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História "I STILL WANT YOU" - G-Dragon - "Nos encontraremos..."


Escrita por: MochiOnii-sama

Capítulo 1 - "Nos encontraremos..."


______ On

 

A chuva está densa, eu não consigo enxergar um palmo na minha frente e estou sentindo sintomas de uma possível morte por hipotermia. Tudo o que tem no meu corpo agora é uma camisa social branca que está totalmente transparente por estar encharcada, minha calça preta que está pesada e colada em meu corpo, minhas botas pretas e minha arma na cintura. Todo o sangue que pouco tempo atrás estava presente na minha roupa foi levado pela chuva apenas deixando manchas avermelhadas no tecido branco, o vento está forte e a cada passo que dou meu corpo pesa mais e mais.

Eu perdi tudo... perdi meus amigos, perdi o que costumava ser minha família, perdi meus cachorros... perdi o amor da minha vida...

Se me dissessem um mês atrás que Jiyong estaria morto hoje eu ia gargalhar, ele é inteligente, frio e calculista com suas ações então então era muito mais fácil a possibilidade de ele morrer velho enquanto dormia. Cerca de uma hora atrás eu fui dar meu último adeus ao meu único e verdadeiro amor, aproveitei e me livrei de todos os vermes que tornaram minha vida o pior dos pesadelos, mas eu não daria o luxo deles terem uma morte rápida e indolor, eu queria que eles sentissem a minha dor, o que eu senti quando perdi ele, mesmo sabendo que eles não iriam chegar nem perto do que eu passei.

Cheguei na ponte em que tivemos um dos nosso encontros, um dos nossos melhores, eu nem consigo acreditar que cheguei tão longe afinal a ponte é bem longe da cidade. A chuva não parou um minuto sequer e tudo em que eu consigo pensar é nele, sei que ele não ficaria nem um pouco orgulhoso por me ver assim mas sei que ele ficaria do mesmo jeito ou até pior.

Nesse exato momento eu estou sentada na borda da ponte feita de cimento e madeira, pelos últimos momentos que tenho restando de vida quero pensar em todos os bons momentos que tive com meu baby, em cada sorriso bobo, em cada beijo, cada foda, cada aposta idiota que fazíamos só pra provocar, cada idiotice que fizemos, como da vez em que estávamos fazendo panquecas no liquidificador e esquecemos de por a tampa assim sujando toda a nossa cozinha até o teto, cada momento em que apenas ficávamos apenas de bobeira na cama agarradinhos trocando carícias, todos os momentos que ficávamos atoa por ai... Finalmente me posiciono em pé no pequeno muro que tinha ali como uma proteção e observo o rio abaixo de mim.

A correnteza está forte o suficiente para me matar pelo menos afogada. Sem hesitar nem por um momento...

 

Eu pulo...

 

Tudo o que senti foi meu corpo colidir com a água e logo depois ser tomado pela escuridão enquanto na minha mente ainda via o rosto radiante do amor da minha vida sorridente.

 

× 1 Mês atrás ×

 

Eu e Jiyong estamos deitados abraçados no quarto assistindo um filme qualquer que não tínhamos a menor ideia de qual era o nome ou do que se tratava já que nossa atenção não estava exatamente no filme, e sim nas carícias e beijos apaixonados que estávamos trocando, pareciamos dois adolescentes bobos apaixonados.

Estamos juntos há cerca de 6 anos ao todo, já que antes de ficarmos juntos de verdade apenas dormiamos juntos e saíamos às vezes e essa brincadeira toda levou 2 anos até ser oficializado. Nos conhecemos em uma boate, eu estava trabalhando em uma das boates mais famosas do lado oculto de Seul, ali naquele lugar não tinha gente boa, você pode confiar em qualquer um que não conheça esse lugar, eu apenas faço pole dance e às vezes quando preciso eu ajudo as garçonetes mas nada mais, sei que qualquer um dos caras daqui daria uma grana preta pra ter uma brasileira como eu na cama, mas nosso patrão que me trata mais como uma filha do que empregada ele disse que nunca permitirá uma coisa como essa comigo, até ele chegar... G-D o traficante mais barra pesada de toda Seul, todas as garotas da boate nunca chegaram perto dele, elas o temem, e tudo o que eu sinto olhando para ele não tem nada haver com medo e sim com a mais pura curiosidade, ele tem o olhar mais cativante que eu já presenciei na vida, ele não precisava dizer que me queria, o olhar dele me deixava em chamas, ele não precisava nem me tocar e eu já me arrepiava.

