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História I Love You, But You Don't Love Me - Semi-hiatus - Would You Like To Go Out With Me?


Escrita por: JungKook_Biased

Notas do Autor


Hello meu amores
Como vocês estão??
Querem me matar por ter ficado 3 meses sem postar nada?
Desculpa por ter demorado tanto, mas do que eu geralmente demoro, mil desculpas, mas juro que esse capítulo enorme irá recompensar
MUITO OBRIGADA MESMO PELOS 165 FAVORITOS ❤️❤️❤️
Ainda fico sem acreditar que realmente tem esse tanto de pessoas que gostam de minha história haha

Quem viu a noticia do Comeback do BTS e não sabe se deixa pra morrer na Hixtape ou no CB?
SÓ VEM NOVA ERA E MIXTAPE

Sem mais delongas, bom capítulo!!

(Desculpa se tiver algum erro)

Capítulo 17 - Would You Like To Go Out With Me?


 

Capítulo 17 - Would You Like To Go Out With Me?

 

Dois dias haviam se passado. Entre esse par de dias tinha feito uma entrevista para a cafeteria, na qual se fosse chamado, apenas trabalharia em feriados e finais de semana. 

Agora JungKook se encontrava na rodoviária esperando Jae Wook, que estava chegando, segundo sua última mensagem. Jeon estava sentado numa das cadeiras brancas de ferro do local balançava sua perna freneticamente, estava visivelmente nervoso. Estava com saudades de Wook. 

Olhou ao seu redor, vendo um jovem de cabelo ruivo, logo se lembrou de Park, este que tomou mais uma vez seus pensamentos. O moreno se perguntava mentalmente o que Jimin estaria a fazer neste exato momento, desejando que o ruivo estive a pensar em si também. Talvez devesse dar uma chance ao mais velho? 

Foi despertado de seus pensamentos ao sentir o celular vibrar, pegando o rapidamente. Era uma nova mensagem de seu ex-namorado avisando que havia chegado. O moreno jurou ter sentindo o coração falhar. Um sorriso grande surgiu em seus lábios. Andou com rapidez ao local aonde Jae apareceria. 

Soltou a respiração, que até então não sabia que estava a segurar, ao ver Kim, este estava com uma calça jeans rasgada e uma blusa folgada branca, seu cabelo levemente bagunçados e segurava duas malas e levava uma mochila nas costas. O moreno, sem hesitação, correu em direção ao outro, que soltou as malas e abriu os braços, logo tento um JungKook o apertando. 

–– Eu senti sua falta. –– disse Jae, depois de quebrarem o abraço. 

–– Eu também. 

–– Finalmente irei morar em Seul, perto de você. –– falou fazendo JungKook corar. 

–– Vamos chamar um táxi. –– disse Jeon ainda envergonhado. 

Ambos os garotos pegaram as malas e rumaram a saída da rodoviária. Esbarravam-se em diversas pessoas que corriam para ver seus entes ou para não perder o ônibus. Ao saírem do local avistaram os diversos táxis. Seria ótimo não ir de ônibus para casa, entretanto as filas estavam enormes. 

–– Vamos de ônibus mesmo, Kookie. –– Jae sugeriu. 

–– Não, eu chamo um táxi aqui pelo celular. 

E assim fez. Passou-se alguns minutos o carro laranja chegou. Colocaram as bagagens no porta-mala e entraram no veículo, disseram o destino ao motorista e logo o carro deu partida.  

–– O seu irmão teve que trabalhar, por isso ele não veio. –– Jeon quebrou o silêncio enquanto brincava com a mão de Kim que estava em cima de sua coxa. 

–– Ele tinha me dito que não poderia vir. –– respondeu cabisbaixo, porém nem tanto, afinal tinha o moreno ao seu lado e para Jae bastava somente a presença de seu ex-parceiro para lhe fazer feliz durante um ano inteiro. 

