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História I still love you - A falta de sexo corroeu seus neurônios?


Escrita por: calzonatr_

Notas do Autor


Boa noite galera!
Como vocês estão?
Enfim, terminei o cap. e o trouxe para vocês!
Obrigada pelos comentários e até a próxima.

Capítulo 90 - A falta de sexo corroeu seus neurônios?


Fanfic / Fanfiction I still love you - A falta de sexo corroeu seus neurônios?

Arizona  

 

 

Amadurecer como mãe mostrou que seja qual for a situação, era a melhor mãe para as suas filhas e dá a elas o melhor quando, primeiramente, respeita a sua humanidade, reconhece as suas limitações, se conscientiza da sua possibilidade de falha e reverencia a capacidade de tentar, de errar, de superar e reconstruir, a ela mesma inclusive. Fazer o possível, é fazer o seu melhor.  

 

Cada casa é um mundo, portanto, não se comparar com as experiências alheias nem se impor regras incompatíveis com a própria realidade facilitam um bocado a missão como mãe. Outro aprendizado mágico foi dar atenção também a sua criança, essa que ela ainda carrega dentro de si (apesar de muitas vezes tentar escondê-la dela e de todos). Observar o que essa criança interna ainda precisa e o que ela não teve na sua infância tem o poder de elevar a relação dela com suas filhas a um patamar de honestidade e empatia libertador. 

 

Queria dizer que os primeiros trinta dias que se passaram com as gêmeas tão sonhadas e esperadas nos braços foram mais que maravilhosos. Que apenas se olharam e tudo virou amor à primeira vista, que um amor avassalador iria invadir e ela se sentiria uma super mulher. Queria falar que ser mãe era instintivo a partir do momento que aquele serzinho tão frágil e sonhado saísse dentro dela, mas pela realidade se seu dia a dia, ela pede desculpas. Queria dizer tudo isso, mas seria mentira. A verdade é que o melhor do primeiro mês com duas pequeninas dentro de casa é que ele passa.  

 

É claro que ser mãe é maravilho, e ser mãe de gêmeas então é radiante, impressionante e fascinante. Ter suas bebês com ela e Callie fora tudo que sonharam por tanto tempo, mas falando abertamente, esse primeiro mês que passou foi de acabar. Tinha lido tantos livros a respeito de ser mãe de gêmeos, acompanhava blogs e pensava no período pós-parto: ''deve ser difícil''. Mas ler o que viria não amenizou na prática o que vivenciou e o que iria vivenciar ainda com as pequeninas. Por mais que possa se preparar para a privação do sono, não conseguia dormir por mais de três horas seguidas e, nunca tinha imaginado como era desesperador, por mais que já teve que passar algo parecido com Sofia, mas com duas tudo era mais complicado. Callie tinha falado com ela abertamente sobre a amamentação, suas amigas lhe deram conselhos e ela leu muito sobre o quanto amamentar é dolorido no início, mas sentir isso na pele de doer literalmente, muitas vezes lhe fazia chorar pela queimação e incômodo. E ainda tinha as malditas cólicas que atacaram suas filhas aproximadamente quinze dias depois que chegaram a esse mundo e sabia que poderia durar pelos primeiros três meses, ou seja, ainda teria muito o que sofrer com elas embaladas em seu colo tentando amenizar suas dores e, é triste e doído para ambas as partes.  

 

Apesar disso tudo, era agradecida por passar por tudo isso com Calliope ao seu lado lhe dando apoio e a ajudando. Em toda preparação para ter as meninas, sua dedicação se seguiu no pós-parto e nesses primeiros trinta dias. Callie tem se mantido ao seu lado e ao lado de suas três filhas e não há companheira, amiga, esposa e mãe melhor que ela, que tem se desdobrado para dar conta de seu trabalho como cirurgiã e ainda chega em casa com disposição para lhe ajudar com banhos, troca de fraudas e ainda levanta durante as madrugadas para lhe ajudar com a amamentação das meninas.  

 

 

Em um desses dias, Callie chegou em casa, estava no trabalho, e ela amamentava Laura em sua cama enquanto Alice ao seu lado na cama mexia suas perninhas nervosas para ser pega no colo. Callie sorriu assim que a viu e quando abriu a boca para lhe desejar um: ''boa noite, meu amor. Como foi seu dia''? Foi tudo que esperava e para variar começou a chorar murmurando: ''Acho que esse negócio de ser mãe é mais complicado que eu imaginava, Calliope.'' E ela apaixonada e cuidadosa beijou sua face, disse que ficaria tudo bem e pegou a impaciente Alice ao seu lado que queria atenção já que ela estava amamentando sua irmã.  

