História I miss you - Baixathentic - The brightest

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-ESPERA, CAUÊ.-eu ouvia Andrei gritar, seguido de seus passos correndo atrás de mim. Eu ia o mais rápido possível em direção a minha casa, acho que nunca corri com tanta velocidade.

Minha cabeça doía, meu coração pulsava feito nunca. O destino só poderia estar me pregando mais uma de suas peças! Ele não teria coragem o suficiente para tirar a pessoa mais importante em minha vida de mim...ou teria?!

Estou prestes a me afogar em tantas lágrimas que descem sobre meu rosto., enquanto apenas rezo para ser tudo um grande mal entendido.

Finalmente consigo chegar ao portão de casa, contudo milhares de cenas se passam diante meus olhos.

Estava com medo…medo de perder o único motivo de sorriso que me restava...ou que talvez nem existisse mais…!

-Calma, deve ser tudo uma coincidência. Ele está bem.-Andrei, que agora chegára ao meu lado de frente ao portão, tentava me confortar com suas palavras.

Eu só queria acreditar! Queria que ao abrir daquelas portas o meu irmão estivesse alí...para que pudesse abraçá-lo, e mais tarde, quem sabe poder rir dessa situação.

Eu tremia mais que tudo. Localizei a chave em um de meus bolsos e a coloquei para rodar, abrindo assim o portão de entrada da casa.

E parece que todos aqueles planos que eu gostaria que fossem verdade, foram rasgados e triturados dentro de mim.

O local estava vazio, sem nenhum ser vivo a visão de nós dois.

Isso foi o limite. Fez meu coração acelerar novamente, junto com as lágrimas que voltavam a descer em sequência sobre meu rosto.

Foi então que me deparei com aquilo….uma das cenas que nunca esquecerei em toda a minha vida. Logo em cima da mesa, um bilhete se localizava. Porém, ele estava moado ao canto da plataforma, como se não quisesse ser lido a qualquer maneira.

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Saí com a Cherry    

                      volto já, se cuida!

                                              Jz

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FlashBack On

Reporter: Dois passageiros foram retirados em estado crítico de um dos veículos e encaminhados para o hospital.

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-Não...por favor...NÃO!-Eu implorava ao universo, enquanto o choro quase me impedia de dizer.

-Puta merda-ele parece perceber o que que está acontecendo.

Eu não posso perder ele….não posso!

Senti meu celular vibrar em meu bolso, mas quer saber, dane-se! A vida faz o favor de querer brincar comigo, sempre da pior maneira possível. Porque não me leva de uma vez?! Aposto que seria muito melhor para todo mundo.

O celular vibrara novamente,provavelmente recebendo uma chamada.

Senti como se não houvessem mais forças em meu corpo. Estava difícil aceitar tudo aquilo.

Minhas pernas enfraqueceram e eu acabei caindo de joelhos no chão, doeu um pouco mas não era nada comparado a dor emocional que estava sentindo.

Andrei veio até mim e disse alguma coisa, mas eu não conseguia prestar atenção em nada do que era dito.

Percebi que, com a minha queda, meu celular acabou a sair de dentro do bolso e pousou sobre o chão.

Quando li o nome de quem estava me ligando eu mal acreditei.

Era ele…”Juliano”

O peguei rapidamente e atendi a Ligação.

•••

-A-alô.

-Boa tarde, aqui é da secretaria do Hospital, gostaria de falar com o Irmão do Juliano, por gentileza.

-É-e ele...t-tá tudo bem com meu irmão?

-Bom, seu irmão sofreu um acidente de carro na Avenida Principal da cidade. Ele e a namorada foram tirados inconscientes de dentro do veículo, e chegaram no hospital com os ferimentos já neutralizados. Ele veio a acordar por alguns minutos e nos pediu para que ligássemos a você através de seu celular. Contatamos também um amigo da moça, o contato estava na lista de últimas chamadas então deduzimos que poderia ser algum parente.

•••

Estava chocado! Pelo menos eles estavam bem!

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-Mas eu posso entrar?-eu perguntava a recepcionista.

-Infelizmente no momento não. Terei que pedir a paciência do senhor pois os dois pacientes estão em estado de observação.-ela dizia calmamente.

