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História I still love you - Não acredito que te encontrei novamente!


Escrita por: calzonatr_

Notas do Autor


Boa noite, pessoal!!
Como vocês estão??

Estou feliz por estar de volta e mais ainda por ter lido palavras de carinho nos comentários de vocês.
Então, muito obrigada e perdão por qualquer erro. Não foi fácil para eu escrever o cap. e espero que curtam a sequência da viagem.

Um beijo em todas! ♥

Capítulo 97 - Não acredito que te encontrei novamente!


Fanfic / Fanfiction I still love you - Não acredito que te encontrei novamente!

Callie

 

 

Perceber que já se passaram quinze anos desde o dia que deu a vida a Sofia e a colocou nesse mundo, é a realização de que o tempo não para e por mais que não queira, Sofia cresceu e já tinha deixado ser seu bebê há alguns anos. Mas o que realmente importa, não apenas por hoje ser seu aniversário, mas sempre, é a felicidade de sua princesa. Como agora olhando-a na mesa do café da manhã cheia de guloseimas gostosas, era encantador ver seu sorrio adornando seu belo rosto de menina.

 

Era engraçado, porque antes de Sofia existir ela já sonhava com sua menina. Lembra que ficava horas conversando com Mark sobre ter filhos e seu sonho sempre fora ter uma menina, uma princesa. E quando soube que a carregava em seu ventre, já imagina como seria os seus olhos, o sorriso e como a iria amar para toda vida, pois é um amor que não se mede. Mas apesar de toda a dificuldade no nascimento dela, quando ela chegou tudo que sonhou e imaginou um dia ficou pequeno e insignificante, porque Sofia fez nascer um amor em seu coração como nunca sonhou ser possível. Sua menina superou todas as expectativas e lhe transformou na mãe mais feliz e realizada do mundo. Era puro clichê, sabia. Mas hoje, ela ainda continua sonhando acordada e dormindo, mas apenas com a felicidade de sua filha.

 

 

Hoje certamente é o melhor dia da minha vida. Estou tão feliz! --- declarou Sofia. Era hora do almoço e estavam no restaurante Lumen que foi uma escolha de Arizona dizendo que precisava de uma comida mais saudável.

 

Podemos ver pela quantidade de fotos que você tira de todo lugar, filha. --- pela manhã a fiel escudeira de Sofia tinha sido sua máquina fotográfica, a adolescente não a largava por nada e registrava tudo o que via pela frente.

 

Meu sonho é um dia fazer um curso aqui para aperfeiçoar a língua. --- jogou enquanto saboreava seu Ravioli de três queijos.

 

— Prepara o bolso. --- cutucou Arizona com o cotovela, abrindo um sorriso contido.

 

Eu? Ela tem pai. --- anunciou sua mulher entregando um mordedor de borracha para Alice se distrair e não pedir colo enquanto almoçavam. Laura estava apagada ao lado da irmã, mas era apenas um cochilo já que a hora de se alimentarem estava chegando e elas eram reloginhos pontuais demais. — Sloan é cirurgião plástico, Ele que pague! --- caçoou.

 

 

 

Paris é bela, charmosa e romântica. Muitos adjetivos podem definir esta cidade tão particular, mas nada se compara como sentir na pele a energia parisiense. Lhe faltam palavras para descrever Paris, afinal, como expressar tudo aquilo que sentimos ao visitar um lugar tão marcante, que muda totalmente a forma que encaramos a vida? Já tinha ido há Paris duas vezes: uma para fazer um curso sobre sua especialidade e outra para uma convenção. Não deu para conhecer tanto a cidade e naquele quesito Arizona era mais experiente que ela. Há quem considere Paris a capital dos apaixonados, não discorda, porém acredita que o lado romântico de Paris é somente um dos atrativos que lhe levará à capital francesa. Pois a cidade é o centro das artes, do bom gosto e do refinamento, uma cidade muito influente para a Europa e para o resto do mundo.

 

 

A família Robbins-Torres, durante os cinco dias que ficaram em Paris, fizeram um passeio pelos destinos mais importantes, passaram pelos mais famosos e marcantes monumentos, como a Torre Eiffel e o Arco o Trinfo e Callie também as levou para conhecer os pontos mais românticos, como a Pont des Arts e a região de Montmartre. Durante o percurso não deixaram de comer os deliciosos crepes, provaram da culinária Francesa e sempre ao fim do dia Callie e Fran tomavam um finíssimo vinho francês aos olhos invejados de sua esposa, que sempre reclamava que aquilo era uma tortura.