 

Mas a verdade é que o começo é difícil mesmo para ela e para a maioria das mães que conhecia. Por mais que se prepare durante toda a gestação, nunca vão estar prontas até vivenciar e aprender na prática. Também não deixa de ser um período de luto pela gravidez que acabou e pela mulher que deixou se para trás, e com isso, tem que se permitir chorar mesmo.  

 

 

O período inicial estava passando e tudo só ia melhorando. Primeiro, porque a parte hormonal vai se estabilizando e dia após dia ela e as meninas estavam se conhecendo cada vez mais e, ela ia ganhando confiança e aprendendo a ser mãe. É uma adaptação a um novo mundo para ambas as partes e aquele amor que pode não ter sido avassalador quando imaginava no primeiro minuto, vai crescendo e dominando todo seu coração e sua vida. É progressivo, parece que a cada novo dia amava mais e mais aquelas sementinhas que não paravam de crescer e gritar, ah como elas gostavam de gritar. Estava aprendendo tudo ao seu tempo e o melhor dos primeiros trinta dias realmente é que ele passa, mas fica registrado em fotos (e quantas belas fotos e filmagens que mostram a parte boa) e, principalmente na memória para lembrar se de que ser mãe não é fácil, mas é sempre maravilhoso e gratificante. E se a saudade aparece de vez enquanto lhe levando para dias atrás, quando as viu pela primeira vez e ouviu seus chorinhos e resmungos é porque foi bom, e como foi bom.  

 

Senhora Torres, não deveria estar dormindo ao meu lado na nossa cama? --- deu pulo em pé na cozinha levando a mão ao peito quando escutou a voz d sua esposa ao pé de seu ouvido.  

— Porraaa.... --- a palavra saiu arrastada, e depositou o copo d'água já vazio em cima da pia. — Não faça isso. Você sabe que eu odeio levar susto. --- vira se para a latina que mantinha a cara amassada de sono, seus fios negros estavam um pouco bagunçados e seus pés estavam descalços naquela madrugada fria de uma sexta feira. — Minha garrafa d'água estava vazia, pois alguém bebeu tudo e esqueceu de encher. --- os ombros da morena se encolheram e pelo seu semblante se declarou culpada. — Vim rapidinho beber água, mas já estava subindo. --- a pegou pela mão para a levar de volta para o quarto. Faltava poucas horas para que tivesse que se levantar e ir para o hospital.  

Eu senti falta do calor de seu corpo quando me virei e não te senti ao meu lado. --- a voz era rouca devido ao sono e ela coçava os olhos com a mão livre assim que chegaram no segundo andar da casa. — Não vi a luz do banheiro acesa e imaginei que pudesse estar sentindo alguma coisa e que precisava de mim. --- soltou sua mão e fechou a porta com cuidado para não fazer barulho. Tudo estava silencioso e só a luz do corredor ficava acesa por precaução por conta de Sofia.  

Se estivesse sentindo alguma coisa, você sabe que eu a chamaria. --- deita ao lado de sua mulher e se aconchega em seus braços. — Não se preocupe, volte a dormir antes que as suas filhas, as estressadinhas, acordem e você fique mais cansada ainda ao amanhecer. --- sussurra depositando um beijo no ombro de Callie por cima de seu pijama. — E obrigada por se preocupar comigo. --- Callie tinha agora um cuidado excessivo com ela desde que a viu chorar pela primeira vez por causa dos hormônios naturais após o parto. Agora se estava muito calada ou parava para ler e esquecer um pouco as coisas ao seu redor, sempre perguntava se estava tudo bem e se precisava de alguma coisa. Ela tinha ou não a mulher perfeita ao seu lado? 

 

 

