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História I Rep That West. - The change of Love.


Escrita por: Stiildrdre

Notas do Autor


Oiiii. Primeiro cap da fic do ano, desculpem pela demora. Espero que gostem. Tenham uma boa leitura. Bjss.

Capítulo 19 - The change of Love.


POV’S IRINA JELAVIC:

Nathaniel continua a me encarar, desvio o olhar para o lado e sou surpreendida por um beijo seu na minha bochecha.

(Nathaniel) Estou tão feliz agora que apenas te beijar não vai ser o suficiente. – Sorriu.

(Irina) Sabe que não vai acabar em boas coisas se você começar a me beijar. – Passo as mãos pelos seus braços.

(Nathaniel) Eu não iria me controlar.

(Irina) Não. Eu que não iria me controlar.

Ele sorri de canto de boca e aperta o interior da minha coxa aproximando suas mãos da minha intimidade. Remexo minhas pernas e estendo meus braços ao redor do seu pescoço.

(Nathaniel) Quer dizer que a senhora Alucard não vai conseguir resistir aos encantos do seu marido?

(Irina) Não se ache tanto.

Nathaniel beija meu pescoço e sobe com as mãos para minha barriga. Me arrepio quando ele coloca as mãos por debaixo da camisola e aperta um dos meus seios.

(Irina) O que pensa que está fazendo? – Me arrepio mais ainda quando ele ri próximo do meu ouvido.

(Nathaniel) Vou sair do controle se eu te beijar, mas nada me impede de te tocar.

(Irina) Eu acho que isso ainda é pior que beijos.

Ele ri mais um pouco e se afasta deitando do outro lado da cama, levanto e me sento sobre sua barriga acariciando seu peito.

(Nathaniel) Isso é muito perigoso. – Passa as mãos pelas minhas coxas.

(Irina) Você deveria mesmo me temer. É perigoso manter uma mulher como eu encima de você assim. – Seguro seu queixo o fazendo soltar aquele sorriso de canto de boca.

(Nathaniel) Eu já disse que amo mulheres poderosas assim? – Estralo os dedos e soco de leve seu peito. – O que houve? – Me pergunta confuso.

(Irina) Me lembrei de algo que queria te mostrar. – Desço do seu colo e escuto seu resmungo de protesto.

Calço as sandálias e vou até o closet, pego dois casacos e jogo um sobre ele.

(Nathaniel) Vamos a algum lugar? – Pergunta segurando o casaco.

(Irina) Apenas se vista. – Pego as chaves do meu carro sobre o criado mudo.

(Nathaniel) Não vai me dizer a onde é? – Ele veste o casaco e coloca desajeitadamente os chinelos. Aceno que não com a cabeça e abro a porta do quarto. – Certo, adoro surpresas.

POV’S ÍRIS JELAVIC:

Ajudo Suzan a colocar seus sapatos dentro da mala enquanto Melody dobra delicadamente os casacos de nossa então ex-madrasta e os coloca dentro de outra mala. Viktor saiu com Vitoria e sua esposa e duvido muito que venha se despedir dela, ele nunca se apegou muito a ela.

(Melody) Tem mesmo que ir embora hoje? Não pode esperar até amanhecer?

Suzan se vira de costas para nós e suspira fundo, consigo ver suas mãos apertando o tecido do vestido, vestido esse que meu pai deu a ela. Ela finalmente se vira para nós e sorri.

(Suzan) Sinto muito meninas. Preciso realmente ir hoje. Já não dá mais para ficar aqui.

(Íris) Não consigo parar de pensar que isso pode ser culpa nossa. – Lamento. Ela coloca uma mão sobre meu ombro.

(Suzan) Não pense assim querida. A decisão foi minha e eu tinha meus motivos. Não tem nada haver com o que vocês pensam que é.

(Melody) Desculpa por esses cinco anos que damos trabalho pra você. – Tenta sorrir.

(Íris) Eu principalmente. – Dou um sorriso fraco. – Sei como minhas birras deram trabalho para você.

Suzan sorri e se volta para as malas espalhadas sobre a cama, ela guarda o vestido em uma delas e prende os curtos e louros cabelos, escutamos ela fungar e por um momento hesito entre abraçá-la ou não.

(Suzan) Suas birras era o que tirava a tensão dessa casa. – Sussurra.

(Melody) Suzan... – Arrasta a cadeira de rodas até a mulher. – Papai te amou, não, ele te ama.

(íris) Melody...

(Melody) Sei o quanto a presença da nossa mãe, o quanto falávamos e mencionávamos ela deve ter incomodado você, mesmo que pouquíssimo. Você era a esposa dele, a primeira-dama dela, a mulher dele e, portanto a mulher da família. Deveríamos ter mais respeito e consideração por isso. 

(Suzan) Melody. – Suzan se vira para Melody e posso ver as lagrimas caindo dos seus olhos, ela se senta na cama e segura a mão da morena.

(Melody) Desculpe...

(Suzan) Você não deve pensar assim e muito menos pedir desculpa. Quando aceitei me casar com seu pai, na verdade quando soube que estava apaixonada por ele já sabia da enorme saudade que Meredy estava fazendo, principalmente para vocês crianças. A última coisa que eu iria querer era que esquecessem ela.

Subo no banquinho para ficar da altura do espelho do quarto enquanto Irina pente meu cabelo, ela segura uma mecha grande e corta um punhado de cabelo na acima da minha sobrancelha. Arregalo os olhos e olho para meu reflexo.

(íris) IRINA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ? – Seguro os fiapos da franjinha.

(Irina) Eita! – Foi sem querer.

Olho para a maior e fixo meu olhar no seu enorme rabo de cavalo, desejando cortar todo aquele cabelão assim como ela fez com o meu. Mas Melody e Viktor entram no quarto emburrados, tirando minha atenção.

(Irina) O que houve?

(Íris) A pima Nina tá vindo de novo? – Choramingo.

(Melody) Não. Outra coisa pior. – Ela enruga a cara ao olhar para mim.

(Viktor) Ahá pirralha, o que fizeram com seu cabelo?

(íris) Cala a boca.

(Irina) O que é pior que a visita da tia Agatha?

(Melody) Isso. – Ela aponta para a janela do meu quarto.

Arrasto o banquinho até a janela e retiro com a ajuda de Irina e Melody, as cortinas do local, e o que vejo do lado de fora da casa me deixa enjoada e com raiva.

Papai segura a mão da mulher loira e sorri pra ela quanto, enquanto ela deita a cabeça no seu ombro.

(Irina) Romance. Eca.

(Melody) Não dá para acreditar que ele vai mesmo se casar com ela. – Suspira.

(Viktor) Eu não vou ao casamento.

(Íris) Espera, casar?

