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História I Love You, Idiot Elf! - Elfos Se Apaixonam Uma Vez Na Vida


Escrita por: ArqueiraDaLua

Notas do Autor


HelloTortas de Morango (>^-^)>
Sentiram saudades?

Para compensar o capítulo passado cheio de dor e lágrimas, a titia Mônica resolveu trazer este fofo e romântico, e sim, FINALMENTE vamos saber quem a bendita Luzzie °O°

Hora de saber se sua teoria estava certa.
Lembrando que no próximo capítulo as coisas serão mais diferentes, a ação e aventura das missões vai retornar!

Muita confusão nos aguarda ~ UHUUUULLL ~

Obs: Leiam as Notas Finais.

Boa leitura.

Capítulo 20 - Elfos Se Apaixonam Uma Vez Na Vida


Fanfic / Fanfiction I Love You, Idiot Elf! - Elfos Se Apaixonam Uma Vez Na Vida

P.O.V LUA

Você já se sentiu vazio? Como se seu coração estivesse vago para qualquer situação? Era isso o que eu sentia naquele momento, deitada sobre o peito de Ezarel que disparava em batidas rápidas e enlaçada por seus braços tudo que podia constar era uma sensação do "nada", em outros momentos eu estaria imersa de alegria ou vergonha, mas ali era como se deitar em um quarto sem móveis, apenas tendo o calar das expressões. Podia distinguir nossas respirações suaves, o som das batidas uníssona de nossos corações, o silêncio de nossas palavras, assim como sentir o alívio tomar conta do meu corpo. Ao dizer as palavras tão sonhadas por mim sentira um enorme peso sair dos meus ombros, aquele "eu te amo" fora mais do que uma simples frase, fora a sentença de um entregar do meu coração. 

Contudo, ainda me sentia vazia.

Ao receber as palavras de Ezarel tudo que pensei foi nas palavras de Madame Purriry "Não fique surpresa caso ele a rejeite também", realmente aquilo fora a verdade, ele não apenas dissera "não" como também negara meu amor. Eu havia sido rejeitada. E o pior de tudo é que eu já sabia disso antes mesmo de pronunciar "eu te amo".

Sem perceber meus olhos turvaram de lágrimas, queria gritar, chorar, jogar tudo na cara dele, ainda sim.... Sabia que não era capaz. Eu o amava. Afundando pela última vez o rosto em seu peito para aspirar o doce perfume de flores e mel me distanciei de si, secando os vestígios de lágrimas restantes, virando-me de costas não pude ver sua expressão mesmo assim tinha a impressão que ele estava decepcionado, arrumando minhas bandagens me levantei ainda de costas para si. Tinha somente uma pergunta em mente.

- Por que não pode me amar? - indaguei sussurrando. Atrás de mim pude ouvir seu suspiro. 

- Eu fiz uma promessa a uma pessoa importante para mim. - meu coração socou contra o peito com violência.

- E essa pessoa por acaso é a dona do colar luminoso?

- Exatamente. - respondeu sem esboçar qualquer hesitamento na voz. Virando-me em sua direção olhei em seus olhos nublados por uma tristeza e pesar tremendo, contudo não me detive.

- É por causa disso que rejeitou as outras, não é? Você já tem alguém que ama. - sem perceber lágrimas desceram pela minha face me fazendo tremer, eu estava despedaçada. Ezarel suspirou mais uma vez e percebi seu hesitamento em se aproximar de mim. 

- Sim, é por isso que não posso te amar... Eu sinto muito, Lua. - assentindo abaixei a cabeça, raramente ele me chamava pelo nome. Queria dizer algo, tinha a certeza que quando me confessasse tudo seria diferente, talvez divertido, mas ali eu era obrigada a lidar com a dor sozinha, sem fraquejar ou demonstrar minha mágoa. 