O que mais sentia falta em sua rotina era de sua mãe que tinha voltado para Washington há duas semanas. Fora difícil deixá-la ir embora, mas não era egoísta ao ponto de fazer chantagem emocional para tê-la por mais um tempo. Afinal, ela tinha uma cafeteria para dar conta e sentia falta do Capitão que ligava todos os dias perguntando quando iria ter sua amada em casa. Eram incríveis o amor e a dependência que um tinha pelo outro. Com isso, ela e Callie tiveram que lidar com a contratação de uma ajudante em casa e sua mulher até tentou oferecendo uma boa quantia a Rosa para que pudesse ficar durante a semana toda, mas a senhora de cabelos grisalhos era diarista, trabalhava na casa das Robbins Torres por três dias na semana, e não iria perder a oportunidade em trabalhar em outras casas já que sairia no lucro. Arizona entrevistou cinco babás de uma agência que tinha achado na internet e implicou com todas fazendo Callie enlouquecer por dizer que nenhuma era do padrão que queria. Bom, ao seu ver se contratasse uma jovem demais, a menina iria acabar os estudos e seguiria seu caminho, e as filhas que certamente iriam se apegar a mulher, iria sofrer pela ausência. Já uma mais velha, era complicado devido as questões de saúde e suas limitações. Pois bem, tudo acabou quando Rosa chegou na segunda feira passada informando que sua vizinha que trabalhava em casa de família por muitos anos estava desempregada e precisava de um emprego urgente. Ao marcarem uma conversa com Francisca ou Fran como gostava de ser chamada viram que tinham achado a pessoa certa e iria equilibrar os horários como qualquer pessoa que tinha seus trinta e cinco anos, iria começar um novo trabalho e ainda tinha uma família em casa.  

 

Recebendo ajuda em casa, estava aos poucos voltando a fazer o que já fazia antes das filhas nascerem. Naquela semana tinha ido duas vezes as aulas de pilates e voltava um pouco devagar e com cuidado, os exercícios a deixava mais leve e menos estressada. Callie até tentou levá-la para caminhar um dia desses, mas acabou voltando no meio do caminho porque a caminhada não era seu esporte favorito e como reclamou boa parte do percurso, sua mulher já estressada a levou para casa dizendo que nunca mais a levaria para caminhar no parque o que a fez agradecê-la por isso.  

 

Agora sua inquietude estava em dar atenção para Callie. Não que ela tivesse reclamando, pelo contrário. Mas tudo caminhava super bem, Sofia quando chegava em casa contava sobre seu dia e sempre separava um tempo com ela para poderem conversar ou simplesmente assistir um bom filme comendo brigadeiro como a adolescente gostava. Suas pequenas estavam crescendo e se mostrando mais espertas que imaginava e já temia a fase de quando começassem a virar sozinhas dentro do berço dando trabalho e mais preocupação. Mas Callie em meio a isso tudo era bem compreensiva, tentou por algumas vezes a levar para sair e não tinha dado muito certo já que na primeira vez, sua mãe ainda em Seattle, e a latina chegou com a ideia em um sábado a noite de levá-la para jantar fora o que foi totalmente estressante para ambas as partes já que ela ligava de cinco em cinco minutos para casa e viu no olhar de Calie a frustração por ter que irem em boa mais cedo, e sorte que tinha aceitado suas desculpas dizendo que poderiam jantar uma outra vez. A segunda vez foi no final de semana passada e as meninas iriam ficar com Fran, já tinha tirado leite o suficiente para caso Alice e Laura acordassem não passassem a chorar por sentir fome, mas quem chorou mesmo foi ela dentro do carro no estacionamento do shopping fazendo Callie dar meia volta enquanto ela choramingava dizendo que ainda não estava pronta para deixá-las sozinhas em casa.  

 

 

 — Tem certeza que você está bem para sair de casa? --- mais uma vez Callie lhe perguntava e por mais que soubesse que tudo não passasse de cuidado, estava deixando-a estressada. 

 

— Calliope? Amor... --- suspirou colocando o cinto de segurança e virou mirando os olhos latinos. — Se você ficar me perguntando toda hora se eu estou bem para sair, eu vou acabar desistindo e nossa noite acaba como as outras: dormindo, cansadas, e lado ao lado. --- desviou o olhar para ligar o som do carro e ouviu um suspirar alto da sua esposa enquanto ligava o carro e dava partida em direção ao cinema. 

 
 

O percurso até o shopping não foi demorado e durante todo o caminho uma música baixinha tirava o silêncio do carro. Arizona olhava a rua pela janela do veículo tentando dissipar qualquer pensamento que pudesse fazê-la desistir e voltar para casa. Estava totalmente comprometida com a noite que tinha separado ao lado de Calliope.  

 

 

Não está chateada né? --- assim que Callie pediu para a atendente seu saquinho médio de amendoim e água com gás, fez seu pedido logo após. — Um saquinho de M&M’s e outro de bala Fini, por favor. --- a mulher lhe entregou suas guloseimas informando o valor total da compra e Callie se prontificou a pagar com um olhar de julgamento para os doces em sua mão. — O que foi? Você sabe a quanto tempo eu não como isso? --- defendeu se indo para a fila que se formava para a entrada da sala 2, onde veriam o filme. — E você ainda não me disse o porquê dessa chateação toda... 

