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História I never forgot you - Possessive ? Imagine , just take care of what s mine!


Escrita por: PCampos

Notas do Autor


Voltei!
Como prometido o capítulo de mais de 2 mil palavras!
Tomara que tenham ânimo de ler, porque está grande e com diálogos extensos.
Enfim, boa leitura!

Capítulo 77 - Possessive ? Imagine , just take care of what s mine!


Fanfic / Fanfiction I never forgot you - Possessive ? Imagine , just take care of what s mine!

P.O.V.  Chris

“O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.”

________________________x________________________

Sabe aquela sensação de que você tem que tomar cuidado onde pisa, pois está em um campo minado? Então, era exatamente assim que eu sentia-me no momento. Tinha que “pesar” as palavras para falar com Selene. Eu já ia tocar num assunto super delicado e se falasse algo inapropriado ou errado seria um estrago enorme.

Havia muitas coisas para serem acertadas e essa ansiedade de resolvê-las acabava comigo.

Abriu o sinaleiro. Voltei o meu olhar pra direção e acelerei o carro. Enxuguei as lágrimas. Era muita pressão em cima de todos nós que uma hora temos que ter um tempo pra desvairar.

O silêncio tomou conta de novo. Vi sua feição discretamente. Não queria a deixar sem jeito e incomodada comigo.

- Chris eu acho melhor nós esperarmos resolver tudo. Depois conversamos. – Olhou para frente. – Eu também preciso conversar com você. Confie em mim. – Falou cansada.

- A última vez que eu confiei em vocês você me deixou... – Saiu sem ao menos eu pensar no que disse. Era a dor falando e não eu.

Sentia falta dela todas as noites. A cama ficava vazia sem ela. Não só a cama, o meu coração também. Por ela ter me deixado. Um medo imensurável.

E também tinha o “lance” dela com o Henry que eu já saquei quando cheguei na delegacia. Machucou-me muito isso, por demais. Ela ter me deixado por ele. Desculpe, mas eu não consigo entender tal ato. Ao mesmo tempo que eu a amo tanto ela me machuca tanto. Gente vocês sabem que eu não gosto muito do Henry e imaginar os dois juntos é sacrificar-me do pior modo. Eu sei, eu dormi com a Minka e não tenho o direito de reclamar, mas eu não consigo controlar-me. Meu ciúmes toma conta de mim por inteiro, parte á parte. Na verdade, qualquer homem em minha situação não gostaria disso, mesmo que tenha feito erros no passado.

Na delegacia eu queria espancar ele quando ele “jogou” tudo em minha cara. Ele não sabe pelo o que eu passei, não sabe a preocupação e desespero que me atingiram em cheio, não sabe de nada. Enquanto ele estava no bem bom dormindo com a minha garota eu estava começando a juntar as coisas e mexer-me, mesmo que seja devagar, mas eu estava fazendo alguma coisa. Garanto que se estivesse no meu lugar agiria da mesma fora. Esse é o problema, as pessoas só julgam e não se põe no lugar. Assim é fácil demais, não acham? É como o ditado de Clarice Lispector diz : “Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida. “

Agradeço á ele por tudo que tenha feito por mais contragosto, mas essa humildade eu tenho. Já ele se aproveita disso pra me atacar. Porra, se for pra ficar se vangloriando nem faça. Nós ajudamos as pessoas pelo amor e não só pelos interesses alheios. Já tenho um monte de problema em minha vida não preciso de mais um pra encher o meu saco.

Por outro lado, eu tenho medo perde-la pra ele. Eu jamais quero que isso aconteça. Desde que saímos da delegacia ela não dizia nada e sua feição era uma incógnita.

- Eu sinto muito. – Olhou para baixo envergonhada. - Foi para o bem de todos nós.

- Eu sei, mas meu machucou muito Selene. Você não tem noção de como eu fiquei desolado. E preocupado. Não só eu como a sua família a amigos também. – Parei um pouco. – Não vou te dar sermão, mas por favor nunca mais faça isso com nós novamente. Só lhe peço isso.

- Eu não farei mais, prometo. E dessa vez acredite em mim, levarei essa promessa pra sempre. – Olhou-me. – Você tem algo a amis pra conversar comigo? Algo em específico? – Cerrou os olhos.

Ah, alguma coisa tinha de errado ali. Ela estava “jogando verde” pra mim. Onde ela queria chegar?

- Eu tenho um monte de coisas pra conversar. Quero saber como é que tudo aconteceu. Sei que você contou aquela hora pro Delegado, mas eu quero saber com mais detalhes, eu preciso disso. E também como nós ficamos. – Olhei de relance pra ela. Ela por sua vez, ficou paralisada quando toquei no assunto “nós”. Uma hora teríamos que decidir o que seria do nosso futuro, juntos ou cada um em seu diferente rumo.

- Eu já contei tudo lá, Chris. – Cruzou os braços. – O que mais você quer saber? – Respirou cansada.