Os três se entreolham nervosos e Melody coloca mão sobre a boca, como se não fosse para eu saber sobre o casamento.

(Melody) Íris...

(Íris) Papai vai se casar com ela? – Fungo. – Mas a mamãe pode voltar a qualquer hola.

(Viktor) Calma baixinha...

(Íris) E se quando a mamãe voltar ela vê o papai com essa mulher? Ela vai chorar...

(Irina) Íris... Já faz dois anos... Você tem que aceitar. Tem que desapegar dessa ideia.

(Viktor) Ei. – Ele me abraça. – Não precisa aceitar ela, apenas aceitar que a mamãe... sabe...

(Íris) Mas ela vai voltar...

(Melody) Ah Íris.

(Íris) Então essa mulher vai ser a nova mamãe? Eu não quero que ela seja a minha mamãe.

Nove dias depois do casamento de meu pai e Suzan, eu discuti com ela, disse que ela não era bem vinda a casa, nuca iria ocupar o espaço que minha mãe havia deixado e que meu pai jamais iria ama-la da como amou minha mãe.

Fui deixada de castigo, mas teimosa do jeito que era continuei andando pela casa e xingando todos os nomes que uma menina de 11 anos pode saber e nesse mesmo dia, encontrei Suzan aos prantos no jardim, ela parecia derrotada, magoada, triste e mais do que tudo, perdida.

Dentro todos os filhos de Karma, eu era a que mais relutava e reclamava de Suzan, não que eu a odiasse, mas também não gostava dela, era apegada demais a minha mãe e não lidei com a morte dela da forma correta, até os 15 anos eu alimentava a ideia de que ela apenas foi tirar férias e voltaria a qualquer momento.

E acima de tudo, não incluía a ideia de Suzan ser parte da família na minha cabeça, até certo ponto, sempre a via como uma intrusa, uma intrusa que queria roubar o lugar da minha mãe.

Nunca me imaginei chorando ao ver ela cruzar as escadas da Red House rumo a saída, certa de que nunca mais voltara.

Ela se despede dos empregados e dos mordomos, algumas das mulheres choram tanto quanto eu. Vejo meu pai lá fora olhando de forma distante a cena. Ele ainda ama minha mãe, isso é bem visível, mas seu amor por Meredy não foi uma barreira para ele também amar Suzan.

Eu só espero que ela possa ter sido capaz de perceber isso.

Enquanto Suzan consola uma das empregadas vejo um homem se aproximar e começar a falar com meu pai. Um frio passou pelo meu corpo fazendo eu me arrepiar, olho para Melody para ver se ela também percebeu, mas ela está distraída olhando para Suzan.

Olho mais uma vez para o homem e sinto meu corpo se retrair, como se uma pedra tivesse acabado de se colidir com meu estômago. Ele tem cabelos ruivos claros e gesticula enquanto fala, meu pai passa as mãos pelos cabelos ralos, nervoso e olha para frente, só então que me dou conta de que está olhando para mim, e o homem segue seu olhar e finalmente vejo seus olhos.

Iguais aos meus.

POV’S IRINA JELAVIC:

Rio da careta de Alucard quando acelero mais o carro. Ele está a um passo de se fundir com o banco do automóvel, fico olhando para seu olhar de desespero e nem percebo que já estou quase na beirada da costa da montanha e tenho que passar mais para o outro lado.

Viro o volante com tudo e quase bato contra a parede da montanha, coloco o pé no freio, mas acabo me confundido e acelero mais ainda o carro. Troco o pé e freio o carro com tudo fazendo Alucard quase bater contra o painel.

Ele retira o cinto de segurança e coloca a mão no peito, respirando fundo, vejo o suor na sua testa e o modo como suas pernas estão tremendo. Reviro os olhos e retiro o meu cinto de segurança.

(Irina) Não exagere Alucard.

(Nathaniel) Eu achei que iria morrer. – Ele me olha, começando a se recompor.

(Irina) Eu não consigo dirigir direito com outra pessoa dentro do carro ok.

(Nathaniel) Meu Deus. Eu vi a luz. E não era a do farol daquele outro carro.

(Irina) Não exagere tanto assim.

(Nathaniel) Quando seu pai me alertou sobre como você dirige quando está com outra pessoa, eu não levei a serio. Agora entendo o que ele quis dizer.

(Irina) Ah pelo amor de Deus. Eu só entrei com o carro naquele prédio por que não enxerguei a placa direito.

(Nathaniel) Então você atravessou um hotel de Las Vegas, desde o saguão até a área da piscina com uma Ferrari, só por que não enxergou a placa.

(Irina) Exatamente.

(Nathaniel) Em Las Vegas? Onde tudo brilha mais que as roupas no carnaval brasileiro?

(Irina) Sim.

(Nathaniel) Irina... Precisamos fazer alguns exames de vista.

(Irina) Saia do carro. Quero te mostrar algo.

Abri a porta do carro e Alucard fez o mesmo do seu lado. Caminhei até a beirada da montanha, por sorte ela não era muito alta, acho que ele não vai ter um ataque aqui. Nathaniel se aproximou de mim devagar e pude escutar seu suspiro de admiração.

Abaixo de nos estava o mar, tão próximo que pequenas ondas batiam contra a costa da montanha. A lua não estava cheia, tão pouco o céu estava limpo de nuvens, mas mesmo assim a visão era linda. Muito mais bonita do que quando eu vi na luz do dia.

(Nathaniel) Como achou esse lugar. Digo, sem ser dirigindo como uma louca desenfreada por ai. – Ri, colocando a mão sobre meu ombro.

(Irina) Quando vim testar o carro hoje de manhã. - Aperto o casaco sobre o corpo e deixo a leve brisa bater nas minhas pernas. 

Alucard se senta um pouco longe da beirada e hesita em olhar para baixo, mas mesmo assim se permite espiar a vista do mar. Me sento perto dele sem tirar os olhos da vista.

(Nathaniel) Eu moro aqui há anos, mas nunca vim aqui.

(Irina) Você viajou por muito mais lugares que eu. Já viu de quase tudo e mesmo assim, nunca viu uma paisagem do seu próprio país? – O encaro com as sobrancelhas arqueadas.

(Nathaniel) Está curiosa sobre mim Irina? – Volto a olhar a paisagem.

(Irina) Me pergunto como eu fui capaz de você.

(Nathaniel) Eu sou irresistível, em muitos aspectos. – Beijou minha bochecha.

(Irina) E insuportável em muitos outros.

(Nathaniel) Insuportável? Assim você me magoa. Mas sabe, você está ganhando um grande prêmio se apaixonando por mim. – Ele ri.

(Irina) Certo, gostando de alguém infantil, medroso, chato, extremamente pervertido e ainda por cima narcisista tem que vir com um grande prêmio não é?

