História I Love You, But You Don't Love Me - Semi-hiatus - The Kiss Of Jeon JungKook

Capítulo 12 - The Kiss Of Jeon JungKook

–– Ji-Jimin? 

–– JungKook-ah?! –– abriu os olhos rapidamente.

Não podia ser. Piscou-os fortemente, pensando ser uma alucinação, todavia não era. JungKook estava ali o olhando com aqueles olhos grandes e profundos.

–– Kookie! –– abraçou com força o garoto, que correspondeu de imediato –– Você não sabe o quanto esperei por isso.

–– J-Jimin-ah... –– apertou o ruivo mais forte.

Os outros olhavam a cena sorrindo, com lágrimas de alívio. O pequeno Jeon havia voltado. Jimin se separou do moreno, os outros também queriam falar com o Jeon.

–– Meu sobrinho. –– Sun Hee abraçou o moreno, se desmanchando em lágrimas –– Eu deveria te bater. –– dizia enquanto o enchia de beijos –– Nunca mais faça isso! Eu te amo tanto. Me perdoa. Eu fui uma péssima tia.

–– Não foi, não. Você é a melhor de todas.

–– J-JUNGKOOK! –– Tae correu pros braços do amigo, o abraçou amigo –– Por favor, nunca me deixe! Você não sabe o quanto a gente sofreu.

–– Kookie.

–– Jae? –– sua expressão mudou pra confusa, porém logo abriu um sorriso.

–– Meu pequeno, meu senti tanta saudade. Te amo tanto.

–– Eu também te amo, Jae. –– abraçou o ex-namorado, enquanto Park morria de ciúmes.

–– Levarei JungKook para fazer os exames. –– anunciou o médico, após JungKook falar com todos os amigos –– Senhora Jeon pode acompanhar –– JungKook foi posto numa cadeira de rodas, já que estava fraco demais. O médico e os Jeon seguiram a sala de exames.

Jae tinha um sorriso no rosto e conversava com Yoongi. Jin e Tae abraçavam seus respectivos namorados. Jimin sorria, andava em direção a Byun e Park, que já se encontravam na sala de espera. Por mais que sorria, estava sentindo um sentimento indecifrável. Não estava cem por cento feliz. Alguma coisa fazia seu coração doer.

~~~~

Sun Hee já tinha contado tudo a Jeon, que havia terminado de fazer os exames e por mais que o médico recomendou dormir, o moreno apenas pediu pra chamar Jae.

–– Jae! Eu senti sua falta.

–– Eu também senti a sua, meu pequeno. Você mudou tanto.

–– Você também.

–– Por favor, nunca mais tente se matar. Eu não quero te perder. –– abraçava o garoto

–– Promete que não vai mais fazer esse tipo de coisa?

–– E-eu...

–– Me desculpa? Eu deveria ter ficado do teu lado, deveria ter ido com você... Antes as coisas eram mais fácil. –– se separou do moreno para encará-lo.

–– Era, mas não é mais.

–– Mas eu posso torná-las. –– Jae sussurrou levantando o rosto de JungKook, para encará-lo. Jimin olhava a cena pela janela, aquilo cortava seu coração. Queria sair dali, mas suas pernas não o obedeciam.

–– JungKook... Eu ainda te amo. –– disse baixo, enquanto se aproximava mais do moreno –– Sempre te amei. –– completou.

Suas bocas estavam a centímetros de se tocarem. As respirações se mesclando, ambos percorriam os olhos pelo rosto alheio, admirando um ao outro, perguntando-se como estariam se tivessem ficado juntos. Jae lentamente fechou os olhos, entretanto antes que fizesse menção de selar seus lábios, Jeon pôs a mão no peito do garoto a sua frente, afastando-o.

–– E-eu... Não vamos apressar as coisas. Eu preciso pensar... Eu... –– antes que terminasse de falar, Jae cortou-o.

––Me desculpa, eu não respeitei seu espaço. Você gosta de outro. Fico feliz que tenha acordado. –– deixou um selar na testa do moreno.

–– Tudo bem. –– JungKook respondeu baixo, não conseguindo encarar o ex-namorado.

–– Eu já estou indo então. Tchau, Kookie, se cuide. –– despediu-se, um pouco envergonhado, ganhando um aceno do moreno. Jimin suspirou aliviado, voltou a sala de espera indo ao bebedouro, queria tanto falar com Jeon, entretanto deixaria Tae e Jin irem primeiro.

Os dois Kim andavam apressadamente, sabiam que o amigo não fugiria, mas estavam ansiosos.

–– KOOKIE! –– gritaram.

–– Hyungs.

–– Como você se sente?

–– Eu to bem.

–– Eu deveria te jogar pela janela por ter feito uma idiotice dessa. –– Taehyung falou.

–– Desculpe, foi realmente idiota. Mas mudando de assunto, alguma coisa aconteceu nesse tempo que fiquei desacordado?

–– Nada demais... As provas já começaram, você tem milhões de trabalhos pra fazer, segundo os professores como você tem muitos pontos extras será fácil de você se recuperar e... Jimin mudou bastante.

–– Ah. –– proferiu desanimado.

–– Desculpa tocar no assunto, mas o que sente pelo Jimin? –– Jin indagou.

–– Eu não quero falar sobre isso. Qualquer sentimento que algum dia eu tive por ele irá ser queimado. –– falou e logo um clima desconfortável se formou.

–– Ele quer muito falar com você. –– contou Tae.

–– Eu não quero falar com ele, não agora.

–– Isso só prova que ainda gosta dele. –– o mais velho disse fazendo Jeon revirar os olhos.

–– Eu preciso pensar.

–– Ok, escolha sua. Só pense com carinho. –– falou Jin

–– Ele sofreu muito por você.

–– Tudo bem, hyung. –– concordaram, e depois de alguns segundos no silencio, voltaram a conversa para assuntos banais.

–– Vamos ter que ir, Kookie. –– disseram.

–– Até, hyungs! –– Jimin vai ser o próximo a entrar.

–– Não! Diga que eu estou cansado e não quero mais visitas.

–– JungKook... –– Jin reprendeu.

–– Por favor, eu só quero pensar um pouco.

–– Tudo bem escolha sua. –– respondeu.

–– Tchau, JungKookie.

–– Tchau, hyungs.

Sairam da sala e logo foram abordado pelo ruivo.

–– Eu posso falar com ele? –– perguntou.

–– Ele está muito cansado.

–– Tudo bem. –– disse desanimado.

–– Amanhã você pode falar com ele. –– disse BaekHyung, se aproximando do ruivo.

–– Sim... –– sorriu fraco.

–– Vamos. –– disse e caminharam pra fora do hospital.
 

