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História I love you, Rowan (rowbrina) - Lies


Escrita por: Darya_

Notas do Autor


tecnicamente, assim pra mim, ainda é final de semana, então cumpri o prometido u.u
não sei se tá bom, mas espero que vcs gostem s2

Capítulo 5 - Lies


 

04 de setembro de 2017

 

É, talvez Liv esteja certa, talvez eu realmente goste de garotas. Não é como se eu fosse lésbica, bi ou algo do gênero. Eu gosto da Rowan, isso é fato, e ontem eu gostei bastante da garota latina que estava deitada sem roupa na minha cama. Mas isso é ok, né? Eu posso não ter entrado na faculdade, mas eu estou na idade de estar em uma e todo mundo experimenta nessa fase. É isso, eu estava experimentando. E como experimentei ontem a noite.

A festa que fui com Liv no sábado durou até o início da manhã de ontem. O que me fez crer que ela estaria destruída o suficiente para não querer sair domingo à noite também, assim como eu, mas aquela só deve ter algum tipo de vício raro em rolês e me apareceu toda arrumada na minha porta, às dez da noite, me chamando para sair de novo. Neguei, porque eu não sou louca, só que ela fez tanta chantagem emocional, disse que eu não a amava, que nossa amizade acabaria ali se eu não fosse e, o golpe final, que se fosse a Rowan eu não recusaria. Daí eu me arrumei, mesmo estando podre e fui. Fiquei extremamente embriagada na festa e acabei trazendo a desconhecida para minha casa. Queria até poder dizer que eu estava louca a ponto de não lembrar das coisas, mas não foi esse o caso. Eu lembrava de tudo vi-vi-da-men-te em seus mínimos detalhes e tudo que posso dizer é que foi uma experiência um tanto interessante.

Depois de acordar, passei alguns minutos olhando o teto antes pegar meu celular. Levantei com a pressa de quem precisava tirar o pai da forca quando vi a hora. As inúmeras mensagens de Rowan e as ligações perdidas do diretor que, com certeza, eram por causa da minha mais de uma hora de atraso. Corri para o chuveiro e enquanto tomava banho podia lembrar perfeitamente da hora que desliguei o aparelho. Havia recebido uma mensagem de Rowan num momento um tanto inoportuno, o que me deixou ligeiramente puta pela interrupção e falei um "ninguém vai nos atrapalhar agora" entre gemidos jogando o celular longe depois de desligá-lo. Nem me toquei que precisava colocar o alarme para conseguir acordar no dia seguinte. Tive vontade de me bater devido a burrice.

— Hey, babe! Acorda aí — falei pegando em sua canela e balançando sem muita força. — Eu preciso ir e não posso deixar você aqui, então acorda por favor — a garota gemeu baixinho e encolheu-se cobrindo a cabeça com o lençol. — Vamos lá, não faça isso comigo, babe — iniciei um cabo de guerra tentando tomar-lhe o pano. — Já são dez e meia da manhã e eu to muito atrasada. Você não tem nenhum lugar pra ir não? Uma aula da faculdade, sei lá...

Assim que fechei a boca ela pulou da cama com uma expressão tão, ou até mesmo mais, desesperada que a minha, expondo seu corpo completamente nu. Pena que não tive muito tempo admirando-a, já que em segundos ela estava correndo até o banheiro proferindo os mais diversos palavrões.

— Caraaaalho — resmungou quando se trancou no banheiro. — Eu tenho uma prova daqui há meia hora! Por que você não me chamou antes?

— Porque eu também não acordei antes! — retruquei, enquanto me enfiava no primeiro vestido que via. — Acredite, eu estou sofrendo muito mais por ter acordado agora do que você. 

Eu a emprestei uma roupa e decidi deixá-la na aula, pois como já estava extremamente atrasada dez minutos a mais não fariam diferença e, também, porque me sentia um pouquinho culpada por seu atraso, já que foi por insistência minha que ela acabou em meu apartamento. Depois de um curto caminho, onde infringi pelo menos umas cinco leis de trânsito e ignorei meu celular que não cessava de tocar, chegamos ao prédio de sua aula e estacionei numa vaga inventada. 

Ela parecia um tanto mais tranquila, pois chegamos cerca de quinze minutos adiantadas, nem de longe me lembrava a louca que, há segundos atrás, gritava com todos em nosso caminho e encarava o relógio do celular a cada dois minutos.

— Bom... Tchau — dei de ombros e dei um sorriso fraco de despedida.

— É isso? Não vai nem perguntar meu nome? — Levantou uma sobrancelha e se acomodou melhor no assento, sem mostrar nenhum sinal que desceria.

— Acho que não precisa, como você mesma disse ontem que era tudo casual.

— Eu sei, mas não seria nada mal repetir a dose... — sussurrou, chegando cada vez mais perto. — Sou a Jane, pode pedir meu contato para sua amiguinha caso queira me ver de novo. — Sua boca já estava próxima o suficiente de minha orelha a permitindo mordiscar meu lóbulo esquerdo. — Na próxima, quero ter certeza que você vai gemer meu nome.