 

 

— Amor, olha a Fran... --- Arizona que estava com Laura em seu colo apontou com a cabeça para a babá que competia com Sofia em acertar o máximo de tiros para poder ganhar um ursinho de pelúcia. — Parece que nunca foi a um parque de diversões antes. --- riu da mulher que fazia uma careta prendendo a língua entre os dentes e encontrava se concentrada.

 

— Ela parece uma criança quando se junta a Sofia. --- estavam na Disneyland de Paris. — Fico feliz de estar proporcionando um momento como esse para ela que vem nos ajudando bastante. --- o lugar era composto por dois parques: Disneyland Park e Walt Disney Studios Park, e tiveram que fazê-los em dois dias já que estavam com crianças pequenas e se revezavam para ir aos brinquedos.

 

— Lhe admiro tanto por você ser esse ser bondoso que gosta de fazer os outros felizes. --- Callie a olhou e colocou Alice de volta em seu carrinho depois de ter dado um pouco d sua atenção a filha. Às vezes tinham que parar para Arizona amamentar ou para pegá-las no colo, pois ficavam enjoadas e ficar o tempo inteiro no carrinho e acabam ficando estressadas.

 

Você fala como se não fizesse o mesmo. --- Se tinha uma pessoa que gostava de ver a felicidade os outros, e principalmente daqueles que amava, esse alguém era Arizona. A mulher fazia o possível sempre para estar ajudando todos os seus amigos.

 

— A senhora minha esposa quer me deixar elogia-la, por favor? --- a loira ajeitou Laura em seu carrinho que sugava a pequena chupeta rosa entre os lábios e sacudia a mãozinha segurando seu chocalho de borracha.

 

— À vontade, madame.! --- sentaram em um banco que ficou livre para esperar Sofia e Fran acabarem de jogar. — Amo você, senhora. --- beijou o lado esquerdo da bochecha de sua mulher.

 

Não gosto de ser chamada de senhora. É como se eu tivesse uns cinquenta anos. --- repousou uma mão sobre seu joelho e apertou, fazendo uma ligeira cócega.

 

Sinto lhe informar, mas já vejo cabelos brancos aqui na frente. --- disse tendo a mão presa por Arizona que a impedia de alcançar seu joelho novamente.

 

— Você está de brincadeira comigo? --- com o olhar espantado, a mulher abriu sua bolsa na mesma hora pegando seu celular e ligando a câmera frontal do aparelho. — Onde? --- procurava dividindo o cabelo e cerrou o olhar para ela quando não aguentando, soltou uma gargalhada.

 

— Aí, amor! --- fugiu do segundo tapa que iria ganhar em seu braço. — Você é uma graça. --- anunciou observando Arizona voltar sua atenção para seu cabelo.

 

 

Arizona estava no banheiro se maquiando, e agora sempre era a última da casa a aprontar-se para sair porque antes sempre deixava as gêmeas alimentadas, e assim, poderia sair sem uma preocupação a menos. Já Callie aproveitou que já se encontrava arrumada, para papear com Addison. Era a última noite delas em Paris e separaram um momento para curtir juntas.

 

 

“Sinto sua falta. Me leve para Paris também, querida amiga.”

 

“Essa cidade ficaria pequena com nós duas aqui, não acha? Sinto sua falta também, Addie.”

 

“Quando suas filhas já conseguirem se alimentar sozinhas e a Arizona e o Jake nos liberarem. Quem sabe não podemos passar umas noitadas nas melhores baladas de Paris?”

 

“Seria um sonho? Coloque o Mark na lista também que nossa viagem ficará melhor ainda.”

 

“Queria ir na pequena social que Mark vai dar para Sofia, mas infelizmente não poderei estar presente.”

 

“Eu mais que ninguém lamento por isso, Addie. E mudando de assunto, você não sabe quem eu encontrei por aqui...”

 

“Brad Pitt? Não me diga? Ele é um gato, meu amor.”

 

“Sua idiota! Deixe-me falar: lembra da Erica Hahn? Trabalhou em Seattle por um tempo...”

 

“A mulher com quem eu pesquei tudo o que estava acontecendo com você? Não acredito, Callie!”

 

“Pois, acredite. Encontramos com ela na saída do Aeroporto e foi tudo tão constrangedor.”

 

“Por que? Aconteceu alguma coisa?”

