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História I still love you - Arrrg! O que eu não faço por você?


Escrita por: calzonatr_

Capítulo 136 - Arrrg! O que eu não faço por você?


Fanfic / Fanfiction I still love you - Arrrg! O que eu não faço por você?

Callie Torres

 

 

Era muito gratificante a realização de um sonho. E depois de muitos contratempos, a gravidez tinha se tornado muito mais do que apenas algo planejado. Mal poderia esperar os meses se passar para que ela pudesse conhecer o rostinho, olhos, cabelo... enfim o seu bebê. Já tinha conversado com Arizona algumas vezes sobre o sexo (será que viria um menino ou uma outra menina?). Sua mulher até chegou a pensar na ideia de só descobrirem o sexo do bebê quando ele viesse ao mundo. Aquilo soou tão inadmissível para ela até Arizona colocar os pós e contras dizendo que a expectativa seria muito maior e melhor. Ainda não tinham decidido se seguiria assim, ela sonhou e planejou tanto... esperar nove meses para descobrir iria ser uma tortura para uma pessoa extremamente ansiosa.

 

 

Depois de conseguir dormir por uma horinha com Sofia, almoçaram em família junto com Dora e Cassandra que se juntaram a elas na mesa. Por causa da pressão do voo, suas pernas estavam um pouco inchadas, podia sentir. Mas havia melhorado graças a ideia de Arizona de deixa-la de molho na cama e não sair para ir à praia. O que era muito difícil por sinal, amava aquela cidade onde parte de sua infância era indo para lá passar as famosas férias de verão. Cancun era uma cidade bonita, organizada com as ruas largas, jardins bem cuidados e o mar era espetacular.

 

 

Arizona teve a ideia de passarem no mercado, compraram algumas coisas que gostavam e principalmente uma piscina de plástico redonda para as gêmeas. Era muito mais seguro para elas que gostavam de ficar o tempo todo em contato com a água e não iriam focar satisfeitas se ficassem apenas tomando banho de chuveiro no quintal.

 

 

Felizmente a casa era próxima a praia, então tiveram a opção de ir guardar as coisas e retornaram ao local cuja agitação se acentuava gradualmente conforme a tarde ia transcorrendo. Arizona estirou uma canga e Francine fez o mesmo, logo suas três filhas começaram a brincar na areia. Sofia ajudava e explicava para as irmãs com atenção e paciência sobre como fazer um belo castelo de areia. Olhou para o alto e depois para sua frente onde a vista era incrível, de tirar o fôlego de qualquer mortal que reconhece uma real beleza natural quando vê.

 

Disfarça e dá uma olhada na mulher de biquíni verde — comentou dando um gole em sua água. Estava reparando em algumas peças raras que desfilavam por ali.

— Cruz credo! Se verde está assim, quando amadurecer vai estar podre. --- Arizona baixou os óculos de sol sendo nem um pouco discreta.

— Arizona! Que maldade! --- engasgou com sua água, ouvindo a gargalhada alta de Francine que com certeza tinha ouvido o comentário maldoso.

— Foi você quem me chamou a atenção, Calliope. --- sorriu mordendo a ponta da armação do óculos e depois endireitou o chapéu em cima de sua cabeça. — Estava muito melhor apreciar a delícia que tenho ao meu lado. --- a loira deslizou o olhar sobre seu corpo.

— Arizona! --- sentiu seu rosto esquentar e não ousou olhar para Francine que parou de rir. O que ela estava fazendo jogando palavras sacanas sendo pronunciadas com carinho? Era aparente que sua mulher estava mais relaxada, de bem com a vida. Seria o clima? A viagem? Se bem que ela não curtia muito a praia e estava bem diferente não reclamando da areia ou do calor do sol em sua pele.

— Vocês querem que eu leve as meninas até a água? --- Fran podia sentir o clima ao redor, e pareceu que queria fugir dali para dar mais espaço para elas.