O trajeto até a casa foi repleto de risos e conversas animadas. Relembraram dos momentos juntos, das lembranças de quando ainda eram um casal. Vez ou outra Kim tentava deixar o moreno envergonhado e quando conseguia acabava num Jeon corado batendo fraco no ex. Jeon estava feliz, porém não deixava de pensar em como sua tia iria conseguir pagar as contas e se seria chamado para os empregos no qual fora entrevistado. 

Assim que o carro parou, os dois adolescentes desceram do taxi após pagarem. Tiraram as bagagens do porta-malas e seguiram para a entrada do pequeno prédio de cinco andares. Se apresentaram ao porteiro que lhes entregou a chave do apartamento do irmão de Jae, DongHo. Entraram no elevador ainda conversando sobre a viagem que Wook havia feito. 

Não demorou para que chegassem ao quarto andar e saíssem indo em direção a última porta do corredor, a qual seria do apartamento de DongHo e, agora,  de Jae também. 

–– Enfim em casa. –– Wook disse alto, deixando as bagagens no canto da sala e logo se jogando no sofá 

–– Você já sabe em qual colégio vai estudar? –– Jeon indagou se sentando ao lado do ex-namorado. 

–– DongHo disse que me matriculou numa escola pública aqui perto. 

–– Hm. 

Ficaram sem saber o que falar. O silêncio preencheu o cômodo, porém não era desconfortável. Jae jurava que o moreno pudesse escutar os batimentos acelerados de seu coração, por estarem tão próximos.  

–– Você deve estar com fome e cansado. –– começou Jeon –– Vou preparar algo pra nós dois.  

O moreno se levantou indo para a cozinha, onde abriu a geladeira e tirou alguns ingredientes para poder preparar a comida. 

–– Eu te ajudo. –– Kim ofereceu, logo se juntando ao moreno na cozinha. 

Wook colocou a cebola e outros ingredientes na tábua e JungKook cortava-os. Após botar a água no fogo, Jae se aproximou do moreno e apoiou-se em uma das bancadas, logo indagando: 

–– Lembra de quando tentamos fazer um bolo de aniversário para o seu pai? 

 

Flashback ON 
 

–– Amor, pega a manteiga por favor. –– Jeon pediu. 

Wook pegou a pequena caixinha da substância gordurosa e entregou ao namorado e abraçou-o por trás depositando delicados selares em seu pescoço e ombro, enquanto o mesmo botava três colheres de manteiga no liquidificador. 

–– J-Jae, você está me desconcentrando. –– JungKook disse ao sentir a unha curta do parceiro arranhando-lhe de leve na cintura.  

–– Então eu tiro sua concentração?! –– sorriu ladino. 

Kim acariciou sutilmente o pescoço de JungKook com a ponta do nariz e de forma repentina virou o moreno pra si e puxou-o para um beijo calmo. JungKook pôs sua mão na nuca alheia, ditando a velocidade e intensidade do ósculo. Wook adentrou a cavidade de JungKook, explorando todos os cantos da boca alheia. Jeon amava os beijos que trocava com o namorado, eram simplesmente maravilhosos, não se via beijando outra pessoa além de seu amor. Para a infelicidade do casal, afastaram-se após o fôlego de ambos acabar.  

–– Você é tão lindo, Kookie. –– Jae acariciou o rosto do namorado, olhando-o profundamente. 

–– Você é mais. –– retrucou o elogio após depositar um breve selar nos lábios alheio. 

Depois de mais algumas carícias e provocações, voltaram a se concentrar no que estavam fazendo antes. 

–– Você acha que já está bom de bater? –– Wook indagou.  

–– Não sei... Acho que sim. 

JungKook pegou a forma do bolo, passando nela um pouco de farinha de trigo e manteiga para o bolo não grudar. Após Jeon espalhar, Wook despejou a massa na forma e levou-a ao forno.  

 

O casal estava a preparar a calda do bolo, até que sem que JungKook, Jae pegou um pouco de farinha de trigo e no momento que Jeon virou o rosto para lhe olhar , Kim jogou farinha em seu rosto, que ficou estupidamente branco. 

–– Yaa!! –– o moreno pegou um pouco de farinha e jogou no namorado, deixando-o sujo também.  

