História I really love you - Almost kissing

Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser. - Clarice Lispector 

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anteriormente: 

estava deitada em minha cama e a 2 horas tentava dormir, olhava minhas fotos com o Justin, éramos tão felizes eu, eu não entendo porque ele estava rude daquele jeito. Eu até aceitava a humilhação, mas ele dizendo que tudo o que ele me disse era mentira, que não me amava não, eu o amava, eu o amo. Acho que a madrugada toda meu pensamento só sera esse : porque ele fez isso? 

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quinta - feira, 19 de abril de 2007, 6:12 am

Não havia dormido a noite inteira, eu estava cansada, cansada de sofrer e de ser humilhada. Não queria ir á escola, seria melhor não ver a cara daquelas pessoas nunca mais. Logo ouvi batidas de leve na porta, murmurei um entre que nem eu mesma havia escutado e a empregada Anastasia entrou

-Demi, não vai se levantar? 

-diga a minha mãe que estou doente Ana - forcei uma tosse e a olhei piedosa, não era só pra minha mãe, eu odiava mentir pra todos. Mentir pra que? 

-tudo bem -ela deu um beijo em minha testa e saiu do quarto. Logo corri pro banheiro e liguei a torneira que saia água quente e molhei um pano, a água estava fervendo então tive dificuldades de colocar na testa. Amarrei o pano na testa e tratei logo de pegar o termômetro na gaveta de remédios. Coloquei na lâmpada da mesinha de estudo, já que ela era mais fraca e esperei a linha vermelha ir até 39. Coloquei na boca e tirei o pano, joguei debaixo da pia e me joguei na cama, me embrulhei rápido pois sabia que minha mãe viria me ver. Foi só eu pensar que ela entrou no quarto

-meu amor, está sentindo o que? - disse se sentando na cama ao meu lado

-tontura... acho que estou com febre - fiz uma voz fraca e ela tirou o termômetro da minha boca, arregalou os olhos 

-você está com 39 graus -disse ela colocando a mão na minha testa- vou te levar no médico. - Engoli saliva e a olhei

-não.. não mãe, acho que é por que não comi direito e fiquei assim, não se preocupe - até que eu sabia mentir bem

-tudo bem, hoje você não irá a escola, se amanha ainda tiver assim te levarei ao medico ok? -sorriu e eu assenti, me deu um beijo na testa e saiu, tirei meu cobertor e olhei o teto, tinha uma manhã inteira de folga, acho que dormiria. 

(....)

11:50 am

Acordei com um bipe no meu celular, quem me mandaria mensagem? o unico que mandava era o Justin, logo peguei meu celular na esperança de ser ele pedindo desculpas ou qualquer outra coisa, quando vi a mensagem, desanimei. Era minha operada dizendo que eu precisava recarregar meu celular, revirei os olhos e me levantei. Tomei um banho e coloquei uma roupa velha de ficar em casa, desci e senti o cheiro do almoço, isso me fez lembrar que tinha que arrumar um jeito para emagrecer rapido. Me sentei no sofá e fiquei assistindo um desenho qualquer.

-pode vir almoçar Demi, sua mãe está no trabalho agora, falou pra voce comer bem -riu fraco e eu me levantei 

-tudo bem né -dei um sorriso de canto e me sentei na cadeira, comi pouco, como sempre.  Me retirei, o ruim de faltar na escola é que você não tem nada pra fazer. Me deitei no sofá e fui cochilando, lentamente meus olhos foram se fechando e acabei dormindo novamente.

Estava em uma casa estranha, os moveis eram velhos,o chão era de madeira com alguns buracos nele, que casa era essa? parecia que estava abandonada. Logo ouvi passos no chão velho de madeira, olhei assustada pro lado e vi um menino ou homem sei lá, ele era bem mais alto que eu, tinha os olhos brilhantes e um cabelo perfeitamente arrumado, eu conhecia aqueles olhos, o cabelo apesar de estar curto eu reconheceria de longe. Mas, mas como? ele estava mais bonito (quase impossível) do que antes, estava usando topete e mais forte, ele sorriu pra mim e me faltou o ar, como todas as vezes que ele sorria.

-que bom que veio - sua voz era rouca, grossa e sexy, pegou na minha mão e sorriu mais uma vez, me espantei com esse gesto, afinal ele mesmo disse que não gostava de mim, se sentou ao meu lado e me olhou um tanto quanto diferente- não precisa falar nada, eu só quero que você me escute. A Lauren foi pro meu quarto enquanto eu estava bêbado, você sabe que eu durmo só de cueca, e ela se aproveitou disso eu...eu nunca ia te trair com ela, você é minha esposa Demi - pisquei várias vezes depois dessa frase- eu te amo, você sabe disso -ele sussurrou - me perdoa por favor -ele chegou mais perto e o perfume dele me deixou extasiada, aquilo me fez sentir uma coisa estranha, que eu nunca tinha sentido... - por favor... casa comigo -ele disse com a cabeça baixa, tentei falar alguma coisa mais a unica coisa que saiu da minha boca foi "hum" -ele foi chegando mais perto de mim, e mais perto. A distância agora quase não existia, fechei meus olhos esperando aquele beijo, ouvi um barulho de uma porta batendo e me levantei rápido

-minha filha - minha mãe riu- desculpa, não queria te assustar -ela estendeu a mão pra mim, agora fui perceber que tinha caido do sofá, por nossas mães sempre atrapalham a melhor parte do sonho? hey hey cala a boca mente, eu nunca que ia deixar o Justin me beijar, nem em sonho... ou ia?