— Oh, não! Estou arrastando essa senhora para a água agora. Fique um pouco com elas, voltamos rápido. --- Arizona piscou em direção a Francine que sorriu e ela franziu a testa vendo sua mulher levantando à medida que deixava o óculos e seu chapéu em cima da canga. — Vamos, Calliope?

— Não irei precisar te convencer a entrar no mar comigo? Quem é você? O que fez com a minha mulher? --- Arizona bufou com suas palavras e colocou as mãos na cintura, suas bochechas estavam ganhando cor devido ao sol.

Quando não faço suas vontades, reclama. E quando eu faço, também reclama. Difícil! --- Callie sorriu ao ver o semblante irritado de sua mulher. Puro fingimento. Então, se levantou e deixou sua garrafa d’água ali e tiveram que driblar as meninas para que conseguissem ir ao mar, apenas elas duas.

 

 

A latina fechou os olhos sentindo as rajadas de vento a envolvendo completamente, e Arizona olhava para os lados com um misto de pavor pela temperatura da água. Quando seu corpo por inteiro teve o impacto com a água e fora engolido pela mesma em seguida, sentiu adrenalina correndo vívida por suas veias. Abriu os olhos quando voltou para a superfície vendo Arizona bem próxima a ela com os lábios quase vermelhos de frio. Assim que ficaram próximas, os corpos se encaixaram e ela sentiu o corpo leve envolver as pernas em sua cintura e Arizona tomou seu rosto com as mãos e a beijou ali mesmo.

 

— Amor... --- ouviu a voz baixa de Arizona sussurrar quando desgrudaram os lábios. — Você poderia colocar um belo vestido, me acompanhar até a praia durante o pôr do sol nesse fim de semana e casar comigo pela... terceira vez? --- Callie esforçou sua audição para compreender todas as palavras de Arizona, já que a combinação de sons ao seu redor exigia que elevassem um pouco o tom de suas vozes.

— O que? Arizona! --- exclamou atônita, quase sendo engolidas por uma onda. Sua mulher gargalhou pelo ocorrido quando seu corpo fora jogado para trás e Arizona foi caindo por cima dela com as pernas ainda ao seu redor.

— Vamos, amor. Nossas filhas estão aqui, seus pais chegam hoje, e... meus pais, sua irmã e todos os nossos amigos chegam amanhã. Todas as pessoas que são importantes para nós estarão aqui. Você não sabe o trabalhão que eu tive para organizar tudo, ainda bem que sua mãe e seu pai mexeram os pauzinhos para conseguir a praia privativa de um hotel, fora ornamentação, buffet... um lugar para todo mundo. Não foi fácil. --- sua esposa parou de falar por alguns segundos e ela ainda tentava absorver todas as palavras de Arizona, podia imaginar seus olhos arregalados e sua cara de espanto. — Eu quero uma desculpa para dançar a noite inteira com você. Não era o que você queria no nosso recasamento? Uma festa de arromba. O que seria melhor que um casamento para conseguir isso? Vamos casar na praia, no seu lugar favorito, Calliope! Sem grandes decorações, sem meses de planejamento. Será apenas eu e você e essa paixão incontrolável que nós temos. É só disso que precisamos e, é o que eu quero até o último dia de nossas vidas. --- antes que Callie pudesse colocar sua mente para raciocinar, visto a forma que parecia estar dominada por um estado de torpor em consequência a todo aquele charme esfuziante da mulher a sua frente, Arizona voltou a cobrir os lábios com os seus beijando-a com mais intensidade dessa vez. A latina pestanejou algumas vezes quando os lábios foram soltos, moldando-os em um sorriso no instante seguinte. Ela não consideraria a hipótese de dizer não em um milhão de anos.

— Sim, Ari! Mil vezes sim meu amor. Eu vou me casar com você de novo, e aliás quantas vezes você quiser. --- a abraçou apertado voltando-a beijar novamente. — Meu Deus, acabei de ficar noiva de novo. --- sorriram.