 
 

— Não estou chateada Arizona, só estava preocupada porque caso você comece a chorar ou enlouquecer querendo ligar para casa, teríamos que adiar mais uma vez nossa noite a sós como um casal. --- a fila anda e Callie entrega os ingressos para a atendente que confere rapidamente e libera a entrada delas. — Há duas semanas nós estamos tentando, e finalmente parece que hoje vai dar certo. 

 
 

— Já deu certo. --- murmura atrás da mulher que lhe guia pela escuridão da sala até localizar a fileira e as cadeiras onde iriam se sentar. — Eu sei que você tem sido paciente, e te agradeço por isso. --- deposita os saquinhos de doce em seu colo e se inclina para dar um beijo no pescoço da morena que passa o braço por seu ombro depositando um beijo no topo de sua cabeça. 

 
 

Sem conversas sobre frauda, choro, escola e qualquer coisa envolvida as crianças. --- decreta lhe soltando quando começa passar trailers de outros filmes no telão. — Hoje é apenas nós duas, hum? --- segura seu queixo dando lhe um selinho em seus lábios e ela afirma com a cabeça. — Boa garota. --- sussurrou Torres em seus lábios os puxando para si mais uma vez antes de ajeitar se em sua poltrona e voltar sua atenção para o telão do cinema. 

 

 

Por vezes durante uma cena ou outra do filme, parava para analisar Calliope. Seu olhar compenetrado nas cenas de ação e a maneira como mordia a pontinha de lábio inferior em uma cena tensa ou mesmo quando com a mão cheia de amendoins colocava-os na boca mastigando com pressa e com gosto. Callie era uma moleca, amava filmes de ação que despertavam seu interesse e parecia esquecer tudo a sua volta. Em um desses momentos analisando-a, ela a olhou com doçura e a abraçou por cima de seus ombros e Arizona fechou os olhos porque queria sentir os seus braços em volta de seu corpo. E então, a morena deu um beijo em sua testa e sussurrou para que ninguém ao seu lado ouvisse: ''eu amo você''.  

 

 

 

Gostou do filme? --- a latina enlaçou seus dedos assim que saíram pela porta do cinema e se juntaram no meio das pessoas que passeavam pelo shopping durante aquela noite. — Tiro, ação, bomba, carros derrapando na pista me excitam. --- dizia sacudindo a mão que estava entrelaçada a dela. — Eu fico super animada...  

 

— Dar para perceber. --- sorrir olhando a animação de Callie e sente se feliz por finalmente estarem sozinhas e por conseguir fazer alguma coisa só entre elas, sem ninguém para interromper. — Apesar de não ser o meu estilo de filme favorito, devo confessar que o filme foi muito bom e você acertou mais uma vez. --- forma um bico em seus lábios lembrando que tinham discutido em casa sobre qual filme iriam assistir.  

 

Eu nunca erro meu amor, nunca erro. --- para de repente no meio do caminho quando chegam perto da praça de alimentação e o lugar se dividia juntamente com outros restaurantes. — E então... o que deseja comer essa noite? --- sua esposa pergunta olhando ao redor tentando achar uma opção.  

 

Não me faça esse tipo de pergunta quando estou há dois meses sem transar. --- vira o rosto para Callie que abre e fecha a boca tentando assimilar seu comentário. — Vamos de pizza? --- suplica juntando as mãos na frente do corpo. — Por favor, meu amor. Eu não aguento mais comer carne e frango, ou legume e salada. Os bolos caseiros da Rosa são uma delícia e os da minha mãe também, o brigadeiro da Sofia, sua macarronada.... mas por favor, acate o meu pedido. --- leva uma mão ao peito controlando sua respiração por ter falado mais rápido que o habitual.  

 

Às vezes você me dar medo. --- a segura pelo braço andando em direção a um restaurante que era rodízio de pizza. — Vamos logo mulher. Vamos que nossa noite só está começando. --- e estava realmente. Tinha comprado uma lingerie especial para aquela noite e esperava que Callie a tirasse assim que chegassem em casa, ou em qualquer outro lugar.  