Depois de vir 3 meses seguidos sem foder nenhuma das garotas ou pedir serviços ele finalmente sumiu sem deixar rastros, isso durou umas 3 semanas e claro que aquilo me deixou chateada, eu tinha amado o jovem rapaz. O patrão me chamou para conversar no momento em que eu pisei na boate para mais uma noite de trabalho. Conversamos por muito pouco tempo mas foi o suficiente para me deixar meio nervosa e com medo, mesmo que contra gosto ele me vendeu para G-D. Ele sabia que eu não tinha ninguém na vida e nenhum amigo e disse que ele me prometeu uma boa vida por mais que fosse tentador eu não queria aquilo, tudo o que eu queria era paz e silêncio.

Mas aqui estou eu, depois de anos e não consigo me ver em um futuro sem ele, estávamos de boa quando um Daesung abre a porta como um furacão.

-NOS ENTREGARAM- Dae.

-O QUE?? ? - Disse completamente furioso se levantando da cama - ______ - Se vira para mim - se arruma Bae que a gente tem que dar o fora.

-Sim - queria transmitir paz, não queria mais confusão e nervosismo para deixar o momento pior então fomos todos nos arrumar. Eu e G-D estamos a caminho de uma casa de campo em um carro preto blindado, nossas mochilas estão no banco de trás junto de algumas coisas importantes para nós.

 

× Q.D.T ×

Já chegamos e arrumamos nossas coisas para passarmos o tempo aqui só nós dois.

Jiyong: Jagiya, eu vou lá fora pegar um pouco de lenha para a lareira - me dá um beijo no topo da cabeça.

- Certo, tome cuidado.

E assim ele foi, mas eu estava muito apreensiva, sentia que ia acontecer algo então fui atrás do meu garoto, mas claro sem deixar minha preciosa em casa.

Estou andando há cerca de 30 minutos e nem sinal de G-D, era para ele estar por perto e eu estou quase chegando no limite do vasto terreno até escutar um barulho um tanto estranho vindo da minha esquerda, então sinto um par de mãos me segurando tentando me imobilizar mas eu fui mais rápida e dei uma rasteira no sujeito e saquei minha arma, quando estava prestes a atirar vi que era apenas Jiyong.

-YAH!!! Seu vacilão, eu fiquei preocupada com você - ajudei ele a se levantar do chão.

Jiyong: Calma baby, eu só queria te testar.

- Testar??

Jiyong: Sim, estão atrás de mim e eu não descansaria em paz se soubesse que fizeram algo com você.

-Para com com isso Ji, nada vai acontecer, nem com você nem comigo.

Ele me abraça fortemente e assim voltamos para a casa, tomamos banho e nos deitamos afinal estamos exaustos, foi um dia e tanto.

 

~ Uma semana depois ~

 

Hoje é nosso último dia aqui na casa de campo, estamos terminando de colocar as coisas no carro para finalmente voltarmos para casa mas claro que não é a mesma casa, não somos tão idiotas.

Durante a semana foi tudo normal, nós abraçamos, beijamos e fodemos pra caralho, nada fora do comum. Finalmente chegamos em casa e tudo está limpo e no lugar, todos os guardas estão em seus devidos lugares e Jiyong está no escritório dele resolvendo alguns assuntos pendentes.

