — sua voz soou alterada e o jogador respirou fundo para se acalmar. 

Marina se sentou na cama ainda com os dentes cerrados. 

Os dois ficaram em silêncio por um tempo, cada um com seus pensamentos. 

Marco odiava de fato esses shows de ciúmes de Marina, aquilo o irritava profundamente, ainda mais com ela gritando assim. Mas ele não queria brigar mais com ela, só queria que ela entendesse, que parasse com isso. Um relacionamento devia ser baseado na confiança e ele não dava motivos a ela desconfiar dele, até porque ele consumava ser sincero demais. 

— Eu estou com você — agora a voz do camisa 20 era mais suave. — Se você quisesse saber porque eu mandei a mensagem era do ter me perguntado, mas me acusar Marina? O que tem demais na mensagem? Eu falei algo demais? 

A loira respirou fundo. 

— Talvez eu tenha exagerado, mas olha pelo meu lado. Depois de tudo eu me sinto fragilizada em relação a ela. Poxa Marco, é difícil demais ver só amizade entre vocês dois — confessou o olhando.

Marco suspirou e caminhou até ela, fazendo uma carícia no seu rosto ao parar na frente dela.

— Você não precisa disso — Marina segurou a mão dele. 

— Então não fala mais com ela Marco, só para eu me sentir mais segura — pediu o olhando nos olhos, mas o jogador negou. 

Era um pedido infantil demais.

— É impossível, nós trabalhamos juntos — Marina se levantou, afastando-se dele abruptamente. Marco suspirou e caminhou até o closet para se trocar. — E ela respondeu? — Indagou de lá com humor para provocar a namorada. 

A Miss riu entrando no closet para se trocar também. 

— Visualizou e não respondeu. Ao contrário de você ela já parece ter dado bola pra frente — sibilou cheia de veneno. 

Marco riu com o nariz. 

— Aposto que sim. 

" Ter mandado aquela mensagem para Mia foi um erro, eu estava bêbado e lembrei dela, mas não devia ter chegado a aquele ponto. Não que tivesse alguma intenção por trás, mas até o fato de ela não ter respondido só retifica que nem minha amizade ela quer. E tudo bem, vou respeitar isso. Talvez tenha sido melhor assim." 

 

 

No dia seguinte todos se despediram no café da manhã, Mia e Sarah pegaram uma carona no helicóptero fretado por Lewis até Salvador e de lá pegaram outra carona no Challenger 605 de Lewis até o Rio onde ele pararia para abastecer e seguiria até Los Angeles. As duas nunca se sentiram tão glamurosas, vivendo a base de transporte aéreo particular. 

— Isso é que é vida — Sarah comentou jogando castanhas mornas na boca e depois dando um gole no champanhe servido pela comissária enquanto se encontrava deitada em uma poltrona larga e super confortável . — Você vai me fazer nunca mais querer andar de primeira classe, Lewis. E eu digo primeira classe, porque o que econômica mesmo? — O piloto riu e Mia também. 

— Está criando um monstro, você sabe disso, não sabe? — A brasileira perguntou ao britânico. Ambos sentados de um ao lado do outro. 

Lewis deu de ombros. 

— Se eu vender um rim, será que eu consigo comprar um desse? — Sarah perguntou em um devaneio alto. 

— Você tem que vender uns 30 rins pra comprar um desse Sarah — Mia falou alto para que a ruiva escutasse do outro lado. 

— Ou seja, matar 15 pessoas — a espanhola tamborilou os dedos no queixo e comeu pai uma castanha. — Dizem que injeção de ar da veia resolve — mais um gole de champanhe.

A morena olhou para Lewis com cara feita. 

— Um monstro serial killer, Lewis.

— Você que disse que ela tinha que matar  — Mia arqueou a sobrancelha e virou o rosto negando prendendo o riso.

A viagem foi rápida e tranquila e eles pousaram no Rio de Janeiro por volta das duas da tarde. 

Ao conseguir área ainda dentro da aeronave Mia ansiosa acessou suas menagens para saber se Marco havia respondido, mas nada havia a não ser o fato de ele ter apenas visualizado. Ela inspirou fundo e tentou não pensar sobre isso para não ficar triste. 

" Talvez tenha sido melhor assim mesmo." 

Como o avião iria abastecer e isso ia demorar um pouco o piloto teria algumas horas em solo carioca. Obviamente Mia não o queria deixar sozinho logo depois de ele ter feito tudo aquilo por ela e por Sarah então se comprometeu em levá-lo para almoçar, por mais que o britânico tenha dito para ela não se preocupar.