 

 

O jantar fora mais que maravilhoso. Não poderia reclamar nunca de comer variados sabores de pizza de um de seus restaurantes de massa favoritos e como combinado deixaram o assunto filhas de lado e aproveitando a oportunidade Callie contou sobre Fernanda. A mulher agora estava no interior da cidade passando uns dias já que depois de sua saída do hospital devido toda sua fragilidade, se mostrava forte mesmo com seus traumas e seu foco era sua filha. Tinha a conhecido, Callie a levou em um almoço de domingo antes dela partir para o interior daquela cidade fia e chuvosa. Fernanda estava à espera do julgamento de seu ex marido e tinha ganhado licença de seu trabalho já que precisava de um tempo para ela e Callie estava se mostrando uma ótima amiga ganhando a confiança da mulher e tinha visitado sua casa com Sofia conhecendo a família. Já tinham visto muitos casos parecidos com o de Fernanda no hospital, inúmeros na verdade e sua esposa achou que tinha uma ligação com essa paciente e que iria ajudá-la, não iria nunca se opor a isso, Callie era um anjo e estava sempre disposta a ouvir e ajudar as pessoas.  

 

Você me mordeu. --- Callie gemeu de dor e a olhou, olhos embriagados, lábios entreabertos e convidativos. Um leve sorriso se abriu, do tipo sacana quase imoral. E novamente ela não resistiu puxando o lábio inferir da latina e gemeu mais uma vez em sua boca. — Nós vamos ser presas, algum vizinho irá nos ver aqui fora e vai chamar a polícia.  

 

— Imagina duas cirurgiãs renomadas na capa do jornal de domingo, hein? --- a boca da latina era doce, sua língua era quente, seus gemidos eram música. Sua pele arrepiada lhe dava a certeza de que estavam no caminho certo, pois há dois meses esperava por aquele momento.  

 

Ah, você ama carros, não é? Sempre muito exibicionista. --- suas mãos começaram a passear pelos seus seios, primeiro leves, aos poucos acrescentando mais pressão, porém com cuidado. O toque dos seus dedos lhe incendiou quando atravessou a abertura da camisa de seda e chegou direto à sua pele. Ela estava em ponto de ebulição e ainda estavam vestidas e na rua dentro de um carro.  

 

É que me excita correr perigo... --- ouviu sua risada e ela inclinou a cabeça para o lado, lhe dando mais espaço para avançar sobre seu pescoço. Beijou e chupou a pele exposta, seu cheiro lhe embriagando ainda mais.  — Seu cheiro é viciante, Calliope.  

 

 

Arizona se jogou nos braços de sua esposa, agora mais atrevida e fogosa empurrando-a para trás para que inclinasse o banco do carro. Suas mãos urgentes viajavam pelo corpo uma da outra e deslizou as dela pelas costas da morena e as infiltrou por baixo da blusa social de botões de Callie. Era a primeira vez depois de dois meses que sentia sua pele assim tão quente e macia, levemente úmida de suor. Sentiu algo em suas costas e se deu conta do volante do carro e ainda entre beijos e carícias sentou-se melhor no colo de sua mulher puxando-a pela blusa para que seus corpos ficassem mais colados. Callie era tão leve e tão firme, era mais alta que ela e cheia de curvas com sua pele alva e sedosa.  

 

Novamente suas mãos tocaram sua pele, arrepio e eletricidade as percorriam e livrou-a de sua blusa social de botões tendo à sua frente um par de seus perfeitos cobertos por uma renda preta. Callie rapidamente também a despiu fazendo os botões de sua blusa caírem sobre o carro e se perderem entre os bancos, e a apertou contra seus seios. Sentir a pele da latina em contato com a sua era a melhor sensação nesses dois meses de abstinência e voltou a procurar sua boca, mordeu seus lábios, chupou sua língua e foi descendo em direção ao pescoço passando pelos ombros e suas mãos deslizavam suaves pela curva de seus seios até apalpá-los com gosto. Apertou e beliscou o mamilo rijo, sentindo o corpo latino corresponder e arquear o quadril contra o dela. Descobriu um seio e o abocanhou necessitada, sôfrega e urgente.  

 

 Ahh, Arizona! --- a voz rouca chegou aos seus ouvidos. As mãos latinas agarravam mais fortes suas mechas de cabelo.  

 

Você é tão gostosa, Callie... --- o joelho de sua mulher a jogou para cima quando uma de suas mãos desceu por cima de sua intimidade ainda por cima da calça jeans escura que usava. — Porra! --- xingou, suas costas latejando.  

 

Ari, está tudo bem? --- a chamou rindo.  

 

Espere, Callie! --- massageou o local com um semblante de dor e tentava esticar a coluna. — Porra, que dor! --- enquanto ela se ruminava em dor, Callie ria cada vez mais. Arizona ficou olhando-a confusa, mas acabou se juntando a ela que se curvava em espasmos de riso. — Você me deve essa, cara... --- gemeu saindo do colo da morena e sentando-se ao banco do passageiro.  

