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História I still love you - Espero que dê tudo certo.


Escrita por: calzonatr_

Notas do Autor


Boa tarde, meninas!
Vi que muitas de vocês ficaram um pouco revoltadas com o cap. de ontem, e eu também fiquei em parte. Mas a vida é assim: um dia a gente acerta, no outro erra. Como eu disse para algumas pessoas, já estava com esse cap quase pronto ontem e hoje consegui finalizá-lo.
Obrigada por todo o carinho e depois me falam o que acharam, okay? um beijo ♥

Capítulo 60 - Espero que dê tudo certo.


Arizona

 

 

Arizona sentiu os músculos reclamarem e despertou devagar para não acordar Callie que estava com a cabeça em sua barriga, e pela respiração profundo encontrava-se em um sono para lá de pesado. Sabia que todo cansaço ia além de uma transa às 9h da manhã assim que chegaram, pois trabalharam até tarde no dia seguinte e tiveram que acordar muito cedo para viajarem. Não tinha entendido muito bem a escolha da morena por escolher um voo tão cedo, mas a latina tinha dito que deveriam aproveitar o máximo e por isso chegariam cedo em Los Angeles.

 

Para tentar despertar a morena, começa a fazer um leve carinho em seus fios negros que estavam desgrenhados e até tampando um pouco de seu rosto. Sorrir lembrando da surpresa que teve assim que entrou naquela casa e viu a entrada principal junto com a piscina e a linda vista da cidade. Nem em seus sonhos ela tinha imaginado que entrar nua casa como aquela e Calliope a estava proporcionando esse sonho. Não poderia ficar mais apaixonada, era impossível. Sente a morena se remexer e coçar os olhos, até que ergue a cabeça calmamente e a encara um pouco atordoada.
 

bom dia dorminhoca. – dar um leve peteleco no nariz latino e sorrir mostrando os dentes pela careta que a morena faz.

a gente dormiu. – resmunga se sentando no sofá e os olhos da loira acompanham seus movimentos, admirando a linda visão de sua mulher nua.

— dormimos. – ergue o corpo para se sentar também e olha ao redor a procura de sua bolsa para pegar seu celular e conferir as horas.

— estou ficando com fome. – se levanta estendo a mão para ela que se levantasse também. — vamos guardar nossas coisas, tomar um banho e depois a gente sai para almoçar.

— antes de sairmos quero fazer um tour por toda essa casa. – abre sua bolsa pegando seu celular e manda uma mensagem para Sofia avisando que já estavam em terra firme e a desejou boa sorte por ficar uns dias com seu pai. — cochilamos por quarenta e cinco minutos.

— melhor cochilo da minha vida. – solta uma piscadela pegando uma das malas, bolsa e a chamando para segui-la para o andar de cima.

 

 

Assim que chegam no segundo andar da casa Arizona, fica, de boca aberta com a suíte máster espaçosa com uma cama king-size linda, uma televisão montada e andando até o banheiro solta um gritinho animado por ver a banheira de imersão hidromassagem e o quarto tinha uma vista maravilhosa de Los Angeles, do centro para o Oceano Pacífico.

 

Saindo do quarto entrou nos mais dos quartos que o andar oferecia e ficou perplexa que todos os quartos tinham uma vista especial da grande cidade, e com certeza, não seria a última vez que pisaria naquela casa. Iria querer voltar sempre, seja com a família, ou seja, com seus amigos.

 

— amor, eu estou encantada. – falava enquanto tomava banho para saírem e explorar a cidade.

fico feliz que tenha gostado amor. – arrumava se no banheiro, pois já tinha tomado seu banho. A latina escolheu vestir um vestidinho até o meio de suas coxas e optou usar rasteirinhas assim que viu Arizona separar um macaquinho branco e falar que iria usar as mesmas sandálias que veio.

se aqui em cima é bonito, imagina a cozinha dessa casa? Estou doida para ver. – desliga o chuveiro pegando a toalha e abrindo o box do grande banheiro arejado.

você vai pirar. – avisa saindo do cômodo. — eu estou descendo para guardar as compras okay? Ver se não demora.

 

Assim que a loira se arrumou, não demorando muito, pegou uma bolsa pequena de dentro da mala a qual iria usar para colocar seu celular e sua carteira. Pegou um chapéu pois estava muito sol lá fora e por mais que odiasse ficar vermelha, sabia que não teria escapatória.

 

Desceu as escadas deu de cara com a porta de correr de vidro da sala de jantar que se abria para o pátio e nossa que vista. Ela nunca ia deixar de falar isso, estava encantada por observar através da porta de vidro a piscina de borda infinita com vista para toda a cidade de Los Angeles, e um quintal bem cuidados que é perfeito para curtir em família. Andando pela casa ela observa o que não teve tempo de espiar assim que chegaram já que Callie saiu a arrastando para o Sofá para estrearem a casa, e observa as grandes janelas, a iluminação embutida e revestimento de azulejos aumentavam a sensação moderna e aberta da casa. Na espaçosa sala de estar, que apresenta um corte de couro, tinha uma grande TV, uma lareira, e arregala os olhos: um piano de cauda? – Sofia iria pirar quando ela mandasse fotos do grande piano. - ​​e mais para o lado encontrava-se uma mesa de pebolim. Quanto mais ela andava, mais cômodos iam sendo revelados e ela estava como uma criança vendo o mar pela primeira vez. O espaço também incluía um pequeno escritório, para tornar o trabalho fora de casa o mais simples possível e uma sala de jantar espaçosa com uma mesa para oito pessoas se abre para uma sala de pequeno-almoço e uma cozinha moderna com um café bar, bancadas de quartzo preto, duplo forno e utensílios de aço inoxidável. Ela estava em uma mansão ou o que?
 

