1. Spirit Fanfics >
  2. I Remember >
  3. Um trabalho e uma promessa.

História I Remember - Um trabalho e uma promessa.


Escrita por: JackieOFrost

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Sei que demorei. Mas dia 29 foi meu aniversário e estive ocupada com crianças. Cuidar os primos mais novos da minha sogra... Eles são uns amores, mas queriam jogar o da todo! Então eu fiquei sem tempo... Me desculpem mesmo...
Espero que tenham uma ótima leitura.

Capítulo 17 - Um trabalho e uma promessa.


A enorme mesa de jantar estava farta de comida. Não sabia se comeria tudo aquilo ou não. Na verdade, todos os dias eram realmente fartos e o que sempre sobrava, sem ser tocado por mim ou Sesshoumaru se tornava o jantar de alguns criados. Especificamente os da cozinha. Como um costume, escrevia em um guardanapo notas para a youkai que sempre cozinhava. Havia apenas uma vez que reclamará de algo, que era uma sobremesa que estava muito doce. Claro que havia dito que muito doce não era meu estilo de comida. Gostava de coisas mais azedas e naturais. Sesshoumaru ou quem me esperasse para sair da mesa, nas primeiras vezes, me olhavam de modo estranho. Logo todos começaram a se acostumar, até o grande Daiyoukai.

Olhava para Sesshoumaru. A ponta na pena pousava sobre meus labios. Ele estava com um livro em mãos, os olhos focados no conteúdo. A verdade era que raramente o via se alimentar, mas sempre sentava na mesa como acompanhante.

— Não gosta de comida humana... - Sussurrava baixo, voltando a olhar para o que havia escrito.

— Apenas não como. - Me sobressaltava com a voz grossa. — Nunca provei.

Olhava para ele. O olhar âmbar permanecia no livro, mas sabia que sua atenção ainda era minha.

— O que come quando sente fome?

Ele me olhava.

— Comida de youkai.

Assentia. Aquilo não havia chegado a nada.

Terminava de anotar no guardanapo e começava a me erguer. Sesshoumaru continuava sentado. Olhava para ele. Estava de pé e ainda o olhava. Ele continuava sentado, lendo.

Caminhava até ele.

-— Meu lorde?

Nada.

Rosnava baixinho e colocando as mãos na cintura, chamava-lhe o nome.

— Sesshoumaru! - Parecia ralhar com uma criança.

Ele me olhava. E embora seus lábios continuassem uma linha reta, sabia que ele sorria. 

— Rin.

Sorria para ele. Minhas mãos caiam ao lado do corpo e inclinava a cabeça levemente. 

— O que tem lido?

Ele se erguia. Fechava o livro e o tocava levemente sobre o topo de minha cabeça. Ria baixo e o segurava pela manga de sua veste. Era azulada, muito claro, mas ainda era azulada. 

— Pedidos dos vilarejos que estão sobre minha proteção.

Assentia para ele. Começava a seguir os passos dele.

— Eu posso cuidar disso? - Ele me olhava, curioso. — Eu cuidava de pedidos no vilarejo de Inuyasha. 

Jaken e o Capitão haviam mencionado sobre vilarejos que Sesshoumaru protegia. Ele não era obrigado a nada, claro. Mas como o Senhor das Terras do Oeste, os youkais lhe pediam auxílio. Muitos mandavam tecidos, móveis e frutas para as terras de Sesshoumaru, como pagamento. E Sesshoumaru nunca havia pedido nada para eles. O Capitão havia mencionado que a Senhora do Sul e outros senhores sempre cobravam uma taxa por sua proteção. Sesshoumaru apenas pedia que se mantivesse uma ordem nos vilarejos e que se houvesse alguma mínima ameaça, era dever avisar. Também havia vilarejos de nobres. Youkais que possuíam muito dinheiro e queriam proteção. Eram mais status e dinheiro. Diferente dos nobres youkais, como Sesshoumaru.

— Posso? - Indicava o livro em mãos de Sesshoumaru. Quando ele assentia, o pegava de sua mão.

— Vamos ao escritório.

Olhava para ele, surpresa. Nunca havia entrado no escritório de Sesshoumaru. Quando Sesshoumaru passava pela sala de visitas e subia as escadas, o seguia lentamente e olhava para um corredor onde nunca havia entrado. Não era para lá? Sesshoumaru abria uma porta escura, de metal, e adentrava. Passava por baixo do braço dele, que ele aproveitava e pegava o livro de volta, e olhava em volta. Havia vários quadros de Inu Youkais e ficava surpresa por ver uma mulher de chiquinhas. A conhecia. Ao lado dela estava Inu Taisho e outros youkais que nunca havia visto. Os dois lados da paredes eram cheios de youkais belíssimos e seus vastos cabelos brancos e olhos amarelos.