~~~~
 

O som ensurdecedor do despertador acabou acordado Jimin, que pela primeira vez não ficara irritado. Se arrumou e em seguida desceu, encontrando sua família na mesa tomando o café da manhã.

–– Filho, sente-se conosco. –– disse a mãe do ruivo.

–– Eu vou sair. –– falou seco.

–– Não me diga que vai ver aquele garoto pobre.

–– E se for, algum problema? Você deveria se importar menos com a condição financeira das pessoas, isso não define nada.

–– Define sim. –– Taeyon se intrometeu.

–– Cala a boca. –– ganhou um dedo do meio da irmã, revirando os olhos com a atitude ridícula da garota –– Você querendo ou não, pai, eu vou ver JungKook. –– saiu antes que seu pai dissesse alguma coisa.

O coração acelerado como todas as outras vezes, entretanto dessa vez tinha uma pitada de felicidade e alívio.

–– Hyung –– o ruivo falou chamando Byun.

–– Oi Jimin! Qual flor?

–– O que sugere?

–– É pro JungKook? –– indagou vendo o garoto concordar –– Recomendo tulipas brancas. –– respondeu, pegando-as e fazendo um buque –– Não precisa ter medo. –– disse ao escutar o amigo suspirando nervoso pela quinta vez –– Aqui. –– entregou o buque.

–– Obrigado, Baek hyung.

–– Boa sorte!

E mais uma vez Jimin se encontrava no elevador do hospital extremamente nervoso. Batucava com os dedos a parede de metal do elevador. Assim que as portas se abriram o ruivo saiu. Dava passos grandes em direção ao quarto de JungKook, seu coração batia tão forte. Parou em frente a porta do quarto. "E se ele não quiser me ver?", pensou. Ficou hesitando se deveria ou não abrir a porta.

