História I Think I Love U - Capítulo 23

"Diga que eu vou lutar para tê-lo."

A frase se repetia na minha cabeça várias vezes. 

"Lutar para tê-lo..."

Eu já estava no quarto. Anne tinha me pedido tantas desculpas que eu me senti mal por ela ter se preocupado tanto. Madeline só era mais uma entre tantas pessoas que apenas se importavam com dinheiro e nome. 

Eles acabaram fechando negócio, Anne já não estava tão alegre com o feito, mas o pai da Kend era diferente da mulher dele. Então as coisas correram bem depois de tudo. 

Harry tinha me dado boa noite todo sem jeito. Nós estávamos agindo estranho um com outro porque ele estava magoado e eu não conseguia pensar em nada a não ser na Kend pedindo um favor impossível para mim. 

Fiquei viajando em meus pensamentos, sentado no carpete cor de creme no quarto de hóspedes. 

Esperei por Harry. 

Esperei por ele quase uma hora. Era uma da manhã quando eu verifiquei o relógio. Eu queria que ele viesse, como ele fizera da outra vez. Queria que ele viesse até mim e então eu pediria desculpas a ele e queria ouvir dele que tudo estava bem. 

Mas ele não deu sinal algum. 

Meu coração voltou a disparar. Kend podia ser melhor para ele. Ela não se sentiria errada em andar com ele nas ruas de mãos dadas, ela podia o fazer feliz... Ela ia lutar para tê-lo, não? 

Lágrimas rolaram pelos meus olhos. Eu não podia deixar aquilo acontecer, eu o amava, não amava? 

Por que era tão difícil dizer isso em voz alta? 

"Diga ao Harry... Por favor... Vou lutar para tê-lo..."

Limpei as lágrimas, decidido. 

Eu é quem iria procurar por Harry. 

Abri a porta evitando qualquer barulho. A casa estava escura e silenciosa. Eu usava apenas meias nos pés, uma camisa com mangas compridas e uma calça moletom velha que havia trazido comigo na mala. 

Com passos leves andei até a porta do quarto do Harry, e não bati, apenas entrei apressado respirando pesado. 

Não havia nenhum sinal dele. O quarto estava mal iluminado pelas luzes vindas das ruas. Ouvi um som abafado de água caindo, Harry tomava outro banho. 

Pensei em abrir a porta do banheiro e o atacá-lo lá mesmo. Pedir desculpas e dizer a ele que "sim, eu estava pronto" ou "dane-se tudo, não precisa ser segredo, não mais".

Enquanto eu ensaiava as palavras, Harry saía do banheiro, com uma toalha enrolada na cintura, cabelos úmidos e os ombros brilhavam enquanto ele fechava a porta. Ele não tinha me visto ainda e eu perdi todas as falas que havia planejado dizer a ele. 

Corri até ele e o puxei para beijá-lo. Ele se assustou de primeira, mas não afastou o beijo. Ele me beijava de volta com a mesma intensidade. Nossas bocas não se soltavam e eu sentia sua respiração pesada batendo contra o meu rosto. 

  - Me desculpe. - Eu murmurei entre os beijos, o puxando mais e mais para perto. 

Harry tentava falar mas eu não permitia. Não conseguia tirar a minha boca da dele. Tanto que meus lábios ardiam. 

O empurrei fazendo ele dar passos desajeitados para trás em direção a cama. Assim que ele caiu no colchão, eu subi em cima dele, beijando todo o seu rosto. 

  - Louis... - Ele disse fraco. 

Corri meus lábios pelo seu pescoço passando minha língua pela sua pele molhada, sentindo o saber da água quente da ducha que ele havia tomado. 

  - Me perdoe. - Sussurrei voltando a beijar sua boca urgentemente. 

Harry me parou quando meus dedos começaram a puxar sua toalha. 

  - Espere. - Ele me empurrou, gentilmente. 

Eu tirei suas mãos do meu peito e voltei a beijá-lo. 

  - Louis... Espere. - Ele murmurou. 

