1. Spirit Fanfics >
  2. I want to be much more than your friend. >
  3. Capítulo 7

História I want to be much more than your friend. - Capítulo 7


Escrita por: Thamiyyi

Notas do Autor


Olha eu aqui novamente ...
Já viram que é tripla, mas isso é por causa de uma pessoinha aí, que me fez estar aqui agora, como forma de redenção. Fique sabendo, pessoinha, que só pq estou postando agora, vou demorar um século pra postar de novo. RUM.
Mentira gente, vou vim cedo, não como agora e hoje, mas vou vim cedo.
Capítulo revisado, mas acho que ainda tem erros, pq revisei com pressa .. Então, se tiver erros, sorry.
Espero que gostem !!

Capítulo 7 - Capítulo 7


¨¨

Tomei o último gole de água e deixei o copo na mesa mesmo. Olhei em volta da enorme casa com um olhar de puro tédio. Fui em direção à escada e subi a mesma para ir até o meu quarto. Só se ouvia o som de meus pés se chocando com os degraus, e às vezes o som até da minha respiração. Eu estava sozinho, não que fosse uma reclamação, pois eu já estava acostumado. Mas mesmo assim era chato o silêncio que se instalava. Abri a porta lentamente recebendo um ranger da mesma. Deitei em minha cama de braços abertos e me pus a encarar o teto. Eu não estava com sono e acho que ainda era cedo, mas mesmo assim fechei meus olhos para ver se conseguia tentar dormir um pouco. Não me importava de ficar a noite toda acordado, até porque meu pai não está aqui para brigar comigo. O vento refrescante invadia o ambiente e vinha da janela que eu sempre mantinha aberta. Escutei um barulho meio agudo vindo da minha fonte de vento e olhei para a mesma. O barulho não estava mais presente, mas quando eu ia deixar pra lá, vi a pedra de tamanho médio vir em direção a mim. Dei um grito agudo, pois ela me acertou bem na testa. Sentei na cama e massageei o local atingido um pouco indignado. Quem é o sem o que fazer que fica jogando pedra na minha janela como se eu fosse a Rapunzel? Levantei da cama e fui com passos largos até a janela. Logicamente eu sabia que era uma criancinha que provavelmente jogou, e quando eu vi, só acertei a minha constatação.
—Olá Hiccup.- falou e deu uma risadinha. Não é possível que ele ainda faça piadinha com o meu nome. Rodei os olhos.
—O que você quer?- perguntei. 
—Quero que você jogue os seus cabelos.- falou e deu uma gargalhada.
—Nossa! Como você é engraçado!- falei. Esse garoto é muito irritante!
—Disso eu já sabia.- falou empinando o queixo.
—E aposto que você também sabe que é insuportável.- falei sorrindo.- Quê que você quer?
—Desce aqui.- falou.
Bufei. Só ele mesmo pra me tirar da cama no meio da noite. Procurei pelo meu casaco, e quando o achei, vesti o mesmo. Desci as escadas com certa velocidade e corri até a porta. Passei os braços pelo meu corpo por causa do vento que a noite trás. Andei até o grisalho e o cutuquei, já que ele estava de costas. Jack não disse nada, apenas andou e eu entendi que era para ir com ele. Ele me guiava para um lugar que não conhecia, mas só sei que tinha o mesmo caminho que dá para o lago. Olhei ao redor do lugar desconhecido, e não pude deixar de sorrir. Lá tinha uma grama alinhadinha, e uma vista incrível do resto da nossa ilha. Fiquei impressionado por ele ter encontrado aquele belíssimo lugar.
—Aqui é lindo, não é?- perguntou se sentando na grama verdinha.
—Muito lindo.- falei e o acompanhei sentando do seu lado.
Ficamos em silêncio confortável. Observei a lua cheia brilhante, e a constelação de Órion que estava bem do seu lado. Depois olhei para Jack. Como é que ele conseguia ser tão bonito? Sua beleza era rara, pois não me lembro de pensar isso sobre qualquer outro garoto. Ele me encarou de volta com um sorriso no rosto. Olhei para minhas mãos não suportando seu olhar intenso sobre o meu. 
