Ponto de vista da MILLIE
— o ... o que? — digo já com os olhos marejados de lagrimas
— isso mesmo vadia sua mãe e seu irmão morreram, não ouviu direito? — diz seco e grosso
Não entendo como até em um momento desses ele consegue ser tão insensível a tal ponto, fico indignada com isso
— n ... não acredito nisso — digo realmente triste
— vai, sobe logo pro seu quarto
— eu não moro mais aqui?, só vim buscar algumas roupas — digo meio seca —
— você não vai mais sair daqui — diz andando até a mim
— vou sim, você me expulsou de casa, lembra?
— sim, mais sem você aqui não tem mais ninguém para fazer meu café da manhã, então você não sai mais dessa casa
Ele vai até a porta e tranca a mesma, pega a chave e coloca no bolso da blusa
— NÃOOOOO ! — vou correndo na direção dele que ainda estava parado no frente da porta
Na hora que chego correndo na frente dele ele só vira a mão na minha cara e me joga contra a parede, me fazendo bater a cabeça na mesma, ele vem mais pra perto e me dá um soco na barriga, nessa hora sinto algo subindo pela minha garganta e eu acabo vomitando sangue no chão
— sua VADIA de terceira, você vai apodrecer no inferno
— você é que vai! – cuspo as palavras na cara dele
Ele me dá um chute na costela o que me faz gemer de dor no chão
— você é tão vadia mais tão vadia que até sua mão não te quis quando você nasceu — diz jogando verdades na minha cara
Nessa hora sento que eu ia chorar ele pode me bater o quanto quiser mais esfregar na minha cara que minha mãe não me quis é de mais para mim aguentar, empurro ele com o resto de força que me sobrou e vou correndo para o meu quarto.
Quando entro logo tranco a porta atrás de mim, me jogo na cama e fico lá deitada pensando em como minha vida vai ser daqui em diante
Eu achava que minha mãe um dia fosse voltar e falar que foi obrigada a me deixar com meu pai, e que ia mudar minha vida da água parra o vinho.
Agora vou viver presa em casa, em cárcere privado, será que nunca mais vou sair daqui, e o Finn será que não vou poder mais ver ele. É minha vida virou um inferno, não deveria ter voltado para essa casa.
Coloco minha cabeça no travesseiro e me desabo em chorar, o que vai ser de mim sem o Finnie?
Ponto de vista do FINN
Já tinham 4 horas que a Millie estava na casa dela e ela ainda não tinha voltado
Já tinha deixado o caramelo no jardim, estava sentado no sofá, a cada 2 minutos olhava para a porta e para o meu relógio, estava batendo os pé totalmente impaciente com a demora da Millie
estava ficando muito preocupado, então resolvi ir atrás dela, na casa do pai dela, deixo meu skate em casa melhor ir a pé, saio de casa e vou diretamente para a casa antiga da Millie, quando chego vejo todas as luzes apagadas, não tem como eu bater na porta, com certeza o pai dela vai ficar bravo
Ponto de vista da MILLIE
Estava deitada ainda com a cabeça enterrada no travesseiro quando ouço algum barulho vindo da janela, me levantei da cama e vou com muita dificuldade e mancando até a mesma, quando abro vejo Finn na minha frente, ele tinha escalado a minha casa
— o que você está fazendo aqui Finnie? — digo limpando as lagrimas
— vim ver você, por que está aqui, na sua casa? O que aconteceu? por que está chorando?
— entra primeiro — digo dando passagem para ele entrar no meu quarto
Ele sem hesitar dá um impulso e entra no meu antigo quarto, vou na direção da cama, me sento na mesma e bato no lugar ao meu lado para que ele se sento junto comigo, sem pensar ele se senta
— agora me conta
— o .... o q .... que v .... você q ... quer s .... saber p .... p
+rimeiro?
— por que não voltou para a casa?
— m .... meu p ... pai
— o que ele fez?