Mordi o lábio sem conseguir evitar que um sorriso perverso surgisse e os cabelos de minha nuca levantassem. Antes mesmo de eu conseguir formular uma resposta, pude sentir seus dedos entrelaçarem na base do meu cabelo e a outra mão encaixar-se em minha cintura, me puxando bruscamente e colando meu corpo no seu.

— Você vai se atrasar para a prova — sussurrei encarando seus olhos pequenos e tendo minha respiração ofegante devido o batimento cardíaco acelerado.

— Ainda tenho tempo para isso — respondeu deixando seus lábios encostarem nos meus. E, meu deus do céu, a sensação de sua língua se movendo junto a minha, seus lábios macios roçando nos meus, sua mão levantando minha roupa e tocando a pele da base das minhas costas estavam me levando a loucura, me fazendo querer repetir a noite anterior ali mesmo. Fui levada pelo momento deixando que suas mãos fizessem o que queriam, até sermos interrompidas pelo meu celular tocando pela milionésima vez.

— Hey, Mike... — Tentei disfarçar com minha melhor voz de tranquilidade e me empenhando para desvencilhar-me da garota, sem muito sucesso. — Como vai? — precisei afastar o telefone pelo menos dois palmos de minha orelha, a altura que ele gritava do outro lado da linha alguma coisa sobre "pensar que eu tinha morrido" quase estourou meus tímpanos. — Fica calmo — tentei me manter séria e conter os gemidos, dado que Jane mordiscava a parte mais sensível de meu pescoço enquanto subia sua mão pelo interior de minhas coxas. — Eu... Já estou a caminho, chego em cinco minutos — completei abafando com a mão um gemido que, por um triz, não saiu no meio da frase já que sua mão atingiu uma parte um tanto mais sensível.

Ele gritou mais algumas coisas que não consegui distinguir antes de desligar na minha cara e me deixar mais preocupada com meu atraso do que antes. Tirei a mão que se encontrava no meio de minhas pernas e usei toda minha força de vontade para segurá-la pelos ombros para impedi-la de ir mais longe. Estava mais ofegante do que nunca e por pouco não cedi ao olhar lascivo que me lançava.

— Eu realmente tenho que ir, babe. Meu chefe vai me matar se eu não chegar lá logo — a tristeza banhou meu tom de voz — e, também, você vai acabar se atrasando para sua prova se continuarmos.

Ela fechou a cara e me largou. Balançou a cabeça aceitando a situação mais desanimada que eu.

— Me liga, quando estiver sozinha sabe. A gente pode brincar de novo —  propôs. Retornou o sorriso safado por um instante e desceu do carro, sem se esquecer de antes plantar um rápido selinho em meus lábios.

A observei por alguns segundos com um sorriso bobo, dei um tchauzinho quando ela piscou para mim à distância e voltei a realidade precisando sair dirigindo que nem uma louca para o estúdio. Ao chegar, saltei do carro com pressa. Tentei arrumar meu cabelo no retrovisor e pude perceber uma marca roxa na lateral de minha nuca. "Merda." Não acreditava que aquela garota tinha me marcado. Entrei no estúdio com a cara mais lavada do mundo tentando meu melhor para esconder a marca com algumas mechas, por sorte, a maioria das pessoas estava ocupada com as gravações e pude correr até a maquiagem sem ser parada no meio do caminho.

— Sério que você tá atrasada desse jeito porque estava com macho Sabrina? — dizia Megan enquanto tentava corrigir o roxo.

— Eu não tava com macho.

— Claro que não, essa marca se fez sozinha em seu pescoço, né?

Engoli seco e olhei para os lados. Eu não estava mentindo, afinal, não estava com macho.

— É uma longa história. Só me arruma aí, me mostra o figurino e guarda a bronca. Já vou ouvir bastante quando Mike me encontrar — falei de forma mais estúpida que o necessário. Sendo só eu me calar para o homem adentrar o recinto, escancarando a porta virado no diabo. Que boca maldita a minha.

Ouvi tanto, mas tanto, que meus ouvidos queimaram por horas. Fui chamada de irresponsável e egoísta, repetiu várias vezes sobre como matei todo mundo de preocupação sem dar notícia com o celular desligado e, ainda por cima, ouvi inúmeras ameaças de sofrer reais represálias da emissora se acontecesse de novo. Fiquei calada durante toda a bronca rezando pra que ele não percebesse o trabalho feito em meu pescoço. Por mais que achasse que ele estava exagerando na preocupação, eu o entendia. Nunca fui de me atrasar e meu celular está sempre conectado, sumi desde da internet e cheguei com mais de duas horas de atraso, se eu estivesse do outro lado talvez também me preocuparia.