Continuavam a atacar um ao outro até JungKook se aproximar. O moreno pôs a canhota no ombro no ombro do namorado, que ficou desestabilizado com a aproximação com a aproximação repentina. 

Antes que Wook pudesse raciocinar, Jeon passou o dedo, que continha um pouco de calda de chocolate, na bochecha do mesmo, que ficou surpreso e fingiu uma expressão brava, logo mudando-a para uma divertida.  

JungKook não entendeu, porém ao sentir as mãos do parceiro em sua barriga fazendo cócegas em si, compreendeu.  

O moreno ria de forma descontrolada, de tanto rir já não tinha forças para afastar Jae, que se divertia com a situação. Jeon sequer conseguia respirar direito.  

–– P-para! E-eu me a-arrendo.  

Depois de proferir as palavras, Wook parou e observou o rosto vermelho do outro. Após recuperar o fôlego, Kook deu um soquinho consideravelmente forte no ombro alheio, porém para recompensar o namorado lambeu de forma tímida a bochecha com chocolate do mesmo. O moreno selou rapidamente os seus lábios com os do outro.  

Ambos tinha as maçãs do rosto coradas, entretendo não se importaram e aprofundaram o breve selar em um beijo um tanto quanto quente.  

Findaram o beijo com alguns selinhos, ainda continuavam corados. Sentaram-se no sofá da sala e ligaram a televisão, no intuído de fazer o tempo passar mais rápido e o bolo já estiver pronto.  

Os dois garotos se encontravam deitados e abraçados no extenso assento. Jeon estava em cima de Wook enquanto recebia carinhos em seu cabelo do mesmo. Mal prestavam atenção no filme que passava, apenas se concentravam na sensação que um passava ao outro. A sensação extremamente boa, que ambos amavam... e como amavam.  

Para Jeon, Wook era a coisa mais preciosa na vida, as vezes chegava a pensar que o namorando era bom demais para si. Kim era tudo em sua vida, amava exatamente tudo nele. Kim não era muito diferente, amava cada detalhe, cada perfeita imperfeição de JungKook. 

Seus olhares se encontraram, por meio desse contato expressaram toda a paixão que sentiam pelo outro e, então, mais uma vez no dia se beijaram com ternura. 

–– Olá pra vocês também, pombinhos. –– disse o senhor Jeon ao ver o casal se beijando. 

–– P-papai?  

O moreno rapidamente se separou do namorado, estava surpreso com a chegada do pai. Estava tão entretido nos lábios do namorado que ao menos percebeu a porta sendo aberta. O moreno estava demasiadamente vermelho e Wook não estava desigual, além de corado , começou a rir, tamanho o nervosismo, sem coragem de olhar o "sogro". 

JungKook se levantou e caminhou até o pai, abraçou-o forte e disse que o amava e parabenizou-o. Ficaram um tempo envoltos nos braços um do outro.  

–– Tem algo no forno? –– indagou, entretanto teve sua resposta ao entrar na cozinha e se deparar com a enorme bagunça –– Jeon JungKook e Kim Jae Wook! Que bagunça é essa? Não acredito que no meu aniversário vou ter que arrumar essa bagunça que vocês fizeram! Quando fazemos algo depois temos que arrumar. 

Rapidamente os adolescentes se puseram ao lado do mais velho, que agora aparentava estar bravo. Jae tirou o bolo do forno, se demorasse mais alguns minutos com certeza teria queimado. 

–– Desculpe, senhor Jeon. Vamos arrumar tudo. –– disse Wook antes que o pai de seu namorado brigasse mais ainda. 

O casal agradeceu mentalmente pelo o outro ter visto o bolo sendo retirado do forno. Por mais que já soubesse que havia feito algum bolo sequer sonhava ser de chocolate – que era o seu preferido –, afinal, pra o sr. Jeon., os “pombinhos” só sabiam fazer bolo de cenoura ou de laranja... o que não era tão mentira, até porque era a primeira fez que faziam de chocolate. 