Óbvio que eu estava preocupado.

Inclusive preciso me lembrar de agradecer o Andrei mais tarde pela carona.

Decidi voltar a sala de espera, só havia eu alí pelas redondezas. Já estava tarde. Graças a Deus o Andrei conseguiu me acalmar nesse meio tempo de vir até o hospital. Mas infelizmente não pode ficar comigo por conta de compromissos a resolver.

-Moça, pode me ajudar? Eu vim aqui para ver a Sandra Martins. Onde posso encontrá-la?-ouvi alguém dizer ao longo do corredor.

Eu conhecia aquela voz.

Levantei de onde estava sentado, saindo da salinha de espera vazia e olhando mais ao fundo do local a frente.

-M-marco?-era ele! Logo se virou para mim e pareceu um pouco preocupado ao me ver.

-...Cauê.-Veio em minha direção, deixando a moça com quem estava falando totalmente no vácuo.-Tá tudo bem com você?-Coloca a mão em meu ombro.

Aquilo fez meu rosto esquentar de leve, acho que estava corado.

-Comigo s-sim, mas...e-eu tô um pouco preocupado.-cruzei meus braços fitando o chão. E a voz de choro voltou novamente.-Parece que...alguma coisa vai dar errado.-Devo estar sendo um tanto pessimista, mas ao mesmo tempo estou sendo realista. Acontecimentos bons não costumam ser uma coisa comum em minha vida.

-Olha, não se preocupa. Vai dar tudo certo!-Ele diz franzindo um pouco a testa e dando um leve sorriso. O que o deixou um tanto...fofo!

Sei que pode parecer um tanto clichê o que irei dizer agora, mas...senti uma vontade enorme de abraçá-lo.

-Eu vou estar aqui pra te ajudar. No que for preciso!-Dessa vez não me contive. O abracei como se fosse a coisa que mais queria no mundo, um abraço tão bom.

E ele, apesar de parecer um tanto surpreso no começo, apenas retribui. Me fazendo aconchegar em seus braços.

Ele sabia que eu precisava disso. Que eu precisava de alguém com quem me sentisse seguro. Principalmente agora que tudo isso aconteceu.

Mas...vocês sabem...coisas boas não duram muito tempo comigo.

-*barulho com a garganta* Meninos, eu infelizmente terei de pedir a licença de vocês do hospital. Já está tarde e não é permitido a permanência de pessoas que não forem passar a noite com um dos pacientes.

Marco desfez o abraço e respondeu a jovem enfermeira.

-Ah, tudo bem então. Vem, Cauê.-Ele disse calmamente e me puxou pelo braço até o lado de fora do hospital.

Saindo de lá, ele me levou até uma pequena área gramada na faixa de entrada para o prédio.

Sentados na grama, ele me apontou uma estrela. Era a mais brilhosa entre todas alí.

-Tá vendo aquela estrela? Meu pai me disse uma vez, que quando você está...estressado, ou preocupado com alguma coisa, você deve desabafar com ela.

-Desabafar com uma estrela?-Perguntei tirando um pouco sarro.

-Costumavam dizer que ela ajudave as pessoas que a procuravam. Sempre duvidei disso e...Nunca tentei para dizer a verdade.-Ele ri.

Naquele momento, percebi meu olhar fixado em seu rosto. Marco me passava uma segurança incrível. Me sentia diferente com sua presença.

Podemos não nos conhecer por muito tempo, mas já sinto que quero levar essa...amizade, a frente.

Ele parece ter percebido meu olhar sobre si, pois logo comentou.

-Eu sei que eu sou bonito, mas se tirar uma foto dura por mais tempo.-Engraçado como sempre. Sarcasmo era sua segunda língua, adorava isso. Nunca conheci alguém assim.

Agora, seu olhar se fixa sobre mim, me fazendo corar e desviar meu ponto de atenção, envergonhado.

-Fofo…!

-Hmm?-Volto meu olhar sobre si. Não havia entendido o porquê de ter dizer aquilo.

-Fica fofo quando está com vergonha.

Ah, que ótimo. Agora é que eu fico corado mesmo.

Escondi meu rosto entre minhas pernas, rindo um pouco e também ouvindo sua risada.

Por que estou gostando tanto desse sorriso?