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História I Wanna Be Yours - Seres problemáticos


Escrita por: bianca_bane

Notas do Autor


Boa tarde, boa tarde, muito boa tarde, boa tarde à todos
Olá amados e amadas, faz um tempo eu sei. Infelizmente esses últimos meses foram meio corridos por causa do ead, lutei um bocado pra terminar o primeiro bimestre e começar o segundo, mas quase não foi minha gente. Só tive mais tempo ( e criatividade) pra escrever agora porque finalmente fechamos o primeiro bimestre e os professores aliviaram o número de trabalhos e atividades, e eu também não estive me sentindo muito bem nesses meses que passaram, mas agora estou ótima e com tempo ( e criatividade) pra escrever.
Então amores, espero que vocês tenham uma boa leitura s2s2s2s2s2s2
Amo vocês, beijos nesses corações fanfiqueiros s2s2s2s2<3<3<3

Capítulo 6 - Seres problemáticos


P.O.V desta autora que foi vencida pelo ead e agora é só as cinzas do que um dia já foi.

Gelda estava sentada à frente de seu computador com as mãos correndo nas teclas do notebook e uma xícara de café ao alcance de sua mão. Olhou para o relógio, eram por volta das três da madrugada, mas ela não estava realmente com sono, o que foi precisamente o motivo que a fez levantar de sua cama algumas horas antes e começar a escrever, ela tinha plena noção de que não era realmente uma boa escritora, mas todo o objetivo daquilo  era a diversão, então não fazia realmente diferença se ela era boa ou não, ela simplesmente gostava de escrever mesmo sabendo que não era excepcionalmente boa nisso.

Para os padrões de Gelda, não ser excepcional em algo era uma novidade, ela geralmente era boa em tudo o que fazia, e se não o era, simplesmente treinava até se tornar, ao menos, razoavelmente boa. Ela não fazia ideia de onde tinha adquirido esse gosto por ser boa em tudo que fazia, mas ele estava ali e já era uma parte irrevogável dela. Mas no momento isso não importava, ela se divertia muito escrevendo para parar de fazê-lo só porque não o fazia bem.

Nesse momento ela havia chegado à uma encruzilhada com a história e não tinha a mínima ideia do que poderia fazer para continuar a história, o último capítulo não havia saído como ela planejava, então ela teria que improvisar. Ela gostava disso, podia ser meio irritante, mas às vezes parecia que o que ela escrevia tinha vontade própria e que os personagens estavam tomando suas próprias decisões.

Parou de digitar e começou a pensar no que fazer a seguir, o último capítulo havia desviado a história da rota prevista, então ela teria que fazer uma conexão entre ele e o capítulo que ela estava escrevendo agora e dar um jeito de no fim do capítulo atual a história voltar para os eixos. Suspirou e apagou os últimos cinco parágrafos que havia escrito, ela estava tendo um terrível bloqueio criativo e nada que escrevia parecia funcionar.

Começou a refletir sobre os prós e contras de postar o capítulo daquele jeito mesmo, sem nenhuma conexão como anterior e fora da linha de tempo que ela tinha traçado, talvez ela pudesse conseguir relacionar o próximo capítulo com o atual e o anterior. Como ela conseguiria isso? Bem, ela não tinha a menor ideia. Desistiu desse plano e voltou a pensar em como poderia deixar o capítulo atual conexo com o anterior sem retroceder na história.

Depois de alguns minutos parada olhando para o nada, esperando uma ideia vir do além, ela desistiu. Poderia continuar isso amanhã, não havia necessidade de terminar tudo hoje não é? Não é como se ela tivesse um prazo de entrega, mas gostava de atualizar pelo menos uma vez a cada duas semanas, e não tinha conseguido isso, já estava na metade da terceira semana e nada de capítulo novo, só diversos esboços que não funcionaram.

Mas de nada adiantaria ficar escrevendo e reescrevendo sem nenhuma ideia na cabeça então desligou o notebook, pegou o celular e colocou sua playlist de meditação. Talvez conseguisse cochilar por algumas horas antes da aula, ela não iria realmente dormir, porque havia dormido o dia inteiro, mas um cochilo não faria mal. Começou a refletir sobre os acontecimentos da semana, e, em geral, havia sido uma semana bastante divertida. Ela saíra diversas vezes com seus amigos, Rosabell conseguiu se enturmar perfeitamente e Arthur, Gelda, Rosabell e Ban viraram um quarteto praticamente inseparável.