Ao olhar o homem a sua frente, JungKook percebeu que seu pai, não estava bem. Era bastante difícil ver o Jeon mais velho chateado e mais raro ainda vê-lo mudar de humor de repente. 

–– Papai, eu posso conversar com o senhor a sós. 

O homem nada respondeu, apenas seguiu o filho até o quarto.  

–– Aconteceu algo? –– perguntou direto. 

–– Não, filho, eu apenas tive um dia estressante. –– mentiu. 

–– Não minta para mim. O senhor sabe que pode se abrir pra mim. 

Então como se bastasse somente essas palavras, o Jeon mais velho caiu aos prantos. JungKook se aproximou de seu appa e o abraçou forte. 

–– Eu fui ver sua mãe. –– confessou com a voz falha. 

Sem dizer nada, JungKook deixou suas lágrimas caírem. Era sempre assim quando falavam sobre sua mãe. Após mais alguns minutos, os dois desfizeram o abraço e rumaram a cozinha. Estranharam ao verem todos as luzes apagadas, porém ao entrarem na cozinha, entenderam ao verem Jae segurando o bolo com as velas acessas. E então o casal começaram a cantar parabéns. Enquanto o aniversariante mantinha um sorriso de orelha a orelha em seu rosto, e, felizmente, acabara esquecendo a tristeza que estava presente em seu coração. 
 

Flashback OFF 

 

–– Lembro. –– o moreno respondeu rindo –– Fizemos a maior bagunça e quase queimamos o bolo. 

–– Até hoje não vou me esquecer do senhor Jeon nos dando bronca.  

–– Verdade. –– gargalhou –– O papai ficou uma fera... Pelo menos no final de tudo fomos a pizzaria. 

Aos poucos os risos dos dois garotos foram cessando, dando lugar só silêncio e ambos foram invadidos pelo amargo sentimento da saudade. 

–– Você ainda sente muita saudade dele, não é?! –– Jae desfez a quietude. 

–– Sim. –– respondeu olhando pra cima tentando evitar –– Ele faz uma falta enorme. 

Wook se aproximou do outro e o abraçou apertado enquanto fazia um leve carinho em seu cabelo, tentando lhe passar todo carinho que conseguia. 

–– Eu sinto falta dele também. 

Ficaram assim durante um longo tempo, entretanto se separaram ao perceberem o barulho da água fervendo. Depois de um tempo em completa quietude, Jae começou um novo assunto, descontraindo o garoto de cabelo preto. 

–– Você é péssimo na cozinha. –– Jeon provocou ao ver o outro cortar os legumes de maneira errada e lenta.  

–– Ya! Você que me atrapalhou! –– fingiu cara de bravo. 

 

***

 

–– Vamos assistir alguma coisa! –– Wook sugeriu após terminarem de almoçar. 

–– Homem de Ferro! –– disse JungKook. 

–– Ahhh não, Kookie, eu já vi esse filme quinhentas vezes e você também!  

–– Então... Coração Valente! –– JungKook respondeu animado, adorava esse filme, por mais que fosse antigo. 

Jae sorriu em resposta e foi em busca da coletânea de DVDs que seu irmão tinha. Um dos filmes favoritos de DongHo é Coração Valente. Enquanto Wook procurava o disco, Jeon pegava os travesseiros e cobertores para se aquecerem e ficarem confortáveis no sofá, apagou as luzes, deixando o apartamento completamente escuro, tendo apenas a televisão e a luz natural pouco clara da tarde iluminando o cômodo. 

Kim sorriu de canto ao achar o DVD e foi em direção ao pequeno aparelho de baixo da televisão. Jeon já se encontrava deitado enrolado em um dos cobertores. 

Se pôs ao lado do ex-namorado, se enrolando no coberto assim como o outro, logo dando play ao filme. 

Já no meio do filme, Jae deitou-se pondo a cabeça no colo do moreno, que começou a fazer um leve carinho em suas madeixas igualmente negras. Mesmo que estivesse morrendo de sono, Kim queria ficar com Jeon, queria apreciar cada momento bom e sensações gostosas que o moreno lhe passava. 