(Nathaniel) Não brinco mais com você. – Deitou a cabeça sobre o meu ombro. – Eu fico muito feliz.

(Irina) Do que?

(Nathaniel) Por você também gostar de mim.

Abaixo o olhar para ele, os fios loiros mais uma vez caindo sobre seus olhos, agora fechados. Ele sorri discretamente enquanto acaricia minha coxa com uma das mãos. Passo as mãos pelos seus cabelos e olho para frente constrangida.

(Irina) Você diz como se ninguém jamais havia gostado de você dessa forma. – Murmuro.

Fico mais constrangida ainda pelo seu silêncio, mas ao mesmo tempo curiosa. Nenhuma mulher gostou mesmo dele? E quanto a Kim? Pensar no noivado dela com ele me deixa estranha, um misto de ciúmes e confusão e um pouco de tristeza, um casamento terminar daquela forma.

Mas e se nada daquilo tivesse acontecido? E se Kim e Nathaniel tivessem se casado? Ela seria a primeira-dama dele. A mulher dele. Será que ela também se daria bem com essa posição? A mãe e irmã dele iriam gostar dela também? Ela estaria acariciando os cabelos dele no meu lugar? Ela sentiria o coração pulsar tão rápido quando está perto dele como eu?

Ele se apaixonaria por ela do mesmo jeito que disse que se apaixonou por mim?

(Nathaniel) Está acordada. – Pisco o olhando.

(Irina) Como?

(Nathaniel) Faz tanto tempo que você não diz nada que achei que estava dormindo.

(Irina) Certo...

(Nathaniel) Estava pensando no que? – Ele ergue a cabeça tirando alguns fios perto do meu pescoço e dando um beijo demorado no local.

“Por que você não consegue desistir de mim Alucard?”

“Por que eu gosto de você Irina”

“Quero chegar em você, pelo seu coração.”

“Você é linda”

“Amo mulheres de cabelo curto.”

“Estou tão feliz que apenas te beijar não vai ser suficiente”

“Fico feliz por você gostar de mim”

“Eu gosto de você Irina”

Por que eu estou tão insegura?

(Irina) Em nada. – Dou um pequeno sorriso. – Agora eu realmente estou com sono. – Me levanto fazendo ele cambalear. – Vamos?

(Nathaniel) Certo. Vamos voltar para nossa cama. – Ele cantarola enquanto se levanta.

Abro a porta do carro e coloca a chave junto do cinto de segurança e espero ele entrar e se ajeitar para arrancar com o carro. Mas assim que giro a chave, o motor não faz barulho algum...Tão pouco o carro. Olho o painel e mordo os lábios suprimindo um suspiro.

(Irina) Está sem combustível.

(Nathaniel) Você passou a manhã e a tarde toda rodando com ele. – Ele dedilha o painel do carro. – Eu não estou com meu celular aqui. – Me olha ansioso.

(Irina) Nem eu.

(Nathaniel) Olha só que situação maravilhosa. – Ele começa a tirar seu casaco. – Estou sozinho com você, dentro de um carro de luxo e com bastante espaço lá atrás...

(Irina) Alucard...

(Nathaniel) Ninguém vai nos atrapalhar e temos essa vista maravilhosa atrás de nós. – Ele volta a alisar minha coxa. – O que acha de continuarmos o que não terminamos naquele dia?

(Irina) Eu tenho uma ideia melhor. – Me solto do cinto de segurança e avanço para perto dele alisando seu peito. Seus olhos ardem de desejo.

(Nathaniel) A é? Qual?

[...]

(Irina) I-Isso mais forte.

(Nathaniel) A-Ah Irina. – Ele empurra com mais força.

(Irina) Oh céus. – dou um gemido me debruçando sobre o carro. – Mais, mais forte.

(Nathaniel) Irina, você está aguentando mais do que eu imaginava.

(Irina) Ah Alucard...

(Nathaniel) Isso é tão sexy.

(Irina) Alucard...

(Nathaniel) Sim.

(Irina) Pare de pensar besteira e me ajude a empurrar o carro. – Coloco um pouco mais de força e o carro andou mais a frente.

Alucard seca o suor da testa e se aproximou mais, mas ele para de repente e olha para o próprio pé.

(Irina) O que houve?

(Nathaniel) Minha sandália quebrou...

(Irina) Nathaniel... Empurra o carro.

Mancando, ele se aproxima do carro e começa a empurrar o mesmo para frente, com fúria no olhar, no lugar de desejo.

(Nathaniel) Como a minha ideia de uma noite de sexo quente e romântico se transformou em uma noite em que eu empurro um carro de mais de 550 milhões dólares com a chinela quebrada e ainda vendo a maravilhosa e deslumbrante bunda da minha esposa sem poder tocá-la?

Solto as mãos do carro e observo ele resmungar enquanto continua a furiosamente empurrar meu carro. Balanço a cabeça e solto uma baixa risada.

(Irina) Estou começando a entender o porquê de me apaixonar por você Alucard. – Sussurrei.

(Nathaniel) Disse algo? – Pergunta mais a frente.

(Irina) Não, nada.

Começo a caminhar até ele.

[...]

POV’S NEYTHAN:

Tateio a cama caçando o celular e abro um dos olhos para enxergar a tela melhor. Seis e vinte da manhã. São seis e vinte da manhã e no meu dia de folga um ser humano infeliz resolve tocar minha campainha como se fosse um teclado de brinquedo infantil.

Jogo meu lençol para o lado e caminho piso forte no chão olhando para meu criado mudo. Nathaniel deve estar no seu decimo terceiro sono e se algo estivesse de errado ou ele ou Kentin ligariam.

Meu irmão não viria até minha casa a esse horário, Kentin não bateria loucamente na campainha. Minha mãe e Ambre sempre me avisam quando veem me ver. Ninguém que eu conheça bem viria até meu apartamento a essa hora e muito menos desse jeito.

Levanto da cama pegando a arma da gaveta do criado mudo e caminho para fora do quarto, olho pelo olho magico e quem eu vejo me faz afrouxar a mão sobre a arma. Passo a mão sobre o rosto já impaciente e destranco a porta deixando o furacão Italiano adentrar meu apartamento.

Ou melhor, o furacão de uma Italiana.

(Neythan) O que faz aqui Renesme? – Fecho a porta e a encaro.

Não tomo banho desde ontem de manhã, estou despenteado, com bafo e com uma cara de quem acabou de cair do caminhão da mudança, mas é ela quem parece mais destruída.

A maquiagem tentando cobrir em vão as olheiras debaixo dos olhos, o rímel borrado como se ela tivesse acabado de chorar, sem batom e com roupas largas e o cabelo castanho claro preso em um rabo de cavalo, despenteado.