Apesar disso parecia que tinha algo errado com a dinâmica do grupo como um todo, como se houvessem pendências a ser resolvidas entre alguns deles. Isso não seria uma surpresa, é claro, não há como fazer parte de um grupo de pessoas daquele tamanho sem que haja algumas brigas entre os integrantes do grupo. Mas aquela situação estava começando a ficar desconfortável. Todos percebiam que havia algo errado, mas ninguém falava uma só palavra sobre o assunto. Então, sempre que o grupo inteiro se reunia havia um certo clima de questões não resolvidas.

Gelda começou a refletir sobre como tudo seria facilmente resolvido se todos conversassem como pessoas maduras, ao invés de ficar esperando o outro vir pedir desculpas e não tomar nenhuma atitude quanto a isso. Suspirou, sabia que não conseguiria se concentrar o suficiente pra meditar, então desistiu e foi deitar. Talvez ela conseguisse fazer os amigos conversarem amanhã durante o intervalo e resolverem de uma vez seus problemas pessoais para que grupo voltasse a ter harmonia.

É, amanhã tudo se resolveria, mas tinha que estar pelo menos um pouco descansada para estar disposta a lidar com todo o estresse emocional que passaria ao tentar reconciliar todos e reestabelecer a paz interna do grupo. E com esse pensamento finalmente dormiu.

 

~^~

Elaine ouviu o despertador tocando e sentiu vontade de jogar ele na parede, fingir que nada tinha acontecido e voltar a dormir. Ignorou o despertador pela maior quantidade de tempo possível, mas o barulho estava realmente insuportável, então levantou foi até a prateleira da parede oposta e o desligou. Suspirou profundamente, aquele seria um longo dia e ele já havia começado péssimo.

Bem, ultimamente a maior parte dos dias dela vinha começando assim. Mas naquele dia ela estava no pico de seu mau humor, e isso era bastante comparado ao humor sombrio dela dos últimos dias, se sentia tão tensa que acreditava que iria explodir a qualquer momento, ela não apreciava nem um pouco essa sensação e se odiava por saber que grande parte daquilo era sua culpa.

Fazia uma semana que ela havia terminado seu quase relacionamento com Ban, não poderia dizer com certeza se aquilo fora um relacionamento considerando os últimos acontecimentos, tudo começou naquela maldita festa.

 Elaine estava se mordendo de ciúmes, embora soubesse que não deveria porque não havia nenhuma atração entre o casal que ela observava, Gelda e Ban pareciam estar se divertindo bastante fazendo piadas sobre os seus amigos, que aparentavam estar extremamente bêbados, ou, ao menos, levemente drogados. Sabia que estava sendo irracional, mas quem liga pra racionalidade? Por ela a racionalidade poderia ir pra Marte, ela não queria ser racional naquele momento.

Geralmente não era tão ciumenta, mas estava se sentindo muito insegura naquele dia em específico. No dia anterior ela e Ban haviam tido uma briga horrível e haviam terminado tudo, embora ela não estivesse muito certa sobre o que era “tudo”, afinal, eles não haviam especificado que tipo de relação era aquela, só ficavam juntos porque gostavam da companhia um do outro e aquilo era suficiente.

Não conseguia sequer lembrar a razão da briga, só sabia que fora muito ruim e que ela ainda estava muito irritada. E agora, ali estava Ban, dedicando toda a sua atenção a Gelda, como se ela fosse a única pessoa naquela festa. Elaine queria que ele desse aquela atenção à ela, mas sabia que isso provavelmente não aconteceria, pelo menos não em público.

Sabia que aquele ciúme não era justificável, Gelda nunca havia demonstrado outro sentimento em relação à Ban que não amizade, mas ainda assim sentia aquele sentimento odioso rasgando-a por dentro e fermentando junto à raiva que estava sentindo pela briga recente. Finalmente cansou de disseca-los como uma psicopata e resolveu ir se divertir também, afinal, não é pra isso que festas servem?

Começou a beber e dançar e percebeu que estava se sentindo mais leve e muito mais animada, talvez até animada demais, mas que se importa? Melhor feliz do que com raiva. De algum lugar, que ela não tinha a mínima ideia de onde, surgiu um menino e começou a dançar com ela. Elaine ainda estava se divertindo, então só deixou rolar, e quando percebeu estava encostada contra uma parede sendo beijada por esse garoto que ela nem tinha certeza que conhecia.

A boca dele parecia pegajosa e muito úmida (será que uma boca pode ser muito úmida? Talvez ela realmente tenha bebido demais) definitivamente aquele beijo era errado, não era o beijo que ela queria, muito menos a pessoa que ela queria. Afastou abruptamente o garoto e ia começar a se afastar, quando novamente viu Ban e Gelda juntos se divertindo. Sentiu o ciúmes borbulhando novamente.