Ezarel receou um passo como se quisesse vir até mim, porém, desistiu. Mantendo-se em seu lugar. Cerrando os punhos mordi meus lábios com força. Não podia chorar. Não podia. 

- Talvez você tenha se confundido. Com certeza não me ama, talvez apenas se prontificou e acabou se enganando. Nesse caso, o melhor a se fazer é esquecer disso tudo. 

Ele duvidava de mim, achava que eu estava mentindo. Por quê? Por que, Ezarel?

- Eu sinto muito... - murmurei de cabeça baixa. - Devo ter me confundido mesmo, aliás sempre houve apenas o ódio entre nós, não é mesmo? Não é como se algo fosse mudar e a humana inútil conseguisse algo. Fui uma tola me precipitando desse jeito. 

Erguendo a cabeça abri meu sorriso mais perfeito para demonstrar confiança, ele me olhou com pesar assentindo logo em seguida..

- Vamos esquecer essa história. 

- Está tudo bem. - sorri, desejando dizer o contrário. O mesmo caminhou para fora sem sequer esperar Ewelein ou dizer algo, no momento em que vi a porta se fechar cai de joelhos no chão despejando todas as lágrimas que havia segurado. Me sentia destruída, despedaçada e principalmente uma idiota sem fim. Ezarel já amava alguém.

Eu havia sido rejeitada. 

Fim P.O.V LUA

(***)

P.O.V EZAREL

Caminhei apressadamente até meu quarto sem sequer diminuir a velocidade dos meus passos, meu coração palpitava em batidas aceleradas me fazendo sentir uma grande raiva. Por quê? Por que justo ela?

Abrindo a porta num estrondo a tranquei com rapidez antes de jogar meus pergaminhos no chão os fazendo se espalhar, com uma fúria indomável empurrei objetos ao chão, joguei frascos de poções na parede, chutei móveis, tudo para desfazer a ira que sentia. Por que justo aquela humana inútil? O que eu fizera de errado? Desde o primeiro dia a tratei mal, fiz o impossível para fazê-la me odiar e mesmo assim ainda se apaixona? Como era possível? Agarrando meus cabelos segurei-me para não puxá-los. Sempre deu certo, rejeitei inúmeras moças de diferentes classes, então por que me sentia tão culpado com sua declaração? 

- Como você pode me amar, Lua? - perguntei a mim mesmo tentando compreender. Sua expressão magoada me invadia com força me fazendo sentir um grande remorso. Maldita doença humana. Queria poder voltar no passado e mudar tudo. Gostava dela, mas ainda sim... Amar? 

Eu te amo, Ezarel.

Aquela frase me atingiu em cheio se repetindo diversas vezes em minha mente, não podia aceitar, não podia. Mesmo que isso me afastasse dela. O amor dela por mim tinha que ser engano. Ainda sim... Confessava que jamais havia sentido algo desse porte. Eu me alegrava quando estava ao seu lado, gostava de quando sorria, da sua personalidade doce, tudo em Lua me encantava e isso era terrível. Eu estava...

Abrindo minha gaveta retirei de dentro um colar de flor amarela cintilante. Não. Eu havia prometido. Não podia.

- Eu acho que é tarde demais.... - sussurrei, trazendo o acessório para perto de mim apenas para me trazer um pouco de paz.

Fim P.O.V EZAREL

(***)

Horas se passaram e a situação continuava na mesma: Lua trancada em seu quarto e Ezarel no seu. Ninguém compreendia o que se passava, nem mesmo os próprios. A albina derramara todas as suas lágrimas no travesseiro enquanto o alquimista se amaldiçoava sentado no meio da bagunça que fizera. Por inúmeras vezes sentira vontade de visitá-la embora seu orgulho o impedisse.

Talvez seja melhor assimDeixá-la sofrer vai fazer com que me odeie. - pensava o azulado tentando se convencer.

