História I really like you - Capítulo 14 - Lembranças

Os dias se passaram e eu e Jade seguíamos nos conhecendo, o que era incrível já que a Jade que eu conheci não se permitia ser tão aberta sobre os seus sentimentos, mesmo quando namorávamos ela era fechada sobre certos assuntos, mas agora ela tem sido um livro aberto e mesmo que eu sinta falta de algumas loucuras da antiga Jade, eu estou me adaptando a nova.
A aula estava agitada, mas eu preferi ficar quieta, os meus pensamentos estavam em Jade que não pode vir porque teria de ir ao médico, coisa que me deixou até preocupada quando ela me contou, mas ela só foi fazer alguns exames para ver como está a sua recuperação. Fisicamente ela está perfeita, a preocupação é a sua cabeça, mesmo que o único dano aparente tenha sido a perda de memória, os médicos querem ter certeza de que não há mais nenhuma lesão grave.
- Tori? - Sou despertada dos meus pensamentos por Cat me cutucando.
- Fala, Cat.
- O que você vai fazer sábado a noite?
- Hum, eu não sei. Porque?
- O pessoal quer fazer uma festa. Lá em casa. Eu vou estar sozinha, o meu irmão foi pro alasca caçar pinguins.
- Entendi. Eu acho que posso ir. Vou falar com a Jade.
- Tudo bem. Tchau, Tori. - Disse levantando-se e indo em direção a alguns colegas.
O sinal de saída tocou e eu sai da sala. Fui até o meu armário e guardei os livros e algumas outras coisas que só iria precisar na escola.
Infelizmente teria de voltar a pé para casa, Trina iria ficar um pouco mais na escola pra ensair uma peça, o que me deixou chateada, não por ela não me deixar em casa, mas porque eu queria ir até Jade e agora teria de esperar mais.
Me direcionei a saída da escola com um andar preguiçoso e para a minha doce surpresa eu me deparo com Jade no estacionamento, ela esta encostada no carro, de braços cruzados, olhos cerrados por causa do sol e jaqueta de couro preta pra proteger a sua pele sensível do sol. O meu sorriso sai naturalmente ao ve-la. Me aproximo.
- Olá, posso ajuda-la? - Tento parecer seria.
- Hum, talvez. - Ela me segue na brincadeirinha. - Procuro a garota mais linda dessa escola. Você a viu? - Ela descruza os braços e me puxa pela blusa.
- Estou olhando pra ela. - Jade sorri e morde os lábios.
- Interessante. Também estou olhando pra ela. - Envolvo os meus braços em seu pescoço e a beijo. Não a vejo desde ontem a noite e parece que faz anos que não nos vemos. O beijo acende o meu corpo e eu puxo ela mais pra mim, suas mãos seguram a minha cintura apertando de um jeito gostoso que só ela sabe. Jade para os beijos aos poucos com selinhos e mordidinhas.
- É melhor nós irmos. - Ela diz me fazendo lembrar que ainda estamos em frente a escola.
- Verdade. - Dou um último selinho e entramos no carro.
Jade não me levou pra casa, pelo contrário, foi para sua.
- Vem, eu quero que veja uma coisa. - Disse me puxando pelas escadas.
- Wow, tudo bem. - Ri da sua pressa.
Subimos as pressas para o seu quarto.
- Como foi lá com o médico? - Perguntei enquanto ela procurava algo no seu closet.
- Tranquilo. Fizeram alguns exames e na semana que vem eu volto lá pra ver os resultados. - Respondeu vindo em minha direção com um livro.
- Entendi. O que é isso?
- Meu diário. - Disse um pouco apreensiva.
- Você tem um diário? Que vontade de ler. - A segunda frase deveria ser um pensamento.
- Bom, na verdade, eu quero que você leia. - Disse Jade abrindo o diário e folheando algumas páginas.
- Aqui. - Disse me entregando e apontando para um trecho específico na folha. Peguei e comecei a ler, logo as lágrimas também começaram a vir. Comecei a ler para que Jade ouvisse.
- Definitivamente eu amo Tori Vega, ela é o oposto que encaixa perfeitamente em mim. Me sinto estupida por escrever tais palavras, mas é inevitável, Tori me deixou assim, irritantemente melosa, mas eu não me importo, desde que ela esteja comigo. - Olhei para Jade que me encarava preocupada. - Isso é... - Ela me interrompeu.
- A data. É de um dia antes do acidente. Tem muitas outras coisas, eu não sabia se tinha dito isso pra você, então me senti na obrigação de te deixar ciente dos meus sentimentos, todos eles.
- Jade... - A minha voz saiu fraca. Jade nunca fora tão intensa, digo, ela não era de falar muito sobre como se sentia em relação a mim, ela preferia demonstrar, mas ouvir, ou melhor, ler, é reconfortante.
Jade chegou mais perto, segurou o meu rosto entre as suas mãos e me beijou devagar, como se estivesse apreciando cada movimento. - Eu me lembro de você me beijando. - Sussurrou com seus lábios ainda nos meus. - Ando lembrando de algumas coisas e as melhores lembranças até agora são de momentos em que estou com você.
Eu não consigo dizer mais nada, só quero sentir o corpo dela no meu e me embriagar com seus beijos.