Olhou para o garoto que ainda estava segurando ela, agora beijando sua bochecha e seu maxilar, e decidiu que esse era um bom jeito de se vingar. Beijou ele de novo, nada mais importava, não importava que aquele beijo parecia errado de todas as formas e que não provocava nela a mínima reação. Tudo que importava era aquela sensação de ciúme, loucura e vingança.

Provavelmente Ban nem veria aquele beijo e aquela vingança seria despropositada, e uma pequena parte de Elaine já estava começando a se sentir culpada por usar aquele garoto daquele jeito, mas ainda assim a sensação de estar se vingando era doce e inebriante demais para ela parar agora.

Depois disso só lembrava de acordar na manhã seguinte com uma grande sensação de arrependimento, diversas mensagens de seus amigos dizendo que ela havia sido citada em um blog de fofocas qualquer e um silêncio ensurdecedor da parte de Ban. Levou horas para conseguir convencer ele a responder suas mensagens, e quando ele finalmente a respondeu estava sendo tão gentil quanto uma pedra de gelo.

Ela pediu uma chance de se explicar e Ban concedeu. Ela falou tudo, disse o quanto estava irritada naquela noite e quanto o ciúme irracional a consumiu junto com a raiva e a levou a fazer algo que ela não queria realmente só para ter aquela sensação de vingança. Pediu desculpas à Ban e ele as aceitou. Aquela noite de domingo foi mágica eles deitaram no chão do parque onde tinham combinado de se encontrar e observaram as estrelas, riram juntos e se beijaram (muito).

Mas como na vida nem tudo são flores, as discussões voltaram logo em seguida, ela queria contar a todos, mas ele não queria, tinha medo de que quando eles contassem aos amigos eles começariam a se envolver demais no relacionamento deles e eles acabariam se afastando um do outro e dividindo o grupo. Essas discussões vinham acontecendo incessantemente desde o início daquele relacionamento.

Por fim, Elaine desistiu, ela estava tão sobrecarregada que nem conseguia mais dormir, naquele dia do shopping ela simplesmente explodiu e acabou tudo. Agora ali estava ela, naquele estado deplorável enquanto Ban agia como se nada houvesse acontecido, ela não sabia se estava mais triste ou mais zangada. Resolveu parar de relembrar aquilo toda hora, não fazia bem para seu humor.

Tentou mentalizar coisas positivas enquanto tomava banho e se arrumava para ir à escola, mas o que ela realmente queria naquele momento era sumir, ou matar Ban, o que quer que viesse primeiro. Respirou fundo e voltou a tentar desviar os pensamentos em outra direção. Após quinze minutos de luta contra seu cérebro ela finalmente desistiu. Talvez Ban faltasse hoje e ela pudesse ter um pouco de paz.

 

~^~

Estarossa sentia que algo muito estranho estava acontecendo com seus amigos hoje. Eles estavam no intervalo e no momento só existiam dois tipos de pessoas naquela mesa, as que estavam causando o silêncio constrangedor, e as que estavam lutando ferozmente para espantar aquele silêncio e fazer todos participarem da conversa. Continuou daquele jeito até que Gelda se irritou e resolveu finalmente falar.

– Por favor, resolvam quaisquer que sejam os problemas pessoais que vocês têm uns com os outros dentro desse grupo! Isso está ficando insuportável! Vocês poderiam dessa vez, só dessa vez, agir como pessoas maduras e não deixar que suas brigas internas deixassem todos desconfortáveis?

Para Estarossa, e para qualquer outro integrante daquela panelinha (que estava mais para uma panelona cheia de panelinhas menores dentro), ver Gelda irritada era uma estranha novidade, geralmente ela era a alma zen do grupo, sempre calma e otimista, ver ela ofegando e com o rosto vermelho de raiva era divertido, porém ao mesmo tempo dava a sensação de que o mundo estava funcionando de forma errada, como se ele estivesse seguindo sua rota normal e tranquilo e do nada parasse e começasse a girar na outra direção.

Bem, o sinal escolheu esse momento para tocar e ninguém conseguiu resolver seja lá quais fossem os problemas pessoais que estavam tendo. Todos se levantaram em silêncio e seguiram em direção a sala de aulas. Aquela definitivamente foi a primeira aula em que todos eles evitaram conversar entre si e prestaram atenção ao que o professor estava dizendo, ou ao menos fingiram que estavam prestando atenção.

Pra falar a verdade Matrona, Elizabeth e Rosabell eram as únicas que pareciam realmente escutar o que o professor estava dizendo, os outros estavam escrevendo coisas em seus cadernos ou desenhando e alguns estavam simplesmente olhando na direção do professor sem realmente vê-lo. Apenas Arthur continuava olhando para a janela com o olhar em branco, como se ele não estivesse pensando em nada nem vendo nada, apenas existindo e vegetando, estava começando a parecer um pouco assustador pra falar a verdade.