— Isso é ótimo, Calliope! --- sorriam feito idiotas. — Casamos duas vezes em Seattle, agora vamos casar em Cancun. Falta só Las Vegas, o que acha? --- os olhos da loira estavam arregalados, demonstrando toda a sua empolgação. — Não tenho um anel aqui, mas eu posso substituí-lo temporariamente por um lírio? Sei o quanto você gosta deles. --- quando percebeu, Arizona estava tirando de seu cabelo a flor antes postada ali. Olhou surpresa para a mesma não acreditando que havia permanecido ali depois de todo o mergulho que fez. Laura tinha colocado em seu cabelo assim que chegaram na praia.

 

Arizona voltou a coloca-la, porém agora atrás de sua orelha esquerda. Renovar alianças era sem bom. E mesmo que sua mulher não tivesse uma aliança nova para lhe dar, isso seria o de menos. O mais importante era ter a oportunidade de renovar seus votos e juras de amor quantas vezes fossem capazes. Afinal, com Arizona não existia rotina entediante, as rotinas se transformavam nas mais inesperadas surpresas em novas remessas de descobertas e felicidade constante. Ali estava sua eterna namorada, seu maior motivo para viver a vida intensamente. Apreciar o nascer e o pôr do sol sempre com a mesma certeza de que Arizona sempre estaria com ela durante e após ambas. Na verdade, durante toda a vida.

 

Pronto, não estamos no Havaí... porém acabei de pedir uma mulher em casamento no melhor estilo havaiano. E você ainda tem a cara de pau de dizer que eu não sou aventureira. --- Callie gargalhou com o que sua audição captou, empurrando sua mulher para baixo fingindo que ia afoga-la enquanto sentia suas pernas sendo puxadas. Continuaram com as brincadeiras por um tempo até escutarem a voz de Sofia, sua filha mais velha.

 

— E aí, já falou com a mamãe? --- Sofia olhou diretamente para Arizona que afirmou sorrindo. — E como foi? Da areia não dava para ver nenhuma reação... --- disse com sua forma curiosa de ser. Sus olhos ansiosos e questionadores esperavam por respostas.

Sua mãe sabe me surpreender quando quer, isso é tudo! --- suas palavras pareciam não ter surtido nenhum efeito em que Sofia buscava, por isso a filha fez uma careta em desgosto. — E ela soou linda e romântica demais. Estou completamente encantada com essa surpresa. --- falou puxando Arizona para mais perto.

— Estou doida para todo mundo chegar. Vai ser tão divertido! --- sua filha declarou e viraram as três ao mesmo tempo para a faixa de areia ao ouvirem os gritos de Laura e Alice. As duas estavam chorando pedindo para entrarem também na água, mas Francine não conseguiria levar as duas de uma vez só.

— Vejo que nossos serzinhos impacientes estão esperneando. Irei ajudar a Fran a trazê-las. --- Arizona se afastou indo até a beirada e Alice se jogou em seu colo ansiosa para entrar no mar. Com isso as duas mulheres entraram com as pequenas no colo que batiam as perninhas animadas com as ondas. Era incrível que elas não tinham medo algum e gargalhavam com tudo.

 

 

 

Ficaram brincando até os primeiros vislumbres do pôr-do-sol começarem a demarcar o céu com seus tons alaranjados. Permaneceram apenas mais um tempinho vagando pela praia com as crianças correndo na frente, Sofia e Francine iam conversando um pouco mais afastadas e elas seguiam de mãos dadas até que retornaram para casa apenas para tomarem um banho, pois iriam sair apenas as duas para aproveitar a noite.

 

Callie estava vibrando de alegria e sentia seu corpo ser movido pela ansiedade como se aquela fosse a primeira vez. A primeira vez que aceitou a ser mulher de Arizona, cúmplice no amor e melhor amiga para sempre.