Passei o resto do dia pedindo desculpas e o bajulando nas pausas entre uma cena e outra. O resto do cast também ficou preocupado comigo, mas não tanto quanto o homem, então só um "foi mal pelo atraso" pareceu corrigir as coisas. Rowan também parecia um pouco incomodada com a situação, mas não tive muito tempo com ela fora das cenas para saber a extensão do dano que meu sumiço causou, já que o babaca do Curran tinha ido gravar umas cenas e ficava rondando sempre que podia. Pedi desculpas pra ela via mensagem e ela me respondeu normalmente, então deduzi que estava tudo bem.

Todo meu resto de energia foi drenado nas poucas horas de gravação que participei, provavelmente mais por toda adrenalina do início do dia do que pelo trabalho em si. Quando terminei minhas cenas me joguei em um dos sofazinhos do estúdio para esperar Rowan, pois entre as poucas palavras que trocamos no dia, algumas delas envolviam eu lhe dando carona para casa.

— E aí prince charming — me joguei ao lado de Peyton e tirei o celular de sua mão para que me desse a atenção que eu merecia.

— Hey Ella — respondeu sem nem parecer ligar para o aparelho.

— Eu nem pareço com a Cinderela, Charming. — Pisquei lentamente desprezando suas palavras. — Você é péssimo com apelidos.

Peyton riu sem me levar muito a sério e num movimento rápido tomou o celular de minha mão:

— Festinha hoje a noite, vamos? 

— Nossa, definitivamente não. Eu to podre, não saio de casa hoje nem que me paguem.

— Relaxa, você pode fazer body shot em quantas meninas você quiser, ninguém vai reparar sua bissexualidade — disse em meio a risinhos me empurrando de leve com os ombros.

— Eu não sou bi — discordei séria tentando não transparecer a crescente dúvida em minha voz.

— Lésbica, descuulpa.

— Nem isso.

— Não? — perguntou parecendo legitimamente confuso. — Você sai bebendo shots de tequilas no corpo de outras meninas só por hobby?

— Foi uma menina e todo mundo tava fazendo, não queria parecer chata.

— Foram três diferentes, Sabrina! E você ainda gritou "melhor aniversário de todos"!

Abri a boca mas fiquei um bom tempo sem conseguir pensar numa resposta.

— Mesmo? — perguntei baixo me aproximando dele como quem vai ouvir um segredo. — Eu juro que só lembro de uma.

Ele explodiu em risadas e depois se aproximou mais de mim para falar no meu ouvido:

— Mesmo — imitou meu tom de voz. — Se você quiser você pode até chamar o amor da sua vida pra repetir o rolê do seu aniversário.

— A Rowan não é o amor da minha vida!

— Nossa, ela é tanto que nem precisei dizer o nome dela para você já saber de quem eu tava falando — me corrigiu. —  Nem quando você tava com aquele seu ex-namoradinho idiota, e vocês postavam declaração de amor um pro outro na internet quase todo dia, você parecia um terço tão apaixonada quanto você ta pela Rowan.

— Mas eu não to! — protestei irritada, sem acreditar que depois de tudo que aconteceu naquele dia minha vida voltou tão rápido a girar em torno da garota. — Não sei de onde você tirou isso!

— Eu não precisei tirar isso de lugar nenhum. Todo mundo já percebeu, desde as gravações do ano passado você não consegue disfarçar direito.

— Aaaaaaa eu não tô apaixonada pela Rowan! 

— Mano, você falou "eu te amo, Rowan", no meio das gravações. Por que ainda tenta negar?

— Eu errei uma fala, só isso! — tentei parecer firme, mas minha voz acabou saindo um tanto mais fina do que o esperado.

— Não foi isso e você sabe. — Ele apertou os olhos. — O resto do pessoal pode até não ter percebido com toda a clareza, mas eu não sou besta, te conheço muito bem, não adianta tentar me esconder o que tá acontecendo.

Quis continuar negando, mas acabei dando de ombros em aceitação.

— E diferente do que você acha, Rowan também não é besta, ela sabe muito bem o que tá rolando.

Dei um riso irônico e balancei a cabeça em negação.

— Sabe sim...

— Sabe sim, mesmo.  Se eu fosse você eu convidaria ela pra repetirem seu aniversário hoje a noite — afirmou o garoto levantando a sobrancelha sugestivamente.

Fiz um bico desgostoso e revirei os olhos.

— Não é como se ela fosse querer repetir — soei desanimada. — Quando eu contei, ela levou mais como uma piada do que qualquer outra coisa. "Amigas fazem isso quando bêbadas" — completei imitando o tom de voz dela e fazendo aspas com os dedos.

— Como assim quando você contou?

— Ué, quando eu contei, ela nem lembrava também.

— Como não? Ela nem estava tão bêbada assim, na real acho que nem bêbada ela estava. Ela mal deu três goles naquela sua garrafa de champagne.

— Ela é novinha, deve ser muito fraca pra bebida e...

— Mesmo se fosse, eu mandei a foto e o vídeo pra ela também — me cortou — e ela me respondeu.

— Mas... mas ela disse que não lembrava...

— Ela mentiu.

 


Notas Finais


já sabem u.u


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