E antes que percebesse, quase já no final do filme, Wook acabou caindo no sono e Jeon apenas percebeu após o filme terminar. 

O moreno sorriu, segurando o riso para não acordar o outro. Cuidadosamente tirou a cabeça do ex-namorado de seu colo, escorando-a no braço do sofá.Abaixou-se ficando na altura do rosto de Jae e sorriu de novo. Botou o balde de pipoca e os copos na pia, e lavou-os.  

Após tudo estar limpo, voltou a sala, vendo que seu ex ainda dormia. Jae parecia desconfortável naquele sofá. 

Jeon ponderou um pouco. Por mais que o médico houvesse recomendado não pegar peso, o moreno aproximou-se de Kim e segurou-o pelo pescoço e pernas, levando-o para o quarto. Colocou o garoto confortavelmente na cama e o cobriu com um lençol. 

Fez um leve carinho no topo da cabeça alheia e sorriu nostálgico. Ficou admirado por um tempo a imagem serena e bonita de Kim. 

Virou, pronto para ir embora, porém foi impedido pela mão de Jae que segurou o seu pulso, e puxou-o, fazendo com que caísse sobre seu corpo. 

–– Fica aqui. –– Wook pediu de olhos fechados. 

–– Eu preciso ir. Eu disse a minha tinha que ia almoçar com ela. 

–– Por favor... 

–– Wookkie... 

–– Então me dá um beijo. –– pediu formando um bico nos lábios, arrancando risos de JungKook, que apenas depositou um beijo em sua bochecha. 

–– Pronto. Agora tenho que ir. Se cuide! 

–– Puff... Na próxima vai ser na boca. 

–– Não sonhe tanto. –– gritou risonho por já estar fora do cômodo. 

Kim sorriu após escutar o baque da porta se fechando e se ajeitou melhor na cama.  

 

***

 

Jimin assobiava alegremente enquanto andava pelas ruas de Seul. Estava indo para a casa de JungKook, iria chamá-lo para sair, e por mais que tivesse a plena consciência de que receberia um não tentaria convencê-lo. 

Suspirou fundo antes de bater na porta, é como se toda a segurança que estava sentindo a segundos atrás dissipasse. Ficou mais alguns minutos encarando a peça plena de madeira, hesitando entre bater ou não. Quem passasse e olhasse para o ruivo acharia uma cena patética, afinal Park estava estático de frente a porta alheia com a mão suspensa no ar com o punho fechado.  

Por fim deixou seus pensamentos negativos e receosos de lado e bateu três vezes na madeira. Demorou alguns segundos para que alguém atendesse.  

–– Oi, Jimin. –– Sun Hee cumprimentou o ruivo, dando passagem para o mesmo entrar. 

–– Oi, noona. –– sorriu para a mais velha. 

Park observou a afeição da mulher a sua frente e sentiu seu coração se apertar. Por mais que a Sun estivesse com um sorriso em seu rosto, era notável o seu cansaço. As olheiras debaixo dos olhos, o rosto levemente pálido, os olhos avermelhados, indicavam que não estava tendo uma boa noite de sono há dias.   

–– Está tudo bem? Parece cansada. 

–– Está tão visível assim? 

–– Um pouco. Se ficarem te observando dá pra perceber... Você tem dormido direito? 

–– Sim. –– mentiu –– Mas, diga, como você está? Como vai na escola? 

–– Eu tô bem tanto de saúde como na escola. 

–– Que bom... Mas, então, o que te trouxe aqui?  

–– Eu queria falar com o JungKook. 

–– Ah... ele saiu. 

–– Desculpa a pergunta, mas ele foi aonde? Que horas, mais ou menos, ele volta? 

–– Provavelmente ele deve voltar antes do jantar. –– respondeu, omitindo a resposta da primeira pergunta. 

–– Ah sim... Então, eu acho que vou indo. Eu falo com ele outro dia. 

–– Se quiser pode ficar aqui e esperá-lo.  

–– Iria te atrapalhar? 