 

Callie, eu quero uma cozinha dessa lá em casa. – observa a mulher colocar umas garrafas d’água na geladeira. — olha esse balcão, pelo amor de Deus! Isso aqui deve ser o preço da minha simples casinha.

— a nossa casa não é tão simples assim. – acaba de guardar as compras e vira-se para a loira que estava como uma criança mexendo em tudo. — você gastou um bocado nela também.

— queria gastar nessa casa aqui, isso sim. – murmura olhando a vista da janela da cozinha. — imagina a gente criando nossos filhos aqui? Uau!

— agora você vai querer se mudar para Los Angeles por causa de uma casa? – sorrir balançando a cabeça e abraçando a loira, animada.

não tem como pegar essa casa com um caminhão e leva-la para Seattle, né? – brinca recebendo um selinho da latina.

— agora vamos passear por favor? – pede arrastando a mulher pela mão. — vamos caçar um bom restaurante com comida mexicana porque eu estou com desejo.

— quando vamos poder entrar nessa belezinha? – Arizona pergunta assim que passam pela piscina para seguirem até o carro.

quando chegarmos, se quiser... ela tem aquecedor para a água não ficar tão gelada. – avisa indo para o carro.

sério? Então nem irei para a praia, ficarei aqui. – sorrir abertamente vendo a morena fazer uma careta. — o que foi? Você sabe que eu prefiro piscinas.

— sim, mas nós vamos a praia mesmo assim. – murmura ligando o carro e saindo da grande casa para começarem suas aventuras.— ficar em casa tomando banho de piscina está fora de cogitação. – olha o perfil da loira que estava vidrada nas outras casas que passava pela rua do condomínio. —a não ser a noite... nuas... – murmura ouvindo a gargalhada da mulher.

 

 

Callie queria comer em um restaurante diferente e não no mesmo que sempre ia quando estava na cidade. Depois de pesquisar na internet e pegar o endereço, se dirigiram para o local e se esbaldou quando viu no menu as comidas mexicanas que o restaurante oferecia. Prometeram uma a outra que falariam sobre qualquer coisa, menos trabalho. O tempo seria focado e dedicado totalmente nelas e nada de cirurgias.

 

Logo após almoçarem, seguiram o cronograma da morena e foram visitar um estúdio de cinema, que se chama ‘’Estúdio da Warner Bross’’ local onde viram de perto como filmes e seriados são produzidos, e em cada canto, e em cada parte, paravam para tirar milhares de fotos que ficariam registradas e seriam lembradas para sempre. Em seguida, passaram pela calçada da fama, onde Arizona ficou envergonhada com a morena sentando no chão quando viu a placa de Celine Dion e ficou histérica. Mesmo com a loira falando que ela tinha milhares de fotos com aquela placa, a morena não se fez de rogada e praticamente chorou em cima do chão dizendo que era uma das suas cantoras favoritas. Depois de andarem um pouco pela enorme calçada, Callie insistiu para que fossem para as lojinhas menores nas extremidades da calçada da fama, segundo ela, quanto mais longe do burburinho, melhores seriam os preços e estava certa. Arizona se divertia porque em cada loja ou barraquinha, sua mulher pedia desconto e pechinchava sem vergonha nenhuma, saindo, assim, com várias bolsas com lembrancinhas.

 

É muito bom ter alguém para compartilhar os momentos mais felizes e principalmente está presente neles. É acima de tudo, ter um alguém que te ame, assim como ela amava Calliope. E Arizona sempre quis uma pessoa a qual tivesse certeza que fosse sua alma gêmea... E tudo isso, achou só achou na bela morena que estava ao seu lado dirigindo e cantava uma música que tocava na rádio. Amava parar e admirar a beleza da latina e seus simples gestos que a encantavam sempre.

 

Segundo Callie, iriam agora visitar a famosa placa de Hollywood. E subindo a rua podia-se observar várias placas na rua que indicava que era proibido estacionar e ali, ninguém tinha pena, a polícia multava mesmo. Era quase fim da tarde e sabiam que com o pôr-do-sol, a vista só ficava mais linda. Ao chegarem, tiveram que estacionar no parque de cachorros que fica um pouco abaixo e andaram em direção a placa onde fizeram várias poses inusitadas e certamente Sofia se estivesse ali, fingiria que não conhecia suas mães. Como recompensa do passeio pararam para admirar o reservatório de água e a vista da cidade. Se não fosse pelo hospital, não duvidariam que aquela cidade seria escolhida para viverem suas vidas.

 

— Amor, eu estou exausta. – Arizona murmura assim que chegam em casa, e se joga no grande sofá.

— mas foi bom o passeio né? – pergunta sentando-se ao seu lado. — agora vamos nos arrumar para jantarmos na casa da Addie.

— estou com uma preguiça... – murmura sentindo o telefone tocar. Era uma chamada de vídeo da filha que aparece na tela sorridente. — boa noite, franguinha. – cumprimenta a menina que reclamava com Dave que queria aparecer na tela.

— Hey, como está tudo aí? – pergunta ajeitando a tela entre os irmãos para que todos pudessem vê-las.

— Oii meus amores. Aqui está tudo ótimo e acabamos de chegar da rua. – Arizona murmura encostando a cabeça no ombro da latina.