 

“Ela falou como se fôssemos amigas de longa data e como se o passado não existisse... todo aquele rolo da gente. E a Arizona estava com cara de poucos amigos desde que soube quem era a Erica.”

 

“Terei que contar isso para o Mark, não deixarei passar por nada nesse mundo.”

 

“Isso mesmo, rir da desgraça da sua amiga. Arizona ficou toda encucada porque a Erica disse que poderíamos marcar alguma coisa... imagina só?”

 

“E você disse que não, né?”

 

“Eu desconversei e me despedi dela. Arizona fez mil questionamentos e disse que se ela entrar em contato, é para eu negar qualquer tipo de aproximação. Disse que não gostou da Hahn.”

 

“Ciumenta, mas se fosse ao contrário você estaria bêbada uma hora dessa.”

 

“Cala sua boca. Você é minha amiga ou o que?”

 

“Sou a amiga que te lembrarei que se embebedou quando soube há anos atrás que Arizona estava morando com uma outra pessoa.”

 

“Addison Montgomery. É para lavar roupa suja? Eu vou começar a jogar na sua cara os seus podres também. Demo da Obstetrícia...”

 

“Ah, minha amiga. No quesito roupa suja você perde. Mas agora eu tenho que dar atenção ao meu filhote e mande um beijo para as meninas aí é divirtam-se.”

 

 

A latina largou seu celular em cima da cadeira e caminhou até o banheiro encontrando Arizona de frente ao enorme espelho, usando apenas um conjunto de lingerie preta e dava os retoques finais em sua maquiagem. A mulher a olhou através do reflexo de espelho e lhe ofereceu um meio sorriso dizendo que já estava quase pronta. Ela encostou um dos ombros na soleira da porta e ficou a observando. Sua maquiagem destacava os olhos azuis e nos lábios usava um batom nude, já nas orelhas usava brincos no formato de asas e uma pulseira completava o conjunto. Assim que Arizona terminou com a maquiagem, vestiu sua roupa que estava pendurada no cabide ao lado do espelho e logo depois soltou seus cabelos, passou um pouco de perfume e quando voltou a atenção para ela, perguntou se estava mais apresentável.

 

 

— Você não está falando sério, está? --- a encarou toda arrumada e ainda com os pés descalços realçando suas unhas pintadas de preto.

 

— Eu sei que estou atrasada e que você fica toda emburrada por ficar me esperando, mas foi por uma boa causa. --- passa por ela indo até o pé da cama e pega seu salto, colocando-o.

 

— Não seja tão enjoada, vai. Minha esposa está uma gata, aliás um arraso. --- Arizona queria elogios, a conhecia bem. Fazia um tempinho que não se produzia tanto assim, apesar que ela não precisava de esforço algum para ficar bonita.

Está falando sério? --- balançou a cabeça confirmando e pegou sua mão direita. A fez dar meia volta analisando toda a produção e Arizona sorriu.

 

Vamos logo, mulher. Se ficarmos mais um minuto nesse quarto é capaz de eu borrar toda sua maquiagem e embaraçar seu cabelo entre meus dedos. --- a puxou pela mão para que saíssem do quarto e foram para à noite que a aguardava lá fora.

 

 

Ao saírem do hotel, Callie foi dirigindo até a casa noturna e assim que chegaram lá estacionou o carro com um pouco de dificuldade e ficaram um tempo esperando até serem liberadas para entrar. De onde estavam dava para ver toda a movimentação das pessoas entrando e a casa estava lotada, e pelo que ouviu falar é muito comum aquele lugar bomba. Logo após serem liberadas da pequena fila, reparou que a casa noturna realmente estava cheia e a música era ótima com uma batida contagiante. Logo pegou-se remexendo enquanto seguiam para o meio da pista a fim de encontrar um bar e ela mantinha sua mão à base das costas de Arizona a guiando e assim que chegaram ao bar, pediu um drink de frutas vermelhas para elas, mas para Arizona pediu sem álcool.

 

Vamos fazer um brinde? --- animada ergueu o copo na direção da esposa.

 

Vamos! --- Arizona estalou a língua no céu da boca e sorriram. Aquele era um gesto que Sofia sempre fazia quando ficava animada.

 

— Que beijemos muito na boca essa noite, não só na boca... --- a encarou e Arizona olhou ao redor como se alguém pudesse estar a escutando. — E que não venhamos ter nenhum tipo de emergência tendo que voltar para o hotel mais cedo e que consigamos enfim terminar nossa noite aqui em Paris, do jeitinho que eu programei que é nua e emboladas em uma cama. --- bateram os copos e ela provou o drink.