— ele me prendeu aqui?
— como assim
— e ... eu che .... cheguei, aqui e e ... ele me viu, me di ... disse que mi .... minha m ... mãe e meu irmão mo .... morreram
— o que?
— Fi ... Finn e ... eles mo ... morreram — digo isso e desabo a chorar no ombro dele — a ... agora q ... quem v .... vai me ti .... tirar de ... dessa vi ... vida
— ei calma — diz Finn passando a mão no meu cabelo
— ele está me mantendo em cárcere privado Finn, me trancou aqui em casa, não me deixou ir embora quando eu quis, minha vida voltou a ser um inferno nessa casa — digo já um pouco mais calma
— ei! fica calma Brownie
— eu sempre achei que minha mãe um dia fosse voltar e me tirar dessa vida, mais agora que ela está morta, quem vai me tirar desse inferno? — digo desabando novamente no ombro do Finn
Ele me distanciou do ombro dele e segurou meu rosto entre suas mãos
— eu vou te tirar dessa vida — diz decidido
— como .... Finn minha vida não tem volta, vai sempre ser uma merda
— claro que tem, eu vou te mostrar que tem
— como vamos fazer isso? — digo curiosa
— só faz o seguinte, pega algumas coisas que você precisa
— coisas como o que?
— maquiagens, roupas, sapatos, coisas necessárias para uma menina
— OK
Eu me levanto da cama e vou até o meu guarda – roupas, pego duas malas medias, deixo uma das malas em cima da cama e vou com a outra até o banheiro, pego meus perfumes, coisas de menina, secador de cabelo, toalhas, maquiagens, tudo o que eu preciso, fecho a mala e volto com a mesma para o quarto, deixo a mesma em cima da cama e pego a outra, vou na direção do meu guarda – roupas, pego todas as minhas roupas que não são muitas e cabem todas dentro de uma mala somente, vou até a cama e deixo ela ao lado da outra que ainda estava lá
— pronto, tudo o que eu preciso, e agora o que nós vamos fazer?
— agora eu e você vamos embora para a minha casa
— O QUE?, mais o que meu pai vai fazer?
— ele não vai saber que você vai estar na minha casa, é só tomar cuidado
— OK
Ele pega uma das malas e eu pego a outra, logo ele deixa a mala ao meu lado e pula a janela, cai em pé na grama
— joga a mala — Finn diz estendendo a mão
Eu jogo uma das malas, e ele faz um gesto para que eu jogue a outra, logo que as duas estão no chão e ele estende a mão novamente
— pula — ele diz para mim
— o que ?, não!
— mais você não consegue descer!
— consigo sim
Coloco um pé pra fora da janela e logo depois o outro, fico em pé no parapeito da própria, quando vou jogar meu peso para frente meu pé escorrega e eu acabo caindo, sorte que o Finnie estava lá em baixo e acabo caindo nos braços dele (ele fica segurando ela estilo noiva)
Ficamos nos olhando por um tempo, até eu me dar conta do que estávamos fazendo
— a ... as ma ... malas
— haaa cla .... claro, as malas
Ele me coloca no chão e pega uma mala, logo pego a outra e vemos nós dois na direção da casa dele.
Quando chegamos na casa dele vamos direto para o quarto onde eu estou ficando
— quer ajuda para arrumar as malas?
— não precisa pode ficar tranquilo
— mais eu insisto
— é sério não precisa
— vai por favor? — diz fazendo bico
— ta bom vai
Ele entra no meu quarto e nós dois começamos a desfazer as minhas malas, quando terminamos nos jogamos de costas na cama
— acabamos
— que bom, já não estava maia aguentando — digo respirando fundo
— kkkk
— o que você quer fazer? — digo olhando para ele
— nada só descansar um pouco, trabalhamos muito hoje
— kkkk OK
Nós começamos a conversar mais com pouco tempo caímos no sono, juntos deitados na minha cama
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