— tia, a senhora comprou alguma coisa para mim? – Dave pergunta fazendo as madrinhas sorrirem. – quero um boneco ou um carro.

— ainda não, mas vamos comprar por esses dias tá bom? E obrigada pela dica de presente. – Callie fala irônica.

me falem da casa. – a filha pede ansiosa.

— vou te mandar as fotos, mas olhe essa sala. – vira a câmera pelo local escutando um ‘’nossa’’ das crianças do outro lado da tela.

mãe, que casa maravilhosa. Estou com inveja! – declara fazendo uma careta para a mãe que vira a câmera novamente para ela.

— depois eu te mando a foto da piscina e da paisagem. Dar de mil na casa que você ficou aqui... – sorrir quando a filha lhe mostra a língua.

o papo está muito bom crianças, mas eu e sua mãe temos que nos arrumarmos para irmos jantar com a sua tia Addie. – a latina aparece na câmera avisando que encerraria a ligação.

tudo bem. Divirtam-se e espero que dê tudo certo. – solta uma piscadela para as mães que entendem o que a filha queria dizer.

divirta-se também na escola e com seus irmãos. Amamos vocês. – a loira desliga a chamada e leva o celular ao peito. — ela quer tanto ter um irmão.

— ela torce por nós e pela felicidade da nossa família. – a abraça pelos ombros e caminham para o segundo andar da casa.

temos a melhor filha do mundo, Calliope. – chega no quarto e deita na cama de barriga para cima com os braços abertos.

— até quando ela faz as burradas dela, continua sendo a melhor. – sorrir enquanto caminha para o banheiro e tira suas roupas se dirigindo para o box.

— não exagera. – fala alto, mas sorrir. — tudo bem, ela continua sendo a melhor. – para na porta do banheiro observando a latina se ensaboando.

— demorou, mas percebeu que temos a melhor filha do mundo? Sua rancorosa. – murmura irônica observando a loira tirar seu macacão.

— sempre soube, e eu não sou rancorosa, só demoro a digerir as coisas. – entra no box pegando o sabonete líquido e começa a se ensaboar.

— e a Sofia puxou esse seu lado assombroso, ela demorou três semanas para perdoar o próprio pai. – balança a cabeça negativamente, desacreditada.

mas ainda bem que eles tiveram um boa conversa, né? Mesmo depois de tudo. – Sofia tinha convidado o pai para almoçar com ela em sua casa, e depois do almoço pediu desculpas para o mais velho que por mais que estivesse chateado, a pegou no colo e também se desculpou pelo escândalo que causou no aeroporto e depois em casa na frente de seus amigos.

e vocês também tiveram e você pediu desculpas. – arregala os olhos como se tivesse pasma, a provocando.  

— tivemos. – sorrir lembrando da boa conversa entre mãe e filha.

 

 

Flashback on

 

 

Tinha sido um dia exaustivo, e Arizona dar graças a Deus por ter chegado em casa mesmo que tarde da noite. Já se passava das dez horas quando chegou em casa e tinha feito um lanche no hospital antes de ir para casa, pois quando sua cirurgia acabou estava morrendo de fome. Sobe as escadas e abre a porta do quarto da filha, observa a menina deitada mexendo no notebook não prestando atenção no filme que passava na televisão que ficava pendurada na parede.
 

cheguei. – avisa caminhando em direção a cama se joga por cima do corpo esguio e magro da filha que reclama. — boa noite, franguinha. – beija sua testa.

mãe! Você está me sufocando. – reclama pelo peso da mãe em cima dela. — meu Deus, que peso... – respira aliviada quando a mulher levanta.

— isso quer dizer que está me chamando de gorda? – pega um dos travesseiros ameaçando jogar na filha que rapidamente se esquiva.

não. – pega um travesseiro também para se defender, caso sua mãe a atacasse. — Só que eu não tenho muita resistência para aguentar você em cima de mim.

aqui. – entrega um pacote para a menina. — sua madrinha pediu para te entregar.
— o que é isso? –
pergunta abrindo o pacote e revela uma blusa preta baby look escrito na frente com letras brancas. ‘’Miss. Cardio’’Nossa, que linda!

Cristina chegou da conferência que teve na Suíça e entregou hoje de manhã isso para mim e para Meredith, então Zola deve ter ganhado uma igual. – Yang chegou animada com uma bolsa em mãos e pelo que parece levou aquela blusa para todas as crianças.

— ela nunca desiste né? – sua madrinha só lhe dava presentes relacionados com a medicina, e mais especificamente, com a cardiologia.

nunca. – levanta da cama pegando sua bolsa.

— minha mãe saiu ainda agora de casa reclamando que teria plantão de madrugada. – Callie odiava trabalhar a noite, ainda mais quando iria ficar o tempo todo na emergência que sempre estava lotada.

— eu nem encontrei com ela. – lamenta por não ter pego a mulher em casa antes que fosse sair para trabalhar. — saí da cirurgia e fui logo fazer um lanche porque estava morta de fome.

— sobrou comida. – avisa olhando para a mãe que caminhava para fora de seu quarto.

— estou sem fome agora. Obrigada! – olha para filha agradecendo. — vou tomar um banho quentinho agora e não se esqueça de ligar para sua madrinha e agradecer por essa camisa sem graça.

— se tivesse escrito Miss. Ped teria graça? – sorrir por saber que se fosse uma blusa daquelas, capaz da mãe mandar fazer uma igual.

— claro que sim. – joga um beijo no ar para a filha e sai do quarto  — e desliga esse notebook que já está tarde e amanhã você tem aula mocinha.