Nunca havia visto Renesme com rabo de cavalo. Na verdade nunca a tinha visto tão acabada assim.

(Neythan) Que eu saiba, era para você estar com seu primo, bem longe daqui não é? – Abaixo um pouco o tom da minha voz, percebendo que ela já estava prestes a chorar de novo.

Renesme enxuga os olhos e respira fundo me encarando. Me encosto sobre a porta e cruzo os braços sobre o peito, esperando ela falar algo. Ela não diz nada, apenas me encara com um olhar estranho. Resolvo continuar, vendo que ela não iria falar nada.

(Neythan) O que aconteceu?

(Renesme) Eu senti sua falta. – Diz tão baixo, que quase não a escuto.

Solto um suspiro longo e olho para a mulher na minha frente, totalmente diferente da Renesme louca, masoquista e tirana que eu estava me acostumando a lidar.

(Neythan) Olha, nós dois não temos uma relação nem anda para...

(Renesme) Naquele dia, que eu fui mandada embora. – Ela olha para os próprios pés. – Você nem se despediu. Mas mesmo assim eu senti, muito a sua falta. – Ela funga.

Sinto um baque no peito vendo-a assim. Quase como se ele estivesse sofrendo em vê-la assim.

Não.

Não.

Não

E não.

Não posso cometer a mesma estupidez que Nathaniel, de me apaixonar inconscientemente assim. Minha relação com Renesme era unicamente e estreitamente sexual. Voltada aos nossos desejos. Ela precisava de um sadomasoquista e eu de uma mulher como ela... Apenas isso.

(Neythan) Renesme. Você não pode se apegar a mim.

E nem eu a você. Você é inimiga, tentou pegar meus dados, sabotar nossos recursos, infiltrar seus agentes na nossa facção, tentou me atingir pelas costas, tentou me roubar. De diversas maneiras. E temo que tenha conseguido.

(Renesme) Não acha que é um pouco tarde demais para isso? – Deu um pequeno sorriso, que sumiu com a mesma velocidade que veio.

(Neythan) Sabe que isso não vai dar em nada não é?

Eu espero.

(Renesme) Eu tentei Neythan. Tentei apenas ficar com você sem compromisso nenhum. Eu já havia feito isso diversas vezes, mas você. Você não me deixou ir como das outras vezes. E eu tentei.

(Neythan) Eu realmente acho que você vindo até aqui, não vai resolver tão pouco melhorar nada. – Tento me acalmar.

(Renesme) Me responde dó uma coisa Neythan, apenas isso.

(Neythan) Pergunte.

(Renesme) Eu fui apenas uma brincadeira para você? Apenas uma diversão.

(Neythan) ...

(Renesme) Eu sei, eu estava te usando no começo, confesso isso, mas eu não sabia que iria me apegar a você. E sei também que faço parte da família que você mais odeia, mas realmente, tirando esses fatores. Eu fui realmente apenas uma brincadeira para o vice-líder da máfia Albanesa?

Se eu disser que não, que não foi apenas uma diversão, você vai embora pacificamente, vai me esquecer e me deixar lidando com isso? Ou vai ficar, vai tirar essa agonia irritante de mim? E se eu disser que sim? Vai ficar mais magoada?

(Renesme) Neythan... Me reponde, por favor.

(Neythan) Sim. – A encaro, começando a me aproximar dela. – Foi.

Estava preparado para segurá-la, Renesme estava a ponto de desabar no chão, mas não o fez. Funga e enxuga algumas lagrimas dos olhos. Ela me encara com um semblante magoado e balançou a cabeça.

(Renesme) Está mentindo.

(Neythan) Não. Não estou.

Estou?

(Renesme) Eu te conheço, na verdade conheço as pessoas bem, para saber quando elas estão mentindo. Mas para você mentir para mim a esse ponto, significa que brinquedo ou não, você me quer bem longe de você.

(Neythan) Renesme. – Toquei seu braço. Está tão quente. – Renesme, você está com febre.

(Renesme) Se é distância de mim que você quer, então é isso que irei te dar. – Ela se afasta do meu toque e caminha até a porta abrindo-a. – Você pode mentir para mim Neythan, mas não para si mesmo. Só não vá se arrepender depois.

Ela sai do local batendo a porta, vou até a mesma e a tranco. Me viro para a sala e encaro o apartamento vazio e silencioso.

Ela foi embora. Pode ser para sempre agora. Era isso o que eu queria desde o início, não era?

Porra Neythan!

Volto para o quarto e me jogo na cama xingando em todos os idiomas que consigo falar.

Talvez eu a tenha perdido para sempre. Eu realmente gostava dela?

Ah Renesme, eu realmente não precisava desse tipo de dor de cabeça logo tão cedo da manhã.

O celular vibra o travesseiro e o pego já sem paciência. Uma mensagem, de um número desconhecido, não tem nenhuma descrição nem foto de perfil, abro a mesma e me sento na cama enquanto a leio.

Jogo o celular sobre a cama e pego as chaves do apartamento, destranco a porta e corro pelo corredor rumo as escadas, sem esperar pelo elevador. Um misto de desespero e preocupação. Preciso achara Renesme. O mais rápido possível.

Aquela mensagem... Não pode ser verdade.

“Eu iria ter um filho seu, mas infelizmente não fui capaz de mantê-lo, assim como não pude manter você. Desculpe.”

POV’S LYNN:

O salão está cheio de homens comandados pelo meu tio. A luxuosa poltrona na qual ele se senta está vazia. Me remexo de forma desconfortável no canto, vejo minha prima Xyuan me encarar e cochichar algo para sua mãe e suas irmãs, que riem discretamente.

Se ela soubesse que oi minha mãe junto de meu tio que ordenou a morte do pai dela, a morte do próprio irmão, elas estariam rindo assim? Me temeriam por eu ser uma vassala de Li?

Estou cansada disso tudo.

As pessoas se levantam de suas cadeiras e eu me ajeito arrumando a saia do vestido. As portas do salão se abrem e todos exclamam surpresos com exceção de mim, quem entra no lugar do líder da máfia Chinesa não é meu tio, tão pouco seu representante, mas sim minha mãe.

Ela entra sorrindo no salão, balançando a saia vermelha do seu vestido. Vestida de vermelho dos pés a cabeça, ela sempre gostou da cor por se assemelhar ao sangue, ao sangue daqueles que ela odeia. De forma elegante e luxuosa ela se senta na cadeira que estava preparada para meu tio, os demais se sentam nos seus lugares e eu me sento um pouco mais afastada dela, rezo para que ela não me perceba de primeira.