No outro quarto, a faeliana havia vestido apenas um pijama e se jogado para debaixo das cobertas. Amaldiçoava todo o amor que sentia. Sem perceber a noite chegou trazendo consigo um silêncio torturante senão fosse cortado pelos pequenos soluços da moça. Não se lembrava de quantas horas passara ali, tudo o que sabia era que não sairia tão cedo.

De repente, um tocar repentino em sua janela fez a mesma sobressaltar de susto, uma figura sombria adentrou o recinto num puro silêncio olhando-a fixamente com suas pedras vermelhas, ao reparar em quem se tratava Lua correu em sua direção o abraçando sem aviso prévio, tomado pela surpresa do ato repentino o Mascarado a envolveu em seus braços acariciando o topo de sua cabeça, permitindo que a mesma continuasse junto a si.

- O que houve? - perguntou, numa aflição notável. Afundando o rosto na armadura gélida a garota o apertou mais forte.

- Eu me confessei ao rapaz que amo... - disse aos soluços - E ele me rejeitou... o pior é que eu já sabia...

Sem saber o que dizer o homem misterioso a levantou no colo caminhando até sua cama, onde a deixou sentada. Se afastando, enxugou suas lágrimas com os dedos encobertos pela luva, esperando com paciência até que ela se acalmasse.

- Conte-me mais. - pediu, suplicante. Com tranquilidade a jovem contou-lhe tudo, com o rosto encoberto a faeliana não pôde ver sua expressão furiosa que se apossara de si ao escutar seu relato em detalhes. - Esse Ezarel é um monstro, ele não te merece. - bradou em fúria.

- Eu sei que não, mesmo assim não consigo deixar de amá-lo. - sua confissão saiu num suspiro angustiado. O Mascarado a segurou pelos ombros gentilmente, trazendo-a para perto de si num abraço aconchegante.

- Eu prometo que não vou deixar que nada de ruim te aconteça, custe o que custar. Vou te proteger sempre, conte comigo para o que for.

Tomada pela surpresa e sinceridade de suas palavras a jovem o abraçou com cuidado para não se machucar com a espessa armadura. Enlaçada por aqueles braços gentis, não deixou de pensar no beijo que haviam dado outro dia. Sua face ruborizou, fazendo com que se afastasse.

- Pode ficar comigo por algum tempo? Estou um pouco nervosa com tudo isso. - pediu, envergonhada. Assentindo com a cabeça, Lua se deitou acompanhada pelo Mascarado, diante de um para o outro o rapaz a cobriu puxando a coberta, sua ação fez a mesma sorrir, agradecida. Como sempre ele estava cuidando de si.

- Obrigada. - sussurrou, timidamente.

- Eu sempre estarei do seu lado, Lua... - murmurou ele, olhando fixamente para si.

Absorvendo tais palavras sinceras a moça fechou os olhos, sendo conduzida com serenidade para os braços de Morfeu.

(***)

A manhã ensolarada trouxera não somente a paz interior como também reflexão, ao acordar se deparou sozinha em sua cama, não sabia se o Mascarado havia saído de madrugada ou no amanhecer, contudo, a janela aberta indicava por qual caminho o mesmo seguira. Levando um pedaço de pão aos lábios sorriu agradecida, jamais pensara confiar tanto em alguém como confiava nele, além de ser seu amigo era ainda um protetor, fato que a deixava imensamente contente perante as dificuldades que enfrentava.

Nesse instante, uma figura conhecida adentrou a Cantina despertando cochichos de todos os lados, os dois se entreolharam rapidamente antes da moça desviar o olhar. Depois do ocorrido do dia anterior a mesma sequer sabia como olhar novamente para Ezarel, ainda mais depois da rejeição que levara, sentia-se perdida e incapaz de encarar seus olhos novamente. Um gelar na espinha fez a mesma tremer dos pés a cabeça.

Calma, basta agir com naturalidade. - pensou, tentando conter o nervosismo. - Ai meu senhor, me ajude a sair dessa. Prometo ser boazinha com todos e dar minhas bolachas para o Mery diariamente. Amém.

