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História I never forgot you - Deep Melancholy .


Escrita por: PCampos

Notas do Autor


Um capítulo grande!
OBS: Respondo os comentário do capítulo anterior amanhã, prometo. Valeu por entenderem!
Boa leitura!

Capítulo 57 - Deep Melancholy .


Fanfic / Fanfiction I never forgot you - Deep Melancholy .

P.O.V.  Selene

“Dizem que tudo na vida tem dois lados. Um bom e outro ruim. Depende nos olhos de quem está a pimenta. Mas se tem algo realmente ambíguo para uma única alma é um troço chamado saudade. Com ou sem pimenta nos olhos. O dito popular é quem melhor traduz a dualidade de uma saudade quando diz que esta é a maior prova de que o amor valeu a pena. Então sentir a falta é bom. E ruim. Em todos os pontos de vista. Vai entender.

Saudade é amar um passado que nos machuca no presente. É uma felicidade retardada. É deitar na rede e ficar lembrando das ardentes reconciliações depois de brigas homéricas por motivos desimportantes. Sente-se falta de detalhes, como uma toalha no chão, dias chuvosos, da cor dos olhos. A saudade só não mata porque tem o prazer da tortura.

Saudade é o amor que não foi embora ainda, embora o amado já o tenha feito. Ter saudade é imaginar onde deve estar agora, se ainda gosta de vinho bordeaux, se chorou com a derrota do Grêmio no campeonato nacional, se tem tratado aquela amiga da elite. E quando a saudade não cabe mais no peito, se materializa e transborda pelos olhos.

Sentir saudade é ter a ausência sempre do seu lado. É mudar radicalmente a rotina, comer mais salada e menos sorvete, frequentar lugares esquisitos, ter dias mais compridos, ter tempo para os amigos, para o vizinho e para a iguana do vizinho. A saudade é a inconfortável expectativa de um reencontro.

Às vezes a saudade é tão grande que nem é mais um sentimento. A gente é saudade. É viver para encontrar o olhar da pessoa em cada improvável esquina, confundir cabelos, bocas e perfumes, sorrir com os lábios tendo o coração sufocado. Porque mesmo a saudade sendo feita para doer, às vezes percebemos que ela é o meio mais eficaz de enxergar o quanto amamos alguém, no passado ou no presente.

Por que a saudade é o muro de Berlim desmoronado no chão, capaz de agregar opostos, como a tristeza e a felicidade em uma coisa híbrida. Se você tem saudade é sinal que teve na vida momentos de alegria com ela ou ele! No fim das contas, a saudade que agora lhe maltrata nada mais é que uma dívida sendo paga em longas 36 prestações pelo amor usufruído. Agora aguenta. “

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- Vim trazer mais lavagem! – Minka disse entrando e Gina a acompanhando.

Nem levantei da cama, muito menos olhei para elas.

- Levanta baleia. Não vai comer? – Gina perguntou.

- Pode deixar a comida ai. Depois eu como.

Tocou o meu celular. Antes de eu pensar em pegar Minka voou emminha frente o pegando antes. Não pude ver quem era. Ela olhou-me com um olhar maldoso nos olhos e eu não entendi o porque.

- É o Chris. Atenda. – Disse com desdém. Entregou-me o aparelho.

- E-e-e-eu não posso. O que falarei? – Meu corpo tremia com a ideia de ter que falar com ele. Medo das suas respostas sobre minha atitude.

- Diga que não quer mais ele. Fale que não o ama mais. Termine com ele e fale pra ele nunca mais vir atrás de você. Para te esquecer pra sempre. Que você apenas o usou. Fale coisas desse tipo. E claro, seja o mais fria possível. – Cruzou os braços.

- Minka, eu não vou conseguir. – Abaixei o olhar.

- Atenda logo! – Esbravejou.

Peguei o celular e o atendi.

- Alô? – Consegui falar.

- Selene?

- Oi, sou eu.

- Você está soando triste. Pareça mais indiferente. Pra uma atriz que ganhou vários Oscar você não tem talento nenhum na improvisação da vida real. Ator de verdade é aquele  que consegue aplicar o seu talento tanto na frente das câmeras quanto no cotidiano. – Sussurou.

- Por que você deixou-me? Estou preocupado. Você está bem? – Questionou do outro lado da linha.