(Li) Sei que todos devem estar surpresos por eu estar aqui no lugar do meu irmão. – Ela sorri para todos e seus olhos pousam em mim. – Mas a uma ótima explicação para tudo.

(Ziao) Queríamos saber também o porquê dessa reunião tão inesperada. – O irmão de uma das esposas de meu falecido avô coça a barba, olhando curiosamente para minha mãe.

O irmão da mãe de tia Meredy. Tio de Viktor, Irina, Melody e Íris. Ele ao menos já parou para esclarecer ou investigar a morte de tia Meredy? Ele não se sentiu mal em ver a dor de sua irmã em perder uma filha, tão pouco de nunca ter procurado saber sobre seus sobrinhos?

Paro de o encarar quando sinto o olhar de Li em mim, olho para baixo e fico a espera dos garçons colocarem os pratos com a refeição sobre a nossa mesa.

(Li) Bem, meu pobre irmão não está se sentindo nada bem. Desde semanas ele mau consegue falar direito, então a pedido dele estou aqui como a líder temporária da máfia Chinesa. – Olho para ela, “a pedido dele”? Meu tio pode estar doente e quase a beira da morte, mas ainda sim ele é um Zhang Wi, ele não entregaria o poder para ela tão facilmente assim.

E pelo visto não sou a única a achar essa atitude estranha. As pessoas ao redor da mesa cochicham e olham para minha mãe com o mesmo olhar de Ziao. Taeyang era o último herdeiro legitimo que a nossa casa tinha, Li é filha de uma concubina, ela não tem ligações diretas com a família Zhang Wi e tê-la como líder pode ser um pouco desrespeitoso para as outras famílias.

(Huan) Como? Isso já está decidido assim? Sem nem ao menos consultar as outras casas? – O homem baixinho bate na mesa. Minha mãe franze os lábios e encara o senhor como se fosse ataca-lo as cobras.

(Li) Isso foi algo meu querido irmão decidiu isso pode ser uma das suas últimas escolhas, irá contra a palavra de seu líder debilitado? Isso seria um ato de traição. – O homem se encolhe e parece ficar menor ainda, sua esposa coloca a mão sob seu ombro e posso ver seus lábios se mexerem formando um xingamento baixo para minha mãe.

Yixing, Meredy e Taeyang Yamashiro Zhang Wi, Marie e Xyon Zhang Wi Xing e por último Li e Lihon Zhang Wi Kwan. Todos os filhos que Chansung Zhang Wi, chefe da família Zhang Wi e líder da máfia chinesa, quando ela estava no seu auge. Os três primeiros são seus filhos com a japonesa Miha, sua segundo esposa, já que a sua primeira havia morrido meses após o casamento.

Miha Yamashiro apesar de ser de uma família tradicional japonesa, tinha descendentes na grande família chinesa dos Hauan, por isso meu avô escolheu casar com ela, alegando também ter se apaixonado pela bela moça. E com ela teve os três primeiros herdeiros, o primogênito Yixing, o segundo filho Taeyang e por último minha tia Meredy.

Por luxo ele acabou se casando com a filha mais nova da família Xing, Yan Xing, e com ela teve mais dois filhos, tia Marie e tio Xyon. Mas como todo líder da época, ele acabou tendo uma amante, amante essa que já era casada e tinha dois filhos. Depois que foi exposto o caso dele, tanto a família de Miha quanto a casa Xing exigiram que meu avô tomasse uma providencia da situação e parece de envergonhar a facção chinesa, então ele decidiu se casar com a sua amante e acabou também adotando seus filhos como se fosse dele.

Os filhos da concubina acabaram se tornando os “filhos” de Chansung, Li e meu tio Lihon. Meu tio Lihon morreu nas mãos da máfia Japonesa e isso acabou causando uma revolta com minha avó materna, ela começou a causar brigas e escândalos para cima de Miha, mas ninguém nunca deu ouvidos a ela, pelo simples fato de não pertencer a família principal.

Yan morreu de um acidente de carro na Espanha, quando estava lá com meu avô. Miha morreu misteriosamente alguns meses depois, começou a do nada definhar, adoecia com frequência e ficava quase sempre de cama. Sobrou apenas minha avó como a única esposa viva de Chansung. Mas até ela morreu anos depois.

Quando foi a vez de Chansung morrer, tio Yixing iria tomar o comando da máfia e continuar dando continuidade ao poder da família Zhang Wi, mas alguns dias antes de morrer, foi encontrado morto na sua casa junto de sua esposa e seu filho pequeno. Meredy, que havia se casado com o líder da máfia Russa, recusou tomar a liderança de tudo assim como Marie e Xyon.

Taeyang então assumiu o poder e com a sensação de poder subindo a cabeça e o ódio pela máfia mais poderosa de todos ter roubado sua irmã. Ele mandou assassiná-la junto de seu marido e seus quatro filhos. Meses depois Marie e Xyon foram encontrados mortos em um galpão em Pequin. Até hoje ninguém quis investigar o motivo das mortes dos mesmo.

Sobrando apenas Taeyang e sua protegida irmão mais nova, Li.

Ela está fazendo a mesma coisa que sua mãe fez. Tio Taeyang não adoeceu do nada, assim como Miha. Miha e tio Taeyang estão sendo vitimas do mesmo truque barato de envenenamento das mulheres de mesmo sangue.

E me enoja saber que também compartilho o mesmo sangue que elas.

(Li) Bem, vamos prosseguir com a reunião. – Alarga o sorriso.

[...]

(Lynn) Está bom assim. – Murmuro enquanto Li ajeita as mangas do meu vestido, deixando meu ombro mais exposto.

(Li) Você está a um passo de ser a filha da mulher que comanda tudo isso. Tem que se portar como tal. – Ela me olha nos olhos e percebo seu sorriso ensaiado. As mulheres do salão nos fitam como se estivessem vendo se estou cometendo algum erro.

(Lynn) Meu tio está muito mal? – Resolvo tocar no assunto. Ela solta meu vestido e se vira de costas para mim.

(Li) Ah pobre irmão. – Começa a falar assim que Ziao começa a se aproximar de nós junto de mais alguns homens. – Ele está muito mal. Temo pela sua saúde.

(Ziao) Ele ficará melhor logo.

(Li) Tenho fé nisso. Tenho fé.

Mais alguns homens se aproximam para conversar assunto sobre os negócios. Me afasto e vou até a estante de livros. Pela vidraça da mesma observo minha mãe deixar o amontoado de pessoas e seguir com um homem para dentro do corredor a onde ficam os escritórios.

Disfarçadamente os sigo. Vejo de longe ela e o homem entrarem em outro corredor da casa. Me esgueiro na parede e estico o corpo para poder ouvir melhor a conversa deles.

(Li) Como assim ele não está lá? – Ela se segura para não gritar.