Cansado da dúvida, abriu-a com rapidez. Assim que Sun Hee avistou o ruivo, tratou de sair imediatamente, deixando os dois garotos a sós. Jeon não desviava o olhar de suas mãos, estava nervoso e uma onda de tristeza lhe invadiu, assim como todos os momentos bons e ruins que tivera com Park. O moreno não sabia o que dizer, e parecia que Jimin também estava na mesma situação. Não sabia por onde começar e como começar. Entregou o buque de tulipas brancas para o moreno, que finalmente olhou pro ruivo. Depois de uma pequena hesitação, pegou o buque e o cheirou.

–– Obrigado, hyung. –– disse baixo, voltando a olhar pras suas próprias mãos.

–– JungKook –– chamou, mas não teve nenhuma respostas do moreno, suspirou e continuou: –– E-eu... Você não sabe o quanto chorei, pensando que não iria mais acordar. Esperei tanto por isso. Nesses vinte e sete dias eu refleti bastante coisa. Percebi que de tanto querer esconder dos outros, eu acabei ocultando a coisa mais importante de mim mesmo... –– dizia e, finalmente, JungKook olhou pro ruivo, um tanto curioso, o que fez Jimin sorrir disfarçadamente –– Que eu te amo... Muito. –– a confissão havia pego JungKook de surpresa, não esperava escutar isso –– O sentimento é reciproco. Está tarde demais mas, por favor, me perdoa? Eu errei feio e sofri tanto por isso. Não tinha uma única vez que eu não me lembrasse de você. Das nossas memórias. Passei noites chorando arrependido, por medo de que você morresse sem saber que eu amo você. Por favor, Kookie, me dê uma chance. Me perdoe.

JungKook escutou tudo atentamente e, depois que Jimin disse que o amava, olhou-o atentamente. Por mais que tentasse não achava nenhum vestígio de que tudo o que dizia era falso, Park falava a verdade, mas Jeon custava acreditar. Não podia cair nessa farsa. Não queria sofrer de novo. Não seria bobo novamente. 

Eu te amo. Muito.

O sentimento é recíproco.

Me dê uma chance.

Aquilo estava matando o moreno. Aliás estava matando ambos. JungKook se encontrava dividido, uma parte lhe dizia pra acreditar e a outra não. Sua cabeça estava uma caos. Seu coração está um caos. Se o moreno acreditasse ele continuaria a sofrer? Jeon segurava pra não chorar, suspirou trêmulo e depois de alguns poucos segundos de silêncio, encarou o mais velho, tentando não derramar as lágrimas.

–– Não acredito que você veio aqui. –– disse baixo, porém claro –– Depois de tudo. E ainda vem aqui me pedir uma chance. –– forçou uma risada sarcástica –– Engraçado que quando eu te pedi uma oportunidade pra te fazer feliz, quando eu pedi uma chance pra sermos amigos de volta, você apenas disse não e caçoou de mim, juntos com seu amigos. Quando te pedi desculpa, pedi perdão por te amar, você apenas me tratou como um lixo. –– falava, alterando-se um pouco, tentando não se abalar com os olhos marejados do ruivo –– Agora você vem na cara de pau me pedir perdão. Não, Jimin, eu não te desculpo. –– dizia embargado. "Não posso chorar.", o mais novo pensou –– Você não sabe o quanto eu chorei. O quanto... Você não sabe de nada, Jimin. Não sabe nem o que é amor. –– a frase foi a gota d'água pra Park, que se derramou em lágrimas. A cena estava sendo uma facada no peito de Jeon, que obrigava-se a não permitir uma lágrima sequer cair, mas estava sendo impossível. E, então antes que percebesse já estava chorando –– Você sabe o estrago que fez? Sabe quantas vezes eu me mutilava por dia pra tentar diminuir a minha dor emocional? Sabe quantas vezes eu te mandei mensagens e pedi desculpa só por amar você? As noites mal dormidas, as olheiras, as dores de cabeça, os frequentes idas ao hospital, as agressões. Eu te amei tanto... –– parou e respirou fundo, proibindo-se de se abalar com os soluços e lágrimas de Park –– Eu te amo tanto, e dói, dói muito, meu coração se quebra mais ainda ao dizer estas palavras, mas eu sofri tanto, despedacei tanto meu coração que não faz problema causar mais uma dor.

–– Se me –– soluçou –– ama tanto, então por quê não me perdoa? –– o ruivo indagou.