- Eu estou sim. Chris isso não importa. O que importa é que eu não quero mais nada com você. O que havia entre nós foi apenas uma diversão pra mim, e agora acabou. Você está livre pra seguir a sua vida. Não existe mais nada entre a gente.

- Estão acusando você de muitas coisas...Hoje de manhã fui comprar algo na padaria aqui do lado e disseram que meu cartão não havia passado. Voltei pra casa e ligue pro banco e eles disseram-me que você fez um saque transferindo todo o meu dinheiro pra sua conta. E que depois você sacou todo esse dinheiro horas depois. – Ele ignorou o que eu disse. Acertou-me em cheio. Comecei a chorar. Minka puxou o meu cabelo e sussurrou para me controlar. Ela tinha ido horas depois sacar todo o dinheiro. Fez isso pra que o Chris não pudesse intervir e pegar o dinheiro de volta, e claro que isso me ferraria mais. As filmagens do banco ela disse que o “amigo” dela deu um “jeito”. E que ela arrumaria um jeito de arranjar uma “mula” pra depositar esse dinheiro em país estrangeiro, de preferência do Leste Europeu. Depois de um tempo, silenciosamente ela depositava tudo de novo na conta do Chris, afinal, ela queria ferrar comigo e  não com ele. Pode parecer burro dela contar tudo pra mim, mas primeiro se eu contasse pra alguém eu teria que ter provas, e no momento todas essas provas acusam-me. Segundo, ela disse que contando parte do sue plano eu ficaria mais frustrada com sua vitória e a minha derrota.

- Chris... – Engoli o choro.

- Selene, por favor eu preciso ouvir de você...preciso saber se é verdade o que dizem. – Sua voz soou-me profundamente magoada.

- Sim. – Simplesmente respondi. Instalou-se um silêncio na linha.

- Eu não acredito. – Disse esperançoso. – Você está mentindo para manter-me longe de você. A Selene que eu conheço nunca falaria ou faria uma coisa dessas. Diga a verdade.

- Estou dizendo a verdade, eu te roubei. É mais fácil e confiável provar em provas concretas do que um simples “achismo” seu. Eu não quero mais saber de você. Deixe-me em paz Christopher. – Cada palavra parecia como uma corte profundo de gilete em minha pele. Estava despedaçada por dentro. Meu coração abatido ferozmente.

- A polícia está indo atrás de você. Logo te achará. Proponho que saia do país.

Eu não acredito que depois do que eu disse ele estava ajudando-me.

- Eu sei.

- Que fique bem claro que eu ainda a amo. Que sinto sua falta em todos os momentos do meu dia. A cama fica fia sem o calor do seu corpo. Sinto falta de sua gargalhada gostosa. De seus carinhos do dia a dia. Suas conversas. Do toque quente de sua pele na minha...  Por que eu me importo com você, me preocupo se você esta feliz ou triste, se esta doente, se esta bem.
Por que você é importante pra mim, sem você não existe minha vida, gosto de ouvir sobre o seu dia, gosto de ouvir sua voz,, e detesto te ver triste, por você tento ate ser romântico, tento ser palhaço (eu tento), aprendo as tuas manias, acostumo com teu mau humor repentino, e te decifro quando esta escondendo algum sentimento, te incentivo, te coloco no topo mais alto, e te faço se sentir a melhor mulher do mundo. Acredito que a única coisa que você robou-me foi o meu coração. Você o trancafiou e o escondeu num lugar que eu não quero que ninguém o ache mesmo eu. Saiba que todos os momentos que vivemos juntos com o passar do tempo vão tornar-se memória lúcidas e agradáveis.  Eu te amo muito, meu amor. Obrigado por tudo. – Essa última parte disse chorando.

Eu despedacei-me inteira. Comecei a chorar silenciosamente. Tamanha tristeza aquela. O que eu estava fazendo? Eu o amava tanto. Quem ama não magoa...quem ama não rouba. Ele o tronara mais difícil do que já era. Nunca senti tanta tristeza na vida assim. Repudiei-me por conta disso. Sentia nojo de mim mesma. Que tipo de pessoa eu era? A pior que existe!

- Chris pro favor, não torne mais difícil... – Choraminguei. – Esse tempo todo eu te enganei. Para de ser trouxa. – Falei firme.