Eu não queria esperar, eu queria beijá-lo para sempre. Eu queria provar a ele que eu podia ser como ele queria. Estava tudo bem, não estava? 

Eu ia conseguir... Eu ia...

  - Pare. - Ele disse segurando meus pusos. 

  - Me deixe tocar em você. - Eu pedi entre minha respiração desesperada. 

  - Louis, o que houve? - Ele perguntou, soltando meus pulsos devagar. Suas mãos seguravam a minha cintura e ele me empurrou com cuidado para sair de cima dele. 

  - Eu só quero... - Parei de falar, me sentando e levando meu corpo em direção ao dele novamente, beijando seu queixo e sua bochecha. 

  - Pare. - Ele falou se levantando, um pouco irritado, estendendo sua mão a sua frente avisando para que eu não me aproximasse dele - O que está fazendo? 

Era isso. Ele estava me rejeitando. Tentei segurar as lágrimas em meus olhos mas não consegui, elas escorreram e eu sequei meu rosto com força, deixando minha pele queimar por conta do pano da camisa arrastando no meu rosto. 

Me levantei rápido indo em direção a porta. Eu era uma vergonha mesmo. E Harry estava me rejeitando. Talvez Kend era melhor que eu. 

Kend... Kend... Kend... Kend

 Harry me alcançou, impedindo que eu abrisse a porta. Ele me puxou pelo braço me fazendo voltar para a cama e sentar a sua frente. 

  - Pelo amor de Deus, me conte o que houve. - Ele pediu quase desesperado, com uma expressão preocupada - É sobre mais cedo? Olha está tudo bem... 

 - Pare de agir como se você se importasse. - Eu falei, tirando suas mãos das minhas. 

Harry pareceu confuso. 

  - O quê? 

  - Está me rejeitando. - Eu continuei - Por que? Foi ela, né? - Eu perguntei ríspido - Você a viu e agora está pensando que talvez ela seja melhor para você. 

  - Do que você... - Harry começou, mas eu o parei. 

  - Você está certo. - Eu me levantei e Harry fez o mesmo, ficando em frente a mim - Ela é melhor para você. É isso que você quer, não é? - Minha garganta se apertou, dizer aquilo estava doendo - Você quer alguém que não precise esconder. Ela é a pessoa certa, Harry. - Minha voz saiu embargada - Ela é a pessoa certa para você, eu não posso... - Comecei a chorar. 

Eu via o rosto dele todo embaçado, mas ainda assim conseguia perceber sua expressão confusa. 

  - Louis, para. - Ele pediu, se aproximando. 

  - Com ela vai ser diferente. - Eu falei, me afastando - Vai ser como você quer que seja. - Eu funguei. 

Harry balançava a cabeça, negando. 

  - Tudo bem se você a quiser, eu vou entender. - Falei com minha voz chorosa e fraca. 

Harry foi mais rápido e eu não consegui fugir, ele me alcançou me colocando contra a parede. 

  - Pare. - Harry disse com a voz firme e calma - Isso está me machucando e você não sabe o quanto. 

Tentei o afastar, mas ele não me deixou o fazer. 

  - Quantas vezes eu preciso dizer que é você quem eu quero. - Ele falou ainda calmo, seus olhos se fecharam - É você quem eu quero, é você quem eu quero, é você quem eu quero... 

  - Mas com ela não vai ser um segredo. - Eu sussurrei. 

Harry riu anasalado, baixinho, como se eu tivesse contado uma piadinha idiota.

  - Se você continuar me jogando para outra pessoa eu vou achar que não gosta de mim de verdade. - Ele abriu os olhos e estavam marejados. 

  - Mas eu gosto. - Falei desesperado. 

  - Então para de dizer essas coisas pra mim. - Ele implorou, sua testa tocou a minha. 

Ele me beijou levemente nos lábios, paciente. 

  - Eu não me importo, nós podemos manter isso em segredo. - Ele deixou um beijo no canto dos meus lábios - Eu vou esperar o tempo que for preciso, até você sentir que está tudo bem. 

Segurei o seu rosto e o beijei, sugando seus lábios apaixonadamente, porque eu era apaixonado por ele, muito apaixonado. 