 

— Você é inacreditável! --- com o canudo, puxou a bebida entre os lábios e fez uma pequena careta. — Não tem graça, é sem álcool. --- bufou.

 

— Deixe disso, venha! --- tirou o copo da mão da Arizona e a puxou para o meio da pista de dança.

 

Seguiram para a pista e começaram a dançar ao som de Outside. Dançaram com a batida forte da música e sua letra provocante. E quando a música termina, outra já começa e continuam no embalo não conseguindo tirar as mãos uma da outra. Aproveitam para tomar uma bebida quando uma música mais lenta começa a tocar e tinha alguns meses que não se viam naquele meio, ao som forte de uma música, onde eram apenas Callie e Arizona, deixando o lado mãe e o lado cirurgiãs de lado apenas por algumas horas. Firestone toca e alguns casais arriscam uma dança mais sensual na pista e elas continuavam ali na beira do bar beijando-se e sorrindo.

 

A energia do lugar era contagiante e depois de algumas horas de muita dança, beijos, sorrisos trocados e conversas, resolveram ir embora e terminar a noite em outro lugar mais calmo.

 

Em meio a sorrisos, as duas caminhavam de mãos dadas pela rua a procura do carro. Era horrível procurar um carro que não era seu em meio a uma rua badalada com pessoas a todo redor e, de repente, todos os carros pareciam ter a mesma cor e o mesmo modelo. Com a energia da noite, estavam gargalhando à toa, e olha que não chegavam nem aos pés de estarem embriagadas. Enfim agradecendo aos céus, um dos carros começou a apitar e Callie ergueu as mãos animada por ter encontrado o veículo encostado ao meio fio.

 

— Vamos entrar antes que a gente congele aqui fora. --- soltou uma das mãos de Arizona, mas a mulher passou uma das mãos em sua nuca e depois segurou seu rosto olhando dentro de seus olhos castanhos e quando menos esperava, lá estavam elas se beijando novamente.

 

Primeiro Arizona lhe deu um selinho demorado e depois a beijou de novo dando leves mordidas em seus lábios. O beijo delas começou lentamente, calmo, como se uma precisasse da outra para sobreviver. Um beijo quente, ardente e apaixonado. As mãos de sua esposa passeavam por suas costas fazendo um carinho e enquanto a dela permanecia intacta em sua cintura e a outra na nuca dela acariciando seus fios loiros.

 

Quando pararam de se beijar, foi presenteada pelo lindo sorriso de covinhas e Callie levou os lábios até a testa da esposa, a beijando e lhe abraçando mais uma vez. Não queria sair mais daquele abraço, o cheiro dela era vicioso e inebriante.

 

— Vou lhe tirar dessa friagem antes que cometa uma loucura com você nessa rua. --- a conduziu até a porta do passageiro, mas quando sua mulher estava entrando no carro, a puxou e beijou-lhe novamente apertando-a em seus braços. — Eu a odeio por ter um gosto tão viciante, sabia? --- sussurrou entre os lábios finos e rosados de Arizona.

 

E eu vou começar a lhe odiar, se a senhora minha esposa não colocar a bunda dentro desse carro e nos levar de volta para o hotel, para que assim prossigamos com tudo que você imaginou para nossa noite. --- Oh merda! Arizona, a intimou lhe lançando uma piscadela. E sem pensar duas vezes, bateu a porta do carro e correu para o lado do motorista para voltarem apressadas para a suíte do hotel.

 

Completamente apaixonadas, Callie fez tudo que disse que faria. Foi gentil, amável e foi a amante que Arizona precisava para aquela noite e estavam completamente insaciáveis. A noite foi regada por muito amor, carinho e companheirismo. Uma satisfazendo o prazer da outra e sem dúvidas sente sendo a mulher mais feliz e realizada do mundo inteiro.

 

Ficaram deitadas na cama e agarradas uma a outra, apenas fazendo carinho. Agradeciam pela noite calma de suas filhas que estavam com Fran naquela noite. E depois de uma noite inteira de amor, quando achou que já tinha acabado lá vinha Arizona e começa tudo de novo e de novo...

 

 

 

Claro que três dias estão longe de ser suficientes para conhecer Londres e por isso, sentaram antes de viajar e traçaram os principais pontos turísticos que Sofia queria conhecer. Todos os lugares escolhidos para conhecer na viagem foi com o consentimento de Sofia, pois a viagem era dela e para ela. Para sua filha foi uma surpresa descobrir que ficariam mais três dias e que passariam em Londres que é um dos destinos mais procurados do mundo.

