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História I want to be yours - FitPrepon


Escrita por: Piper-and-Alex

Capítulo 18 - FitPrepon


Laura estava pronta, conforme tinha avisado, e não pareceu notar minha disposição mais introspectiva enquanto descíamos no elevador. Mais de um homem ali dentro lançou olhares furtivos na direção dela, mas esse tipo de coisa não me incomodava. Ela era linda, seria estranho se ninguém olhasse.

Ela pegou minha mão quando passamos pelas catracas, entrelaçando seus dedos nos meus. Esse simples gesto de intimidade significou tanta coisa para mim que apertei ainda mais sua mão. Era o tipo de coisa com a qual eu teria de tomar cuidado. O momento em que eu me sentisse agradecida porque ela dedicava seu tempo a mim seria o princípio do fim. Até eu perderia o respeito por mim se isso acontecesse.

O Bentley estava parado no meio-fio, com o motorista a postos na porta traseira. Laura olhou para mim.

- Tenho umas roupas aqui comigo, caso você queira ir à sua academia. Equinox, certo? Ou podemos ir à minha.

- Onde fica a sua?

- A minha preferida é a FitPrepon, na rua 55.

Minha curiosidade sobre como ela tinha descoberto o nome da minha academia se foi quando ouvi a palavra Prepon no nome da dela.

- Por acaso você é a dona dessa academia?

Ela abriu um sorriso.

- Dessa rede de academias. Em geral eu treino MMA com um treinador particular, mas uso a academia de vez em quando.

- Da rede

repeti.

- Claro.

- Você que sabe

ela falou, com a maior boa vontade.

- Vou aonde você quiser.

- Vamos pra sua academia, literalmente.

O motorista abriu a porta traseira e eu entrei primeiro. Pus a bolsa e a mochila da academia no colo e olhei pela janela enquanto o carro começava a andar. O sedã ao lado estava tão próximo que quase não era preciso que eu me curvasse para tocá-lo. O horário de pico em Manhattan era algo a que eu não havia me acostumado. No sul da Califórnia também tinha trânsito, mas os carros conseguiam andar devagar. Em Nova York, a velocidade e o congestionamento se alternavam com tanta frequência que eu me via obrigada a fechar os olhos e rezar para sobreviver.

Era outro mundo. Uma cidade nova, um apartamento novo, um emprego novo e um homem novo. Coisa demais para digerir de uma vez só. Não era à toa que eu estava me sentindo tão perdida.

Olhei pra Laura e a surpreendi me olhando com uma expressão indecifrável. Dentro de mim, tudo girava em uma confusão de luxúria e ansiedade. Não tinha a menor ideia do que estava fazendo com ela, só sabia que não era capaz de parar, nem mesmo se quisesse.

Fomos à loja de celulares primeiro. O vendedor que nos atendeu parecia especialmente atencioso com a Laura. Assim que ela demonstrou o mínimo interesse em um produto, ele já se abriu todo, alongando-se em explicações detalhadas e se aproximando o máximo possível na hora de fazer as demonstrações.

Tentei ficar longe dos dois e encontrar alguém disposto a me ajudar, mas a mão dela, entrelaçada às minhas, impedia que eu me afastasse. Depois houve a discussão de quem ia pagar, apesar de o telefone e a conta serem meus.

- Você já escolheu a operadora

argumentei, empurrando seu cartão de crédito para o lado e estendendo o meu para o vendedor.

- Porque é mais prático. Se formos da mesma operadora, podemos nos ligar de graça.

Ela trocou os cartões em um movimento habilidoso.

- Se você não guardar esse cartão, não vou nem querer ligar pra você!

Isso pareceu convencê-la, apesar dela não ter ficado muito satisfeita. Ela que engolisse essa.

De volta ao Bentley, seu bom humor voltou.

- Pode ir para a academia agora, Angus

ela ordenou ao motorista, recostando-se no assento. Depois tirou o celular da bolsa e adicionou meu número à sua agenda. Em seguida, adicionou seu celular no meu, acrescentando o número de casa e do escritório.

Ela mal havia terminado quando chegamos à academia, uma academia de três andares que era o sonho de qualquer entusiasta da boa forma. Fiquei impressionada com cada canto de sua estrutura bonita, moderna e bem equipada. Até mesmo o armário do vestiário feminino parecia algo saído de um filme de ficção científica.

Mas meu encantamento foi eclipsado pela própria Laura quando acabei de me trocar e a encontrei esperando por mim no corredor. Ela estava de shorts e regata.