 

 

 

Arizona Robbins

 

 

A primeira coisa que fez ao adentrar a casa de praia naquele início de madrugada fora se desfazer de seus saltos que já incomodavam seus pés, colocando-os em um canto qualquer enquanto assistia Callie se dirigir para a outra parte da casa, onde passaram por uma ampla cozinha até que a porta foi aberta e a área da piscina fora revelada. Tinham acabado de voltar de uma badalada boate. Primeiro foram jantar em um restaurante escolhido por Callie e depois saíram para dançar. Sorriu ao avistar Calliope retirando seu vestido chutando os saltos antes de mergulhar exageradamente na piscina. Por mais que estivesse com o corpo cansado e um pouco sonolenta, sentou na borda da piscina notando o vestido estirado no chão e viu sua mulher voltar a superfície tentando puxar suas pernas para que se juntasse com ela na água. Mas tratou de se levantar rapidamente negando com a cabeça.



 

— Ah, Ari! Por favor... a água está uma delícia. --- a latina reclamou, chegando próxima a borda da piscina onde relaxou seus braços por ali e ela pôde ver a lingerie preta que Callie usava naquela noite.

— Você quer dizer gelada, né? --- seus pés e um pouco de suas pernas estavam molhados. Com o vento batendo na parte molhada fazia sua pele arrepiar-se. — Será que seus pais já chegaram? --- olhou para cima tendo a visão de janelas. As luzes do andar de cima estavam apagadas.

Eu não sei, para que olhar o celular durante a noite se eu tinha a mais bela mulher ao meu lado? --- com a resposta de Callie, Arizona cerrou olhar antes de abrir um pequeno sorriso.

— Isso é sua maneira de me convencer a ceder e entrar na piscina com você? Esquece... --- fez um gesto com as mãos e foi se sentar em uma das espreguiçadeiras.

— Eu prometo lhe fazer uma bela massagem quando chegarmos ao nosso quarto. Que tal? --- Callie parecia não desistir de arrastá-la para água. Uma massagem nas costas e nos pés eram bem tentadores.

Esqueceu que a Sofia está dormindo no nosso quarto? --- piscou. Francine tinha ficado em um dos quartos no primeiro andar, e os quartos disponíveis na parte de cima seriam para seus pais, sogros e para a irmã de Callie.

— Mas ainda bem que essa casa é grande o suficiente... --- observou a latina elevar uma das sobrancelhas com a malícia implícita em suas palavras e gestos.

Callie! --- a repreendeu, então sua esposa mergulhou novamente e passou a nadar de um lado para o outro. — O que você está fazendo? Vai ficar tonta daqui a pouco nadando de um lado para o outro.

— O que eu posso fazer? Você prometeu que ficaria colada em mim a noite inteira, mas não está cumprindo com a sua promessa. Olha como estamos... longe demais! --- bufou, enquanto passava as mãos pelos fios de seu cabelo.

— Arrrrg! O que eu não faço por você?  --- levantou e abriu o zíper de seu vestido escutando Callie bater palmas à medida que sorria por ter conseguido convencê-la a entrar na piscina naquele começo de madrugada. — Depois fala que não é dramática... --- seguiu até a escada, sentindo a temperatura da água. Não estava totalmente gelada, mas ainda assim não era de seu agrado. Pensou em desistir cruzando os braços para tentar conter o frio, mas Callie não deixou.

 

 

Aos poucos, fora descendo até mergulhar com tudo e foi nadando até uma das bordas. Ficou por um tempo esperando seu corpo se acostumar com a temperatura da água com os braços sobre a borda, apenas observando o manto negro adornado por estrelas acima dela.

 

Sentiu sua cintura ser enlaçada e um beijo sendo abandonado em seu ombro molhado, assim como uma carícia feita com a ponta do nariz latino por seu pescoço, fechando os olhos durante a mesma para apreciá-la melhor. Ficaram olhando para o céu, admirando a paisagem digna de um cartão postal, algo assustadoramente deslumbrante. Enquanto elas se beijavam já sentia uma das atrevidas mãos de Calliope procurando uma maneira de se livrar de ambas as partes de sua lingerie, os olhos azuis se arregalaram e ela espalmou o peito de sua esposa sorrindo abertamente em consequência do que viria acontecer naquele fim de semana.