 

 

Arizona entra na sua suíte e alonga o corpo, o cansaço estava batendo cada vez mais e ela caminha para seu banheiro e toma um banho relaxante. Aquela noite teria que dormir sozinha, odiava dormir sozinha, e sendo mais clara, odiava dormir sem Calliope ao seu lado a esquentando.
 

Logo após tomar seu banho e vestir um baby-doll de algodão, se aconchega na cama e pega seu celular mandando uma mensagem para sua mulher, lhe desejando um bom plantão e avisando que já estava em casa. Olhava para o lado e revira os olhos por ver seu lado direito vazio. Levanta da cama devagar e vai até o quarto da filha que estava escuro, mas Sofia ainda não estava dormindo. A chama sussurrando e a convida para dormir com ela, a menina fica surpresa com o convite, mas aceita de prontidão carregando seu travesseiro em suas mãos e indo com ela para a grande suíte.

 

— eu odeio dormir sozinha. – deita na cama se ajeitando sobre os travesseiros.

reescrevendo sua frase: você odeia dormir sem minha mãe. – sabia que a mãe demorava a dormir quando estava sozinha.

— passei anos dormindo sem ela. - resmunga coçando os olhos. O sono estava quase a vencendo. — para você ver como ela é uma colinha...

— vocês se amam, por isso. – sorrir feliz por saber que agora tinha sua família completa novamente.

filha? – a chama depois de ficarem segundos em silêncio.

— hum? – vira para a mãe encarando os olhos azuis sonolentos.

— você desculpa a mamãe? – pergunta puxando a adolescente mais para perto.

— pelo o quê? – franze a testa a encarando.

— por anteontem não ter te perdoado verdadeiramente e ter sido fria com você num momento o qual você precisava de mim. Acho que fui uma péssima mãe. – confessa tristonha.

— você não é uma péssima mãe. – afirma passando uma das mãos pela bochecha da loira.

talvez naquele momento eu tenha sido e sua mãe ficou com muita raiva de mim. – lembra da mulher tê-la ignorado no dia seguinte.

vocês brigaram? – a questiona, odiava quando suas mães brigavam.

não, mas ela ficou chateada. – comenta fazendo um carinho no braço fino da menina que tinha uma das mães em sua bochecha, dando-lhe um carinho singelo. — você sabe que eu demoro a digerir as coisas, eu sou um pouco cabeça dura, mas estou aqui abertamente falando para você que errei, e peço perdão por isso.

— e está perdoada mãezinha. – beija sua bochecha. — Você é a melhor mãe do mundo, e o que seria de mim se não impedisse meu pai de tingir meu cabelo de preto novamente? – sorrir.

— e quando você vai conversar com ele? – pergunta sabendo que não seria nada fácil a conversa com Mark.

no final de semana. Já que ontem não deu... – iria pedir desculpas ao pai no domingo, mas acabou que o homem teve que ir trabalhar e não puderam se ver.

Sofia, promete para mamãe que nunca mais irá mentir para nós? Seja lá o que for fazer, seja sincera que é bem melhor. – pede acariciando a cabeça da menina que confirma com a cabeça.

— me desculpa. – se aconchega nos braços da mãe. — Eu prometo...

— eu fiquei muito magoada, muito mesmo, e não por você ter colocado piercing ou pintado o cabelo, você me conhece. Mas você mentiu e escondeu coisas da gente... – odiava quando as pessoas escondiam as coisas dela, e ainda mais sendo sua filha, aquilo tinha um peso enorme.

— e paguei caro por isso. Mas nós somos iguais. – ergue a cabeça encarando os azuis questionadores da mãe.

por que você está falando isso? – semicerra os olhos para a filha.

não consigo perdoar o meu pai tão facilmente assim. – confessa abaixando a cabeça.

ele errou, você errou, mas irão conversar civilizadamente e se acertarem. – tira uns fiapos de cabelo

— se ele não vier com brigas novamente. – avisa, mas Arizona a corta.

às vezes as mães erram e nada mais que justo conversar com seus filhos depois para que tudo se acerte. A gente aprende a ser mãe assim, um dia acertamos, no outro erramos, e assim aprendemos. – explica para a filha. — com seu pai também é assim, não é diferente de nós.

obrigada por conversar comigo, mãe. – fala sincera beijando sua bochecha.

— quando eu tinha doze anos de idade fui para uma colônia de férias e pintei meu cabelo de azul, mas foi com papel crepom. – fala baixinho como se fosse algo muito confidencial.

— sério? – arregala os olhos, surpresa. — vovô deve ter ficado uma fera.

— quem disse que ele ficou sabendo? – faz uma careta lembrando das burradas que fez quando era criança.

— a senhora escondeu? – o tom sai quase histérico.

— só a sua avó ficou sabendo e me deu uma bela bronca, mas seu avô estava trabalhando em outra cidade o que deu tempo da tinta sair. – lembra que na época respirou aliviada por seu pai não ver o estrago que tinha feito no cabelo.

— que danadinha dra. Robbins. – brinca pegando em sua barriga e dando pequenas cócegas falando a mãe se contorcer na cama sorrindo.

— Eu tenho duas fotos guardadas. – confessa assim que sua filha para com o ataque de cócegas.

— como eu nunca as vi? – senta na cama com os braços cruzados.

— porque nem sua mãe sabe. – coloca o indicador na frente dos lábios. — segredo. – sorriem juntas.