 

 

A família explorou cada cantinho das charmosas ruas e avenidas de Londres que é a maior e mais importante cidade da Inglaterra. Fran e Sofia quiseram andar no famoso ônibus de dois andares e tiravam fotos de tudo a todo momento. Visitaram vários lugares inesquecíveis e encontravam se encantadas com tudo, não só por Londres ser uma cidade linda, mas também era vibrante, moderna, elegante, movimentada, riquíssima em cultura e opções de entretenimento. Mas pena que ficariam poucos dias.

 

 

— Sabe o que eu estava pensando, mãezinha? --- estavam tomando o café da tarde dentro de uma cafeteria moderna e aconchegante. — A vida é mesma uma caixinha de surpresa. Há um ano atrás estávamos combinando a respeito da viagem do meu aniversário, e eu lembro da sua cara de espanto e surpresa por eu ter chegado em casa pulando de alegria por minha mãe ter enviado uma mensagem falando que aceitava viajar conosco. --- lembrava muito bem deste dia. Estava de folga e fazia o almoço em seu apartamento quando Sofia chegou animada da escola contando a novidade. — Pensei que a senhora iria ter um infarto. Foi tão engraçado.

 

— Você me pegou desprevenida com a notícia. Ela nunca ia em nenhuma viagem conosco, sempre se esquivava e por isso eu fiquei um pouco nervosa. --- defendeu-se. Por mais que Sofia soubesse a verdade, não iria admitir.

 

Pouco nervosa? Seeei... --- a filha brincou bebendo seu chocolate quente com chantilly.

 

Para de graça, sua moleca! --- cutucou um de seus ombros fazendo a filha repelir o ato e se esquivar.

 

Do que vocês tanto falam hein? --- Arizona chegou com Fran à mesa. As duas tinham ido ao banheiro trocar as fraudas das gêmeas.

 

— Da minha mãe há um ano atrás quase enfartando quando eu contei a ela que a senhora iria viajar conosco para a Flórida. --- Sofia comentou e Arizona sorriu sentando-se ao seu lado com Alice em seu colo.

 

Para de mentir, Sofia. --- fez uma careta para a filha que se divertia com seu semblante confuso. — Eu só fiquei surpresa porque você só escolhia a Sofia para viajar, apenas vocês duas. --- ponderou.

 

Estava com medo de me encontrar é? --- Arizona mordeu seu sanduíche natural e Alice esticava a mãozinha tentando pegar o pão.  — Que covarde... --- brincou.

 

— Muito covarde Dra. Torres! --- mais uma vez sua filha mais velha se pronunciava e levou um pequeno belisco em seu braço. — Aí, mãe! --- reclamou fazendo Fran sorrir olhando a interação da família.

 

Me respeita, garota. --- seu tom era sério, mas um sorriso brotou em seus lábios logo depois.

 

 

Assim que saíram do Teatro, pois foram assistir A Fantástica Fábrica de Chocolate, o qual fora escolhido por Sofia e Callie que curtiam musical, foram caminhar pelas ruas de Londres. À noite a cidade era tão linda quanto de dia, mas fotografar a cidade com seus monumentos iluminados, com reflexos no Rio Tâmisa e as ruas cheias de movimento, não tinha preço.

 

— Então você tinha medo de passar uma semana ao meu lado, é? --- caminhavam um pouco mais atrás da babá que levava à frente o carrinho das gêmeas que encontravam se adormecidas naquele momento.

 

— Claro, você me odiava. --- Callie buscou olhar para trás onde Sofia registrava em vídeo a bela ponte por onde passava e pediu para a filha se manter na frente delas. — Nem imagina o que passou por minha mente nessa época.

 

— Eu te odiava? --- Arizona franziu o cenho e lhe aplicou um leve peteleco em seu nariz gelado. — Calúnia... --- proferiu segurando na barra de seu sobretudo.

 

Não lhe via há meses e quando pus os olhos em você, tive vontade de fazer isso... --- a abraçou de repente a rodopiando, sentindo a esposa rir contra um pedaço mínimo de pele exposta em seu pescoço — Mesmo com todos em volta, eu não me importaria. --- beijou-lhe os lábios.

 

Eu pagaria para ver... --- revela a loira vestida com um gorro cinza que foi tirado por Callie assim que segurou os dois lados de seu rosto e cheirou sua bochecha. — Mas hoje você pode fazer à vontade sem se importar com nada. --- balançou os cabelos contra o vento daquela noite.