 

 

— Nós vamos nos casar... --- começou. Vendo sua mulher lhe olhar com as sobrancelhas unidas. A luz da lula estava refletindo em seus olhos centrados em seu rosto, uma visão totalmente cativante. — E você vai ter um vestido. Quer dizer... eu espero que a Lexie não esqueça de trazer. --- abriu um sorriso fazendo com que sua esposa imitasse seu gesto. — Lembra que na última consulta você estranhou o porquê estavam tirando suas medidas? Então... fazia parte do plano e olha que eu peguei um dos seus vestidos também para terem uma ideia de tudo.

— Foi muito estranho. Estavam tirando medidas de tudo, mas você disse que era importante então deixei para lá. Só estava me importando com a saúde e desenvolvimento do nosso bebê. --- recordou. Mal podia esperar para ver tudo o que Arizona estava planejando.

Mais estranho ainda foi sua mãe sua prestativa já que seu pai estava com problemas para resolver na empresa. Ela moveu tudo por aqui tão rapidamente que fiquei besta com tamanha eficiência. --- a morena não conteve o sorriso e ficou analisando seu rosto, o que a deixou intrigada.

— O que foi? --- perguntou de forma curiosa e Callie a apertou mais em seus braços.

— Eu não digo que você é maravilhosa só por dizer, só porque você é minha mulher e quero sempre lhe agradar. Você é realmente maravilhosa, é muito admirável tudo o que você está fazendo, amor. Você é tão boa! --- havia um notável tom de emoção nas palavras da latina, seu timbre de voz ficou rouco o que fez seu estômago se agitar. — E minha mãe é acostumada a organizar festas desde que meu pai deixou de lado um pouco a vida de advogado e passou para o mundo empresarial.

— Oh, eu sou boa? --- Arizona falou de uma forma interessada, erguendo um pouco o queixo e realizando uma delicada massagem com os dedos sobre os ombros latinos que estavam molhados. Aproveitando-se da situação, Callie tratou de depositar um longo, profundo e solitário beijo sobre a pele de seu queixo tão exposta e aparentemente convidativa aos seus lábios. Lábios esses que pareciam mais gostosos de beijar do que nunca. Talvez fosse a mágica de Cancun, ou talvez fosse Calliope. Sim, era Calliope Torres e Cancun não tinha nada a ver com isso.

— Ah, sim... muito boa! --- sua mulher voltou a rir, dessa vez de uma forma tão espontânea e contagiosa que seria impossível não lhe acompanhar. Apesar de parecer algo banal, a forma como seus olhos encolhiam-se enquanto a latina sorria era mais do que interessante, capturava toda a sua atenção. Lhe cativava em todos os sentidos. Arizona inspirou seu perfume refrescante que adentrou sus narinas e acariciou cada pedaço dela, ou talvez, não fosse o perfume. Talvez fosse o seu amor. Sim, absolutamente.

— O que acha de um banho? --- a loira sorriu fracamente e sem seguida, Callie sussurrou o mais baixo e provocante que conseguiu:

— Só se você prometer ser silenciosa...  --- Arizona não se conteve e soltou uma risada e não pensou duas vezes antes de nadar até a escada. Só então se deu conta que não tinham levado toalhas. Então Callie foi até um pequeno varal que ficava escondido na lateral da casa e voltou com uma toalha qualquer. Teriam que amenizar um pouco toda a água de seus corpos, pois molhariam a casa inteira.

 

 

 

Quando chegaram no quarto, estranharam a ausência de suas filhas. Será que estavam dormindo com Francine? Sofia não estava na cama e nem as gêmeas no berço que agora era um pouco apertado para as duas. Callie trancou a porta e disse que veriam isso depois e colocou seus lábios em um beijo ardente e não se importaram de ir às cegas até o banheiro.