—Por que me chamou no meio da noite?- perguntei ainda sem olhar pra ele. Pode parecer que eu esteja sendo grosso com Jack, mas eu tinha que me distrair da tensão que se formava entre nós dois.
—Porque você é a única pessoa que eu conheço.- falou como se fosse óbvio.- Sabe Hiccup, nunca imaginei que eu poderia conhecer alguém como você.
—Como assim alguém como eu?- olhei para ele, pois agora ele tinha a minha atenção.
—Alguém que não me evitasse e me julgasse só porque tenho essa cor de cabelo, alguém que não me ignorasse só porque sou um pouco diferente. Com você, eu não me sinto invisível.
Sorri sem mostrar os dentes olhando em seus olhos para ver se ele falava sério.
—Senti a mesma coisa quando te conheci. Senti que podia confiar em você mesmo sem te conhecer.- falei e desviei meu olhar para a lua.
—E você pode.- falou e fez o mesmo que eu.
Eu nunca deixaria de ser amigo de alguém só porque tem uma cor de cabelo diferente. Até porque eu gosto disso. Eu não gosto muito de coisas clichês, e acho que o ponto principal em Jack que me deixou curioso é que ele não é clichê.
····
Abri os olhos, tirando o cobertor pesado e grande de cima do meu rosto. Coloquei minha mão direita em cima de meus olhos, tampado a luz do sol que vinha da janela e demorando um pouco para me acostumar com o clarão. Bocejei afastando a coberta e levantando da cama em seguida. Lembranças vieram à tona, no momento em que eu consegui focar nos acontecimentos passados. Jack e eu estamos brigados; a primeira vez desde que nos conhecemos. Queria poder acreditar que foi por algo bobo, mas realmente não foi. Queria mesmo que fosse por algo bobo, pois aí seria muito fácil ir lá, pedir perdão e ser perdoado, mas realmente não foi. Sinto que agora não há mais tristeza, pois meu orgulho me impede de ficar mais triste do que eu já estou, e já que tem orgulho, tem raiva envolvida. O que ele me disse no dia passado, ainda está gravado em minha cabeça, porém, ao invés de eu me sentir magoado, eu estou com raiva. Eu deveria estar me perguntando o porquê, mas acho que eu já sei a resposta. Talvez eu esteja com tanta raiva, pois as suas palavras tiveram muita influência sobre mim, ou talvez seja outra coisa, mas por enquanto, eu não quero pensar nisso, nem na briga. Alonguei meus braços e caminhei até a porta. Andei pela escada, notando finalmente estar descalço. Corri os olhos pelo ambiente, e constatei o que eu já sabia; meu pai não está em casa. Fui para a cozinha, a fim de esquentar leite e, comer talvez, uma fruta. Depois que o leite estava quente, tomei, comi uma maçã e uma banana. Subi a escada a fim de me arrumar para o treino. Talvez eu esteja um pouco ansioso para ir, pois sei que agora Astrid é minha namorada, mas algo me diz que o dia pode não ser tão bom. Espero estar errado. Escovo os dentes e arrumo o cabelo. Calço minhas botas, e visto um casaco mais pesado, pois sei que provavelmente já pode estar nevando lá fora. Abro a porta de casa, vendo as várias pessoas grandes andando para lá e para cá. O céu está cinza e parece sexta, já que as pessoas parecem estar cansadas. O humor que permanece no ambiente é a tristeza. Meus olhos caem em um caminho muito comum, e agora o dia parece mais triste. Balanço a cabeça espantando o desejo de ir até o lago, e começo a caminhar. Comprimento algumas pessoas que falam comigo durante o caminho, e percebo finalmente estar no campo de treinamento. Parece que como sempre, eu sou o primeiro a chegar. Empurro com um pouco de esforço, a grande porta de madeira. Entro e vou de encontro ao banco, para poder esperar pelos outros. Depois de um tempo, escuto risadas e olho imediatamente para a entrada, e observo Melequento, Cabeça-Dura e Cabeça-Quente, Perna de Peixe e Astrid caminhando, e conversando animadamente. Sorrio ao ver minha namorada, e rapidamente, fui ao encontro da mesma. Cheguei perto, observando que ela não desviou seu olhar para mim, então, decido tocar seu braço.