- Essas marcas no seu rosto, você andou apanhando de qual das duas? Selene, isso é importante para se contar e você não tocou nesse assuntou quando e eu estava lá. Então não, você não contou tudo. Poxa, eu me preocupo contigo ainda, mesmo que “eu não tenha feito algo de útil” como o seu namorado disse. – Segurei firme o volante. A tensão vinha subindo.

- E-e-essas marcas foram por causa de uma pancada que levei sozinha...- Mentiu.

- Você mente muito mal, sabia? Está evidente que elas te bateram. – Parei o carro no acostamento e olhei fixamente em seus olhos.

- O que você está fazendo? – Questionou indignada.

- Porque você mente pra mim? Você não entende que eu preciso de todas as provas possíveis e relatos pra eu poder usar contra elas no tribunal? Pensei que não tinha mudado nada entre a gente em relação á nossa confiança. É só aquele filha da puta ficar com você por um tempo que ele coloca você contra todo mundo. – Bufei. Dava até dó ela com essa carinha de desolada, mas eu tinha que ser firme nessa hora.

- Chris é difícil pra mim lembrar desse momento tenebroso de minha vida. Sim, me bateram. Na verdade, quem me bateu mais foi a Gina. Toda aquela bagunça lá no meu apartamento quem fez foi as duas para a polícia pensar que eu tinha surtado e fugido, mas na verdade foram tudo elas. Eu não toquei em nada. Apenas fui tomar banho e fui até o local onde elas falaram pra eu ir. Eu não conte nada pra ninguém porque elas ameaçaram-me dizendo que iriam machucar principalmente Shanna que elas haviam sequestrado e meus amigos e família. Eu estava com tanto medo, decidi optar por fazer tudo o que elas mandaram pra tentar amenizar os risco de vocês correrem perigo. Como disse antes, fiquei durante um tempo num quarto de hotel que parecia mais um chiqueiro e Henry me achou lá. Depois fugimos e ele entrou em contato com Adam que foi fundamental em tudo. Achamos Shanna por meio de um dispositivo no celular e a libertamos de sua tornozeleira. Enfim, fomos ao escritório do capanga delas e a casa de Gina para coletar provas fora as que já tínhamos. Já que Henry tinha convidado Shanna para jantar e Minka e o cara estavam procurando em vão Shanna, já que jogamos no rio sua tornozeleira em volta de uma garrafa plástica. – Fechou os olhos. – Você culpa-me por eu botar todo mundo antes de mim e tirá-los da “linha do fogo”, Christopher? Por te amar incondicionalmente e fazer tudo isso por você? Se eu fosse qualquer outra puta tinha pouco de lixado para Shanna. Presta atenção, enquanto esse ciúmes doentio toma conta de você, as coisas acontecem ao seu redor e você nem repara. Eu te amo por demais, por cada segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos vividos com você eu não me arrependo de nenhum deles Entenda um pouco o meu lado. Errei? Sim, eu errei, mas colocar pessoa inocentes em risco por minha culpa iria me crucificar da pior maneira. Não sou a que não se importa com os outros. Você me conhece. Não ficaria “de braços cruzados” sem fazer nada. Peço perdão por tudo mesmo. – Seus olhos estavam lacrimejados. – E-e-eu quero recomeçar, sabe. Foi muito sofrimento de uma vez só. Apenas quero viver aminha vida em paz. Em quanto á “nos”, só quero que a minha decisão não magoe tanto á nós três. – Olhou-me nos olhos. Os verdes nos azuis e pegou a minha mão. – Eu quero um tempo. Preciso me reorganizar. Não tô com cabeça pra relacionamentos agora.  Vocês precisam entender que brigar não é o melhor caminho. Só vai levar vocês pro nada.

Aquilo atingiu-me em cheio. Realmente eu não tinha reparado em como estava sendo um idiota com ela. Esse meu ciúmes me cega tão facilmente. Ela tinha feito esse sacrifício por mim e pela minha família...eu não tinha palavras pra descrever o tão valiosa ela era pra mim. Como ela disse, nenhuma outra garota faria oque ela fez. E cara, o que ela fez foi digno de minha completa gratidão. Selene mais uma vez provando de seu imenso valor. Era essa bondade que me mais me cativou nela. Eu a amava tanto.

- Eu não gosto dele.  – Relutei. – Nem me importo muito com ele. O ignoro. – Menti. O meu ego não deixou o meu orgulho ir embora.

- Você e esse seu teatrinho de ser durão. Quem vê pensa que você é frio, ignorante e de poucas palavras. Mal sabem eles que você é gentil, delicado e amável. Só não demostra essas qualidades para evitar que aconteça o mesmo que aconteceu nos relacionamentos anteriores. Até parecer eu. – Riu fraco. – Você sabe que no nosso relacionamento não era assim. Meus parabéns, engana meio mundo , mas não á mim. Sinto aquele aperto em seu coração. Já te fizeram sofrer muito, eu sei. Sei também que muitas vezes você finje não se importar com as coisas do Henry em relação á mim, mas se importa até demais. E ainda assim, passando por esse “imenso topete”, existe aquela gotinha de esperança contida em seu coração. No fundo você continua sendo aquele moço que conheci há anos atrás que se entrega demais, e infelizmente, se machuca demais. – Apertou minha mão reconfortando-me. – Desculpe por ser mais uma vez aquilo que você não queria que fosse, uma pessoa que não se pode confiar. – Deu de ombros.