Parei de repente, e a pessoa que vinha atrás esbarrou em mim. Só esbocei um pedido de desculpas — estava ocupada demais devorando o corpo dela com os olhos. Suas pernas eram fortes e torneadas, impecavelmente proporcionais a seus quadris e sua cintura bem delineada. Ela estava com uma trança embutida no cabelo, permitindo que eu visse o contorno de seu pescoço.

Minha nossa. Eu queria conhecer intimamente aquela mulher. Minha mente não conseguia se ocupar de outra coisa, pelo menos enquanto estivesse diante da prova irrefutável de sua beleza incomparável.

E ela estava olhando feio para mim.

Desencostando da parede à qual estava apoiada, ela se aproximou e me rodeou. Seus dedos percorreram meu abdome despido enquanto contornava a distância ao meu redor, deixando minha pele toda arrepiada. Quando ela parou diante de mim, lancei meus braços em torno de seu pescoço e dei um beijinho estalado na sua boca.

- O que é isso que você está usando?

ela perguntou, não muito feliz com minha recepção entusiasmada.

- Roupas.

- Parece que você está nua com esse top.

- Pensei que você quisesse me ver nua.

O top tinha tiras presas com velcro nos ombros e nas costelas, que podiam ser ajustadas de forma a

proporcionar o melhor suporte para os seios.

Laura não tinha gostado, na verdade, era da cor, muito próxima do tom da minha pele, que combinava com as listras do meu shortinho preto de ioga.

- Quero ver você nua num local com privacidade

ela murmurou.

- Agora vou ter que acompanhar você toda vez que for à academia.

- Não vou reclamar, já que estou gostando demais do que estou vendo agora.

Além disso, eu preferia aquela possessividade à frieza do sábado à noite. Duas demonstrações diametralmente opostas foi a primeira vez, mas eu tinha certeza de que não seria a última.

- Vamos deixar isso pra lá.

Ela pegou minha mão e me levou dali, apanhando de uma pilha duas toalhas com a logomarca da academia.

- Eu preciso te chupar.

- Eu preciso ser chupada.

- Meu Deus, Taylor.

Ela apertou tanto minha mão que até doeu.

- O que vai ser? Pesos? Aparelhos? Esteira?

- Esteira. Preciso correr um pouco.

Ela me levou até lá. Vi as mulheres e os homens do local a seguirem com os olhos, depois com os pés. Elas queriam estar onde ela estava, e eu era capaz de entender isso. Também estava ansiosa para vê-la malhar.

Quando chegamos às fileiras intermináveis de esteiras e bicicletas, constatamos que não havia duas esteiras uma ao lado da outra que estivessem livres.

Laura foi até um homem que tinha uma esteira livre de cada lado.

- Você me faria um grande favor se usasse uma dessas outras.

O homem olhou para mim e sorriu.

- Claro, sem problemas.

- Legal. Obrigada.

Ela subiu na esteira em que estava o homem e me apontou a que havia ao lado.

Antes que ela programasse seu exercício, eu me curvei em sua direção.

- Vê se não gasta muita energia

sussurrei.

- Quero transar e gozar na sua boca até não aguentar mais.

Seu olhar me fuzilou.

- Taylor, você não faz ideia.

Quase morrendo de ansiedade e sentindo uma agradável onda de energia feminina, subi na minha esteira e comecei com uma caminhada leve. Enquanto me aquecia, pus meu iPod no modo aleatório e, quando começou a tocar SexyBack de Justin Timberlake, passei a correr a toda a velocidade. A corrida para mim era um exercício físico e mental. Bem que eu gostaria de ser capaz de resolver todos os meus problemas correndo.

Depois de vinte minutos diminuí o ritmo e parei, arriscando uma olhada pra Laura, que corria com a fluidez de uma máquina bem. Ela estava vendo a CNN nos monitores de TV acima de sua cabeça, mas abriu um sorriso para mim enquanto eu enxugava o suor do rosto. Quase esvaziei minha garrafa d’água a caminho dos aparelhos, e escolhi um de onde pudesse mantê-la no meu campo de visão.

Ela fez meia hora de esteira, depois passou para musculação, sempre com os olhos procurando por mim. Enquanto se exercitava, de maneira eficiente e incansável, eu não conseguia deixar de pensar no quanto aquela mulher era gostosa. O fato de eu saber o que estava escondido sob aquela regata e shorts ajudava a criar essa impressão, mas, mesmo que não soubesse, ela tinha toda a aparência de uma pessoa que, apesar de trabalhar atrás de uma mesa, mantinha seu corpo pronto para a guerra.



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