Estou no fundo da casa jogando vôlei com um dos meus únicos amigos; Kim Minseok ou para os mais próximos Xiumin. Ele é primo de Jiyong e os dois são realmente parecidos, até da medo. Estamos conversando jogando e comendo quando Ji vem até nós e diz que precisa conversar com Xiumin, então pra não ficar atoa ali suada e sem saber se ele vai voltar pra brincar comigo decido ir até o quarto que divido com Ji e tomar um banho.

Algumas horas mais tarde estávamos todos na sala de estar assistindo um filme de terror e comendo pizza, estava tudo indo muito bem até Ji se levantar e pausar o filme fazendo eu e os meninos vaia-lo de brincadeira

-Uuuuuuuhh -coloco uma das mãos em volta da boca para dar um eco melhor.

-Uuuuuuuhh lixooo- Taeyang.

-Aaaaah PORRA, logo na melhor parte- SeunGri.

Jiyong: Calma, calma - Dae joga uma almofada na cara de Ji - Eu disse calma caralho - silêncio - eu preciso falar de um assunto sério com todos vocês.

Silêncio...

Jiyong: Nós vamos ter que nos separar por um tempo.

SeunGri: O que?? Porque??

Jiyong: Fomos descobertos e é só uma questão de tempo até virem e nos prenderem ou pior... matarem -meu cu trancou e não foi pouco.

Dae: Nós vamos sumir juntos? Tipo, a gente vai ir todo mundo junto neh?

Jiyong: Infelizmente não Dae, temos que ficar longe da vista por enquanto, mas todos iremos manter contato e em pouco tempo voltaremos a ficar todos juntos mas em outro lugar, aqui não da mais.

Continuamos a dabater o assunto par mais um tempo, e fomos dormir já que sairemos amanhã bem cedo.

 

× Duas semanas depois  ×

 

Todos nos mudamos, eu, Jiyong e Xiumin estamos em seul, estamos mantendo contato com os outros mas tem sido meio complicado, nós não moramos em apartamento pois um dos vizinhos poderia ver e ouvir nossas conversas então estamos morando em um dos bairros nobres, uma vez recebemos a visita dos garotos e passamos dois dias só zoando por ai e em casa também porque quem tem limites é munícipio porra.

Ji tem estado muito ocupado recentemente, não nos tocamos mais com tanta frequência mas ainda sim o amor continua o mesmo, forte e ardente. Às vezes ele sai por algumas horas e me deixa com Xiumin em casa, mas ele sempre sai acompanhado com algum segurança armado até os dentes.

× 4 dias depois × 

 

Fazem 4 dias que Ji sumiu e já estou subindo pelas paredes, Xiumin não está diferente de mim mas ele sempre tenta parecer calmo para não me deixar mais nervosa do que já estou.

Eu já não aguento mais isso, a única possibilidade que na minha cabeça é a que ele está morto em algum lugar do globo, e isso me assunta. Não quero pensar coisas negativas mas se tornou impossível desde que ele sumiu, estou nesse exato momento indo sozinha até a mansão onde morávamos no meio do nada para ver se achava alguma coisa ou alguém.

Estou já subindo para o segundo andar procurar alguma indicação de que alguém esteve aqui nas últimas horas mas não encontro nada, o chão está sujo e os móveis cobertos por lençóis. Paro no meio da escado quando escuto meu celular tocar, vejo que era um número desconhecido, atendo desesperadamente, afinal podia ser Ji.

XXX- Olá princesa.

Essa com certeza não é a voz do meu Ji.

- Quem é você? - Fui curta e grossa.

XXX- Ninguém importante...

- O que quer?

XXX- Nada de mais, apenas... o seu namorado morto.

Nessa hora eu perdi meu chão, entrei em pânico mas não podia demonstrar isso.

-QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM G-D??? -Aparentemente não consegui mantar a calma.

- Calma neném, a essa hora ele já foi para um lugar melhor.

-C-como é?

-Ele está em casa te esperando, não demore.

Ligação encerrada...

