História I Want You - O Final - Capítulo 37

POV Lauren

- Não tenho muito pra te oferecer, além do meu corpo ferrado e meus defeitos, tenho o meu coração onde está guardado todo o amor que sinto por você… Lauren Jauregui, você quer se casar comigo?

Suas palavras saíram inesperadas pra mim, mas soaram como música, sua voz, seu sorriso, tudo em Camila Cabello me encanta e saber que ela quer casar comigo, me faz tremer, se eu tivesse em pé, com certeza teria caído com esse pedido.

- Tem certeza que você quer passar o resto da vida acordando de madrugada pra me cobrir?

Perguntei.

- Essa é minha única certeza!

Afirmou.

- Nunca imaginei que você pudesse fazer esse pedido.

Confessei.

- Você sempre foi melhor que eu pra essas coisas, sempre soube a hora e a maneira correta de fazer tudo. Mas não fuja, quero sua resposta.

Me disse, sorrindo.

Eu não aguentei mais e sentei no chão, mas para minha surpresa ela fez a mesma coisa e sentou na minha frente.

- Eu nunca quis nada diferente do que te ter perto de mim o resto dos meus dias…

Ela se aproximou, acariciando meu rosto com sua mão esquerda.

Fechei os olhos, desfrutando de café momento desse carinho e depositei um beijo na palma da sua mão.

- E então Senhora Jauregui, o que você me diz?

Insistiu por uma resposta.

- O que eu mais quero na vida é ser sua esposa, ter ao meu lado a Senhora Cabello Jauregui!

Respondi e as lágrimas rolaram por meu rosto, acompanhando as suas.

- Eu te amo!!

Pulou em cima de mim, me jogando no chão.

Sua mão direita acariciando minha barriga e seu antebraço esquerdo servindo de apoio para o meu pescoço.

- Essa aliança, vai sumir.

Entrelacei nossos dedos, trazendo sua mão direita pra mim.

- Sumir não, eu gosto tanto dela… Posso continuar usando as duas.

Me disse.

- Podemos!

Pensei melhor.

- Agora você pode comprar as novas e pedir minha mão, direito.

Ordenei.

- Eu pedi, pedi pra você, olhando nos seus olhinhos verdes…

Disse e me deu um beijo.

- Quem tava ajoelhada era eu…

Brinquei.

- Tava tudo calculado…

Respondeu, sorrindo do jeitinho que eu mais amo.

- Você não tem vergonha na cara, né Camila?!

A puxei pra cima de mim, pela cintura.

- Nenhuma!

Respondeu apoiando os cotovelos ao lado da minha cabeça.

- Vamos mãe!

Zeke entrou correndo, mas parou quando nos viu no chão.

- O que vocês estão fazendo aí no chão?

Perguntou, sorrindo e Camz caiu de lado.

- Conversando!

Respondi e ele se juntou a nós, deitou em cima de mim.

- Também quero!

Disse me dando um beijo demorado na bochecha.

- Também quero!

Camz reclamou e ganhou um também.

- Vamos? A minha avó está com fome!

Chamou.

Olhei de relance pra porta do quarto e vi Mark passando.

- Eu também tô morrendo de fome!

Camz disse e se levantou.

- Ah eu tô com preguiça…

Fiz manha.

- Ah então só dá a chave que a gente vai…

Camz brincou.

- Mulher… Você não era assim há 3 minutos atrás.

Respondi e ela me deu a mão pra me ajudar a levantar.

- Isso aí mãe, tem que ser radiscal!

Zeke a parabenizou.

- Vem cá garoto, você não pode ficar contra mim não eeiin…

O enlacei pelo pescoço e bagunça seu cabelo.

- Ah mãe, tava bonitinho…

Fez bico, me fazendo rir muito.

- Deixa ela se arrumar e vamos lá, tenho uns cremes pra te ajudar a arrumar.

Camz o ajudou.

Sem mais opções, fui trocar de roupa.

Melhor eu me cuidar, porque se eu voltar naquele médico ele vai querer que eu me aposente.

Troquei de roupa e os dois já me esperavam na porta do quarto.

- Quer uma outra blusa?

Perguntei à ela.

- Será?

- Só pra garantir…

- Tá bom!

Assentiu e voltei pra buscar uma outra blusa.

Chegando na sala, Sinu esperava sentada, Zeke brincava com Sofi e Mark estava quieto num canto do sofá.

- Vamos?

Chamei e abri a porta. Todos saíram e Mark ao passar por mim, não me olhou.

Ôh meu pai, pra que isso?!

Tranquei a porta e fui pro meu lugar, ao volante.

- É longe Lauren?

Sinu perguntou.

- Mais ou menos. Dá pra ir aí?

Perguntei sobre Zeke em seu colo.

- Dá!

Assentiu, tranquilamente.

- Então vamos!

Coloquei meu sinto e dei partida.

- Laur, consegui falar com uma ONG.

Sofi me contou.

- Sério? Que legal e aí?

- Marquei uma visita pra depois de amanhã.

Me disse.

- Pode ir comigo?

Pediu.

- Ia me oferecer mesmo… Ainda mais agora que estou com todo tempo do mundo.

- Por quê?

Questionou confusa.

- O médico me afastou por 5 dias.