(???) Acalme-se, senhorita Li.

(Li) Como quer que eu me acalme? Acaba de me dizer que um homem de mais de 50 anos caindo aos pedaços, cuspindo sangue, saiu do quarto de um hospital protegido por mais de 20 guardas sem ninguém ver ou saber a onde ele foi?

(???) Daremos um jeito nessa situação. O mais importante agora é que você aja como a líder substituta que tosos esperem, aja como se nada estivesse errado.

(Li) Mas é claro que está tudo errado. Se ele falar alguma coisa para alguém... Argh, seus incompetentes. Assim que acharem ele, matem-no.

Tapo a boca para abafar o grito.

Tio Taeyang fugiu. Por que ele fugiria sendo que sempre obedeceu todas as ordens da minha mãe? E ela ainda vai mata-lo, mais um irmão que ela mata. Taeyang não mandou matarem tia Meredy, foi apenas para notificá-la, quem a matou foram os homens de Li, foi ela quem ordenou a morte de Yixing, Marie e Xyon.

Minha mãe é um monstro.

(Ziao) Venha comigo.

Quase grito quando vejo o senhor ao meu lado. Ele coloca o dedo sobre a boca e segura minha mãe.

(Ziao) Venha comigo. Estou do seu lado.

POV´S CASTIEL SALOMÃO:

Estico os braços e apoio as pernas sobre a mesa enquanto Dajan passava as imagens no slide. Batuco a mesa com a caneta e tento ao máximo explorar todas as informações que estão sendo repassadas.

(Dajan) Semana passada, nessa área do Brasil foram encontrados quase metade dos nossos carregamentos de drogas. – Ele aponta para as imagens do que parece ser uma cidade.

(Castiel) Foi para o Brasil que enviamos a maior parte da mercadoria? – Questiono.

(Dajan) Sim.

(Castiel) E eles perdem metade da mercadoria assim? Por que continuamos mandando as coisas para lá então?

(Dajan) É um pedido especial da madame Valerie.

Todo o meu conforto se vai. Coloco as pernas embaixo e levanto pegando as chaves do meu carro.

(Castiel) Se Lysandre aparecer diga que sai e não tenho planos de voltar ainda hoje.

(Dajan) Mas senhor.

(Castiel) Quanto aos aviões indo em direção ao Brasil, quero que sejam suspensos, não iremos mais fazer negócios com o país.

(Dajan) Mas a madame...

(Castiel) A madame não está no comando das coisas, eu estou.

Saio do escritório batendo a porta e caminho até o estacionamento. Estou com a cabeça cheia e ainda vêm mais esses assuntos. Valerie deveria apenas curtir sua decima sexta lua de mel quieta.

Bia e Willian devem estar na escola nesse horário então não vou visita-los. Lysandre tirou o dia de folga, deve sair com sua noiva e por falar em noiva... Entro no carro e pego o celular no porta luvas, desbloqueio e disco o número da pessoa. Ela atende no terceiro toque.

(Debrah) Gatinho! – Exclama.

(Castiel) Tem como nos encontrarmos essa semana?

(Debrah) Uau. Quer me ver logo Cast? – Escuto sua risada. Bufo e passo o celular para a outra orelha.

(Castiel) Eu preciso conversar seriamente com você Debrah.

(Debrah) Está com raiva de alguma coisa?

(Castiel) Vai ter como nos vermos essa semana ou não?

(Debrah) Nossa... Infelizmente essa semana não. Estou em uma viajem de negócios na Rússia. – Estreito os olhos.

(Castiel) Na Rússia?

(Debrah) Curioso gatinho?

(Castiel) O que você está aprontando Debrah?

(Debrah) Ora, assunto de família, coisas máfia Israelita. Nada que um Sérvio deva saber.

(Castiel) Às vezes você tira completamente a minha paciência só com a sua voz sabia? – Debrah ri alto.

(Debrah) Mas foi você que quis terminar o noivado comigo, se não tivesse feito isso estaria aqui comigo. Desvendando os podres e segredos da família Jelavic. – Ela sussurra a última frase.

(Castiel) Vai tentar uma aliança com eles? Boa sorte.

(Debrah) Por que eu tentaria uma aliança com a família que estou prestes a destruir.

(Castiel) Você e mais de meio milhão de pessoas sonham em destruí-los, vai ser apenas mais uma coitada a tentar e fracassar.

(Debrah) Saiba que eu mudei muito desde que você rompeu comigo Cast, mudei para melhor. Já não sabe mais das noticias. Eu sou a favorita para liderara a máfia Israelita. Tirei meus irmãos da jogada há muito tempo.

(Castiel) Como se aqueles inúteis fossem um grande obstáculo.

(Debrah) Se você tivesse se casado comigo, além de já ter herdeiros, comandaria tanto os Zemuns como os Israelitas.

(Castiel) Quem iria comandar uma facção acabada e ainda por cima com uma cobra como você.

(Debrah) Às vezes você também me irrita muito Cast. Não faz ideia. Mas fora isso, por que queria me encontrar?

(Castiel) Queria te entregar uma informação. Pode ser que te ajude com o caso dos seus irmãos e dos Jelavics.

(Debrah) Informação? Então me diga.

(Castiel) Não é algo que se pode contar por telefone, deve ser entregue.

(Debrah) Essa semana eu não posso Cast.

(Castiel) Se quiser o que tenho a oferecer, que vai valer muito mais que a sua ida a Rússia, vai ter que me encontrar aqui em 24 horas.

(Debrah) Castiel! Isso é serio, eu não estou com tempo para isso. – Dessa vez sou eu quem ri.

(Castiel) Então só lamento.

Finalizo a chamada.

POV’S ROSALYA GONZALES:

Coloco o celular sobre a cômoda e dou as costas para o mesmo, mas acabo me virando e pego o aparelho mais uma vez. O coloco de novo da cômoda... O pego de novo. Coloco ele e o pego.

Argh mas que merda!

Ligo para eles ou não?

Está certo que eu traí minha família, meu pai me expulsou do país e desde então eu não tenho contato com mi mama e meus irmãos, minha avó, como será que está minha avó? Oh mau posso esperar para saber se o filho que Mari Cruz está esperando é mesmo do meu irmão.

Mas e se eu ligar e ninguém quiser falar comigo?

Ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, , ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, , ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, , ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, , ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo, ligo ou não ligo.

(Rosa) ARGH EU VOU EXPLODIR.

(???) Está tudo bem?

Olho assustada para o lado e me acalmo ao ver que era Irina no quarto. Ela está parada na porta do quarto, de biquíni preto e com um casaco fino vermelho claro, ela me olha de uma forma estranha, como se eu estive sido pega no flagra invocando um espirito antigo.