—Astrid.- chamei baixo, fazendo com que ela parasse de andar e me encarar.
—Fala.- me respondeu, um pouco grossa.
—Ahn... Você já está sabendo sobre o que meu pai falou sobre a gente?- perguntei. Eu queria tocar no assunto do namoro logo, mas seu jeito não tão amigável, me fez hesitar.
—Estou, mas eu não me animei muito não, viu?- falou indiferente, e minhas esperanças se acabaram tão fácil, como se formaram.
—Como assim?- perguntei confuso.
—Olha, eu até que gostei de você no começo, mas sem ofensa, eu não costumo gostar de meninos covardes não.- falou. 
—Como assim?- perguntei mais uma vez, não entendendo absolutamente nada do que ela estava falando.
—Quando a gente se beijou, foi bom, mas você saiu correndo logo depois.- explicou, e senti em sua voz, uma mistura de impaciência e surpresa.
—Errr...- falei coçando a nuca e olhando para meus pés.
—Não se preocupa, eu posso fazer esse favor por você, porque eu sei que seu pai irá ficar muito decepcionado quando souber que você não está namorando comigo.- falou.- Mas nós só vamos fingir eu só sou sua namorada em tese, escutou?
Apontou para o meu rosto e esperou que eu respondesse. Assenti olhando para o chão, e escutando ela se distanciar. Bufei. É óbvio que eu nunca namoraria com Astrid. Os deuses me odeiam!! Sabia que o dia não seria nada bom, aposto que agora não tem como piorar. Fui em direção ao lugar onde eu estava antes, e encostei-me à parede, cruzando meus braços e olhando para baixo. Não demorei muito para sentir um impacto do meu lado esquerdo, e olhar imediatamente assustado para a direção. Notei que a explicação para o impacto, era de que havia sido um pulo. Vi um homem absurdamente grande, com roupas grandes, com coloração marrom, e um capacete enorme, mas que cabia perfeitamente em sua cabeça. Não sabia quem era ele, mas era óbvio que era um viking e que era da aldeia. 
—Olá, queridos aprendizes vikings!!- falou começando a andar.- Estou aqui substituindo o Bocão, pois ele está ajudando o líder da vila nas coisas que envolve a vila. Coisas que podem ser substituídas por blá blá blá.- falou fazendo-nos dar risada.
Ele foi em direção de onde ficam as armas e pegou um martelo. Depois, virou-se para nos encarar. Não falou nada de imediato, ao contrário, ficou parado fazendo suspense, o que parece que funcionou um pouco, já que os outros que estavam um pouco à frente ficavam cochichando sobre o que ele iria mandar a gente fazer.
—Bom, hoje vamos fazer algo um pouco diferente do que o Bocão faz com vocês, porque eu sei que ele só manda vocês ficarem acertando armas em alvos e em árvores.- disse e por um momento, deu uma risada nasal, enquanto andava até o centro da área de treinamento. 
— Então vikings, já ouviram falar sobre combate corpo a corpo? Aposto que sim. Sei que Bocão deve ter mencionado sobre o assunto, mas só mencionar não é o suficiente. Bom, estou aqui para ensiná-los a enfrentar os adversários, que no caso serão dentre os que estão aqui entre vocês e, confiem em mim, o que eu ensinar neste recinto, servirá muito para algo que poderá vir no futuro.- falou.
Combate corpo a corpo? Ah, agora me lembro que realmente Bocão falou sobre isso conosco, mas falou tão pouco, que não me recordo sobre o assunto. Confesso que fiquei um pouco desconfiado sobre o que ele falou sobre prestarmos atenção no que ele irá ensinar, pois servirá para o futuro, porque, o que poderia acontecer? Não acho que acontecerá algo de perigoso nesta ilha, meu pai não deixará acontecer nada. Pelo menos, acho que não. 
—Você!- apontou para Astrid.- Qual o seu nome?
—Astrid.- respondeu.