–– Não é tão fácil. Não é porque eu te amo que eu vou te perdoar... Perdoar toda a dor que você causou em mim. –– fala chorando demasiado, já não conseguia esconder o choro.

–– NÃO! –– gritou sôfrego –– J-JungKook, por favor não faça isso. –– pedia alto.

–– Pode se retirar, por favor. –– pediu sem conseguir olhar na cara do ruivo, sabia que no momento que o olhasse fraquejaria.

–– JUNGKOOK! –– gritou, correu até o mais novo e o abraçou –– Não faça isso. 

–– Por favor, Jimin.

–– Jung, não faça isso. –– pediu.

Segurou o rosto do moreno com as duas mãos, levantando levemente sua cabeça, fazendo Jeon olhar o ruivo.

–– Por favor. –– sussurrou colando suas testas –– Eu te amo tanto, Kookie.

Estavam tão pertos, JungKook conseguia sentir perfeitamente o perfume forte do outro. O moreno adorava seu cheiro. Os corações pulsavam rapidamente, as respirações falhas. Se amavam tanto.

Aproximava suas boas, inclinando levemente suas cabeças e, então, pela primeira vez selaram seus lábios. Jimin sentia a textura macia dos lábios do moreno, que também se concentrava em sentir a textura dos lábios do mais velho. Jeon não queria, mas esperou tanto por isso. Tantas noites acordado pensando em como seria se beijasse o garoto a sua frente.

Calmamente o ruivo invadiu a boca do mais novo, que entrelaçava e roçava suas línguas, travavam uma batalha onde não tinha vencedor, o gosto de chocolate da boca de Jeon (denunciando que havia comido alguns bombons) era viciante. O gosto das lágrimas no beijo também presente.

Trocavam suas cabeças de posição enquanto suas línguas se entrelaçava uma na outra, ambos deixavam leves mordidas no lábio alheio, chupavam algumas vezes a língua do outro, fazendo com que ficassem com mais vontade.

O beijo era maravilhosa bom, ambos se sentiam nas nuvens, mas ao "acordar", JungKook rapidamente afastou Jimin. Não acreditava que estava cedendo por tão pouco.

–– E-eu quero que isso nunca mais se repita.

–– Por que? Vamos tentar.

–– Você realmente acha que eu acredito em você. 

–– JungKook...

–– Não torne essas coisas mais difíceis, isso também está doendo em mim.

–– Então por que não ficamos juntos? Por quê complicar tudo?

–– Eu não quero sofrer, Jimin hyung, você sabe disso. Não quero sofrer por você, porque eu sei que é isso que vai acontecer.

–– Eu prometo que irei te fazer feliz.

–– Você já me disse isso uma vez e olhe só o que aconteceu. Os dois de corações partidos. Eu não deveria ter me apaixonado por você.

–– Não fala isso, só vai ser pior, nos amamos. –– dizia esperançoso enquanto tinha o rosto vermelho.

–– Eu te amo, coisa que eu me arrependo totalmente. E por mais que eu esteja apaixonado por você, eu vou fazer de tudo pra te esquecer

–– Kookie não faça isso. –– suplicava praticamente berrando enquanto suas lágrimas rolavam demasiadamente.

–– Me deixa, Jimin.

–– Jung...

–– Vai embora.

–– Eu te amo. Me perdoa! –– implorava, se ajoelhando e segurando as mãos do moreno.

–– Eu te odeio. –– aquilo foi a gota d'Água.

Soltou as mãos do mais novo e cobriu o rosto com as suas enquanto chorava alto e soluçava. JungKook via a cena se segurando, sua vontade era de ficar no chão enquanto se abraçava ao corpo pequeno do ruivo e acaricia seus fios alaranjados, mas ele estava cansado. Depois de alguns minutos, o mais velho se levantou olhando pro moreno, que olhava pro chão. Park deu mais uma última olhada no moreno e saiu do quarto. Assim que fechou a porta. Ele se encostou não parede, deslisando pela mesma, sem forças pra continuar a andar. De tanta dor que estava sentindo, era como se seu coração não batesse mais.

Suas lágrimas expressavam sua dor. Volte meia seus pensamentos votava ao beijo e as palavras de Jeon. O fazendo chorar mais ainda. Além de chorar por não ter sido perdoado, ele estava viciado numa coisa em que não podia ter.

O beijo de Jeon JungKook.