(Rosa) E-Está tudo bem sim. – Coloco o celular de volta na cômoda. Irina entra no quarto e fecha a porta. – Por que está de biquíni?

 (Irina) É Domingo. Alucard não vai sair e estamos fazendo uma espécie de festa na piscina. Pedi para Leigh vir te chamar.

(Rosa) Pelo visto aquele idiota não fez isso.

(Irina) Ah algum problema entre você e o Leigh?

(Rosa) Além da chatice de meia idade dele. Nada. – Dou um sorriso fraco. – Irina olha para o celular sob a cômoda.

(Irina) Ainda não decidiu se vai ligar para a sua família ou não?

(Rosa) Parece até uma questão das provas de entrada nas faculdades mexicanas. – Coço o braço.

(Irina) Está sendo tão difícil assim? Tem certeza que talvez você não esteja sendo drástica demais?

(Rosa) Acho que para você fica fácil de falar. Sua família está com você, te apoia em tudo e ainda por cima não te abandona, não importa quantos erros você tenha cometido.

(Irina) Você fala isso, mas esquece de que meu irmão é um adultero de primeiro, minha tia gasta a fortuna do meu tio às escuras e não se esquece de que foi meu pai que me fez casar com esse elemento e fez nos virmos parar aqui.

(Rosa) Mas a parte do seu casamento com esse elemento perigoso você gostou. – Ela esboça um pequeno sorriso. – Por falar por que vocês chegaram aqui de madrugada?

(Irina) Longa história. – Ela massageia as têmporas. - mas me prometa que sempre vai lembrar me avisar sempre para abastecer o carro, por favor.

(Rosa) Anotado. – Dou uma risada fraca. – Bem, quanto a isso, acho que vou desistir.

(Irina) Vai desistir da sua família?

(Rosa) A-Acho que sim. Além do que, o que eu fiz não tem perdão.

Ainda posso ver com clareza o sangue misturado com a agua da banheira, os gritos delas enquanto as matava, os seus corpos sem vida e a cara de decepção do meu pai.

(Rosa) Vou entender completamente se eles fizeram até uma petição para Nathaniel, pedindo a minha morte.

(Irina) Eu sei o que você fez. E não estou te discriminando por isso. – A encaro.

(Rosa) Obrigada Irina, obrigada por entender o meu lado.

(Irina) Não a ninguém com quem você realmente quer falar. Muito? Alguém que acha que também vai entender o seu lado.

(Rosa) Meu irmão mais novo. Ricardo. – Sorrio ao lembrar do louco de olhos castanhos.

(Irina) Ricardo? – Aceno com a cabeça.

(Rosa) Ele é alguns meses mais novo que eu. Filho do quarto casamento do meu pai. Ele e eu éramos muito apegados. Queria saber como ele está.

(Irina) Eu posso arranjar isso. – Me aproximo dela, segurando suas mãos. Irina dá um passo para trás estranhando.

(Rosa) É serio? Pode conseguir isso? Sem a minha família saber?

(Irina) Posso. Vou ver isso a partir de amanhã. – Me agarro a ela.

(Rosa) Ah Irina, você, literalmente, é a minha salva vidas.

(Irina) Céus.

(Rosa) Ok, ok. – Me soltei dela e passei as mãos pelos olhos antes que alguma lagrima teimosa ouse cair. – Espera ai que vou colocar meu biquíni.

(Irina) Eu espero.

Abro o guarda roupa e começo a separar meus biquínis enquanto Irina folheia uma revista que estava sob a cama. Deixo um biquíni vermelho sob a cama e começo a me despir.

(Leigh) A primeira-dama exige a sua presença na área da piscina ago...

(Rosa) AAAHHH! – Tento cobrir meu corpo, enquanto Leigh continua parado com a cabeça para dentro do quarto.

(Irina) LEIGH!

(Leigh) Per-Perdão madames. – Ele fecha a porta com tudo.

(Rosa) Filho de uma...

(Irina) Meu Deus... Leigh perdeu a postura. – Ela me olha sem reação. – Nunca havia ouvido ele gaguejar e nem ficar vermelho.

(Rosa) Ele ficou vermelho? – Sinto o meu rosto esquentar.

(Irina) Ficou. Seu corpo o deixou sem palavras.

(Rosa) A-Ah meu Deus. Isso é ridículo. – Balanço a cabeça e pego o biquíni.

(Irina) Lembre-se que era isso o que eu dizia a respeito do Alucard. Te espero na piscina. – Ela se levanta e sai do quarto.

Q-QUE?

Ahá, até parece. Como se o velhote fosse olhar para uma pirralha como eu, como ele mesmo disse.

POV’S NATHANIEL ALUCARD:

Entro na cozinha e abro a geladeira, selecionando todas as bebidas que quero que levem lá para fora, me viro para falar com uma das empregadas, mas quem eu vejo me faz ficar em alerta.

(Evie) Senhor. – Ela se encolhe no meu olhar.

(Nathaniel) Ainda está aqui não é? – Fecho a geladeira e ela dá um passo para trás.

Está bastante diferente de quando a vi pela primeira vez. Seu cabelo está penteado e preso em um rabo de cavalo, com alguns fios caindo sobre o rosto, vejo agora que seus olhos são mais claros do que pareciam, sua pele é bronzeada e o uniforme cai bem no seu corpo esguio.

Ela parece se encolher mais ainda pelo meu olhar e dá mais alguns passos para trás. As mangas do uniforme cobrem seus pulsos, a onde havia tatuado seu nome.

(Evie) Ainda sim senhor.

(Nathaniel) Está se consultando com minha mãe?

(Evie) Sim.

(Nathaniel) Teve algum processo?

(Evie) Tive sim senhor.

(Nathaniel) Quais foram às coisas que você se lembrou?

(Evie) Meu nome. Meu país...

(Nathaniel) Não lembrou por que você veio para justo na minha mercadoria? E nem quem colocou você lá?

(Evie) Ainda não. Mas eu prometo que vou me esforçar para lembrar. – Ela finalmente me encara nos olhos. – Vou lembrar, direi tudo e farei de tudo para recompensa-los por sua bondade. – Ela dá um passo para perto de mim, determinada.

Esse sotaque, ela fala minha língua perfeitamente, mas tem um sotaque latino por detrás das palavras que me confundem. Mexicano? Não, Rosalya não tem esse sotaque. Argentino será?

(Nathaniel) De que país você veio?

(Evie) Brasil. A madame disse que as imagens do lugar que eu venho, se assemelham muito ao país, ela diz que tem a maior chance de eu ser de lá.

(Nathaniel) Mas nada que possa explicar como você fala Alemão tão bem?