–– Claro que não, eu preciso de uma companhia –– a Jeon sorriu. 

Jimin devolveu o sorriso pra mulher, que foi à cozinha e preparou rapidamente um chá para os dois. Sun foi até a mesa, onde Park já se encontrava sentado. Sun lhe entregou a xícara e pôs um prato com biscoitos em sua frente. 

–– Tem trabalhado muito? –– o mais jovem perguntou. 

–– Sim, mas não se preocupe. E você? Na próxima semana tem simulado, não é?! 

–– É. 

–– Se sente preparado? 

–– Um pouco, mesmo que eu não tenha estudado tanto assim, me sinto um pouco preparado. O JungKook tem estudo também? 

–– Sim, ele até tava estudando e vendo uns vídeos-aulas das matérias que ele perdeu. 

–– Noona, seja sincera, acha que o Kookie pode voltar a namorar o Jae? 

–– Bom... eu não sei. JungKookie parece estar muito confuso com tudo. Ele está dividido entre você e o Wook. Meu sobrinho ama você, só que ele tem medo de que possa mudar de novo. 

–– Mas eu não vou! –– garantiu. 

–– Sim, mas compreenda, não tem como evitar o medo. Já aconteceu uma vez. Sabe muito bem que ele não quer ter o coração partido novamente. 

–– Eu só tenho receio de que esse medo impeça-o de ficar comigo. 

–– Se conquistá-lo, se mostrar a ele que vale a pena, ele pode te dar um voto de confiança. 

–– Mas eu mostro, eu digo que o amo, mas não funciona. 

–– Ainda está muito cedo. Foi muita coisa pra processar. 

–– Argh... eu sei... mas é que... se o Kookie me ama, porque não fica comigo? 

–– Você sabe o motivo, eu já te disse. 

Jimin iria falar algo se não fosse pelo som alto da porta se destrancando e logo em seguida a voz da pessoa que ama soar pela casa inteira. 

–– Tia, cheguei! 

–– Depende apenas de você, Jimin. –– sussurrou para o ruivo, antes de se levantar e ir ao encontro de seu sobrinho para abraçá-lo –– Como você está, meu amor?  

–– Estou bem e a senhora? Descansou um pouco? 

–– Estou bem. Temos visita. 

–– Visi... Jimin? –– arregalou os olhos um pouco surpreso. 

–– Oi Kookie. –– sorriu sem graça. 

–– Eu vou preparar o prato de vocês. –– anunciou Sun antes de ir para a cozinha. 

–– Você... Faz tempo que está aqui? –– Jeon indagou sem encarar o ruivo. 

–– Um pouco. 

–– Ah sim... –– proferiu sem saber como puxar um novo assunto. 

–– Eu sei que você não quer falar sobre isso –– Jimin começou receoso –– mas naquele que você seguiu um caminho diferente, você estava indo para onde? 

–– Eu... fui fazer... compras. –– inventou. 

–– Ata. –– concordou, porem não estava muito convicto. 

–– Você veio aqui por que? –– perguntou fingindo indiferença para tentar esconder sua euforia por já saber que Jimin o procurava. 

–– Eu vim aqui te chamar pra sair, mas você não estava aqui... Mas... você gostaria de sair amanhã comigo? 

Antes que o Jeon pudesse responder algo, Sun apareceu na sala chamando eles pra comer. Os três se sentaram na mesa, começando a comer. 

–– Como o Jae está, Kookie? A viagem foi boa? 

–– Ele tá bem. A viagem foi boa, demorou um pouco pra chegar, mas foi nada demais, foi apenas pra abastecer a gasolina. 

–– O Jae Wook veio hoje? –– o ruivo indagou curioso. 

–– Sim. 

–– Estava na casa dele? –– perguntou tentando não transparecer seu ciúmes. 

–– Vocês comeram o que? –– Hee perguntou. 

 –– Bulgogi. 

–– O irmão dele tava em casa? –– a mulher indagou e Park jurou a si mesmo que se o moreno negasse iria ter um treco. 