Ainda sim o Lewis insistiu em alugar um carro, um Mercedes Classe E conversível, simplesmente um dos modelos mais caros, se não o mais caro na locadora. Jogaram as malas na mala do carro e aceleraram até o restaurante que Mia escolhera. O piloto dirigindo com Mia como co-piloto rendeu no mínimo boas risadas aos três. 

O restaurante não era o mais caro no Rio, mas tinha uma vista incrível do mar e a comida era divina. Lewis adorou o lugar e provou cada prato típico, por mais que já conhecesse alguns das outras vezes que visitou o Brasil. O almoço foi ótimo, conversaram muito e riram fazendo um top 10 dos momentos mais memoráveis do feriado. 

No final quando chegou próximo a hora do piloto ir embora eles pediram a conta, a qual ele insistiu em pagar, mas quanto Sarah quanto Mia não deixaram. A intenção foi boa, mas o meitre que veio os avisar que a refeição havia sido oferecida pelo chef. 

Lewis muito educado pediu para pagar com o chef da casa para agradecer e enquanto esperavam Mia murmurou fingindo estar chateada:

— Isso que dá andar com gente famosa — o piloto negou, ele era muito humilde nem parecia quem era. 

— Ignora ela. Pode andar sempre conosco Wis — Sarah piscou para Hamilton. 

O Chef logo chegou e falou com todos agradecendo pela presença assim como os três elogiaram a comida. Até foto houve antes de eles se despedissem. 

Novamente muito educado e cavalheiro Lewis decidiu as levar até em casa, por mais que Mia tivesse insistido em ir com ele até o aeroporto para que não se perdesse. 

— GPS? — Lembrou. 

Assim com a ajuda da doutora o piloto da Mercedes foi dirigindo até o apartamento onde por muito tempo ela residiu. 

O carro parando na frente do prédio o porteiro se prontificou a ajudá-las com as malas levando-as para dentro. Sarah foi a primeira a se despedir de Lewis, com um abraço apertado agradecendo por tudo e desejando uma boa viagem. 

Lewis despejou um beijo na bochecha da ruiva que logo se encaminhou para dentro do prédio, mas não sem piscar para a amiga ao passar por ela. 

Sozinhos da calçada os dois olharam um para o outro e trocaram sorrisos súplices. O piloto abriu os braços e Mia seguiu até ele o abraçando. 

Foi um abraço cheio de sentimentos, era estranho porque se conheciam a tão pouco tempo, mas era forte demais o que sentiam. Passaram um tempo em silêncio apenas juntos um ao outro, aproveitando os últimos minutos juntos. 

— Vou sentir sua falta — Mia falou contra o peito do inglês que suspirou subindo a mão até a nuca dela fazendo um carinho ali. 

— Eu também vou, baby — ela ergueu o rosto para ele e ficou de ponta de pés para então juntar seus lábios. 

O beijo foi devagar até carinhoso, diferente as demais vezes que se beijaram. 

— Eu só queria ter mais tempo, assim a gente podia se despedir direito — falou ele alisando o rosto dela que riu. 

— Isso é bom, significa que a próxima vez que nós virmos vai ser melhor. Pra fazer valer a pena sabe? — O britânico sorriu malicioso e abaixou o rosto para beija-la novamente, mas Mia se esquivou dando apenas um salino nele antes de se afastar. — Até logo Wis. 

O piloto sorriu e negou sabendo que tinha caído do jogo de sedução dela, mas ele não estava nem aí. Entrou do carro colocou seu óculos de sol e piscou para Mia antes de disparar com o carro. 

Mia observou o carro cortar a rua e suspirou seguindo para casa. 

Ai ai...


Notas Finais


Ps: Coloquei apenas frases curtas de inglês para ser compreendido pela maioria, mas é ouvi que todas as conversas entre Lewis e Mia são em inglês.
Ps2: Tava doida para escrever um hot com ares de inglês. Não vou mentir, adorooo
E AÍ? O QUE ACHARAM? Gostaram? Não gostaram? E o hot de Lewis e Mia? Será que temos um casal ou just friends? E quanto a Marina atrapalhando Mia e Marco na reconciliação? Coitados, parede que o destino não está facilitando para eles?
Aproximo capítulo já tem volta para Madrid e agora sim o ano vai "começar"!!

Besitos amores.

instagram: @sofiahunka
tumblr: badounicornio.tumblr.com


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