 

 

Seu beijo é quente, apaixonado e sensual. Arizona dá algumas mordidinhas em seus lábios e depois trilha um caminho de beijos molhados por seu maxilar até chegar ao seu pescoço e sobe por sua orelha onde dar uma leve mordida. Sua mulher encara seus olhos castanhos e ela ver entre os azuis o desejo em seu olhar. Voltando a tomar seus lábios latinos, passa uma de suas mãos por suas costas até parar em sua cintura, onde lhe aperta por cima das roupas grossas fazendo-a gemer baixinho entre seus lábios e ter o corpo todo tomado por um arrepio gostoso. Depois do beijo apaixonado, elas se abraçam e Arizona lhe abraça tão forte como se fosse lhe quebrar ao meio.

 

 

E lá estão elas se agarrando novamente. --- soltaram se ao escutar a voz da filha mais velha ao lado. — Ainda bem que a Alice e a Laura não entendem ainda, porque imagina o constrangimento. --- de braços cruzados lá estava a mine Sloan com cara de poucos as encarando enquanto balançava um dos pés.

 

Ciumenta... --- cantarolou a babá que recuou os passos quando avistou que elas tinham parado a caminhada.

 

Ah, está vendo... --- caçou da filha que remexeu o bico formado em seus lábios. — Até a Fran concorda conosco. --- Sofia bufou puxando-a para longe de Arizona para que continuassem a saga de conhecer as ruas iluminadas durante a noite.

 

 

 

De frente para a janela observa a extensão de um enorme gramado verde. O Regent’s Park é um belo parque para se aproveitar com a família, e tem um enorme lago com alguns barcos para encartar não só aos turistas, mas os londrinos também. O dia estava lindo, a composição do céu azul com as raras nuvens no céu fazia o jardim de rosas ficar mais lindo ainda, se assim era possível. Era o último dia delas na cidade e naquele dia explorariam o parque que tinha ali dentro um encantador zoológico e estava animada para visita-lo com as pequenas que já estavam acordadas e sendo alimentadas por Arizona.

 

Ao fechar a cortina e deixar a luz amena dentro do quarto, voltou atenção para sua mulher que admirava suas pequenas bochechudas mamando e um sorriso estava congelado em sua face. Aquele era um momento único para a mãe e para seu bebê e por mais que Arizona tenha sofrido no início com as dores na amamentação, depois de um tempo passou a ser sua atividade preferida para com as gêmeas. Elas se sentiam conectadas com aquele momento.

 

Callie pare de me analisar! --- saiu de seu transe e soltou a cortina rindo sem graça quando se deu conta que foi pega no flagra. — Por que você não vai tomar seu banho e se arrumar para nos adiantarmos? --- concordou salpicando um beijo nos lábios da esposa declarando que a amava, e se encaminhou devagar com uma preguiça enorme de ter que se vestir para sair daquela suíte por mais que queria curtir o dia junto com a família.

 

 

É incrível que momentos especiais e gostosos ao lado de quem se ama passa tão rápido. Sofia era a felicidade em pessoa, curiosa como sempre foi adora explorar cada lugar que passa e Callie jurava que ela teria fotos para atualizar suas redes sociais para os próximos dois anos. Ao lado de sua filha, estava Fran, a babá, que mulher incrível de se conviver e confessa que adorou passar aqueles dias ao lado de Francine e pôde conhece-la melhor. Apesar de não passar tanto tempo juntas em casa já que Arizona a libera assim que Sofia chega, ela acaba não tendo tanto contato a não ser em dias incomuns como o de folga no meio da semana ou algum evento especial e aquela viagem foi uma ótima oportunidade para conversarem bastante.

 

À sua frente estava sua mulher com Laura no colo e por mais que não entendesse muito bem, a filha olhava para o tigre dentro de seu espaço no zoológico de forma curiosa. Ouvia atentamente o que Arizona lhe falava, abria um meio sorriso e apontava para o animal dos livrinhos que já começavam a ser mostrados e contados tanto para ela quanto para Alice. Sorte de ter Arizona ao seu lado como esposa e mãe, pois sempre sabia o que era bom para a desenvoltura das crianças. Alice estava no colo de Fran e ao contrário da irmã que tinha os olhos curiosos olhando o grande animal, Alice estava mais preocupada com o verde ao seu redor e olhava sempre para cima olhando o tamanho das árvores e se assustava quando algum pássaro passava voando.