—Astrid a sua dupla será com...- colocou a mão no queixo, pensando. Vi Melequento levantar a mão animado, pedindo para ser ele. Rodei os olhos. Infelizmente, ele também é afim dela.- Com a garota de cabelo loiro.- falou por fim, se referindo à Cabeça-Quente.
Melequento bufou e cruzou os braços em total frustração. Ri da cena, pois no fundo eu estava torcendo para ele não ser escolhido.
—Você.- apontou para Cabeça-Dura.- Irá ficar com aquele ali.- indicou Melequento, que ainda estava com a carranca.
—E por fim...- olhou pra mim.- Você, filho do líder, qual o seu nome mesmo?- perguntou vindo até mim. Desencostei da parede e descruzei os braços.
—Hiccup.- respondi.
Ele riu do meu nome, o que eu já sabia que iria acontecer. Rodei os olhos e esperei ele parar de gargalhar. Do jeito que ele não parou de rir por nem um momento, pareceu até Jack quando escutou meu nome pela primeira vez. Ops! Porque que eu estou pensando nele mesmo? Vi o homem colocar a mão na barriga e parar de rir aos poucos.
—Tudo bem...- falou soltando uma última risada.- Você fica com o gordinho ali.- apontou para Perna de Peixe.
Ele me olhou como se tivesse acabado de perder um jogo. Ata! Como se ele fosse melhor que eu! Mas pensando bem, eu não sou tão bom assim... Suspirei e esperei o homem dar a próxima instrução.
—Vocês irão lutar!- disse animado como quem diz "Isso será bom!"- Por hoje, eu não irei ensinar nada, porque eu quero ver primeiro como vocês lutam, então, no próximo treino eu ensino alguns golpes.- falou.
—Bom, como será? Não será uma dupla de cada vez, então você e sua dupla poderão escolher qualquer lugar para o combate. Então eu irei observá-los, indo de dupla em dupla.- explicou e já pude ver algumas das duplas virar de frente para o outro.- Alguma pergunta? 
Ninguém respondeu, pois acho que não tínhamos dúvidas. Fui para perto de Perna de Peixe para podermos começar a nossa luta. Estava um pouco receoso, pois ele com certeza era três vezes maior que eu, o que quer dizer que provavelmente eu me machucaria muito. Assumimos pose de combate, com os punhos levantados.
—Não, não, não, não, não. Peguem uma arma, e um escudo.- falou o homem e todos foram em direção às armas.
Peguei um martelo, mas vi que seria muito difícil de manusear com o peso que ele tinha, então peguei uma faca e um escudo logo depois. Vi que ao invés de mim, Perna de Peixe pegou um martelo. Engoli em seco e fui para o lugar que estávamos antes, para que assim, iniciássemos a luta.
—Tentem não se machucar muito.- falou o homem com um sorriso sarcástico no rosto.
Os outros já se batiam, então decidi que iria começar logo, já que o outro garoto não vinha para cima. Avancei em Perna de Peixe, movendo a faca no ar e mantendo o escudo à frente do meu corpo. Percebi que a minha técnica não estava dando certo, pois os golpes nem sequer chegaram perto do garoto, que se esquivava facilmente. Me protegi de uma martelada na mão com o escudo, para logo depois, deferir um corte em seu braço, o braço que me atacou. Ele fechou os olhos por um momento, meio que se livrando da dor, mas não sei nem o porquê disso, o corte foi pequeno! Decidi não mais atacar, pois vai que eu o cortava com mais seriedade. Só esquivava de seus golpes e me protegia com o escudo. Ficamos assim por uns minutos até eu escutar um assobio do instrutor. 
—Atenção vikings! Temos um aluno novo.- falou e saiu da frente para que pudéssemos ver o aluno novo, que provavelmente estava escondido, mas acho que não de propósito. Estava escondido por causa do tamanho do homem. 
Olhei para o garoto que conhecia tão bem, e nem percebi quando arregalei os olhos. Acho que esse dia poderia sim piorar e, com certeza piorou.


Notas Finais


Preciso do seu comentário para postar o próximo. Então, pff, comente.
Kissus e amo vocês !!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...