Um toque em seu ombro a fez pular de susto, ao olhar para cima notou um par de olhos esmeraldas que a observavam com suavidade. Um suspiro de alívio escapou de seus lábios antes que pudesse segurar.

- Leiftan? - indagou num sussurro. O rapaz abriu um sorriso antes de sentar-se na sua frente. 

- Bom dia, Lua. - cumprimentou levando aos lábios sua xícara de leite. A garota ruborizou, envergonhada. - Percebi que estava nervosa por alguma razão e resolvi ajudar. Espero que não se incomode por sentar aqui.

- Não, imagina. - a tranquilidade se apossou de si, acalmando seu coração.- Obrigada, Leiftan. Você é muito gentil.

Retribuindo o sorriso ambos passaram a comer juntos numa conversa animada, ao longe um elfo de cabelos azuis observava a cena inconformado.

(***)

- Leve esses livros para a Biblioteca e depois volte para marcação de poções, não demore. - a ordem fria do alquimista a fez tremer disfarçadamente, era como se nada tivesse acontecido. O elfo continuava o mesmo sobre seu agir e personalidade, até mesmo fizera brincadeiras de mal gosto com Alajéa. A faeliana o encarou rapidamente antes de pegar a montanha de livros sobre a mesa, não compreendia Ezarel. Era como tentar ler um livro em outra língua, jamais saberia decifrar seus pensamentos ou sentimentos. - Está escutando, humana?

Ela assentiu com a cabeça antes de sair do Laboratório às pressas. Não entendia o motivo disso. Parecia até que o mesmo estava fazendo de tudo para piorar a situação.

- Kero? - chamou ao entrar no recinto silencioso, o rapaz surgiu por detrás de uma estante com um belo sorriso no rosto.

- Olá, Lua. O que deseja?

- Vim devolver estes livros de alquimia, não precisamos mais deles.

- Coloque ali, por favor. - seguindo sua orientação a moça colocou os livros sobre uma pequena mesa suspirando logo em seguida. Ao perceber sua expressão Keroshane franziu a testa se aproximando. - O que aconteceu?

- Se deseja um resumo básico a única coisa que digo é que o Ezarel é completamente bipolar. - resmungou ela sentando-se em uma cadeira qualquer. - Nunca pensei conhecer alguém tão indecifrável na minha vida. 

- Ele é assim mesmo, tanto com você quanto com os outros. - riu o espécime de unicórnio - Mas algo me diz que tem mais pedras nessa mina. Conte-me. Talvez eu possa ajudá-la.

Lua olhou para o rapaz que a observava atentamente, a espera de seu relato.

- Bem, eu... eu não consigo entendê-lo, Ezarel parece que me odeia mas ao mesmo tempo diz que gosta de mim. Isso é confuso! - suspirou passando a mão no rosto. Kero piscou algumas vezes, pensativo, antes de responder.

- Sei que parece estranha minha resposta mas o que acontece é que ele tem um certo... medo de se apaixonar.

- Medo de se apaixonar? - repetiu ela, surpresa. - E por quê? - o rapaz a olhou atentamente causando um grande desconforto na albina. Sua expressão era da mais pura seriedade.

- Por que elfos só se apaixonam uma vez na vida. 

Um silêncio caiu sobre o ambiente trazendo desconforto ao bibliotecário, Lua manteve-se muda digerindo calmamente a informação que recebera, não era possível. Tinha que ser uma brincadeira. Soltando todo oxigênio que segurava nos pulmões a mesma olhou fixamente para o amigo esperando uma explicação. Sem escolhas Keroshane fez brilhar seu chifre em uma luz azul trazendo em levitação um estranho livro de capa marrom até si.