— acha que eu fiz certo de ter tirado o piercing? – busca saber porque ainda tinha dúvidas sobre deixar pra lá ou se colocava de novo.

— no momento sim. – murmura sincera. — e acho que na orelha fica mais bonito, talvez...

— ou eu posso fazer nos dois lugares. – solta uma piscadela para a mãe que semicerra os olhos.

—  partir dos dezesseis anos, okay? – avisa.

— obedecerei direitinho, não se preocupe. – deita a cabeça no travesseiro novamente, mais relaxada por estar conversando abertamente com sua mãe. Ela a entendia tanto...

— sabe que agora vai ser muito mais complicado fazer seu pai deixar você viajar com suas amigas né? – pergunta sabendo pelo que iriam passar com Mark se a filha for viajar novamente sozinha.

— nem me fala. – murmura entortando os lábios formando uma careta fazendo Arizona rir.

— ainda bem que você tem a mim como mãe. – comenta mordendo os lábios e solta uma piscadela.

— e aquele papo de ser a pior mãe do mundo? – fala irônica revirando os olhos.

— por isso mesmo, eu sempre driblo o Sloan. – gargalham juntas, porque era pura verdade.

— eu te amo, mãezinha. – se joga no colo da loira que a recebe com um abraço de urso.

— eu te amo, mais franguinha. – declara-se para a filha.

— agora sim é um abraço de verdade. – desdenha e recebe um tapa em seu bumbum.

— seu celular está na primeira gaveta da cômoda. – avisa apertando a filha em seus braços.

— hã? – não entende o que a mãe queria dizer. — Como assim?

— vai logo pegar antes que eu me arrependa. – aponta para a gaveta e a menina sai correndo.

— não acredito. - tira o celular de dentro da gaveta. — meu filho. – beija a tela do celular toda feliz. — nossa, está até descarregado. – sai do quarto indo carregar o aparelho.

— não é pra ficar no celular Sofia. – avisa sabendo que se deixasse a menina ficaria até tarde com o celular. — carregue-o e volta já para a cama.  

— já voltei. – avisa minutos depois e desliga a luz antes de deitar-se novamente.

— já disse que você é a melhor mãe do mundo? – estava tão feliz, que não cabia mais felicidade em seu peito.

— falsa! – Arizona a ataca com muitas cosquinhas e a menina tentava se desvencilhar, mas falhava em suas tentativas. — agora eu vou te morder. – avisa.

— não, mãe! – pede com falso desespero em sua voz. — suas mordidas doem.

— tudo bem, por hoje você escapou. – solta a adolescente que arfava devido ao ataque em sua barriga.

— ai... até cansei. – relaxa na cama se cobrindo.

— agora vamos dormir. – beija a bochecha da menina que devolve o gesto. — boa noite, meu amor.

— boa noite, mãezinha. – vira de bruços fechando os olhos.

 

Flashback off

 

 

até hoje você não me contou detalhes sobre a conversa que tiveram. – pega a toalha se secando. — só vi a Sofia toda boba no dia seguinte com o celular na mão dizendo que tinha tido uma boa conversa com a mãe dela e que estava preparada para conversar com o pai.

foi um momento meu e dela e isso não inclui a outra mãe. – desliga o chuveiro pegando sua toalha e sai enrolada indo para o quarto pegar uma roupa para vestir.

somos um casal, e casais contam tudo um para o outro sabia? – passa uma maquiagem leve no rosto.

— há alguma lei falando sobre isso? – coloca um vestido de manga curta um pouco rodado.

— acho que não, por quê? – solta os cabelos, jogando-os para o lado e agora só faltava escolher o que vestir.

— então eu não irei te contar. – calça suas sapatilhas e entra no banheiro. Era sua vez de pentear o cabelo e colocar um pouco de maquiagem na cara para desfaçar um pouco a vermelhidão de suas bochechas.

— te odeio. – murmura tirando um jeans de dentro da mala.

— e eu te amo. – declara-se sorrindo enquanto caprichava no rímel em seus olhos.

 

 

As mulheres chegaram felizes e risonhas na casa de Addison. A mulher tinha uma bela casa, com um grande quintal e Arizona não lembrava quando tinha sido a última vez que tivera naquela casa arejada. Assim que tocaram a campainha foram recebidas pelo pequeno Henry que estava a cara do pai, o menino se agarrou ao pescoço da latina o qual tinha mais intimidade e quando a mulher mostrou o presente que teve para ele, o pegou rapidamente agradecendo e antes de sair correndo pela casa, cumprimentou a loira timidamente e correu gritando chamando pelo pai.

 

— eu não acredito que vocês realmente vieram. – Addison abre os braços para recebe-las em um abraço apertado.

— meu Deus, que saudade! – enche a morena de beijos nas bochechas que se esquiva do ataque da amiga.

— Addie! Vai estragar toda a minha maquiagem. – brinca com a ruiva que revira os olhos.

e como vocês estão? – cumprimenta Arizona com um beijo seguido de um abraço.

— eu estou bem, já sua melhor amiga, um pouco ansiosa. – aponta para a latina que abria a bolsa.

já trouxe os exames que me pediu. – entrega um envelope para a ruiva que faz uma cara feia para ela.

sinto muito, mas só verei depois. – avisa as chamando para se dirigirem pra a sala. — nada de trabalho por hoje.

— eu avisei. – sussurra nas costas da morena.

boa noite! – Jake desce as escadas indo cumprimenta-las. — nossa, quanto tempo que não as vejo?