–– Não, ele teve que trabalhar. –– respondeu e passaram a comer em silêncio. O ruivo fechou seu punho em raiva, não queria acreditar que Jeon e Kim estavam sozinhos. 

Após se alimentarem, botaram os pratos e copos na pia e, com muita relutância da parte de Jimin, JungKook lavou a louça. Jimin se sentou ao lado de Sun, que estava sentada no sofá vendo um programa de culinária na televisão. 

–– Noona, eu posso ir ao banheiro? 

–– Claro, não precisa nem perguntar. 

Levantou e subiu as escadas, seguindo para o banheiro, porém parou em frente a porta do quarto de JungKook. Talvez fosse errado entrar no quarto dos outros, porém a vontade era maior que a culpa. Abriu a porta e fechou-a com cuidado. Andou pelo quarto, não tinha muita coisa diferente desde a última vez que entrou no cômodo. Parou em frente à porta do banheiro e travou, sentindo um calafrio passar pelo seu corpo todo. De forma hesitante abriu. As lembranças novamente invadiram seus pensamentos. A cena do JungKook na banheira desacordada invadiu seus devaneios. Não era a primeira vez que via o cômodo após o acidente, mas dói como se fosse a primeira. Num baque alto, fechou a porta do banheiro rapidamente. Quando estava prestes a virar, o ruivo sobressaltou ao escutar a voz calma de Jeon.  

–– Tudo bem? –– o moreno indagou com a mão no ombro alheio. 

–– Sim. –– respondeu envergonhado. 

–– Creio que não era esse o banheiro no qual queria vir. –– falou soando brincalhão tendo como resposta um riso curto e sem graça do outro –– Você leu a carta, não é? –– indagou sem olhar pro ruivo e se sentou na cama. 

–– Li e corri pra cá. 

–– Foi você quem me encontrou aqui?  

–– Sim, eu te encontrei submerso na água e corri o mais rápido que pude para o hospital com você nos meu braços. Eu estava com medo. –– contou se sentando ao lado do moreno, que olhava para baixo 

–– Por que sempre me impede? 

–– Porque eu te amo o bastante para não conseguir te ver morrer. –– olhou pro garoto ao seu lado, percebendo que o mesmo já lhe olhava. 

Park foi se aproximando do mais novo, que ia se inclinando para trás na tentativa de afastar-se do mais velho, porém desequilibrou, batendo as costas no colchão fofo. Estava encurralado e Jimin se aproveitou disso, chegando mais perto do moreno. Pôs as mãos uma de cada lado da cabeça de JungKook. Aproximou-se da orelha de Jeon e sussurrou: 

–– Eu te amo tanto que não consigo ficar muito tempo sem seus lábios no meu. 

Jimin, sem esperar mais um segundo, colou seus lábios nos do JungKook. Sua mão acariciava a bochecha do mais novo. Para surpresa do mais velho, JungKook levou suas mãos para as costas do ruivo, abraçando-o de forma meio desajeitada. Sem hesitar, abriu a boca, deixando com que Park pudesse invadi-la. 

O moreno puxou o outro para baixo, fazendo seus corpos se colarem. Necessitava de seus corpos colados enquanto suas línguas se divertiam. Automaticamente suas mãos adentraram a blusa do mais velho, que soltou um grunhido surpreso ao ter o atrito da mão gelada de JungKook em sua pele quente.  

A mão esquerda do ruivo adentrou a blusa branca de JungKook, enquanto a outra subiu para o cabelo do mesmo, onde Park fazia um leve carinho. O moreno apertava o mais velho num abraço. 

Os dois garotos queriam que o beijo durasse, entretanto ao escutarem a voz da Jeon mais velha se separaram rapidamente, ajeitando-se de forma afobada. 

–– JungKook, você viu os meus-  

Sun parou na porta (que Jeon havia deixado aberta) extremamente envergonhada. Pelo cabelo desarrumado de seu sobrinho e pela blusa amarrotada de Jimin, soube muito bem o que eles estavam a fazer. 

–– Desculpa, podem continuar o que estavam fazem. –– e saiu apressadamente. 