 

Me desculpa. --- sua gargalhada era contagiante. Não tinha como não parar para observá-la despida da cintura para cima, linda e sexy. Rindo como uma criança travessa, coisa tão fácil de se ver. Ela é assim à vontade e descontraída. — Vamos colocar nossas blusas e lá dentro eu te faço uma massagem, meu amor. --- sela seus lábios e viu ali que seria difícil rolar alguma coisa. Mais uma vez a vida lhe pregava uma dessas peças, mas pelo menos a noite tinha sido mais que divertida. 

 

Tinha imaginado um outro final para aquela noite, mas ali estavam elas subindo as escadas de sua casa que encontrava se silenciosa. Callie foi até o quarto das gêmeas onde Fran dormia lá com as meninas, e iria avisar que já estavam em casa. A dor parecia crescer a cada minuto, tinha que justamente bater com as costas no volante do carro naquela sexta-feira? Agora tinha perdido dinheiro pagando hora extra para babá, tinha perdido os botões de sua blusa de seda dentro do carro de Callie e ainda iria dormir sem sexo e com dor nas costas. Poderia alguém estar mais azarada que ela naquela sexta à noite? Tudo indicou que sim quando foi tomar banho e faltou luz. Ótimo agora iriam dormir a luz de velas.  

 

 

Naquele sábado almoçariam na casa dos Shepherd. A luz na noite passada tinha voltado duas horas depois o que foi difícil para amamentar, e Callie teve que pegar as luzes de step para clarear o quarto e assim ela pôde alimentar suas filhas que começaram a ficar estressadas quando ela demorou para pega-las. A massagem que sua esposa deu em suas costas tinha a feito relaxar um pouco e naquela manhã antes de saírem de casa, Callie tinha feito outra massagem e adivinha só, ainda tinha uma bela marca vermelha em suas costas. Como era branca, tudo parecia com bastante evidência e torcia para que a noite de sábado fosse melhor que a anterior. 

 
 

Conseguiu falar com a Lexie? --- perguntou para Meredith que voltava com o celular na mão. Lexie e Mark tinham ido para San Diego visitar Sloan e levaram as crianças junto para rever a irmã. 

 
 

Consegui e vocês não vão acreditar. --- encara a loira que olhava para todos em sua sala. — Lexie teme que Mark volte sem alguns fios de cabelo... Sloan está grávida. --- anuncia. 

 
 

O que? --- Callie que estava de pé conversando com Jackson e Owen quase cospe sua cerveja. — Meu Deus, Mark! --- tira o celular de seu bolso caminhando para os fundos da casa. 

 
 

É Sloan... a casa caiu. --- Cristina rir levantando o copo de sua cerveja fazendo um drink com April. — Até que enfim temos novidades... 

 
 

— Você é má garota. --- Grey disse a amiga se servindo de mais uma bebida enquanto Teddy vinha da cozinha junto à Jô informando que o almoço já estava pronto. 

 
 

 As crianças corriam pela bela grama verde da enorme casa. A maioria de seus amigos estava ali desfrutando de uma tarde de sábado juntos. Nem sempre dava para juntar todo mundo já que cada um tinha seu horário de trabalho, fora os que atendiam em outras cidades e viajavam para dar palestras. Sentada em uma das cadeiras do lado de fora ao lado de Alex, conversavam sobre o hospital. Karev confessava a falta que ela fazia ao seu lado e da bela dupla que confirmavam. Ela ainda não sabia ao certo quando voltaria para o trabalho, sentia que no momento deveria aproveitar ao máximo aquela fase ao lado de suas três filhas e talvez voltasse quando elas completassem seu primeiro ano de vida ou quase isso. Callie dizia que ela não iria conseguir ficar tanto tempo fora do hospital e ficar ausente poderia prejudicá-la profissionalmente. Mas não se arrependeria de nada se fosse para ficar perto de suas meninas que no momento precisavam mais que tudo dela. 

 
 

Então como foi a noite de ontem? Finalmente conseguiram tirar o atraso? --- April senta se fazendo Karev levantar fazendo uma careta com sua cerveja na mão. — Eu estou ansiosa para os detalhes picantes... 

 
 

— Rá! Você quer detalhes picantes? --- olhou para dentro e pôde ver através do vidro, Henry carregar Laura enquanto Teddy segurava Dom no colo e pedia ao filho que desce carinho na pequena menina. — Íamos transar dentro do carro, do lado de fora da nossa garagem. Mas adivinha? Eu bati com as minhas costas no volante do carro e a nossa noite acabou sem luz em casa e com Callie fazendo massagem nas minhas costas que além de estar com uma marca roxa, ainda está doendo. --- olhou para a ruiva que segurava o riso fazendo um bico enorme com os lábios. — Eu sei que você quer rir criatura, rir logo. --- estapeia o braço da amiga que rompe em uma bela gargalhada. 