— desde antes eu me mudar para Seattle. – sorrir abraçando o marido da amiga.

acho que a última vez foi no ano passado no aniversário do Derek. – lembra da grande festa que os Shepherd deram em sua casa.

bela noite. – concorda. — e ai? Estão curtindo Los Angeles? – senta-se ao lado da esposa que estava em um sofá de frente para as amigas.

— Callie já me fez andar bastante hoje, espero que amanhã ela não me acorde cedo para correr. – comenta em resumo como tinham aproveitado o dia.

eu disse pra você que voltei a correr? – olha para a ruiva que afirma com a cabeça.

— dar a mão ao Jake e vão juntos. Esse aqui ama fazer essas coisas. – comenta vendo o filho vir correndo e o repreende para andar devagar.

— pai! – mostra um pequeno robô que andava com controle remoto. — Olha isso...

— comprando o meu filho com presentes de novo, Callie? – repreende a amiga observando o filho brincar no chão da sala.

eu quase não o vejo. – argumenta por ter levado um brinquedo que não era tão barato assim...

tia, cadê a Sofia? – pergunta olhando para a morena.

— dessa vez ela teve que ficar em casa, meu amor. – Callie explica dando um carinho no cabelo do menino.

— que pena... – lamenta se levantando do chão. — Estou com saudades dela.

— peça a sua mãe para te levar lá pra casa quando ela for para Seattle. – solta uma piscadela para o menino que abre um sorriso.

ela nunca me leva, sempre vai sozinha. – reclama sentando no colo do pai.

para de querer jogar o meu filho contra mim. – Addison a repreende lançando uma almofada contra ela.

— ela também faz isso com a Sofia, relaxa. – avisa e todos riem.

 

 

Confessa que tinha ficado um pouco hesitando sobre aceitar jantar na casa de Addison com Callie, assim que a ruiva ligou enquanto elas estavam andando pelas ruas de L.A, mas sua mulher tinha ficado tão animada que ela não podia não aceitar o convite. No início, assim que chegaram na casa da ruiva se sentiu um pouco deslocada, não por não incluírem ela em nada, mas porque ela não tinha tanta intimidade quanto Callie com a família. Mas a morena fez questão de entrelaçar seus dedos e sempre voltar a conversa para ela. Callie a conhecia muito bem e sabia todos os seus gestos quando não ficava tão à vontade com alguma coisa. Mas agora elas estavam juntas e Addison e sua família faziam parte da vida de Callie, sempre iria conviver com eles, e não era ruim, Addison tinha formado uma bela família e ficava feliz por ver a mulher tão realizada.
 

O jantar foi divertido, o pequeno Henry era uma graça e pôde conhecer a criança melhor naquela noite, já que fazia muito tempo que a loira não lhe via, pois na maioria das vezes Addison ia sozinha para Seattle. Como combinado, não falaram sobre trabalho durante o jantar, mas sim sobre família. Jake era um bom homem e dava para ver claramente o carinho que tinha pela esposa que era só sorrisos ouvindo as loucas piadas do homem. Devia ser por isso que Mark se dava bem com ele, pois nesse quesito, eles se completavam. Quando deu sua hora, sussurrou para a latina que queria ir embora porque já estava tarde e após se despedirem, foram para a grande casa que tinham alugado.

 

 

 

Ao sair do banheiro a loira encontra uma latina ousada e sexy nua de bruços na cama, com os pés elevados e balançando no ar. Sente o olhar latino cravar em sua pele quando ela anda pelo quarto caçando na mala um objeto que nunca tinham usado antes. Pelo menos ela nunca tinha usado, já pela morena, não poderia falar.
 

é nova? – pergunta mirando o seu corpo que estava com uma lingerie vermelha, e tinha uma calcinha bem transparente e um sutiã coberto com desenhos apedrejados em forma de flores.

— comprei antes de virmos para cá. – acha o objeto e de repente se sente nervosa. ‘’Ainda não creio que farei isso’’. – pensa com o coração acelerado.

o que é isso na sua mão? – a morena pergunta sorrindo. — vamos brincar hoje? - ergue uma das sobrancelhas. 

— no caso, eu irei brincar com você. – avisa deixando a chave de lado e abre o objeto que tinha um frufru preto.

vai me fazer sua prisioneira dra. Robbins? – sorrir mudando de posição na cama e deita de barriga para cima sentindo a loira sentar em seus quadris.

vai ser a nossa primeira vez. – sorrir piscando para a morena.

como? – franze a testa fazendo uma careta.

— quer dizer, a minha, pois pelo visto você já está acostumada a usar algemas. – finge-se de brava dando um tapa no braço da morena que reclama.

— não vamos conversar sobre isso agora, né? esfrega o local que tinha recebido o tapa.

— tudo bem. – semicerra os olhos para a morena. — vou prender seus pulsos acima da cabeça, okay? Mas se machucar me avisa. Eu tenho pavor dessas coisas.

anda mulher! Estou ansiosa. – esfrega uma coxa na outra quando sente o pequeno clique se fechar em seus pulsos.

 

Callie suspende a cabeça em busca de um beijo e por mais que a loira tentasse resistir ao máximo pensando sobre o que faria naquela noite, não conseguia resistir. O olhar da latina sobre sua pele bastava para enlouquece-la, e sentiu a respiração acelerar, seu coração batia pedindo para aquele beijo e quando os lábios se roçaram, tornou-se um beijo terno, carinhoso. E não conseguindo resistir aos lábios latinos, segurou o cabelo da mulher a puxando um pouco mais para si, colocando seus corpos, e no momento que o beijo foi se intensificando, Arizona a afastou com carinho, mas cessou o beijo.
 

