História I Stand Beside you - Décimo Quarto Capítulo

Já era sábado novamente e Harry e Louis andavam tranquilos pelo shopping apos grandes insistências da parte do menor sobre querer começar a comprar roupinhas unissex para o bebê e Harry, como o alfa apaixonado e pai babão que está se tornando, não resistiu à insistência e cedeu depois de ver Louis formar um bico pidão e acariciar sua barriga saliente. Agora eles estão aqui. Entrando em cada loja a procura de algo que agradece Louis que torcia o nariz para quase todas, usando sempre a desculpa de que poderiam encontrar algo melhor na próxima, ou que seu bebê não usaria aquilo.

-Vamos naquela! - o ômega aponta para a loja em tons de verde pastel e branco. Harry concorda suspirando contente ao ver que o mais velho encontrou uma loja que o agradasse. - Veja aquele! - puxa a mão do alfa que está entrelaçada a sua e o leva até uma das araras com variado bodys.

-Louis é pa... - Harry é interrompido por Louis que pega um dos bodys de cor branca e o abraça.

-Veja que fofo. - o solta e sorri, mostrando a Harry.

O body era branco com listras azuis marinho na gola e na maga e no lado direito havia o desenho de uma ancora. O body era um autentico uniforme de um marinheiro.

-Babe, é para meninos. - Harry fala com delicadeza, tentando não magoar o ômega que segurava com firmeza a roupinha, com o intuito de levá-la. - Nós ainda não sabemos o que nosso bolinho é.

-Harry, entenda, eu sei que nosso bebê é um menino! Desculpa te desapontar. - sua fala é convicta e ao terminar Louis forma um beicinho debochado em seu lábio inferior, logo sorrindo convencido e começando a andar pela loja à procura de outras roupinhas que o agradassem.

-Lou, não seria melhor comprarmos essa só depois que estivermos sabendo se é realmente um menino? - a alfa segura firme na cintura na cintura fina do ômega, o mantendo por perto enquanto tenta novamente o convencer.

-Harry, quando soubermos só iremos confirmar o que eu já sei, é um menino. - termina de falar e balança os ombros, olhando atentamente entre as araras.

-Lou, mas se for uma menina? - Louis se solta das mãos quentes de Harry e caminha com os olhos fixos em alguns macacões em cores variadas. O ômega suspira ao se aproximar da arara e se virá para Harry.

-Se for uma menina eu irei a amar muito e a mimar também. Não entenda como se eu não quisesse uma menina, eu apenas sonho que seja um menino. Não me entenda mal por isso. E você está certo, quando descobrimos a gente vem e compra esse body, e se for uma menina nós iremos vir aqui e compraremos aquele body de bailarina. Olha, tem tutu e tudo. - aponta para área feminina da loja e leva suas mãos até as bochechas de Harry, guiando o rosto dele para que ele também possa ver. - Imagina nosso bolinho vestindo essa roupinha. Ah! Mas não pense que me esqueci da aposta, ela ainda está de pé.

-Em nenhum momento eu disse que ela tinha sido desfeita. - o alfa sorri ladino, aquele sorriso que arrepia todo o corpo de Louis.

-E para sua informação eu já estou até pensando no que vou pedir. - faz uma dancinha com suas sobrancelhas e se afasta de Harry, caminhando pela loja, admirando cada pecinha de roupa. - Veja essa, gosta? - era um macacão de cor bege com a golinha branca e um ursinho bordado na frente. Seria ótimo para os dias frios de Londres.

-Nosso bolinho ficará lindo nessa. - sorri encantado com o macacão miúdo. Louis pega no cabide, apoiando em suas mãos pequenas para mostrá-lo a Harry.

-Nosso bebê já será lindo apenas se puxar sua beleza. - fala sem pensar e ao perceber ele cora em instantes. O sorriso do alfa se torna amplo, as mãos grandes vão até a cintura de Louis e bica os lábios finos e macios de Louis em um selinho rápido.

Após se separar do selinho, Harry entrelaça seus dedos esguio nos pequenos de Louis para então poderem escolher mais algumas roupas, que resulta em um Harry perdido em sacolas saindo da loja e um Louis com apenas uma, usando a desculpa de que ele era um gestante e que não poderia pegar peso. Louis estava sendo um folgado? Estava, mas Harry não poderia negar se o perguntasse se ele estava gostando, pois ele estava amando cada pequena parte daquilo tudo, não poderia ser melhor.

-Meus pés estão me matando. - se senta em um dos bancos espalhados ao longo de todo o grande shopping, com o intuito de descansar muitas das pessoas que passam por ali ao longo do dia.

-Se quiser ir é só falar. - Harry põe algumas das sacolas nos seus pés e massageia suas mãos, assistindo o ômega concordar, aceitando a propostas.

[...]

-Então... - Louis sussurra e põe suas mãos para trás, encolhendo os ombros.