 
 

Eu não estou acreditando. --- abana o rosto para não deixar as lágrimas de riso caírem. — Amiga, você foi em uma loja com a Teddy e compraram lingerie e tudo... para na hora H, Bum! --- faz um gesto na mão como se tudo tivesse acabado. 

 
 

Estou com pena da Callie, ela tem feito tanto por nós e tem aturado minhas crises. --- suspira passando a mão entre os fios loiros, colocando algumas mechas atrás da orelha. — Quando estávamos quase lá, isso acontece. Talvez possamos tentar hoje à noite quando as meninas dormirem já que Sofia não estar em casa. 

 
 

— Eu fico com elas para vocês transarem. --- Yang senta espalhafatosa na cadeira ao seu lado. — Torres estava contando lá dentro para Wilson sobre a noite broxante de vocês e quando eu me prontifiquei em ficar com essas miniaturas Robbins, ela disse para eu vir perguntar para você. --- com a pequena garrafa de cerveja na mão, leva até a boca bebendo um gole e espera por uma resposta sua. 

 
 

 — Você está de brincadeira, né Cristina? --- irônica olha para a amiga que ergue os ombros não se importando com seu tom de voz. — A última vez que deixamos Sofia com você, a menina estava como tivessem feito lavagem cerebral nela. E olha que isso já faz anos. 

 
 

— É só me dizer o que elas comem e o que bebem. Eu preparo tudo e quando elas acordarem, é só alimentá-las. --- não sabia se ria da loucura que a mulher falava ou acabava acatando com sua proposta já que estava necessitada. — É pegar ou largar, Robbins. A Torres disse que as cartas estavam com você. 

 
 

— Cristina seria uma ótima babá para suas filhas por uma noite. --- April levanta quando Harriet grita por ela de dentro da casa. — Mas cuidado para ela não trocar leite por tequila. 

 
 

— Eu sou uma ótima babá sua invejosa. Já cuidei de todas as crianças que estão aqui. --- roda o polegar no alto devolvendo a bola para Bailey quando a mesma vem em sua direção. 

 
 

Quem sabe quando elas tiverem um pouco maiores? Aí poderão me contar como foi o dia de vocês. --- encara Yang que não fica satisfeita, mas aceita sua recusa. 

 
 

 
 

O final de semana passou e o que esperavam não rolou. Primeiro tiveram que lidar mais uma vez com as cólicas de Alice que tinha mais que a irmã e parecia durar muito mais. Então a atenção fora toda voltada para pequena e quando a filha finalmente se acalmou e dormiu, até tentaram iniciar alguma coisa, mas acabaram dormindo antes que pudessem tirar a roupa. 

 
 

Na segunda feira, após deixar as filhas sobre o olhar de Fran foi para sua aula de pilates que agora era mais cedo e não mais perto do almoço, pois essa hora suas filhas já estavam acordadas. Sua professora não tinha mudado nada e continuava com certo receio dela, o que era incrível e a divertia bastante. A mulher tinha medo dela devido as cantadas que fizera assim que entrou na academia e sempre que ficavam sozinhas, fugia. 

 
 

Sofia chegaria naquela noite e pelo que falara por telefone, seu pai estava em pânico porque iria ser avô. Arizona até achou a filha mais animada com a possibilidade de ser tia e torcia para que o bebê fosse uma oportunidade de aproxima-la a irmã, já que a adolescente era apaixonada por crianças e certamente o bebê de Riley seria muito bem-vindo à família Sloan. 

 
 

 
 

Fique aqui esperando que eu já venho e não deixe ninguém pegá-las, a não ser as pessoas que você já sabe. --- passou ordens para Fran antes de seguir pelos corredores do hospital a procura de Karev. 

 
 

Em casa era uma tudo uma maravilha, mas precisava apenas ver alguma coisa que nem ela sabia. Precisava sentir novamente a adrenalina correndo por suas veias em uma cirurgia ou da tensão para se desvendar algum caso complicado. 

 
 

O que você está fazendo aqui? --- Alex a interviu assim que ela entrou na neonatal. 

 
 

Robbins, eu disse que você fazia falta, mas você ainda está de licença maternidade. --- a encarava incrédulo por ver a amiga ali durante uma segunda feira à tarde. 