A cada segundo que passava naquela estrada meu corpo se enchia com mais e mais desespero. Segundo pareciam horas, minutos paraciam dias e horas pareciam Anos.

Finalmente chego na cidade e vou direto com toda a velocidade para casa, mas de longe consigo ver... fumaça? Que porra é essa.

Quanto mais eu chego perto de casa mais a fumaça se espalha, o desespero já encheu todo o meu corpo, eu sinto como se meu coração fosse sair pela boca a qualquer segundo. Argh NÃO AGUENTO MAIS.

Finalmente... cheguei...

A polícia e os bombeiros... estão todos lá, aqui tem muitas pessoas, porra vão cuidar da vida de vocês.

Estaciono o carro de qualquer jeito no meio da rua e desço correndo indo em direção a minha casa mas sou barrada pelos policiais.

P1- Calma dona, não da pra entrar agora.

-Mas- sou cortada pelo segundo policial.

P2- Não se preocupe dona a sua casa não foi completamente destruída.

E QUEM CARALHOS LIGA PRA CASA AGORA??? ?? ?

-O AMOR DA MINHA VIDA TÁ LÁ DENTRO PORRA - Bato nos braços dos policiais correndo pra dentro de casa com eles gritando para mim parar.

O primeiro andar todo cheira a gasolina e fumaça e isso me faz tossir um poico, aparentemente ele não está aqui então subo correndo pelas escadas que foram quase que completamente tomadas pelas chamas, a primeira coisa que faço é ir correndo direto pelo corredor para o meu quarto, nada. A maldita porta tá trancada e parte da parede do corredor e minha porta tem símbolos estranhos que só depois descubro serem letras que faziam um "recado"; "Não contenha sua felicidade =), venha comemorar conosco" em seguida tinha um endereço que me levaria a minha antiga boate.

A fumaça estava forte e fazia meus olhos lacrimejarem pela ardência, tento mais uma vez verificar a porta mas está realmente trancada, porra. Saco a arma e dou um tiro explodindo a maçaneta assim garantindo minha entrada, no momento em que empurro a porta a primeira visão que tenho é de um corpo todo amordaçado e com um saco na cabeça na nossa cama e muito sangue nos lençóis que costumavam ser brancos.

Quando estou prestes a entrar completamente no quarto alguém que eu denomino ser um bombeiro me puxa com tudo me levando no mesmo momento em que cai um pedaço no teto no lugar onde estava parada.

Sou carregada para fora de casa, mas não faço nada pra impedir porque estava completamente destruída por dentro e não conseguia escutar mais nada ao meu redor. O mesmo bombeiro que estava me carregando me ponha sentada em cima de uma maca e pede para um dos paramédicos verificar se eu não tinha nenhum ferimento, idiotas. Estou ferida sim, mas isso não é uma coisa que vocês possam curar.

Fiquei ali... apenas sentada me torturando com a visão de toda a nossa casa ser tomada e destruída pelas chamas. Fiquei cerca de 2 horas ali sentada assistindo todo aquele espetáculo estreando meu marido e meu pior pesadelo enquanto não parei um segundo se quer de chorar, eu não fazia barulho algum, tudo o que fazia era deixar as lágrimas grossas e pesadas escorregarem pela minha face.

Finalmente me levanto dali, andando lentamente para meu carro, ainda é possível sentir o calor emanando do quase encerrado incêndio. Eu apenas não consigo raciocinar mais de forma racional. Me levanto da maca e saio dali lentamente andando sem rumo algum pelas ruas de Seul que agora estão frias e iluminadas por ser quase noite. O tempo está frio e a ventania de uma possível tempestade esta presente também, e estava certa sobre isso pois logo sinto pingos grossos da chuva batendo contra meu corpo, há milhares de pessoas na rua todas bem vestidas e agasalhadas tentando correr para se proteger da chuva, continuo no mesmo ritmo lento pela grande avenida até sentir um grade impacto contra meu corpo...

 



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