- Tudo está explicado aqui, no "Manual da Vida dos Elfos". Por estar escrito em língua élfica eu lerei para você. - tirando a poeira da capa o rapaz abriu o livro vasculhando suas páginas até encontrar a que desejava, virando-o para que a moça pudesse ver também. Em uma folha amarelada uma gravura pintada a mão mostrava dois elfos abraçados envoltos em uma aura avermelhada. - Aqui diz o seguinte: "Desde quando nascem, os elfos são destinados a amar uma única pessoa por toda a vida. Ao encontrar seu verdadeiro amor seu coração passa a pertencer a ela onde tem a decisão de aceitar ou não o amor recebido. Caso o rejeite as hipóteses são as mais notáveis possíveis: o elfo(a) estará a mercê de uma vida inteira na mais pura dor, trazendo consigo o desejo da Morte. Mas ao contrário da rejeição se o amado(a) o aceitar trará não somente a alegria concebida como também um futuro de uma vida eterna juntos." - ao terminar a leitura, Keroshane fechou o livro esperando que a mesma dissesse algo, em vez disso ela apenas permaneceu emudecida. - Lua? Você está bem?

- Kero... o Ezarel já amou alguém? - indagou num sussurro. 

- E-Eu não sei. Mas Miiko deve saber, afinal ela está na Guarda à muitos anos e... - antes que o mesmo pudesse terminar a frase a garota correu para fora no máximo que suas pernas permitiam. Tinha que ter a certeza disso. Precisava saber.

(***)

- Miiko, precisamos conversar! - gritou a faeliana, desesperada. A Kitsune que se encontrava concentrada numa conversa com Jamon virou-se para ela com o cenho franzido devido a interrupção. 

- Agora? - perguntou com a sobrancelha erguida. Lua caminhou para perto de si numa determinação incrível onde ao ser reparada pela raposa não teve outra escolha a não ser dar sua atenção. - O que houve?

- O Ezarel já amou alguém? - ao receber a questão Miiko engoliu em seco, dando-lhe as costas. - Eu preciso, saber. - pediu em súplica - Por favor, ele já entregou seu coração a uma moça?

A Kitsune voltou-se para ela com uma expressão aborrecida. 

- Ezarel me proibiu que eu falasse neste assunto... mas se quer saber de uma coisa é que somente ele pode responder essa pergunta. - Lua cerrou os punhos com força, desejando não se abalar. Ela tinha razão. Somente o próprio elfo poderia dar-lhe as respostas. Decidida, a mesma agradeceu antes de parar na entrada da Sala do Cristal.

- Qual era o nome dela? - perguntou sem se virar.

- Luzzie... Seu nome era Luzzie.

(***)

O clima ensolarado refletia nas folhas rosadas trazendo uma bonita coloração alaranjada. O vento batia nos galhos fazendo diversas pétalas caírem como chuva sob o solo, trazendo desta forma uma grande paz a quem estivesse por debaixo. Trazendo uma folha aos lábios o rapaz despejou um suave beijo antes de soltá-la no ar novamente.

- Sabia que viria até aqui. - murmurou fingidamente Ezarel em um tom sarcástico. A garota de compridos cabelos brancos atrás de si suspirou alto, reunindo coragem. Estivera atrás dele por tempos até encontra-lo perto da cerejeira. Seu coração começou a acelerar, mesmo assim não iria desistir de seus propósitos.

- Quem é Luzzie? - perguntou por fim. Ezarel gelou antes de responder friamente.

- Alguém que não é da sua conta. - caminhando para longe o mesmo foi impedido pelo braço de Lua que o segurou pelo pulso. 

- Não! Chega de mentiras! - esbravejou - Eu quero saber a verdade. Quem é Luzzie? 

O elfo ficou em silêncio fazendo a albina se irritar ainda mais.

- Você a ama, não é? É por isso que não pode me amar. A pergunta é, por que não me contou? Eu confiei em você, esperava que me dissesse a verdade. Aquele colar é dela, não é mesmo? Por isso me rejeitou? RESPONDA! POR QUE NÃO ME CONTOU?