 

Arizona parou e empurrou a latina contra a bancada do banheiro, fazendo-a soltar um gemido fraco. Sem enrolar mais retirou o sutiã preto jogando-o em um canto qualquer à medida que mordia o lábio inferior e estreitava os olhos, balançando a cabeça negativamente enquanto fitava os seios latinos fartos à sua frente. Merda, como ela amava os seios daquela mulher!

 

Com uma das mãos, acariciou os seios da esposa, fazendo-a suspirar. Encarou a morena nos olhos e observou suas feições mudarem lentamente, conforme ela apertava e puxava o bico com as pontas dos dedos. Era quase fascinante encarar Callie daquela forma em seus braços com aquelas poucas carícias, e mais fascinante que isso era somente o gemido dela. Arizona sorriu com isso e aproximou os lábios do pescoço da latina, torturando-a enquanto a beijava devagar, dando-lhe mordidas vez ou outra passeando a língua livremente sem soltar seu seio.

 

— Com pressa, amor? --- Arizona perguntou tão baixo quanto a risada que deixara escapar quando sentiu a mão da latina tentando retirar sua calcinha. — Sabe que a pressa é inimiga da perfeição... --- levantou o rosto ficando com o rosto quase colado com Calliope. — Aprenda a esperar!

— Paciência nessas horas, infelizmente, foi uma virtude que Deus não me deu. --- a latina rebateu num sussurro enquanto aproximava seus rostos e roçava seus lábios. — E não acredito que você, justo você... a tenha. --- Arizona riu mais uma vez prendendo o lábio inferior entre os dentes.

— E não tenho mesmo... --- murmurou enquanto se livrava da última peça do corpo de Callie e a morena fez o mesmo que ela. — Mas nós duas sabemos que você adora isso.

 

Arizona não esperou nenhuma resposta de sua mulher, apenas colou seus lábios mais uma vez e a puxou para mais perto, apertando-a contra seu corpo. Como era bom ficar naquele estado uma com outra, parecia que fazia bastante tempo que não ficavam assim. As semanas estavam tão corridas, tinham que dar atenção para as gêmeas e principalmente organizar tudo para a ida de Sofia para Washington, e sem contar os plantões no hospital. As duas estavam se sentindo bem por estarem matando a saudade.

 

A loira desceu os lábios pelo pescoço e ombro da esposa, mordendo, lambendo e chupando da exata forma que Callie adorava. Com as mãos, cravou as unhas nas costas dela fazendo a morena suspirar, sabia que torturar sua mulher de todas as formas possíveis. Mas Calliope gostava daquilo, sentia o famoso frio na barriga de ansiedade.

 

— Não era eu quem deveria ser silenciosa? --- Arizona sussurrou enquanto enroscava a mão direita nos cabelos de Callie, fazendo-a gemer e sorrir mais uma vez. — Já disse que amo esse seu sorriso erótico?

— Não! --- sua mulher respondeu de uma forma inocente, quase como uma criança enquanto colava mais seus corpos, rolando os seios um no outro. — Mas seus olhos já dizem tudo. --- sussurrou descendo as mãos lentamente por todo o corpo de Arizona, arranhando-a vez ou outra. — A forma que você aproveita tudo isso. --- se aproximou mais uma vez e lhe deu um selinho. — A forma que me olha... --- fez uma pausa e mordeu o lábio inferior, segurando Arizona pela mão esquerda e pousando-a em sua coxa, subindo-a por seu corpo devagar. — A forma que me toca. --- Arizona teria respondido à altura, porém assim que abriu a boca sentiu a mão livre de Callie tocar sua intimidade fazendo-a fechar os olhos de imediato e engolir a seco. Merda, Calliope acabaria com ela algum dia. — Gosto do que causo em você. --- sussurrou enquanto movimentava a mão devagar e depositava beijos em seu pescoço, fazendo-a apertar mais a mãos no meio de suas pernas. — A pressa é inimiga da perfeição, amor. --- devolveu, e um suspiro escapou dos lábios de Arizona fazendo Callie sorrir. Maldita!

