Em um fogamento, o corpo humano automaticamente reage nos fazendo prender o oxigênio. A dor que é ocasionada, prevalece em seus pulmões por tal ato, e é mais como um lembrete do seu subconsciente. Um lembrete em forma de choque de realidade para te fazer lutar por sua vida, e principalmente de não se entregar ao vazio incessante e doloroso que beira por sua mente nesse momento.
- Me salve...
- Você não está em perigo.
- Eu preciso de ajuda.
- Tudo está bem.
- Estou sendo levada pela correnteza...
- Ora! Então nade e volte para a superfície.
- Não consigo me mexer... E meu ar está escasso.
- Não seja tola, continue nadando.
Você abruptamente enfrenta o desafio, se debatendo ao sentir a gigantesca agonia em seu peito, juntamente com o amargo de desgraça iminente em sua garganta. A ideia de que tudo está acabando, se torna uma opção viável, e talvez seja mais fácil se entregar de vez, à ter que esperar por algo irreal.
- Por favor, estou implorando... só me tire desse oceano onde transborda ansiedade e melancolia. Por favor...
Tudo se foi, e você se acostumou com a densidade da água te preenchendo e levando cada vez mais fundo... Já não havia mais desespero ou medo, só o conforto por parar de relutar diante da imensidão azul caótica.
- Solte o ar e se sinta bem, querida. Nada mais importa... tudo se tornou efêmero.
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