Sesshomaru seguia pelo corredor, ignorando uma porta e indo em direção a outra. Entrava na porta vermelha, a segunda. O seguia rapidamente, sentindo arrepios pela mudança do ar. Era mais pesado e frio.

O escritório era cheio de prateleiras que iam até o alto. Havia uma escada em cada lado. Uma mesa de carvalho ao meio e uma cadeira vermelha, lembrando um trono de algum rei. Havia mais duas cadeiras na frente da mesa. A sala cheirava a limpeza e livros. 

— Seu escritório não era do outro lado? Esse parece uma biblioteca particular. - Tocava nos volumes do lado direito. Todos tinham capa vermelhas.

— Aquele é sobre guerra e territórios. Esse é o dos vilarejos. - Olhava para ele, surpresa. — Cada cor é de cada vilarejo. Também tem as datas. Os que passam de cinco anos são colocados na primeira porta.

Notava que havia números nas capas. 

Sesshoumaru me entregava o que segurava nas mãos e me indicava para sentar na cadeira, o que fazia. Abria o volume sobre a mesa e olhava a ultima página. A data era de hoje. Folheava algumas atrás e notava que algumas era uma vez por semana e outras uma vez por mês, nunca todo dia.

O vilarejo que sofreu um ataque recentemente precisa de alimentos.

Olhava para ele.

— Quanto tempo leva para as coisas chegarem?

— Se mandar agora, chega de manhã.

Colocava um OK ao lado e passava para a próxima. Era recursos que pediam ou youkais para lidar com alguma ameaça. Com base no que Sesshoumaru colocava em pedidos semelhantes, colocava averiguar ou OK nos pedidos. Terminava e o chamava. 

Sesshoumaru se escorava na cadeira e lia sobre o ombro de Rin. O olhar focando cada escrito. A letra de Rin era fina e muito mais nítida, mas era curval. A dele era mais um rabisco.

Ele se afastava, voltava para onde estava sentado, mas não se sentava. 

— Você coloca em uma gaveta que tem na primeira porta. - Sesshoumaru a olhava. — Você apenas olhou e fez. E as decisões que tomou são bem semelhantes as que este Sesshoumaru tomaria. - Rin sorria. — Venha.

Rin saía da cadeira em um pulo, se aproximava do daiyoukai e notava a diferença de altura entre eles. Sentia seu rosto queimar quando ele a olhava, de modo apreciativo. Olhava para a porta e sabia que não havia como escapar dele... Voltava a olhar para ele. O olhar âmbar se tornava curioso e brincalhão.

— Quer fugir? - Negava, rindo baixo.

Sesshoumaru aproximava o rosto. O olhar continuava curioso. Fechava os olhos e se deixava sentir. Sentir de verdade, pela primeira vez. 

Um gélido toque em seus lábios faziam sua pele formigava e arrepiar. O kimono parecia lhe abafar o ar. Um pequeno toque no pescoço fazia um suspiro escapar de seus lábios. O beijo era apenas um tocar. O tocar no pescoço era apenas um carinho. Um carinho de um daiyoukai que todos diziam ser frio.

Deixava que seus braços rodeassem a cintura do daiyoukai. O puxava para perto e ele atendia. Seus dedos tocavam na ponta das madeixas prateadas... Muito macias. 

Deixava os lábios se separarem lentamente. Ele a olhava do mesmo modo. Com uma das mãos, tocava a franja que quase caía nos olhos dele. Era realmente macio. Se lembrava de brincar com o cabelo dele. As vezes fazia nós e ele apenas fazia cara feia. Ria baixo. Ele era exatamente como se lembrava. A expressão quase não mudava, mas quando o fazia seu coração se entregava a ele. A verdade era que nunca sentiu medo. Nunca se sentiu ameaçada perto dele.

Quando fora deixada aos cuidados de Inuyasha, havia se sentido abandonada. O puxava e o abraçava. Ele era seu lar. Ele sempre a salvava. Era para ele que corria quando tinha medo. Não era para Jaken e nem A-Un. Era para ele... 

Sesshoumaru apoiava o queixo no topo da cabeça de Rin. Os olhos se fechavam a medida que os braços circulavam o pequeno corpo da humana. Aquele cheiro de flores, era somente dela...

— Sesshoumaru... - A voz baixa, abafada. — Não quero te deixar sozinho.

Aquela pontada no peito.

Inu Daiyoukais não sentiam pontadas no peito. Era como se algo se quebrasse.