 

Era incrível que desde bem pequenas, já se destacavam com suas personalidades fortes e mostrava para ela e Arizona que apesar da fisionomia igual, elas eram bem diferentes e adoravam mostrar isso quando estavam com fome ou irritadas com alguma coisa. Mark sempre diz que elas pagariam um dobrado com essas miniaturas que as enganavam com seus rostinhos angelical. Ah, Sloan... que você esteja errado.

 

 

Aqui está bem mais quentinho. --- entraram na cafeteria no meio da tarde e o lugar estava movimentado. — Não esquece que a Sofia também vai querer croissant e chocolate quente. --- Arizona atrás dela declarou com as mãos dentro de seu sobretudo.

 

Tirando o crepe, é o que vocês têm comido a maior parte do tempo. --- se colocaram na fila para poder pedir o café para a viagem. A filha mais velha tinha ficado com Francine no St James’s Park, onde tomariam um café sentadas em uma canga fazendo um típico piquenique. Laura tinha ficado encantada quando o esquilo chegou bem perto de onde estavam e soltou seu típico gritinho as fazendo sorrir e como o lugar é propício para se estar em família, resolveram sentar um pouco e curtir a paisagem, mas antes Sofia tinha pedido para elas irem buscar comida. Então ali estavam elas esperando a vez para fazer o pedido e carregar as sacolas.

 

Quando voltarmos para Seattle, minhas saladas também voltarão com tudo. --- Arizona arqueou os braços colocando as mãos à frente do rosto e bateu palminhas repetidas vezes.

 

— Oh, não! Dias de luta... --- sabia que iria sofrer quando chegasse em casa e sua mulher viria com pratos diversificados de salada sendo oferecidos no jantar.

 

 

Callie fez o pedido e o atendente lhe deu uma senha. Resolveram ir para um canto esperar o pedido e ficaram conversando, acerca do lugar e sobre o que tinham visitado durante todo o dia. Encontravam se distraídas e por vezes se pegou beijando a face de sua esposa que estava com uma das mãos entrelaçada à sua mão.

 

— Não acredito que te encontrei novamente. --- Sentiu um toque em seu ombro e olhou para trás.

 

— Erica... olá! --- soltou a mão de Arizona para cumprimentar Hahn que a abraçou.

 

Oii, Callie! --- disse sorridente. — Arizona, prazer em revê-la. --- esticou a mão para cumprimentar Robbins que lhe ofereceu um sorriso fechado.

 

Como vai? --- se esforçou para ser simpática. Callie conhecia sua mulher e imaginava os pensamentos nebulosos que deveria estar se formando em sua mente.

 

— Estou ótima aproveitando o dia de folga com uns amigos aqui da cidade. --- apontou para trás onde um grupo de amigos estavam sentados em uma das mesas — E vocês curtindo muito a viagem? --- perguntou repousando uma das mãos no braço dela e observou o semblante de Arizona fechar ao seu lado. — Estão sem a as filhas hoje?

 

— Estamos curtindo bastante e as meninas estão lá fora nos esperando. --- apontou para fora da cafeteria e através da grande janela podia ver o grande parque a frente.

 

Podemos marcar alguma coisa mais tarde se vocês não tiverem nada para fazer ou amanhã, talvez... --- Erica indagou e antes que pudesse retrucar, Arizona resolveu se pronunciar.

 

Iremos embora amanhã, infelizmente não irá dar. --- a loira adiantou-se não dando brechas para qualquer tipo de contato a mais.

 

— Oh, serio? --- pronunciou surpresa colocando algumas mexas de seus fios loiros mais longos para trás da orelha. — Não tem nenhuma bruxinha para encaixar-me na sua agenda Torres? --- assim que Erica soltou aquela indagação, ela só torceu para que Arizona continuasse na dela. — Pelos velhos tempos... --- pediu.

 

Ela já abriu esse espaço, e será comigo já que a viagem é presente para nossa filha. Então o tempo que nós temos, tiramos apenas para nós duas. --- “apenas para nós duas, apenas para nós duas...” sua cabeça martelava e ela queria cavar um buraco e se enterrar.

 

Infelizmente dessa vez não irá dar Hahn, nossa agenda estar super apertada e amanhã já voltamos para Seattle. --- simpática, resolveu dar um basta antes que Erica pudesse mais uma vez insistir em marcar alguma coisa.

