História I met you seven years ago (bakudeku) - A festa de aniversário

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Eu odeio festas, eu odeio todo aquele barulho ensurdecedor, odeio toda aquela gente bebada e suada, odeio o cheiro de vodka e cigarros se misturando, também odeio as pessoas se pegando no meio do nada, tipo, existem 6 quartos nessa poha dessa casa inferno, qual é o sentido de tudo isso, quando eu apenas poderia estar em casa jogando video-game.

Sinceramente eu só estou por conta do Midoriya, o qual eu ainda não havia  visto, mesmo sendo o anfitrião, ele não está aqui ainda e isso me irrita, tipo pra caralho. Qual é, a festa é sua, você deveria chegar primeiro que todos, ainda sim consegue a proeza de chegar por ultimo.

Eu na verdade não sei oque eu estou fazendo aqui ainda. Eu já fui informado que ele chegou, isso após perguntar a diferentes pessoas. Eu só sei que estou muito ansioso, e nem isso eu entendo bem, nunca senti isso por ninguém, e sabe-se lá com quantas pessoas eu me relacionei em toda a minha vida. Eu só sei que tudo oque eu quero agora é encontrar o esverdeado e me livrar do sufoco que sinto agora.

Fico em frente ao mini bar do salão onde a festa acontecia e espero enquanto tomo alguns drinks de Whisky.

-Aqui está. - Olho para o meu lado e vejo um pequeno copo de Whisky, junto a alguns petiscos. Sinceramente, esse deve ser o quarto shot de Whisky que bebo, e provavelmente vou ter que parar porque não quero que quando eu encontre o Midoriya, eu esteja caido em cima de um cara qualquer. Não quero mesmo, isso seria humilhante.

Continuo comendo alguns petiscos, já desitindo de beber mais um pouco da bebida alcoólica que se encontrava na minha mãe esquerda, isso porque, só de pensar naquela situação em que eu estaria bebado perto doMidoriya, já me deixou assustado para um caralho. Vou observando todas as pessoas naquele salão, quando me deparo com uma moita se movendo pra lá e pra cá. É ele, mas ele ainda não me viu. O midoriya está conversando com uma garota loira e de olhos da mesma cor, sinceramente essa garota me dá um pouco de medo. Eu fico o observando por um tempo até que ele dirige seu olhar a mim, e congela assim até que me dá um sorriso autêntico e vem andando calmamente em minha direção. A cada passo que o mais baixo dava, eu ssntia meu coração acelerar e meu rosto ficar completamente rubro. Mas que poha está acontecendo comigo esses dias?!

-Oi! Eu não achei que você iria realmente aparecer! A Uraraka comentou comigo que "O chefe gostosão" dela iria vir, mas eu não levei muito a sério. Não me leve a mau, eu apenas imaginei que você estaria oculpado...- Ele se endireitou e continuou.- E-eu estou feliz que você esteja aqui! - Ele deu um sorriso de orelha a orelha no final e me encarou por um curto tempo, que mesmo muito pequeno, não passou despercebido por mim, não mesmo.

-Ah sim, eu não queria ter sido muito inadequado vindo aqui e nem ter invadido a sua festa, eu só... para falar a verdade, eu queria muito te ver. - Eu corei fortemente com a ultima parte e esperei uma reação da parte dele, mas ele apenas paralizou, assim eu resolvi continuar para não ficar num clima estranho. -Eu... eu só achei você uma pessoa legal, e como estava atoa, resolvi vir a festa. Eu normalmente não venho muito em festas, mas fazer o que, as vezes pode até ser bom.

-Isso é verdade, e hã.... bom, eu também queria muito ver você, obrigada mesmo por ter vindo. - Sorri com suas palavras. A cada coisinha minima que ele fala, eu sinto como se meu coração fosse sair pela boca e então começo a corar e suar frio. -Eu não sei se você sabe mas esse não é só o meu aniversário de 25 anos, é também o aniversário da minha mãe, que morreu a dois anos atrás. Ela surpreendentemente nasceu no mesmo dia e mês que eu então hoje tem um significado bem maior... pelo menos para mim. - Eu fiquei o encarando intensamente enquanto ele dizia tais palavras. Eu nem sabia que ele estava fazendo 25 anos, muito menos que essa data era tão, mais tão importante assim. Na verdade eu vim para a festa, mal sabendo o endereço, quanto mais todas essas informações.

-E você... você não fica triste de comemorar? já que é o aniversário dela e, bom... ela faleceu. - Engoli seco ao fazer tal pergunta, afinal ela era sim um pouco invasiva, mas ainda sim a minha curiosidade falou bem mais alto.