A soltava. Os olhos castanhos o olhavam do mesmo modo infantil. Eram grandes e brilhantes.

Ela se afastava, pegava o livro e corria para fora do escritório. Ouvia a risada alta de Rin e sentia vontade de sorrir. Caminhava para fora do escritório e observava Rin abrir uma gaveta da primeira porta, botar o livro dentro e o olhava. Ela girava com um pé no chão, os bracos abertos e a risada inundava o ambiente. Rin era como o sol.

~~

Olhava para ele, furiosa. Queria trocar de roupa, mas ele não se virava. Rosnava baixo e apontava o dedo para ele.

— Se você não sair, a única coisa que terá é a minha ausência! - O ameaçava. 

Soltava um berro quando o daiyoukai segurava o pulso dela, o olhar curioso. 

— Ousa ameaçar este Sesshoumaru? - Ele a olhava. A cara de daiyoukai se fechava e o clima pesava.

Rin engolia seco e desviava o olhar. 

— Apenas quero trocar de roupa e você não facilita... - Resmungava baixo.

Ele a soltava e virava as costas, marchando para fora do quarto. Sentia o coração pesar um pouco... Mas jamais conseguiria trocar de roupa na frente dele. O tecido do kimono branco com borboletas vermelhas caía no chão. Um baque surdo.

Olhava para a porta. Nenhum sinal.

Pegava o tecido fino de uma camisola e a passava pelos braços, o olhar se voltava para a porta, nada. Enfiava a cabeça e o tecido deslizava pelos seios e descia até um pouco acima dos joelhos. Puxava os cabelos de dentro do tecido e corria para a cama. Puxava o coberto até o queixo.

— Já terminei. - Anunciava.

A porta se abria e o daiyoukai entrava. A expressão era fria. Ele a procurava no quarto e sentia vontade de rir quando ele não a achava. Ele puxava as cortinas da cama e a olhava de modo curioso.Gargalhava alto e soltava o cobertor. O decote da camisola ficava a mostra, o tecido azul-marinho chamava a atenção do daiyoukai. Cobria novamente e corava.

Olhava Sesshoumaru pelo canto dos olhos. Ele tirava as vestes azuladas e a jogava em um baú aberto. As costas largas ficavam expostas. Ele não a olhava, mas tinha certeza que ele sabia que o olhava. A parte abaixo da cintura não conseguia ver, mas estava curiosa... O baú nos pés da cama o tapava. Cortava forte quando o daiyoukai caminhava até o armário dele e pegava um tecido mais leve. Passava um braço e depois o outro. Jogava o decido sobre os ombros e o ajeitava na frente, mas parecia não amarrar. Ele se virava. Cortava forte e escondia o rosto no cobertor. 

Havia sido pega... 

O lado da cama onde ele dormia havia afundado. Ele não a tocava. 

Tirava o rosto do esconderijo e olhava para ele... As costas dele! Grunhia de frustração e desferia um tapa no ombro dele. Ele girava e lhe segurava o pulso, o olhar levemente agressivo.

— Rin...

— Eu não tenho medo! - Anunciava.

Ele a olhava. A expressão se suavizava. 

Olhava para o pescoço exposto do daiyoukai e corava. Ele notava seu olhar e se aproximava. Os corpos quase se tocavam. Os lábios dolorosamente perto. Passava a língua nos próprio lábios e encarava os dele. Uma linha reta... Sensual. Ele a tentava.

Olhava para ele e deixava seu próprio corpo se aproximar dele. A pele exposta do joelho tocava a coxa do daiyoukai. Recuava um pouco, mas repetia o movimento e se ajeitava no braço que ele havia esticado.

— Posso te perguntar uma coisa?

Ele assentia. 

Mordia os lábios.

— Haverá outras? - Olhava para ele. Decorava o rosto em sua mente, a pele pálida, os olhos amarelados, o nariz pontiagudo, as marcas em seu rosto, o olhar felino. A franja que caía para o lado, alguns fios fugindo da ordem.

Ele negava. A mão esquerda tocava o rosto de Rin.

— Promete?

Ele fazia cara feia. Sabia que promessas era algo de humanos, mas queria mesmo assim.

— Este Sesshoumaru promete ser somente de sua Rin. 

Esperava um assentir... Não uma declaração! Fechava os olhos e se deixava ser beijada por ele. 

Ele apenas ficaria com ela.

Ele havia dito.

Ele havia prometido.


Notas Finais


Acredito que tenha ficado um pouco mais longo que o normal. No próximo, Rin realmente será marcada. Será que ela aguentará tanto poder em sua mente?

Se tiver algum erro, me avisem!
Mereço comentários?
Até breve.
Ciao, ciao.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...