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História I Remember - Um pequeno baú.


Escrita por: JackieOFrost

Capítulo 16 - Um pequeno baú.


Uma criada que me lembrava um pássaro azul me ajudava com algumas coisas que gostaria de lever para os aposentos do Lorde. E embora fosse constrangedor, ela não me encarava de modo a saber o que acontecia. Havia um rapaz, um youkai serviçal também, que ajudava a pegar muitos do kimonos e yukatas e os levavam para um armário de cerejeira de Sesshoumaru. Aquele não era o que estava em meu quarto, era outro, muito menos delicado porém mais bonito. Ele as vezes me lançava olhares curiosos e nunca se dirigia a mim. A jovem criada já me olhava e se dirigia para mim. Poucas falas eram trocados entre ambos e a tensão parecia querer tomar conta do recinto. Quando terminava com as roupas, sorria para ambos e os dispensava na maior gentileza. Fechava a porta e caminhava até o pequeno baú dentro do armário onde ficava as vestes. Agora estava vazio. Meus joelhos tocavam no assoalho e meus dígitos tocavam a tampa do pequeno baú. Nunca o havia aberto desde aquele dia... 

Kohaku me olhava com gentileza. O pequeno baú de carvalho, que parecia ter sido feito a mão, estava entre seus braços e ele parecia receoso de me entregar.

— Isto é...

Olhava para ele. 

Ele pigarreava baixo e me olhava. Colocava o pequeno baú a lado do jardim que cuidava e saia correndo. Olhava para as largas costas de Kohaku e nada entendia. Não me ajoelhava no chão, apenas me agachava e abria a pequena tampa com o indicador e suspira ao ver-lhe o conteúdo. Uma pomba branca estava morta e parcial não haver mais sangue em seu pequeno e flácido corpo. Levava a mão aos lábios e tocava na pequena pomba. As penas ainda estavam macias e me sentia triste com aquele ato. Havia uma carta em baixo da mesma, mas a ignorava e fechava a tampa. Me erguia e deixava o baú ali.

Lembrava que horas depois havia ido buscar o pequeno baú e o guardava. Mas nunca havia visto o conteúdo de sua carta. Agora entendia que pombas brancas e mortas pelo clã dos caçadores de youkais era dado as mulheres que eles queriam como companheira. 

Rin nunca poderia corresponder a tamanha brutalidade a um pequeno animal. Pegava o baú nas mãos e ao virar para a porta, o baú escorregavam de suas mãos e o olhar se tornava perdido. Pequenos ossos de pomba, penas se decompondo e a carta se espalhavam pelo quarto. Abria os lábios e quando ia se ajoelhar e juntar o conteúdo, Sesshoumaru a segurava pelo braço e a olhava, a típica sobrancelha erguida.

Observava o daiyoukai que a marcaria se apoiar em um joelho e olhar o que havia se espalhado no chão. Entre as unhas, ele pegava a carta e abria o conteúdo. O olhava e nada demonstrava.

— Quer voltar para o lado do caçador? 

Era tudo o que ele havia dito.

Arrancava a carta da mão de Sesshoumaru e inclinava o queixo para ele.

— Isto não é da sua conta! 

Ouvia o rosnar baixo dele.

— Se quer tanto viver com os humanos, esta livre para ir.

Mordia o lábio e sem ler a carta, a rasgava na frente dele. Lágrimas queriam lhe nublar a visão, mas não choraria! 

— Vá embora, Rin.

Quando o grande daiyoukai lhe virava as costas, corria até ele e o puxava pela manga das vestes. Ele não a olhava, mas parava com a mão na porta e assim ficava.

— Apenas queira entender porque uma pomba morta... Eu não sabia de nada... Eu queria estudar sobre ela e a cultura deles... 

Agora ele a olhava.

— Então realmente não sabia o conteúdo... - Ele parecia falar mais consigo mesmo do que com ela. — Não havia seu cheiro.

Assentia, muito rápido, para ele.

— Se tivesse lido, teria descoberto.

Puxava a manga de Sesshoumaru, que se virava e a olhava de modo superior. Sentia seus lábios tremerem, mas sentia que ele deveria saber.