(Evie) A-Ainda não. – Ela abaixa o olhar. – A madame acha que já possa ter estado na Alemanha antes ou que eu tenha feito aulas. Estamos avançando aos poucos.

(Nathaniel) Contando que você não seja uma ameaça.

(Evie) Eu não sou. Posso garantir isso. – Ela ergue o olhar mais uma vez.

(Nathaniel) Qual seu nome?

(Evie) Como?

(Nathaniel) Seu verdadeiro nome? Não disse que tinha descoberto?

(Evie) A. Sim. Descobri.

(Nathaniel) E qual é?

(Evie) Ana, meu nome verdadeiro é Ana, senhor.

(Nathaniel) Ana. Então o porquê do EVIE?

(Ana) Isso é outra coisa que garanto que descobrirei. Preciso voltar ao serviço agora senhor. – Ela pega algumas garrafas sob o balcão e coloca na bandeja.

(Nathaniel) Certo. Ana.

Ela sai da cozinha e Irina entra. Suspiro ao olhar para o seu corpo e solto mais um longo suspiro ao olhar para o seu rosto.

Essa mulher é simplesmente deslumbrante.

(Nathaniel) Alguém me belisca.

(Irina) Lhe beliscar por quê? – Ela caminha até mim. Seguro sua cintura e dou um beijo no seu pescoço.

(Nathaniel) Para ver se não é um sonho, Irina Jelavic de biquíni na minha cozinha. – Sorrio. – Ah clima, como eu te amo.

(Irina) Se você não tomar cuidado pode passar a ser apenas um sonho sim.

(Nathaniel) Desse jeito eu me assusto.

(Irina) Você ainda não me contou sobre aquela garota. – Ela olha para trás, pelo local que Ana acabará de sair.

(Nathaniel) A sim.

(Irina) Estava de papinho com ela não era?

(Nathaniel) Está com ciúmes? – Ela arqueia a sobrancelha. E por um momento temo que ela enxergue as facas atrás de mim.

(Irina) Eu não me rebaixo a isso.

(Nathaniel) E nem deveria. Eu sou toooodo seu. – Lhe dou um selinho. – Bem, sobre a garota. Eu a achei dentro de um dos meus containers a um bom tempo já.

(Irina) Dentro do contêiner? – Ela estranha. – Como?

(Nathaniel) Isso é o que eu estou querendo saber. Mas tenho quase certeza de que Dimitry está por detrás disso.

(Irina) Os Sicilianos?

(Nathaniel) Eles são os únicos que ainda mexem com transporte de pessoas. Alguns imigrantes ilegais que pagam fortunas para eles os levarem para outro país, refugiados de guerras e etc.

(Irina) Mas por que ela está aqui? Na sua casa?

( Nathaniel) Ela não se lembra de nada, nem como chegou aqui muito menos o que veio fazer aqui ou quem a mandou. Por isso minha mãe resolveu pegar o caso dela e ajudá-la a tentar se lembrar. Talvez isso também possa nos dar uma pista de como ela veio parar nas minhas mercadorias.

(Irina) Sua mãe me contou que ela costumava ser medica. Entendo agora.

(Nathaniel) Querendo ou não, ameaça ou não, tenho que ficar de olho nela. – Irina segura meu queixo e me faz olhá-la.

(Irina) Mas agora que tal você olhar para mim? – Abro um sorriso e lhe dou mais um selinho.

(Nathaniel) Você também parece ser bem pervertida I-ri-na.

(Irina) Você tem que ser merecedor de mim, lembra?

(Nathaniel) Oh mulher. – Pego na sua cintura e a ergo, colocando-a sob o balcão.

(Irina) Está gelado. O que você está fazendo? – Ela segura meus ombros.

(Nathaniel) Vou dar toda minha atenção a você agora. – Beijei seu busto. Perto dos seios. – Esse biquíni ficou maravilhoso em você.

Junto nossos lábios em um beijo lento e quente, aperto sua coxa com uma das mãos enquanto com a outra massageio seu seio, Irina solta um pequeno gemido entre o beijo e isso faz aproximar mais meu corpo do seu.

Ela agarra meu cabelo e puxa devagar meu lábio inferior enquanto me prende com as coxas. Desço com beijos da sua clavícula até seu pescoço, dando uma mordida no mesmo e continuo descendo até seu busto.

(Nathaniel) Você é tão pervertida quanto eu.

(Irina) Você está me excitando. – Sussurra. Aperto seu bumbum e pressiono meu membro entre as suas pernas.

(Nathaniel) Safada. - Tento desamarrar o nó do biquíni nas suas costas.

(Irina) O que está fazendo? E se alguém entrar aqui?

(Nathaniel) Deixe que entrem. – Desfaço o nó e Irina abraça o peito para segurar o biquíni nos seios. – Ei. Está desigual aqui.

(Irina) Você é louco. – Ela quem me dá o selinho dessa vez.

(Nathaniel) Mas é serio. Está desigual. Eu estou sem camisa, ou seja, sem nada na parte de cima. Você deve ficar assim também. Ou prefere fazer isso lá encima?

(Irina) Não irei nem te responder. – Com facilidade ela amarra o biquíni de novo e destrói a minha visão do paraíso.

(Nathaniel) Você é a única com o poder de me levar ao topo e me rebaixar ao chão em instantes.

(Irina) Alucard você...

Uma gritaria vinda de fora a interrompe. Irina desce do balcão e me acompanha para fora da cozinha. Os sons de conversas aumentam cada vez que nos aproximamos do hall de entrada da mansão, conversas essas em um idioma que não entendo.

Paro atônico assim que chego no hall de entrada. A figura masculina no centro das pessoas me encara profundamente, uma expressão de tristeza invade seu rosto. Olho para trás e engulo em seco.

Não era para mim que ele olhava, mas sim para Irina.

Ela parece atordoada e totalmente assustada, seguro sua mão e me assusto com o quão gelada está. Ela está tremendo.

(Nathaniel) IRINA.

Irina fecha os olhos e deixa o corpo cair. A seguro e me agacho no chão chamando-a e sacudindo seu corpo. Ela entrou em choque. Encaro o homem e meus homens logo apontam suas armas para ele. Rosalya e minha mãe se aproximam de Irina.

(Nathaniel) Leigh. – O chamo. Ele abaixa a arma e vem na minha direção. – Leve Irina lá para cima e cuide dela.

Leigh a pega no colo e começa a subir as escadas com ela, minha mãe, Hellen e Rosalya logo atrás. Pego a arma de um dos homens e me aproximo do homem, aparentemente debilitado, mas isso não diminui minha raiva.

Seus homens logo formam uma barreira ao seu redor e alguns ousam apontar suas armas para os meus homens.

(Nathaniel) O que veio fazer aqui? – Digo entredentes. – Taeyang?

...

 



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