 

Ah, que isso. Eu não quero incomodar mesmo. Só queria colocar o papo em dia e saber como anda Seattle. Faz anos que não piso naquela terra. --- interiormente agradecia, pois se ela aparecesse capaz de Arizona não segurar sua língua afiada.

 

Continua chuvosa e fazendo bastante frio durante a noite. --- se tivesse como registrar um sorriso amarelo mais falso que aquele que Arizona lançou para Hahn, Callie com certeza faria questão de tirar a foto. — Amor é o nosso pedido. --- o atendente chamou o número do pedido delas e Callie se prontificou em ir ao balcão buscar.

 

— Agora temos que ir, Erica. Fico feliz que esteja trabalhando aqui em Londres e que você está bem. --- entregou uma sacola para Arizona que fez uma careta pelo peso.

 

Vou me programar e aparecer por Seattle qualquer dia. --- algum dos seus amigos a chamou da mesa e ela fez um sinal que já estava indo. — Gostei mesmo de lhe reencontrar e conhecer você também, Arizona. --- aquilo poderia ficar mais constrangedor? Pensou. — Callie construiu uma bela família.

 

— Obrigada. --- sua esposa segurou sua mão livre da sacola. — Vamos, Calliope? --- a puxou de leve para que saísse e ela rapidamente acompanhou a loira para fora da cafeteria. — Ah, sujeita mais cara de pau. “Não tem nenhuma beleza na sua agenda para mim, Torres?” --- remendou o jeito de Erica falar, ela ainda estava meio aérea pelo o que tinha rolado lá dentro. — Aquilo lá dentro foi sério? --- Arizona questionou enquanto atravessavam a estreita rua para entrarem no parque.

 

Eu juro que pensei que você faria algum tipo de coisa maluca, como pegar o café de alguém que estava passando por perto e jogar em cima dela. --- a olhou de perfil e viu o lábio se erguer em um sorriso travesso.

 

Vontade não me faltou, meu bem. --- Arizona balançou os ombros e ela gargalhou ao imaginar a cena.

 

— Te amo tanto, marrentinha. --- a abraçou pelos ombros, mas antes depositou um beijo em sua cabeça e caminharam juntas para onde Sofia estava com Fran e as gêmeas.

 

 

 

Dentro do carro indo para o aeroporto no começo da noite, passava como flashes cenas da viagem e dos sorrisos verdadeiros lançados entre a família e como sempre fazia, gostava de analisar e avaliar sua vida. Felicidade não cabia em seu peito em ter sua família linda e unida. E assim, ao lado de Arizona sabia que teriam uma a outra a vida inteira e era o que fazia valer a pena tudo que passou durante um determinado tempo de sua vida.

 

Hoje, olhando a mulher que é, orgulha-se de tudo que construiu e realizou e, claro que teve seus maus momentos, mas através deles que se tornou uma mulher forte, decidida, independente e dona da sua própria vida e se seus desejos. Aproveitou com sabedoria cada passo depois de momentos terríveis e refez sua vida ao seu modo. Agora, se vendo recasada com uma mulher maravilhosa, só pode dizer o quanto está feliz de construir uma família e aumentar mais ainda esse amor que as envolve e fascina, levando-as à loucura de viver seus desejos mais profundos sem deixar a personalidade altruísta e feminina que domina tanto ela quanto a de sua esposa.

 

 

— E aí, meu amor. Você gostou da viagem? --- sentou ao lado de Sofia. Estavam esperando o horário do voo para embarcarem e Arizona aproveitava para alimentar as pequenas que só tiraram uma pequena soneca durante aquela tarde.

 

— Se eu gostei? --- tirou os olhos do celular e abriu um lindo sorriso de covinhas. — Nossa, eu amei! Foi um verdadeiro sonho realizado. Não vejo a hora de chegar e contar tudo para as minhas amigas. --- como se ela não falasse o tempo inteiro com as amigas por mensagem.

 

Eu fico feliz de ter gostado do nosso presente. Eu e seus pais temos muito orgulho da pessoinha que você está se transformando. --- passeou a mão por seu cabelo escuro e comprido.

 

E eu tenho muito orgulho de ser filha de vocês, mesmo pegando mil vezes no meu pé. --- Sofia lhe abraçou e deu um abraço apertado nela. Callie sentiu o coração se comprimir em amor por sua moleca que sempre a enchia de alegria.

 

 

“Quando amamos alguém e nos comprometemos pelo resto da vida, estamos sujeitos a duplicar esse amor com o passar dos anos.”

 

 

 



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