-Na verdade eu fico feliz. Eu não quero me esconder no mundo, e nem esquecer da morte da minha mãe. Eu já sabia que isso iria acontecer a qualquer momento, então eu me preparei para o dia. Eu sinto muita, mais muita falta dela, mas ainda sim, quero lembrar de todas as nossas boas lembranças e não viver na escuridão. Eu a amo muito, e sei como ela adorava uma boa festinha de aniversário. - Sorri com sua resposta. O midoriya é uma pessoa que assim como eu, passou por uma perda terrível, mas a diferença é que ele soube lidar com tal perda, não apenas se trancou em seu quarto por 5 anos e desenvolveu doenças mentais por causa disso. Ele vivenciou aquilo e apenas continuou de cabeça erguida. Eu o admiro, o admiro muito.

[...]

A festa foi ocorrendo muito bem, mas algum tempo depois, eu percebi que a arvore andante já não estava mais ao meu lado dançando e se divertindo, e para falar a verdade eu não faço a menor ideia e onde o Deku está agora.

Resolvi ir a procura do esverdeado e comecei a procura-lo por todos os cantos daquela enorme festa. Fui passando por diversos lugares que eu nem havia visitado antes, até chegar a um corredor um pouquinho assustador, mas até de boa. De lá eu pude escutar um choro vindo do banheiro e em seguida a porta do banheiro se abriu. Eu não esperava, então fui surpreendido quando o esverdeado saiu do banheiro com os olhinhos vermelhos e o rosto molhado. Quando ele bateu os olhos em mim, ele paralizou, ou apenas tentou ficar parado, mas estava muito bebado então ficou balançando levemente de um lado para o outro, quando derrepente o garoto voltou para dentro do banheiro em um simples e rapido movimento. Eu me puz atrás dele e segurei quando ele tentou fechar a porta. Ele nã insistiu em fechar, apenas saiu correndo para dentro de um box qualquer e começou a vomitar tudo oque havia comido e bebido nessa maldita festa.

Eu me aproximei lentamente dele e fiquei parado esperando ele terminar de vomitar dentro do vaso sanitário. Ele se levantou e derrepente caiu para trás, foi aí que eu vi que ele não tinha condições de continuar naquela festa, ou até mesmo ir para casa sozinho. Então eu tive a ideia "maluca" de o levar para casa e assim eu fiz. Eu avisei Uraraka sobre o ocorrido e ela se voluntariou para expulsar todas aquelas pessoas da festa, mas eu não acho que o Midoriya gostaria disso, então eu apenas pedi para que ela vigiasse a festa até a hora em que todos iriam embora.

Eu com cuidado coloquei o esverdeado para dentro do carro e depois eu mesmo entrei e fechei a porta.

-Você consegue me dizer aonde é a sua casa? - Ele assentiu lentamente e depois de descançar um pouco os olhos, ele voltou se para mim e começou a ditar seu endereço.

-Certo. Durma um pouco, não quero fique enjoado ou vomite no caminho okay. - Ele assentiu e fechou os olhos com a cabeça escorada no banco.

Um silencio se instalou no carro e se estendeu assim até chegarmos na casa do mais baixo. Ao olhar pela janela, vi que a sua casa era uma típica casa americana. Uma cerquinha branca, um jardim muito bem cuidado, caixa e correio branca e a cor da casa se resumia em um azul claro e alguns detalhes.de madeira escura. Sorri com aquela visão e então voltei meu olhar para o garoto ao meu lado que dormia com a cabeça encostada na janela e não pude deixar de me sentir mal por ele.

Eu realmente não sei oque aconteceu para que aquele ser tão animado e calmo, bebesse tanto ao ponto de ficar no banheiro vomitando e chorando na sua própria festa de aniversário. Mas eu vou descobrir porque, mesmo não acreditando, eu não consigo enganar meus pensamentos dizendo para mim mesmo que eu não gosto dele, e que não sei o motivo de estar fazendo isso; porque eu sei, eu sei que me apaixonei por esse garoto desde a primeira vez de que eu o vi, talvez eu só não acreditasse que eu pudesse me apegar a alguém assim e mesmo assim agora eu percebo que eu o amo. Provavelmente ele não sente o mesmo por mim, mas eu sinceramente não posso manter isso dentro de mim e ficar me corroendo. Eu vou contar pra ele quando ele estiver melhor, vou contar que mesmo não sabendo porque, eu gosto muito dele.

Bom, mas isso depois de eu cuidar dessa ressaca dele. Vamos lá Bakugou, você vai ter um trabalhinho pela frente.