 

 

Arizona sentiu seu coração acelerar e um arrepio espontâneo correr cada pedacinho de seu corpo. Sentia-se como um vulcão em apenas encarar Callie daquela forma, de joelhos a sue frente. Não demorou muito para soltar um suspiro fraco ao sentir a língua da latina passear livremente sobre sua intimidade. Automaticamente segurou-a pelos cabelos, fazendo abocanhar de uma vez por todas, sem enrolações. Callie mantinha o sorriso totalmente erótico e provocante no canto dos lábios enquanto a chupava, ora devagar... e ignorando os empurrões de Arizona em sua cabeça... ora rápido demais, levando-a à total loucura.

 

A loira segurou o cabelo de sua mulher com mais força enquanto fechava os olhos mais uma vez. Aquela mulher a enlouquecia de uma forma incrível. Callie cravou as unhas em suas coxas e afastou-se levemente de sua intimidade, fazendo ela resmungar alguma e apenas riu e mordeu o lábio inferior. Callie sabia bem o que se passava no cérebro de Arizona. E algo que daria prazer a ambas.

 

Sem enrolar, a latina lhe lançou um sorriso maldoso e aproximou a língua em sua intimidade. Arizona fechou os olhos novamente e mexeu o quadril para frente, soltando um suspiro sentindo-a ser masturbada. Como se fosse uma necessidade, as duas aumentavam a velocidade de seus movimentos. Arizona movia o quadril freneticamente enquanto Callie lhe atacava com a boca, sentia a língua da mulher penetrando-a. Robbins tinha a respiração totalmente ofegante quando apertou os olhos mais uma vez ao sentir a língua da morena passeando por sua intimidade, sentia cada parte de seu corpo se arrepiar a cada movimento feito, seu coração assim como o de Callie estava totalmente acelerado. E aquilo era só o começo.

 

Arizona tinha os olhos levemente revirados e a boca entreaberta. Vez ou outra tentava morder o lábio inferior, mas não conseguia controlar os leves gemidos e suspiros que escapavam de sua garganta enquanto Callie lhe masturbava de uma forma tão maravilhosa. Sabia que não aguentaria por muito tempo, mas não queria parar e não a deixaria parar. Só de encarar Calliope poderia ver que ela a queria naquele maldito estado, fora de controle, pensando nela, murmurando o seu nome e querendo-a mais do que nunca... gozando por ela.

 

Calliope... eu não... --- tentou falar enquanto a ajudava a aumentar os movimentos. — Droga, eu não vou aguentar e... --- suspirou e mordeu o lábio inferior mais uma vez. — Merda! --- jogou a cabeça para trás enquanto se apoiava na pia a sua frente. — Isso é incrível... delicioso.

 

Callie sabia que seu orgasmo estava se aproximando. Seu clitóris inchado parecia que iria explodir e a latina observou-a segurar um de seus próprios seios, apertando o bico e falava coisas desconexas que para a latina não fazia nenhum sentido cada palavra pronunciada. Ela estava delirando....

 

— Não se segura, amor. --- murmurou a latina encarando-a com um sorriso no canto dos lábios. — Não se limite, Arizona. --- aquilo foi um suspiro para que ela soltasse um suspiro mais alto.

Dro... droga! --- Arizona exclamou num gemido, deixando o prazer do orgasmo correr por todo seu corpo. — Oh... --- mordeu o lábio inferior e fechou os olhos, era possível ouvir sua respiração ecoar por todo o banheiro, mas não se importava.

 

Arizona sem se importar com mais nada, ajudou a esposa a levantar-se e a puxou pela nuca beijando-a ardentemente, segurando-a com forma, com vontade como se pudesse perde-la a qualquer momento. Estava claramente excitada com aquilo tudo. Era insaciável.

 

— Espero que você esteja pronta para gritar meu nome! --- praticamente jogou Callie dentro do boxe e ligou o chuveiro. A latina estremeceu levemente, engolindo em seco. Sabia o quão desesperada Arizona estava e sorriu. Sabia que o banho seria extremamente excitante e prazeroso.