Harry apertava minha cintura com as pontas dos seus dedos e suas mãos deslizaram mais abaixo me fazendo gemer com o toque. Passei minhas mãos pelo seu peito nu que já havia secado explorando toda a sua pele à mostra com meus dedos. Ele era tão macio. 

Harry andou para trás caindo na cama me levando junto a ele. Eu estava em cima e ele em baixo, mergulhando seus dedos por dentro da minha calça de moletom. 

Desci deixando beijos molhados em seu pescoço e peito. Lambi e mordisquei seus mamilos e depositei vários beijos em seu abdômen. 

Olhei para ele quando pousei minhas mãos no único pano macio e branco que ele usava. Vi Harry passar os dentes no lábio inferior. Puxei o pano e vi seu membro pronto para mim. 

Levei minhas mãos até ele o apertando e ouvi Harry gemer baixo. 

 Aproximei meu rosto e beijei a ponta devagar, fazendo Harry estremecer. Comecei a lamber sua glande e deixar beijos estalados. 

  - Você... V-você.. - Harry balbuciava - Isso... Isso é bom. - Ele falou com dificuldade. 

Passei a língua em toda sua volta e movimentei minhas mãos para baixo e para cima em um ritmo lento. 

  - Louis... - Harry chamou, apertando os olhos. 

O coloquei em minha boca e o chupei repetidas vezes, sentindo seu gosto em toda a minha língua. O levei até o fim várias vezes, sua glande tocava a minha garganta e Harry puxava meus cabelos gentil, sem força. 

Só parei quando Harry me puxou para cima, beijando minha boca necessitado. 

Ele ergueu minha camisa, passando-a pela minha cabeça com minha ajuda. Depois me ajudou a me desfazer das roupas de baixo também. 

Ele deitou em cima de mim, esfregando nossos membros um no outro, seu quadril mantinha um movimento rápido e eu estava me segurando para não gemer. 

  - Quero você dentro de mim. - Eu falei de repente. 

Harry parou os movimentos. Ele pareceu surpreso e animado ao mesmo tempo. 

  - O que? - Eu perguntei quando ele não disse nada - Falei algo errado?

  - Não... - Ele me beijou - Não. - Repetiu. 

Harry saiu de cima de mim e foi vasculhar o closet. Eu não entendi nada, mas nem consegui pensar direito porque quando ele saiu andando nu daquele jeito eu corei, vendo sua bunda pálida e bem desenhada se movendo. 

Quando ele voltou, segurava um vidrinho e uma embalagem na mesma mão. 

Ele deixou o vidro no criado mudo e se deitou em cima de mim, mostrando a embalagem entre seus dedos. 

  - Nós não usamos isso na outra vez, eu não sei... Eu me esqueci. - Ele falou meio enrolado - O Ed acabou me fazendo pensar sobre e eu... 

  - Ed? - Arqueei as sobrancelhas. 

  - É...Meu primo. - Ele esclareceu rindo - Eu tive uma conversa com ele e... 

  - Não quero usar isso. - Falei olhando para o preservativo - Não usamos da outra vez. - Acrescentei, tirando a embalagem da mão dele e jogando pro lado - Quero senti-lo. - E eu confiava nele, assim como ele confiava em mim. 

Harry ponderou por um momento e mordeu os lábios, depois assentiu me beijando novamente. 

Harry pegou o vidro que estava escrito "lubrificante" e me olhou com desejo. 

  - Isso vai ajudar a ser mais fácil. - Ele explicou, como se eu já não soubesse. 

Ele molhou um dedo no líquido transparente e voltou a me beijar fazendo um movimento, deixando uma perna dele no meio das minhas. Ainda me beijando ele puxou minha coxa para que minha perna ficasse em cima do seu quadril. 

Suas mãos deslizaram-se até a minha nádega que estava levantada e senti a ponta do seu dedo massageando minha entrada. Gemi em sua boca e Harry sorriu abafado. 

  - Me diga quando estiver pronto. - Ele sussurrou. 