- Se você quer assim, tudo bem. Não estamos mais namorando. – Falou frio. Ele nunca tinha falado assim comigo. Nunca mesmo. Mas se eu estiver errado sobre você, só tenho uma coisa a te dizer: EU TENHO NOJO DA PESSOA QUE VOCÊ SE TORNOU. NOJO E REPULSA.

-Adeus. – Desliguei o telefone na sua cara. – Feliz? Você acabou com a minha vida! – Esbravejei para as duas. – Eu as odeio tanto! Você são umas vacas invejosas. Eu magoei a pessoa que eu mais amava no mundo. Eu nunca mais vou ser feliz na vida... – cai no choro.

As duas arregalaram os olhos e depois caíram na gargalhada, Eu nunca tinha gritado com uma pessoa assim antes. Perdi o controle. Chorei mais pela última parte, atingiu-me como uma bomba nuclear fazendo todos os meus restos mortais despedaçarem-se e dividirem-me em átomos. Uma facada no coração que não parava de sangrar. Ser atropelada por um caminhão, sem seguida ser esfaqueada de dentro pra fora, e por último ser amarrada em um tronco ( que nem faziam na Idade Média com Meretrizes e bruxas) e ser ateada fogo até a morte. Acho que essas são umas breves definições da dor profunda e melancólica que estou sentindo.

_____________________________x_______________________________-

Escutei uma batida forte na janela do fundo de meu quarto. Assustei-me na hora. Levantei da cama e fui silenciosamente caminhando até a janela. O momento parecia cabreiro, já era umas 3 horas da madrugada. Puxei a cortina e vi uma pessoa que logo conheci suas feições. Era Henry. Fiquei o encarando ainda com a janela fechada incrédula. Como ele me achou? Era perigoso ele ter vindo até aqui. Abri a janela. Ele sorriu mostrando todos o s perfeitos dentes.

- Posso entrar?

Fiz que sim coma cabeça. Ele entrou e fecho a janela atrás de si. O abracei demoradamente.

- Você não tem ideia de como é bom te ver. De como é bom vê-lo “são e salvo”...saudável. Eu tive tanto medo por você... – Falei ainda o abraçando. O soltei. Ele ainda sorria.

- Agora estou aqui, não há com que se preocupar. Eu também senti muito a sua falta. – Pegou a minha mão. O calor de sua pele na minha era tão bom. Ficamos ali nos encarando e rindo que nem bobos um para o outro. Aquela imensidão azul atraia-me. Era hipnótica.

- Como achou-me? – Quebrei o silêncio.

- Perguntando para as pessoas se elas viram uma menina parecida com a da foto. – Tirou um retrato meu e dele do bolso da jaqueta. Coincidentemente o mesmo retrato que eu tinha tirado com ele á anos atrás. O mesmo retrato que havia trazido comigo. – Você estava desaparecida, então deduzi que você tinha que ficar em algum lugar como uma casa no meio do mato ou um hotel. Por sorte decidi procurar primeiro pelos hotéis. Fui em todos os hotéis da cidade, desde dos que tinham 5 estrelas aos que não tem nenhum, como este. Cheguei na recepção desse hotel e perguntei por você, a moça disse que você estava no quarto 51. Não acreditei e por isso perguntei de ela tinha certeza e ela falou que tinha certeza absoluta. Chegando aqui, notei que tinha um cara no carro estacionado aqui na frente que não piscava. Me toque que ele estava te vigiando. É, fazer alguns filmes de espionagem ás vezes é bom. – Deu de ombros e eu ri. – Então entrei pelos fundos.

- Esperto. Você ainda tem essa foto. – Sorri.

- Claro que tenho. Momentos especiais tem que ser registrados para ser guardados para sempre. – Sorriu de canto. – Vai me contar o que tá acontecendo?

- É tanta coisa que nem sei por onde começar...- Andei e ele me seguiu.

- Que tal começar pelo começo?

- Engraçadinho. Sente-se, é uma longa história. – Tranquei a porta. Ele sentou-se na cama. – Nem ligue, esse lugar é pior do que um aterro sanitário.

- Vai, começa.

CONTINUA....


Notas Finais


O que acharam?
Estão vivas (os) ainda? haha
Até sábado!


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