- Selene. – Segurei a sua mão. – Você é tudo o que eu sempre quis. Você é a mulher da minha vida, nunca duvide disso. Tive certeza no momento que você derrubou aquele café fervendo em minha camiseta. – Rimos. -  Eu te perdoo sim. Claro que te perdoo. Desculpe-me pelo meu ciúmes e arrogância. É que ele “ameaça-me” quando está perto. Por mais que eu não goste dele eu reconheço que ele te ajudou muito e sou grato á ele por te cuidado de você. Independente da sua resposta sobre “nos”, eu quero dizer que ficarei ao seu lado e vou te amar para sempre. Te esperarei até o dia em que der o último suspiro. Esse meu meu amor por você é pra vida toda. O amor não é uma contagem de anos, mas sim o fato de fazer os anos contarem. Eu nunca vou te esquecer. Bom, nunca te esqueci e não vai ser diferente daqui em diante, né. – Dei de ombros.- Mesmo que você escolha o inglês eu ficarei ao seu lado porque o amor é querer a pessoa amada feliz mesmo que ela não esteja com você. Sou maduro o suficiente para entender isso. – Liguei o carro e voltei ao tráfego.

- Obrigada por entender Chris. – Suspirou. – Você também pode contar comigo sempre.

- Obrigado. Posso te fazer uma pergunta? – A questionei.

- Claro.

- Só pra desencargo de conciência; Eu ainda tenho chances? – Segurei  o riso. Concentrei-me no movimento da rua.

- Você não desiste mesmo né Evans. – Balançou a cabeça e riu. – Claro que tem chances ainda... como o Henry também tem. Só dei-me tempo pra decidir sobre tudo.

- Sem problemas, Salvatore. – Concordei.

- Agora eu posso te fazer uma pergunta? – Seu humor já estava um pouco melhor.

- Sim. – Dei a “brecha” que ela queria.

- Você  se preveniu antes de dormir com a Minka né? – Parei em outro sinaleiro e os nossos olhares cruzaram. Foi como sentir “borboletas” no estômago como eu sentia em meus romances na adolescência. Sorrimos sem jeito, embora o assunto abordado fosse desagradável.

- Certeza que você quer falar sobre isso? Toda vez que falamos o nome dela você fica possessa. Não quero estragar o seu humor. – Insisti em não tocar no assunto.

- Tenho certeza sim. Como você disse, uma hora vamos ter que falar sobre isso. Então que seja agora. O quanto antes melhor. – Falou séria.

- Não, eu não usei preservativo. Eu estava bêbado, e você sabe que bêbado não pensa. – Sua cara fechou na hora. Eu sabia que ela ia ficar puta, eu sabia... – Mas depois eu a fiz tomar o remédio. – Engatei o carro na primeira e fui. Estávamos na rua de minha casa já.

- Quem garante que ela não vomitou depois? Caramba Christopher não pensei que você fosse tão burro! – Fechou os olhos em reprovação.

- Falei que você ia ficar brava, tá até me ofendendo moralmente– Fiz biquinho. - . Eu errei, eu sei. Ela não teria como vomitar, fiquei um tempo depois que ela tomou o remédio. Nisso, ele já tinha feito efeito. Não tem como ela engravidar. Eu certifiquei-me disso. – Apertei o botão do controle da garagem para abrir o portão. – Olha só quem está com ciúmes.

- Eu não estou com ciúmes. – Falou pomposa. – Só não quero que você tenha mais contato com ela. Me importo demais pra deixar você ter um filho com ela. – Rolou os olhos.

- Depois sou eu o ciumento que não enxerga nada, não é? – Pisquei.

- Não enxerga nada? –Confundiu-se.

- Que eu só tenho olhos pra você e que nunca faria isso com outra mulher. Se eu engravidasse ela eu assumiria a criança, mas isso não quer dizer que eu a amaria como te amo. Criança não é sinal de “prender homem” se não não existiria divórcio e pensão. Felizmente que isso não aconteceu, não quero mais nenhum contato com ela. Quero que ela pague por tudo que fez de mal pra você e pra Shanna. Meio possessiva você, “me importo demais com você pra dexar você ter um filho com ela”. – Afinei a voz imitando-a. Arranquei gargalhadas de nós dois. Estacionei o carro.

- Ok, Senhor “taquara rachada”. – Segurou o riso. Rolei os olhos. – Eu sou possessiva sim e cuido do que é meu. – Fez uma careta.

- Está bem, mandona. – Apertei a ponta de seu pequeno e arrebitado nariz. – Está pronta pra rever seus familiares?

- Esperei muito tempo por isso. – Sorriu radiante.

Saímos do carro e logo ouvimos murmúrios da Dona Luciane.


Notas Finais


O que acharam?
Até sábado!


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