- O que você tem?

Sinu perguntou preocupada.

- Nada, ele diz que foi stress, aí me afastou.

Revirei os olhos ao lembrar.

- A bonita aqui passou mal de madrugada, tava ardendo de febre, desmaiou e tudo, liguei pro Mat pra ele ficar com o Zeke e fui levar ela pro hospital.

Camz contou.

- Pra você ver como todos precisam descansar um pouco Sinu.

Comentei.

- É verdade mãe, se a Lauren teve uma crise nervosa, você não está livre.

- Você está doente mãe?

Zeke perguntou.

- Não filho, só tirei uns dias de folga pra gente se divertir.

Expliquei.

- Então beleza, você vai comigo na visita, vai ser muito bom.

Sofi me disse.

- Onde vocês vão?

Zeke está curioso hoje.

- Num lugar onde ajudam crianças doentes, meu amor!

Sofi explicou.

- Doente como? Como a Zoe? A gente pode ajudar ela também mãe?

Eu travei nesse momento.

- Quem é Zoe?

Sofi perguntou.

- É minha amiga, ela está muito doente Tia, o cabelo dela caiu e ela faltou um monte de tempo na escola.

Contou.

- Ela tem…

- Quase certeza que sim, Sofi.

Confirmei.

- Minhas mães conhecem o pai dela, vocês também?

Zeke perguntou para Sofi e Sinu que deram de ombros.

- Quem é o pai dela?

Sinu perguntou.

- Como ele chama mãe? O meu tio Mat e minha mãe Lauren ficaram bravos com ele, não sei por que…

Comentou e as duas ficaram intrigadas.

- Quem é?

Sofi perguntou curiosa.

Camz, claro não está confortável em falar disso. Reviver isso não está sendo fácil.

- Um garoto que estudou com a gente…

Respondi.

- Quem? A gente conhece? Podemos ajudar?...

Sinu também se interessou.

- Acho que vocês não conhecem não, ele estudou comigo por muito tempo… Mas a Camila nem conviveu muito com ele.

Tive que mentir, não é o momento pra falarmos disso.

- Chegamos!

Disse estacionando.

O restaurante fica perto da praia e apesar de não estar sol, tem bastante gente na areia.

- Uau! A praia está cheia.

- Será que é alguma data especial?

Questionei.

- Pode ser!

Camz respondeu.

Todos tiraram os cintos e desceram do carro.

Fomos recebidos por um garçom muito educado, que nos conduziu à uma mesa grande, trouxe o cardápio e ficou à postos para anotar nossos pedidos.

- Escolhe pra gente!

Disse à Camz, que assentiu e passou a observar melhor o cardápio.

- Quem é esse homem, pai da amiga do Zeke?

Sofi me puxou e sussurrou no meu ouvido.

- Eu já disse, vocês não conhecem.

Respondi.

- E eu sei quando você está mentindo.

Me disse, um pouco rude.

- Me fala, está todo mundo distraído…

Insistiu.

Zeke conversa com Sinu, Mark e Camila falam sobre as comidas… Os quatro alheios a nós.

- Sofi…

-  Eu quero entender por que a minha irmã ficou tão desconfortável… É alguém que ela não gosta?

- Sofi, ninguém gosta dele.

Contei.

- Para de mistério e me fala logo o nome desse cara.

- Sofi, não importa quem seja o pai. O importante é que existe uma criança no meio disso tudo que merece e precisa de toda ajuda possível.

Expliquei.

- Eu sei disso, imagino até a ajuda que você vai dar, cortou o cabelo e tudo… Mas eu quero saber quem é.

- Ninguém que importe, agora vamos aproveitar!

Respondi e me voltei para Camz.

- Obrigado meu amor!

Disse e me deu um beijo na bochecha.

- Por quê?

Não entendi.

- Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida!

Disse.

- Concordo, concordo muito! Agora, falta uma coisinha…

Olhei para Zeke.

- Ah então é isso que você quer?

Perguntou sorrindo.

- O que é certo, é certo!

Dei de ombros.

Ela se endireitou na cadeira, pôs a mão na boca e tossiu, chamando a atenção de todos na mesa.

- Tenho uma coisa pra falar…

Anunciou.

- Huumm…

Sofi sorriu e me cutucou.

- Ezequiel Jauregui, você permite que eu me case com sua mãe?

Disse e Sofi olhou para Mark, feliz, entrelaçando seus dedos aos dele.

- Você vai me ajudar a convencer ela?

Perguntou, fazendo Camz sorrir de orelha à orelha.

- Têm em mim uma aliada.

Garantiu.

- Jura que vai sempre fazer minha mãe sorrir?

Camz segurou sua mão por cima da mesa.

- Eu garanto que a gente ainda vai brigar bastante, mas no fim do dia iremos fazer as pazes, vamos sempre jantar sorrindo e…

Camila indagou, segurando o choro.

- Todo dia vamos cantar uma música, juntos!

- A partir de hoje, você sempre vai me ver cantando filho!

Garanti.

- O que você acha Vó?

- Eu acho que já está na hora dessas duas serem felizes!

- Então sendo assim… Você pode casar com a minha mãe, e eu não vou esquecer de nada do que você me prometeu agora!