— Eu estava frustrada porque você não voltava para me ver. Você nem mais se dava ao luxo de me mandar presentes! - Não olharia para ele. — E então me aproximei de Kohaku. Algumas vezes quase nos beijamos, mas Sangou sempre aparecia ou eu sempre acabava por recuar. Sempre havia abraços ou pequenos toques de mãos quando ele estava no vilarejo. O que nunca durou mais que dois ou três dias. - Mordia o lábio e deixava a mão cair da manga de Sesshoumaru. Já não o segurava em sua vida a anos. — Kohaku me ensinou a lutar, a me defender. Sangou me ensinou pontos fracos de youkais. Miroku me ensinou a exorcizar e Kagome e Kaede-sama quando estava viva, me ensinaram purificação. Inuyasha e Kouga sempre zelavam por minha segurança e...

Na conseguiria dizer mais nada. Mordia os lábios com força e não ousava olhar para seu lorde.

— Não sou tão pura quanto pensava.

Sentia que se mordesse os lábios mais forte, eles iriam sangrar. Mas não ousaria olhar para seu Lorde. Movia as mãos para perto de sua barriga, as remexia de forma ansiosa e continuava a olhar para baixo. Submissa. Se sentia submissa.

Por mais estranho que fosse assumir, se sentiaais leve e o ódio que a consumia por ter se sentido abandonada havia diminuído e talvez até sumido. Não se sentia mais rancorosa e parecia se sentir mais leve. Como uma pluma. Como o fluffy.

Olhava para cima e notava como o Daiyoukai a encarava. Ele não possuía a tipica máscara de controle e frieza. Novamente, ele parecia sem muro algum.

— Eu tenho que ir embora? - Ousava perguntar.

Ele negava.

A mão do daiyoukai se erguia até uma das bochechas coras de Rin e passava a lhe afagar o local. Ele não era conhecido por gentilezas e carinhos, mas entendia aquele gesto. Sem pensar, apoiava o rosto na palma da mão e se esfregava como um gatinho faria. Abria os olhos e nova que o Lorde a olhava de forma divertida.

— Este Sesshoumaru nunca abandonaria Rin.

— Eu sei.

— Ocupações com as terras do Oeste me prenderam aqui.

Jaken havia mencionado uma vez que as terras estavam por seculos abandonadas. Ninguém as cuidava, embora permanecesse no nome de Sesshoumaru. 

— Precisava assumir para me ter por ter por perto?

Ele negava.

— Porque então?

— As terras do Oeste serão passadas para seu nome, Rin.

Estava surpresa. Não era algo que queria ou que precisasse. Nunca se deu ao luxo de ter uma terra. Criar coisas suas. Ficava feliz ao ar livre. Na natureza.

— Posso lhe perguntar o porquê?

Ele assentia. O olhar o daiyoukai se suavizava.

— Este Sesshoumaru a arrumou para você. O jardim tem seu nome. Tudo em cor clara, porque gosta de cores claras...

— Você também gosta de cores claras. - Ela sorria para ele. — Suas vestes sempre são claras... - Corava. — Acredito que tenha muita influência nos meus gostos, meu Lorde.

Ele assentia, a mão ainda continuava no rosto da humana.

— Não quero no meu nome. Quero que seja seu. - Ela tirava a mão do daiyoukai do seu rosto, beijava-lhe os dedos dele e a segurava entre as pequenas mãos humanas. — Que seja nosso.

Ele, que sempre acabava por fazer tudo que Rin queria, assentos e olhava a volta. Ele não olhava para a bagunça que o pequeno baú fez no chão. Ele olhava para o armário quase vazio.

— Já levei para seu quarto, meu lorde.

— Sesshoumaru. - Ele repetia.

Ria baixo e o empurrava para fora do quarto.

— Se tivermos hanyous, eles ficarão aqui, certo? Perto de nós... - Corava.

Olhava para o daiyoukai e sentia vontade de rir. Cortava mais forte quando ele aproximava os lábios no ouvido de Rin. 

— Esta dizendo para este Sesshoumaru a levar para os aposentos dele e a tomar como dele? Agora? Ou mais tarde?

O empurrava para longe e fugia do daiyoukai brincalhão que havia encontrado. Pelos Deuses, como fora dizer aquilo?


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Mereço comentários?
Se tiver algum erro, me avisem!
Ate breve.
Ciao, ciao.


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