Estarossa estava começando a pensar que o futuro rei era um completo idiota. Mas sendo justo, pensou, quem não é um idiota durante a adolescência? Deixando de lado os assuntos alheios e voltando aos seus próprios, Estarossa começou a pensar na sua vida nos últimos dias. Havia sido tão pacífica e leve que ele nem tinha certeza se estava vivendo realmente sua própria vida ou se estava roubando o destino de outra pessoa.

Na verdade nem tudo estava realmente pacífico, Zeldris continuava desaparecendo no meio da noite e só voltando pela manhã, e se recusava a contar a Estarossa onde estava indo, geralmente ele até fingia que não sabia do que Estarossa estava falando. Mas Zeldris não o enganava, alguma coisa estava acontecendo e ultimamente ele havia desenvolvido o hábito de contar quantas horas o irmão ficava fora de casa. Sabia  que não devia fazer isso, por que era a vida de seu irmão e ele tinha o direito de ir e vir para onde quisesse, mas ele não conseguia não se preocupar.

Em compensação estava se dando muito bem com Matrona, eles passavam muito tempo conversando e às vezes ele tinha a sensação de que ela o conhecia tão bem que não era necessário nem sequer dizer a ela o que estava sentindo ou o que estava pensando, parecia que só de olhá-lo ela sabia exatamente o que ele estava pensando. Isso era bom, mas ao mesmo tempo meio assustador, não é estranho que em tão pouco tempo uma pessoa te conheça tão bem?

Estarossa não tinha bem certeza de como, mas quando finalmente saiu daquela onda interminável de pensamentos o sinal estava tocando e era hora de ir para casa. Desistiu de tentar entender coisas que aparentemente não tinham sentido e decidiu que resolveria seu problema mais recente e preocupante, a fome.

---

Algo estranho aconteceu após o almoço, Estarossa estava indo para a cozinha lavar os pratos do almoço, seus irmãos eram dois porcos preguiçosos e se ele não limpasse a cozinha eles deixavam suja até criar fungo, quando passou por Meliodas e Elizabeth. Eles estavam virados de costas para ele e não ouviram-no chegar.

– Não Meliodas, me escuta, esse é o plano que a gente vai seguir, se a gente seguir seu plano o Estarossa vai descobrir e –

– O que eu vou descobrir? – Os dois deram um pulinho de susto e viraram em minha direção.

– O que você vai descobrir? – perguntou Meliodas, mais sonso não há.

– É Meliodas, eu ouvi vocês, o que tem pra descobrir?

­– Nada ué. – disse ele, a cara da falsidade.

– Mentir é feio hein, mamãe não te ensinou isso quando eu não estava aqui? O que tem pra descobrir Meliodas?

Ele ficou em silêncio e eu fiquei encarando ele até que Elizabeth não aguentou mais e interferiu.

– Sua festa de aniversário surpresa! – exclamou ela de repente.

– Que agora não é mais surpresa por que você estragou. – disse Meliodas me repreendendo

– O quê? Mas meu aniversário é em dezembro.

– Nunca é cedo demais para começar os preparativos, agora dá licença que a gente tem que terminar de planejar sua festa surpresa que não é mais surpresa. – disse segurando Elizabeth pelos ombros e a levando para as escadas.

– É cada doido nessa casa. Meu Deus o que é que custava ter colocado uma pessoa mentalmente sã na minha família?

--- 

Num certo quarto no segundo andar daquela casa.

– Tá vendo Elizabeth? Agora por sua culpa vou ter que fazer uma festa surpresa pra aquele idoso desmiolado que eu chamo de irmão.

– Isso é melhor do que ele saber que a gente tá planejando um encontro pra ele. Se ele soubesse ia cozinhar a gente vivo e servir no jantar.

– Isso é verdade, mas daqui pra frente vamos planejar nossos planos mirabolantes apenas em lugares onde ninguém mais possa ouvir.

– Combinado!


Notas Finais


Amados perdoem os erros gramaticais, não tive tempo de corrigir por que ainda tenho que terminar um trabalho de geografia sobre cartografia e entregar até amanhã.
AVISO: fui reler o último capítulo e vi que não consegui representar a personalidade do King do jeito que eu queria então eu vou mudar a personalidade dele nos próximos caps.
Espero que tenham gostado s2s2s2s2s2
vejo vocês daqui a uns dias (vou postar outro cap essa semana) beijosssss <3<3<3<3


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