A verdade é que sim, ele estava cansado de andar pelo shopping, mas não estava cansado de ficar com Harry. Não estava cansado de sentir os toques de Harry o guiando, de ter os selinhos inesperados e muito menos de ver os sorrisos encantadores e sedutores.

-Então... - os braços longos de Harry passam pela cintura fina do mais baixo, o acomodando em seu peito. - Está entregue. - sussurra, não precisando falar mais alto que isso. Eles estavam envolvidos demais para isso.

-Sim. Acho que você já pode ir. - a frase contradiz a ação de Louis que se acomoda mais no calor do corpo de Harry e deita sua cabeça no peito largo, podendo ouvir as batidas rápidas do coração do alfa que o acolhe.

-Lou, eu tenho que ir mesmo. Amanhã eu passo aqui e poderemos ficar mais tempo juntos, mas podemos trocar mensagens ainda, certo? - acaricia os cabelos lisos do de olhos azuis e deixa um beijo ali.

-Certo. Acho que já está ficando um pouco frio aqui fora. - Louis se afasta alguns centímetros apenas para se por nas pontas de seus pés, juntando seus lábios nos de Harry em um beijo um pouco tímido da parte do ômega por ter iniciado.

Harry pede passagem com sua língua, adentrando a boca quente de Louis e explorando ali e saboreando o sabor do mais baixo. Depois de alguns segundos o beijo foi separado com alguns selinhos longos para, assim, Harry poder se afastar.

-Tchau, Lou. - beija a testa do garoto e se abaixa até a barriguinha ainda pequena, mas já aparente. - Tchau, bebê do papai. - deposita um beijo na barriga sobre todos os panos da blusa quente que aquecia Louis.

-Tchau, papai babão. - sorri mesmo não querendo se afastar do alfa e o observa se afastar.

Louis espera até Harry sumir de sua vista e adentra sua casa, encontrado sua mãe com um sorriso largo em seu rosto e duas xícaras fumegantes de chá. As bochechas do mais novo coram ao encontrar sua mãe e ele pensa seriamente em dar meia volta e se retirar de casa.

-Vamos conversar um pouquinho? - ela sorri carinhosa, mas ali também há uma pitada de curiosidade. Louis pode sentir.

-Sobre? - levanta a sobrancelha e passa distante de sua mãe em uma tentativa de escapar.

-Nada especifico. Vamos, filho, só um pouquinho. - forma um bico nos lábios e Louis se dar por vencido, descobrindo de onde veio sua cara de cachorrinho que caiu da mudança. - Eba! - a mulher comemora e se acomoda no sofá, esperando o filho se sentar ao seu lado e é o que o ômega logo faz.

-Sobre o que quer falar?

-Como está tudo? - o sorriso da mulher nunca deixando seu rosto e ela parece se lembrar da xícara sobrando em sua mão, entregando-a a Louis.

-Estão bem. É tudo novo, mas estou me saindo bem. - beberica seu chá e fecha os olhos quando o liquido desce por sua garganta.

-E você e o Harry? - é direta em seu questionamento e Louis se engasga com seu chá, quase o derrubando em suas pernas ao começar a tossir. - Está melhor? Já pode responder? - a mulher acaricia as costas estreitas e observa Louis assentir.

-O que quer saber sobre nós? - o rosto vermelho pelas recentes tosses de Louis se esquenta ao que ele imagina a ideia de contar o que está acontecendo entre ele e Harry. Mas como ele iria contar algo para sua mãe se nem ele sabia o que eles dois tinham? Eles eram amigos? Não, amigos não se beijam como eles se beijam.

-Pode ser tudo? Ou só o que você quiser me contar. Vocês estão namorando? - dispara mais perguntas e o mais novo volta a se engasgar.

-Por que... Por que acha que estamos namorando? - se recupera e respira fundo, antes de encarar sua mãe.

-Por que eu vi vocês dois agora pouco ali fora. - sorri doce, tentado passar inocência.

-Estava nos espiando? - Louis deposita sua xícara sobre a mesinha de centro e fita a mulher, totalmente incrédulo com a ação da sua mãe.

-Assumiu que se pegaram! - ela aponta com a mão vazia e faz uma dancinha em comemoração. Deixando Louis ainda mais corado.

-Mãe. - resmunga e cobre seu rosto com as mãos. - Nós estamos apenas nos conhecendo melhor, nada demais.

-Mas você gosta dele. - a mulher retira as mãos do filho do rosto e o faz a olhar.

-Não sei. Talvez eu esteja. - morde o lábio e sorri quando sua mão acaricia seu rosto.

-Você fez uma ótima escolha, ele é um ótimo garoto. - sussurra orgulhosa.

Para Louis aquilo era uma tranquilidade, saber que sua mãe estava o apoiando ali o dava certa estabilidade. E poder assumir que talvez estivesse se apaixonando foi um grande alivio.