Os dois riram envergonhados, sem coragem para se olharem.  

–– Eu já vou indo. –– disse Jimin depois de um tempo em silêncio. 

–– Eu te levo até a porta então. 

O que o ruivo queria mesmo era ter ouvido um "fica mais", porém tinha consciência de que o outro não diria nada desse tipo... pelo menos não agora. Saíram do cômodo, descendo as escadas indo para o térreo, encontrando Sun Hee deitada no sofá cochilando de forma desajeitada. Jeon abriu a porta, dando passagem para Park passar.  

–– Kookie! –– chamou antes que o moreno fechasse a estrutura plana de madeira –– Você não respondeu. Aceita sair comigo amanhã às quatro horas?  

–– Aceito. –– respondeu depois de pensar por um curto tempo. 

A felicidade de Jimin era tão grande que sem conseguir se conter aproximou-se de seu dongsaeng roubando um selinho do mesmo, que olhou-o surpreso e corado. O mais velho apenas saiu correndo – sentindo suas bochechas esquentarem – antes que Jeon lhe batesse. 

 

Park achava engraçado, porém confuso com a maneira que JungKook lhe tratava, um dia ele era grosso e seco no outro era um doce de pessoa. Isso de fato deixava o ruivo confuso. O moreno era uma caixinha de surpresa, estava sempre a surpreender o Jimin. O mais velho mal acreditou que o outro havia aceitado seu convite. Agora só restava torcer para que o mais novo continuasse doce consigo. 

 

Após fechar a porta, JungKook ia seguindo rumo à cozinha, entretanto parou ao escutar a voz sonolenta de sua tia. 

–– Jimin já foi?  

–– Já. 

–– Nem me despedi dele... –– disse para si, levantando-se indo em direção ao seu quarto. 

–– Amanhã eu vou sair com o Jimin. –– comentou fingindo indiferença. 

–– O que?! –– Sun arregalou os olhos indo atrás de JungKook –– Sério? É isso mesmo que eu escutei? 

JungKook acabou rindo com toda a animação de sua tia, parecia até ela que fora convidada. 

–– É isso mesmo que você escutou. 

–– Para de fazer essa cara sério e confessa que tá nervoso. 

–– Você está certa. –– disse dessa vez não escondendo sua euforia –– Eu tô nervoso... Muito nervoso. Se eu fazer alguma boba? Ou falar algo? 

–– Não é como se vocês não tivessem ficado sozinhos alguma vez. Vai dar certo. 

–– Espero. –– riu bobo seguindo a escadas para ir para o quarto. 

Jogou-se na cama, lembrando-se do beijo que ocorrera ali mesmo a alguns minutos atrás. Seu coração batia tão rápido. Suspirou pondo a mão no peito, sentindo as batidas do mesmo. Realmente era um bobo apaixonado. Ansiava os lábios de Jimin sobre os seus novamente... e como queria. Deu um sorriso de orelha a orelha e abraçou o travesseiro branco de sua cama, desejando que tudo desse certo amanhã. 


 


Notas Finais


SENTIRAM O IMPACTO? PQ EU SENTI
JK TEM QUE SE DECIDIR SE FICA CARINHOSO OU NÃO COM O MOZAUM
TÃO FOFS O JIMIN, TODO FELIZ AMODOROO

Quero dedicar esse capítulo à Allyne (eu não sei seu user aqui no SS, sorry), estou morrendo de saudades ❤️❤️ @SabrinaAP TUA LINDA E MARAVILHOSA QUE VIVE ME DEIXANDO NO VÁCUO, muito obrigada por ter me ajudo a escrever o capítulo!!

Bem, é só isso haha espero que tenham gostado muito do capítulo
Beijoss no fundo do core
Até o próximo cap ou até os comentários!!


Outras fics:

Tears Are Falling:
https://spiritfanfics.com/historia/tears-are-falling-6295696

Hurts Like Hell:
https://spiritfanfics.com/historia/hurts-like-hell-6610854

Love Sucker:
https://spiritfanfics.com/historia/love-sucker-7947034


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