— amor, eu já volto. – escorrega para fora da cama indo para a cozinha caçar alguma coisa que pudesse lambuzar a latina submissa que tinha na cama.

— você vai usar o meu danone de chocolate? – pergunta erguendo a cabeça. — Arizona, o que eu vou comer depois? – observa a morena colocar o danone e morangos que estavam na bandeja ao seu lado.

tem mais dois na geladeira, amor. Deixa de ser ruim. – revira os olhos subindo na cama novamente.

 

A loira melou a mão no iogurte e desenhou ondas de chocolate pelo seu peito e o toque frio do iogurte fez com que a morena se arrepiasse. Esfreguei uma coxa na outra, tentando causar fricção no seu clitóris, mas Arizona segurou um dos seus joelhos e abriu suas pernas acomodando-se entre elas, não dando espaço para a mulher.

Os olhos latinos mal permaneciam abertos enquanto longos e suaves suspiros de desejos escapavam pelos seus lábios e a loira descia a língua até seus mamilos. Usou os dentes para provoca-los antes de levar a língua até o doce sobre sua pele e limpá-lo com lambidas curtas e demoradas. O gosto do chocolate provado direto do seu corpo despertou o seu paladar enquanto descia as mãos pelo quadril latino.

 Derrubou mais iogurte sobre os seios da morena, dessa vez direto do pote, e viu seus músculos se contraírem de frio. A camada grossa se espalhava devagar pelo seu tórax. Então se esticou para a bandeja de morangos que estava ao seu lado. Umedeceu os lábios antes de morder só a pontinha da fruta, e deixou que a morena apreciasse a vagareza do movimento e sentiu a morena forçando fechar a perna para esfregar suas coxas, mas a loira mantinha uma das pernas ao meio a impedindo.

 — Vira aqui para mim. – pediu, baixinho. Morde esse morango de novo para eu ver. – Arizona sorriu com tesão nos olhos e repetiu a mordida, ainda mais provocante. Callie se inclinou para sentar e o iogurte escorreu, mas ela não pareceu se importar, pois a beijou por cima do morango que a loira tinha delicadamente colocado na sua boca, antes de morder um pedaço direto dos seus lábios.

A morena fechou os olhos e gemeu, mastigando. Arizona aproveitou a deixa e pegou mais um morango e o lambuzou no chocolate do seu corpo. Callie se deitou mais uma vez colocando as mãos que estavam presas acima da cabeça, e a loira se perdeu nos seios pontudos que estavam em seu alcance… ao alcance da sua língua, ela queria mordê-los e foi exatamente isso que fez.

Passou chocolate nos seus lábios e a trouxe em sua direção. Callie chupou sua boca com fome. — Quero mais morango – pediu.  A loira então pegou na bandeja e colocou ao alcance da sua mordida, mas a morena se virou. Não quero na minha boca. Quero na sua. – Colocou a fruta presa entre os seus dentes e se inclinou. A mão da loira lhe segurou pela nuca enquanto a morena mordia a fruta e o seu lábio indistintamente.

Arizona terminou de lamber o chocolate do seu corpo e a limpou com sua língua, dos mamilos até o umbigo, e a morena se contorcia de prazer sob sua língua enquanto gemia elogios. Tirou os últimos resquícios de chocolate do seu tórax com os dedos e os lambeu. Seus olhos brilharam e ela tocou a intimidade da morena que estava encharcada para senti-la tremer com aquele desespero maravilhoso e retirou os dedos levando-os até a boca. A morena realmente amava quando ela enfiava os dedos na boca. Antes era sem querer, mas agora ela fazia isso sempre, e de propósito.

Escorregou o corpo mais para baixo e se enfiou estrategicamente estre as pernas da mulher tocando com o indicador na entrada de sua intimidade e ficou subindo e descendo os dedos até o seu clitóris em uma provocação insuportável. Ouviu a morena gritar com força e puta que pariu! Ela queria mais...

— Se eu te botar na boca você jura que não goza?sussurrou no ouvido da latina que estava se esforçando para não gozar.Porque eu quero te ouvir gozar no meu ouvido e com os meus dedos dentro de você.

— eu posso tentar...arfa, mas eu não estava conseguindo convencer nem a si mesma e do jeito que seu corpo gritava desesperado buscando o alívio, ela tive certeza de que Arizona não acreditaria mesmo se ela mentisse.

 Acho que não, não é? a loira sorriu e lhe beijou. Seu corpo estava sobre o dela, as duas melecadas de doce e suadas de desejo. Sua boca tinha um gosto melhor do que qualquer coisa e ela viu o suor se formando na testa da morena e sorriu entre os lábios latinos.
 

Callie viu o morango na mão que Arizona desceu para a sua virilha antes que ela o esfregasse nela, molhada. Depois o trouxe para a própria boca e o comeu. A morena moveu o quadril em desespero, ela precisava de um orgasmo naquele exato momento, ou ia começar a convulsionar. Arizona enfiou o nariz na curva do pescoço latino e lhe lambeu do ombro até a orelha. – Esse teu suor de tesão é mais gostoso do que chocolate.sussurra provocativa.