 

---

 

Desceram as escadas sorrindo, passaram pela enorme sala de estar que estava vazia e quando adentraram a sala de tv encontraram quem estavam procurando. Sofia estava deitada em um dos sofás com o celular em seu peito e Laura e Alice estavam na parte do canto totalmente largadas. Então entraram na sala, pegaram os lençóis que estavam no chão, Arizona tirou o celular do peito da filha e o colocou em cima do móvel ali perto e cobriu as três. Francine também estava na sala, porém dormia em um outro sofá. A sala de cinema era tão grande que dava para montar barracas de acampamento ali dentro, sofás grandes e macios faziam parte do cômodo e o que chamava mais atenção era a enorme tv na parede. Antes de deixarem a sala, colocaram algumas almofadas no chão abaixo do sofá onde as pequenas estavam dormindo.

 

 

— Pelo jeito preferiram ficar na sala de cinema ao invés de ficarem no quarto. --- Callie disse quando acendeu a luz da cozinha e se dirigiu a uma das portas do enorme armário. — O que você vai querer? --- pelo jeito tinham mais que abastecido a despensa.

Esteja pronta para segurar o mau humor matinal da Sofia amanhã. Alice sempre acorda cedo, então já sabe... --- sentou-se em uma das cadeiras de frente para a ilha da cozinha e colocou os cotovelos sobre a bancada. — Eu prefiro um chá, e irei comer com esse pedaço de bolo que está com um cheiro maravilhoso. --- destampou o bolo e logo Callie lhe estendeu uma pequena faca para ela poder cortar um pedaço do bolo de banana preparado por Dora. Amava bolos caseiros.

— Camomila? --- colocou uma panela para esquentar a água e depois colocou duas xícaras ao lado dos sachês em cima do balcão. — Eu iria fazer chocolate quente, mas um chá está ótimo.

— Um chá faz bem! Nosso bebê deve amar... --- tocou a barriga de Callie por cima da camisola curta que ela usava. — Hey, serzinho! Você está dormindo ou acordado? Se estiver ouvindo a mamãe diga ‘’sim.’’ --- curvou-se colocando o rosto próximo a barrida da latina.

— Arizona! --- a latina soltou uma rosada alta, balançando a cabeça de um lado para o outro. — No dia que der para ouvir um bebê falando de dentro da barriga, eu sou a primeira a sair correndo. --- brincou.

— Pensando por esse lado... eu teria que cuidar de muitas grávidas assustadas. --- sorriu observando Callie desligar o fogo e despejar a água nas duas xícaras em cima do balcão. Em três ou quatro minutinhos ganharia cor e sabor. Ela amava.

— Huum esse bolo está muito bom! --- Callie gemeu colocando um pequeno pedaço em sua boca e logo após depositou um selo em seus lábios. — Eu estou exausta, você acabou comigo hoje... acho que lhe cobrarei uma massagem quando chegarmos lá em cima.

— Faço tudo para deixar a mãe do meu serzinho mais relaxada. --- aos poucos foi levando seus lábios a face da latina, distribuindo beijos leves descendo pelo pescoço e retornando para seus lábios.

— Comporte-se Robbins! Sua mulher grávida está cansada e você está se aproveitando dela. --- sorriu sentindo as mãos de Arizona que estavam em sua cintura descendo para seus glúteos até que o beijo se tornou ardente, esfomeado e luxurioso. A língua de Arizona dançava em sua boca, seus lábios chupavam sua língua e as mãos não descansavam.

— Callie? --- ouviram a voz invadir seus ouvidos e rapidamente se soltaram. Arizona deu um pulo para trás totalmente assustada e arregalou os olhos ao ver a figura de Lúcia parada na entrada da cozinha, segurava o laço de seu robe olhando para elas duas com um olhar questionador. Não acreditava que aquilo estava acontecendo justamente com ela. Pegou-se escondendo atrás de Callie e sorriu, nervosa, ao escutar o murmurar de Callie ‘’oh merda.’’

 

 



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