Eu assenti engolindo em seco. 

Seu dedo ainda me massageava e senti minha entrada pulsar com seu toque. 

  - Estou pronto. - Avisei ofegante. Eu precisava tanto disso que nem sabia se estava mesmo pronto. Eu só queria que acontecesse logo, eu precisava urgentemente. 

Harry beijou meu queixo e meus lábios antes de afundar o seu dedo lentamente em mim. 

Gemi baixinho contra seu pescoço. Seu braço estava atrás da minha cabeça apoiando a mesma. 

Ele aumentou os movimentos e eu só conseguia gemer e aproveitar a sensação nova que eu estava tendo. Era bom. Muito bom. 

Passei minhas mãos na lateral do seu corpo branco e macio que estava colado ao meu, parando minhas mãos em sua bunda, Harry respirou pesadamente. Senti um segundo dedo entrando devagar em mim e choraminguei abafado no peito de Harry. 

  - Tudo bem? - Ele perguntou. 

  - Sim. - Falei entre um gemido. 

Ele continuou com os movimentos lentos e depois mudou a velocidade. 

Harry só tirou os dedos de mim quando eu pedi a ele que me penetrasse usando outra coisa. E ele lambeu os lábios. 

Ele tirou minha perna da lateral do seu quadril e virou meu corpo, me deitando com as costas no colchão, ele deixou um beijo rápido na minha boca antes de pegar o vidro novamente e espalhar o líquido no próprio membro, depois passou um pouco em mim também. 

  - Me avise se eu machucar você. - Ele pediu. 

Eu assenti. 

Eu não estava assustado, talvez um pouco nervoso, mas não assustado. Como sempre, Harry fazia com que fosse mais fácil, ele era perfeito e eu me sentia certo com ele. 

  - Eu vou parar se você disser para que eu pare. - Ele acrescentou.

Suas mãos passaram pela minha coxa vagarosamente, depois ele abriu as minhas pernas para encaixar seu corpo ali. 

Me beijou várias vezes antes de começar. 

Senti a ponta molhada do seu membro me roçando, e Harry me estudava observando minha reação, esperando que eu desse algum sinal para que ele continuasse. Eu balancei a cabeça afirmativamente mordendo os lábios. 

Harry olhou para baixo e usou a mão para acertar o lugar. 

Primeiro eu senti arder um pouco, depois ardeu muito e eu não pedi para que ele parasse porque assim que os movimentos de ida e volta me acostumaram, eu senti prazer. 

Tanto prazer que eu pedi para que ele se movesse mais e mais. 

  - Você é muito gostoso. - Harry falou entre sua respiração pesada. 

Aquilo me fez o querer mais dentro de mim do que nunca. 

  - Mais... - Eu disse ofegante - Vai mais... 

Eu não conseguia falar direito, mas ele havia entendido porque suas estocadas ficaram mais fortes. 

Choraminguei de prazer e Harry gemia meu nome. 

E os sons do sexo secreto me fazia gemer de prazer e desejar que só estivesse nós dois naquela casa para que eu pudesse gritar e ouvir Harry gemer meu nome mais alto. 

Quando Harry viu minha mão decendo até o meu membro para me tocar, ele puxou meus braços para cima, segurando meus pulsos um de cada lado da minha cabeça, me prendendo. 

  - Quero que goze sem se tocar. - Ele falou baixo, depositando um beijo quente e molhado em meus lábios. 

Suas mãos seguraram as minhas e nossos dedos se entrelaçaram. Percebi cada detalhe dele naquele momento. 

Em como suas mãos eram maiores que as minhas, seus braços e pernas mais compridos. Até o seu cabelo estava crescendo, deixando uma franja de caixos na sua testa. 

Meus pensamentos cessaram quando senti um prazer enorme tomando conta do meu corpo, Harry estava surrando o lugar certo naquela hora. 

  - Isso. - Eu gemi para ele. 

Ele continuou acertando o mesmo lugar me fazendo gemer descontroladamente e abafado contra o seu pescoço. Suas mãos apertavam mais as minhas. 