- POR QUE ELA ESTÁ MORTA! - gritou Ezarel se virando abruptamente, Lua arregalou os olhos ao ver seus olhos verde-ciano turvados de lágrimas. - Eu só queria cumprir minha promessa a ela, eu realmente queria. 

Liberando suas lágrimas que deslizavam pela sua face o elfo fechou os olhos, chorando em silêncio. Emudecida, Lua se aproximou o puxando para si num abraço acolhedor enquanto acariciava seu macio cabelo azul, sem se afastar o alquimista afundou o rosto em seu ombro deixando ser abraçado, precisava liberar o pranto que segurara por anos. 

- Conte-me mais sobre ela. Você a amava? - perguntou a albina depois de um longo silêncio. Ezarel a apertou mais forte, impedindo que a mesma se afastasse de si.

- Sim. Eu a amava muito. Nos conhecíamos desde criança, ela sempre esteve do meu lado até que... Foi tarde demais. 

- O que aconteceu?

- Quando o Grande Cristal foi quebrado inúmeros faerys de diversas raças adoeceram e morreram... inclusive Luzzie. No dia de sua morte eu prometi a ela que jamais me apaixonaria por outra moça, estava tudo dando certo até você chegar, sua humana inútil. - o resmungo do elfo fez a garota sorrir fracamente - Eu fiz de tudo para você me odiar, te tratei mal, te provoquei, mesmo assim você foi teimosa suficiente para se apaixonar por mim. 

- Aprendi com o melhor. - brincou ela se afastando. Olhando fixamente para as brilhantes orbes verdes que a encaravam a jovem passou os dedos secando suas lágrimas restantes antes de colocá-las sob cada lado de seu rosto. - Eu sinto muito, Ezarel. Eu não deveria ter me adiantado, deveria compreender seus sentimentos por ela antes de me prontificar. Porém, quero que saiba que o amor que eu sinto por você é verdadeiro, eu te amarei para sempre, e mesmo que não possa me amar também não terá problemas para mim. 

- Ainda há tempo de amar outro. - disse ele querendo o contrário. Lua sorriu ainda mais.

- Elfos não são os únicos que amam uma vez na vida. - brincou. Ezarel segurou em suas mãos retribuindo o sorriso. - Eu só preciso saber de uma única coisa... Há alguma chance de eu conseguir te conquistar? 

Um silêncio recaiu sobre o lugar. O elfo pensou por alguns instantes a procura da resposta. Não havia o que discutir. Sabia a verdade. 

- Sim... há sim uma chance. 

Derramando uma única e pequena lágrima Lua sorriu, e o trazendo para perto de si colou seus lábios num doce e verdadeiro beijo, selado pela brilhante tarde no meio da chuva de pétalas rosadas que guardavam em suas folhas a memória daquele puro amor que nascia. 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Para quem ficou em dúvida sobre a Luzzie:
Ela era uma elfa, amiga de infância do Ezarel, os dois cresceram juntos e se amavam.

- Mas tia Mônica, elfos não amam somente uma vez na vida? Como que o Ezarel amou a Luzzie e agora ama a Lua?

Simples, queridos. Acontece que o Ezarel NÃO amava a Luzzie. ( O QUÊ?! ) Sim, ele gostava muito dela mas ela nunca foi seu amor verdadeiro. Diferente da Lua. O Ez sempre se enganou disso e por isso fez a promessa.

Eu explicarei melhor essa história num capítulo especial de 300 favoritos.

Até a próxima <3

*Lua e Ezarel ainda se beijando*

- QUEREM PARAR COM ESSA AGARRAÇÃO?! TENHAM MODOS! ( Miiko )

( Eu ) - Relaxa tia Raposa, deixe eles terem seus elfinhos... *pega pipoca e refrigerante* - Prossigam, queridos. Quero ver de camarote.

***

Heheheh Sorry >////<


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