A loira enfiou três dedos com força, com uma certa brutalidade, sem aviso prévio e quando o sexo acabasse, aquilo ia doer como o inferno. Mas ela nem sequer hesitou e continuou a lhe penetrar. A boca da morena se abria sozinha e ela sentia o orgasmo se formando entre sua virilha e seu umbigo. Poderia ter ficado com vergonha dos seus urros animalescos se eles não se comparassem aos de Arizona em número e intensidade. Ela lhe estocava forte e gostoso, e mesmo estando seguramente dentro de casa, viu estrelas. O orgasmo que teve foi tão forte que demorou a voltar a consciência e abrir os olhos.

 

me solta. – pede arfante. — minhas mãos estão dormentes e eu quero me vingar de você.

se vingar? – ergue a cabeça encarando os olhos castanhos. — eu apenas fiz o que senti vontade.

então me solta agora para eu fazer com você o que estou sentindo vontade. – coloca as mãos presas para frente do corpo saindo da posição que estava.

okay, vou pegar a chave. – olha para a mesinha que ficava ao lado da cama e engole em seco quando não ver a chave em cima. Olha pelo chão e olha de relance para a latina que estava com os olhos fechados na cama. Abre a mala de Callie olhando por cima se a chave tinha caído no meio de suas roupas. – ‘’Droga! Ela estava ferrada’’. Se ajoelha no chão inclinando o corpo para baixo e seu coração começa acelerar quando não ver a minúscula peça prata a qual tinha tocado antes de pegar as algemas.

que demora é essa Arizona? – a morena pergunta abrindo os olhos e não encontrando a mulher em seu campo de visão.

amor? – levanta do chão um pouco assustada.

— o que foi? – olha para os olhos arregalados da loira.

— não estou achando a chave para abrir as algemas. – confessa estalando os dedos, nervosa. — você está de brincadeira comigo? – fala alto ficando preocupada. — você procurou direito? – tanta manter a calma se sentando na cama.

eu juro que sim. – olha para os lados indo em direção ao banheiro.

procura de novo: no chão do quarto, dentro das malas, no banheiro. – se levanta da cama com as mãos presas resmungando. — isso é ridículo!

eu já procurei por todo lugar desse quarto e nada. – sai do banheiro levantando os lençóis da cama na esperança de encontrar a pequena peça da cor prata.

se isso for uma brincadeira é de muito mal gosto. – fala alto chutando a mala com um dos pés para ver se o objeto estava embaixo.

eu não estou brincando. – passa as mãos no cabelo, nervosa. — E para de gritar que está me deixando nervosa

— eu não acredito que isso está acontecendo comigo. — senta-se na cama jogando o corpo para trás. — Só posso ter jogado pedra na cruz.

— Callie eu vou ter que ligar para alguém vir nos ajudar. – veste um short jeans e um blusão de manga, colocando um casaco por cima já que estava sem sutiã.

a portaria funciona vinte e quatro horas, vai ver se eles conhecem alguém que possa vir aqui. – observa a loira colocar seu pá de chinelos e sair correndo porta a fora. — estou fodida. – resmunga para si mesma.
 

 

Da portaria do condomínio até a casa era um pouco longe, então a loira pegou o carro e foi até a entrada da localidade e ao chegar lá perguntou se o porteiro conhecia alguém de confiança para ajudá-la. Não tinha dito o que era, mas precisava de um chaveiro urgente. Por sorte o homem tinha um amigo que trabalhava também pela redondeza e ligou para o senhor e aí Arizona explicou resumidamente que ‘’tinha uma algema em casa, e que acabou perdendo a chave e uma pessoa estava presa nela’’. O homem lhe informou que em vinte minutos chegaria, e assim, ela retornou para casa.

 

e ai? – Callie pergunta assim que a loira entra no quarto. A mulher estava sentada, encostada na cabeceira da cama.

— o chaveiro disse que daqui a vinte minutos ele chega. – suspira sentando na beirada da cama. — amor, desculpa. – olha para a latina que estava com um semblante fechado.

irei dar uma de Arizona agora e não aceitarei suas desculpas. – resmunga formando um bico enorme no rosto. — se fosse ao contrário você tinha dado um chilique. – reclama e Arizona prende a risada na garganta. — e para de fazer essa cara como se quisesse rir de mim.

confessa que a situação é bem cômica. – sorrir de lado fazendo um coque no alto da cabeça.

isso nunca aconteceu antes. – se arrasta para deitar na cama. — tinha que acontecer justamente com a gente, hoje. — agora vem aqui e me cobre para que ele não me veja nua.
 

Enquanto esperam o chaveiro chegar, Arizona vai até a cozinha levar a bandeja que estava com morangos e o pote vazio de danone. Ao retornar para o quarto olha pelas roupas no chão para ver se não estava entre elas, e nada. Como ela foi perder aquela peça minúscula?

 

— quando ele chegar você tampa o meu rosto. – a latina fala. Ela estava de mal humor e Arizona tinha parado de puxar assunto.

você já está toda coberta, vai ficar sufocada. – avisa.

eu não quero que o chaveiro olhe para a minha cara. – argumenta pela vergonha que iria ser quando o homem chegasse no quarto.

— mas ele vai ver o seu cabelo e se me ver por aí acompanhada de alguma morena, pela cor do cabelo saberá do mesmo jeito. – sorrir ao observar a tentativa da latina de lhe oferecer o dedo do meio.

não faz isso ser mais embaraçoso que já é. – rosna para a loira. — E acredite, eu vou te matar quando sair daqui e ele não nos verá por aí juntas.

— eu não fiz por mal. – desculpa-se — eu juro que coloquei a chave na mesinha. – aponta para a mesa de madeira e escutam a campainha. — ele chegou! – antes de sair do quarto joga um pano no rosto da latina que fica esperando ser solta. 



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