  - Eu te amo. - Ele disse abrindo a boca e fechando ao mesmo tempo em que entrava e saia de dentro de mim com força. Esfregando seu rosto na lateral do meu, depois beijando e mordendo meu ombro. 

Eu não consegui responder. 

Estremeci fortemente na cama, minhas pernas tremeram de prazer e meu coração estava acelerado. 

Apertei suas mãos que prendiam as minhas com força e gemi sôfrego no ouvido dele, assim como ele gemeu no meu ombro deixando sua respiração quente e rápida bater na minha pele. 

Senti Harry gozando dentro de mim enquanto eu gozava nos nossos abdômens pressionados.

Minutos depois de ficarmos abraçados ofegando e acariciando um ao outro em silêncio, deitamos de uma forma desajeitada na cama. Harry voltou a ficar em cima de mim, estávamos suados e ele beijou minha testa molhada de suor. 

  - O que você mais gosta em mim? - Ele perguntou sorrindo de lado, apoiando suas mãos uma em cima da outra em meu peito e deixando seu queixo sobre a costa de uma delas. 

E eu não entendia como Harry conseguia mudar de uma hora pra outra. A uns minutos atrás ele parecia ser tão mais velho que eu e experiente e agora ele me olhava todo bobo me fazendo uma pergunta boba, suas bochechas vermelhas e seus cabelos bagunçados de tanto serem puxados por mim. 

Eu segurei um sorriso antes de responder. 

  - Hm... - Pensei - Eu gosto... Eu gosto dos seus cachos. - Passei as mãos pelos seus cabelos macios e ele fechou os olhos com o toque - E... Eu gosto do seu cheiro. - Me inclinei um pouco para conseguir alcançar seu pescoço, enfiando meu rosto nele e inspirando dramaticamente o fazendo rir - Seu cheiro... Deus. - Eu falei sofrido. 

Harry começou a rir e suas covinhas apareceram e ele me olhava de um jeito tão doce que eu acabei segurando minha respiração tempo demais e só percebi isso quando soltei a mesma, sentindo meu peito tremer. 

  - Eu não sou tão cheiroso assim. - Ele disse baixo, mexendo a cabeça de um lado pro outro quase imperceptível. 

  - Você é sim. - Eu corrigi - Muito cheiroso. 

Harry deu de ombros. 

  - E você, o que mais gosta em mim? - Perguntei inseguro. 

Eu não era feio, mas eu tinha minhas inseguranças como todo mundo tem e eu achei que não seria fácil Harry achar algo em mim que o agradasse. 

Harry tirou suas mãos do meu peito, levando os braços em cada lado da minha cabeça, apoiando-os no colchão, ficando cara a cara comigo. 

  - Eu gosto dos seus cílios. - Ele falou deixando um beijo em cada cílio meu, fazendo meus olhos se fecharem automaticamente. - Gosto do seu nariz. - Ele também deixou um beijo na ponta do meu nariz. 

Eu sorri e beijei seus lábios, achei que Harry havia acabado mas ele continuou. 

  - Gosto da sua boca. - Ele falou entre o beijo e eu ri todo sem jeito o fazendo rir também e acabamos batendo os dentes - Gosto dos seus olhos. - Ele falou me encarando com o verde bonito que coloria os olhos dele - Gosto das suas bochechas. - Ele beijou minhas bochechas uma por uma vagarosamente - Gosto do seu queixo... 

  - Harry, pare com isso. - Eu falei tímido - Você está mentindo. 

Harry franziu o rosto todo. 

  - Eu não estou mentindo. 

  - Você está citando todas as minhas partes e eu acho que está exagerando. - Eu disse passando meus braços pelo seu pescoço para abraçá-lo. 

Harry beijou meu maxilar resmungando algo inaudível. 

  - Amor, eu não estou exagerando. - Ele murmurou preguiçoso contra o meu ombro. 

E meu coração saltou. 

Ele havia me chamado de amor.

E eu nem acho que ele percebera, porque ele só continuou beijando meu rosto inteiro, não notando o quanto a palavra tinha me abalado tanto, de um jeito bom.