 
 

Eu sei, mas... --- suspira pegando o tablet da mão de Karev e vendo alguns prontuários. — Eu sinto tanta falta daqui. --- o homem pegou o de volta o aparelho de sua mão perguntando onde as suas filhas estavam, e ela informou que encontravam se com Fran na recepção no primeiro andar. 

 
 

 
 

Os minutos que ficou com Karev pareceu segundos quando seu celular tocou e viu o nome de sua esposa no visor. Será que alguém tinha dado com a língua nos dentes sobre ela estar ali? Assim que atendeu, a mulher não perdeu tempo lhe alfinetando. 

 
 

“A falta de sexo corroeu seus neurônios, amada esposa?” 

 
 

Seu tom era um misto de ironia e irritação. Não tinha nenhuma desculpa para dar a sua mulher sobre estar no hospital àquela hora. O único jeito era ser sincera e falar a verdade. 

 
 

“Eu precisava vir aqui se não iria enlouquecer.” 

 
 

Se despediu de Alex rapidamente correndo em direção ao elevador enquanto escutava de Callie que tinha encontrado Fran e as meninas na recepção rodeadas de enfermeiras que estavam encantadas com suas filhas. 

 
 

“Arizona, aqui não é lugar para elas e você sabe disso.” 

 
 

Assim que a porta do elevador abriu, ela entrou na caixa de metal se colocando mais ao fundo quando outros médicos também entraram no cubículo. 

 
 

“Já estou descendo, me espere aí.” 

 
 

 
 

Assim que encerrou a ligação, o elevador parou no andar debaixo e as pessoas saíram deixando-o vazio. Estava quase fechando quando uma mão impediu o mesmo que se fechasse e a figura de Loren apareceu a sua frente. 

 
 

Arizona. --- disse surpresa entrando no elevador e se colocando ao seu lado. — Nossa, quanto tempo não nos vemos. Como você está? 

 
 

— Estou bem. --- limitou se em responder e olhava os números descendo informando que já estavam quase chegando ao primeiro andar. 

 
 

Eu vi algumas fotos que postaram das suas filhas na rede social. Elas são lindas e são a sua cara. --- ela tinha esquecido completamente que se fosse ao hospital poderia encontrar Loren por lá. Por que ela não ficou em casa quietinha mesmo? 

 
 

E estão crescendo super rápido me deixando louca. --- abriu um sorriso contido. Sempre que falava de suas filhas não importava o que tivesse sentindo, um sorriso sincero sorria em seus lábios e seus olhos brilhavam por amor a suas pequenas sementinhas. 

 
 

Quero muito conhecê-las se você deixar é claro. --- iria responder quando o elevador apita avisando que já tinham chegado e assim que as portas se abrem ela dar de cara com Callie e Fran lado a lado dos carrinhos de bebê. — Oh, meu Deus! --- sai de seu transe com a voz de Loren. — São suas filhas, por que não avisou que elas também estavam aqui? --- saiu do elevador indo em direção aos carrinhos e admirava suas filhas que encontravam se dormindo. — como eu disse, elas são lindas mesmo. 

 
 

— Dra. Cavallieri, me desculpe. Mas, a Arizona já está de saída. --- ajuda Fran com os carrinhos das gêmeas e Arizona sabia que sua esposa estava muito irritada. — O que deu nessa sua cabeça para aparecer aqui com elas? --- questiona quando chegam no estacionamento e ajeitavam as meninas no bebê conforto. — Às vezes você tem atitudes de criança. --- bufa fechando a porta do carro quando a babá se coloca na parte de trás junto às pequenas. 

 
 

 Hey, pega leve também. --- apoia uma mão na lataria do carro e a outra repousa em sua cintura. — Não precisa também falar desse jeito porque as palavras magoam. --- aponta o dedo para a latina. — Eu não agir como criança, eu só senti saudades do meu trabalho. --- pondera. 

 
 

Quando sentir saudades, ligue para o Karev ou venha sozinha. Mas deixe-as em casa. --- seu tom era firme e sério. Em seu semblante não tinha resquícios de brincadeira ou descontração. 

 
 

Essa irritação toda é falta de sexo? --- chega mais perto da latina falando em um tom mais baixo para que não pudesse ser ouvida. — Se for... 

 
 

— Sua irresponsabilidade de trazê-las até aqui com um hospital cheio de vírus e bactérias e várias outras coisas que me deixou assim. --- diz por fim antes de dizer que teria que voltar lá para dentro. 

 
 

Tudo bem, a noite a gente se ver. --- chateada abre a porta do motorista e entra dentro do veículo ligando-o rapidamente e sai sem esperar Callie se despedir. 

 

 

 

 

 



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