História I want you to want me - Segunda temporada - "Poço"

- Então ele se chama Simuth... que nome nada a ver... - Ted diz olhando para o nada.
- É egípcio.
- Então ele fugiu a essa altura, não é? - Tina diz limpando os joelhos sujos de nos escondermos atrás do sofá.
- E ele está com a peça - Minha mãe diz enquanto apóia meu pai que ainda está afetado pelo bicho papão. Ela afasta os cabelos da testa dele enquanto ele respira fundo.
- Precisamos falar com a Minerva... - Minha mãe diz para ele que concorda com a cabeça.
Seguimos correndo para fora da sala indo em direção ao gabinete da Diretora.
- Ararambóia - Meu pai diz a senha para entrarmos.
Chegando à sala, nos deparamos com Simuth petrificado no meio da sala.
- Hagrid me ajudou o trazendo para cá. Ele queria aparatar - Minerva diz sentada na cadeira de diretora.
- Hagrid também suspeita dele? - Pergunto a ela.
- Sim, o petrifiquei e aqui está sua varinha - Ela indica o galho comprido repousado na mesa.
- Vou pegar a Veritasserum. Vamos comprovar o que ouvimos na sala precisa - Meu pai diz saindo rapidamente da sala.
- O que ele disse, Brenda?
- Disse que está ajudando Amonteph para adquirir o poder de comandar o exército de Anubis. Acredite, serão piores que Comensais da morte... - Minha mãe responde séria.
- Por Merlim... - Ela suspira massageando as têmporas.
- David, não é melhor deixar os adultos resolverem a partir de agora? É que meu pai não vai gostar nem um pouco se descobrir essas minhas "aventuras "... - Tina diz me puxando para o canto.
- Eu não perco esse interrogatório por nada. Afinal, quem descobriu pistas fomos nós, não eles. Relaxa, seu pai não vai ficar sabendo... - Digo tentando tranquilizá - la.
Sinto uma mão alisando meu cabelo e vejo ser de minha mãe.
- Seu danadinho, quando eu der ordem para se esconder, obedeça sem retrucar... - Ela diz sorrindo levemente, mas mantendo a rigidez na voz.
- Sim, senhora.
- Mais uma coisa, precisa cortar esse cabelo - Ela os bagunça nos arrancando risadas.
Ouvimos passos na escada e notamos meu pai chegando com um frasco em mãos. Ele o entrega na mão de minha mãe e o agarra pelo colarinho com uma mão e segura seu queixo o forçando a abrir a boca.
Rapidamente minha mãe despeja a poção em sua boca, o que o faz urrar de raiva.
- Qual é a maneira de acabar com esse ritual? Como mandar Amonteph pro inferno?! - Meu pai diz rangendo os dentes o olhando furioso.
- É preciso uma pessoa de coração puro para destruir a estátua e o poço com as almas das vítimas - Ele responde vomitando as palavras.
- O que temos de dizer? - Ele o sacode novamente.
- Ordene o que quiser - Ele ruge.
- Onde está o poço?!
- Em Hogsmead.
- O lugar exato!
- Na casa dos gritos - Ele responde furioso por estar contando toda a verdade.
- Pra onde o mandaremos? Não temos provas contra ele... - Minerva diz analisando a varinha dele.
- Deixe - o preso no castelo. Vamos  procurar o poço e destruí - lo - Meu pai responde saindo da sala. Minha mãe o acompanha nos passando o olho para os seguirem.
- Sev, precisamos levar uma das crianças com a gente. Só alguém com o coração puro poderá destruir o poço - Minha mãe o lembra enquanto saímos da sala da diretora.
- Mas como uma criança destruirá um poço de rituais? Eles mal aprenderam o "Vingardium Leviossa"...
- Teremos de ensiná - los... é a única maneira... - Ela suspira.
- Mas que droga - Meu pai empurra sua capa para trás agitando as chamas da coluna do corredor, como se um vento as tivesse soprado.
- Calma, querido. Lembre - se de que paciência sempre foi essencial e muitas vezes salvou sua vida no passado.
Ele assente e olha para mim, Ted e Tina.
- Vocês terão aulas complementares comigo e Brenda. Temos de ensinar a vocês feitiços mais avançados.
Não evito um sorriso. Terei aulas de feitiços com meu pai.
 

POV SNAPE 

- Nossa, ele deve ter tido trabalho pra colocar isso aqui... - Brenda comenta dando um leve pulo quando um rato passa por suas pernas.

- Tudo começou com Salazar. Não podia achar outra mulher? - Comento colocando o braço dentro do que parece uma grande banheira vazia. Possui vários hieróglifos nas laterais com imagens bastante explicativas de crianças e adultos sendo jogados do "poço" e suas almas servindo de sacrifício para Anubis. À frente da grande banheira está a mesma estátua que vi quando Joseph foi atacado.

- Você desistiria de mim? - Brenda pergunta sorrindo e se sentando na beira do poço vazio.
- Você sabe que não - Beijo seus lábios ternamente - Agora, levante - se daí e se afaste.
- Vai tentar destruí - lo?
- Vou, ele pode ter se enganado. Mas pra ele é uma verdade absoluta - Lanço vários feitiços contra a estrutura que não aparece sequer uma rachadura.
- Sev, rituais egípcios são bastante exigentes... acho que realmente necessitamos de uma criança. Afinal, elas têm coração puro ainda.
- Não custa tentar - Dou de ombros guardando a varinha.
- Vamos. Precisamos descansar. Simuth está preso.

- Preciso de uma massagem - Pisco para ela que sorri.

- Sev, pensei que você tinha dito que não deu tempo de fazer uma Veritasserum. Como tinha no estoque?

Sorrio pra ela.

- A verdade é que eu sempre tenho uma dose guardada, nunca se sabe quando é necessário.

- Já usou novamente em mim?

- Não, você me falou abertamente o que ia me dar de presente de aniversário ano passado, o que foi bem picante - Pisco para ela que faz uma careta de desaprovação primeiro, mas sorri depois.

DOIS DIAS DEPOIS 

- Tentem novamente - Digo para os três que estão tentando estuporar objetos.
- Em quanto tempo acha que eles conseguirão? - Brenda me pergunta acenando com a varinha sem olhar para o vaso de Teddy que se recupera como novo.
- Talvez um mês para serem bem desenvolvidos e com grande alcance. Precisamos ter certeza de que vão destruí - lo.
- Qual deles irá destruí - lo?
- O que se sair melhor em menos tempo - Volto a observa - los com atenção. Os três estão se dedicando bastante. Eu preferiria que não precisasse os pressionar dessa maneira, mas é o único jeito.
- Sabe, estava pensando... que talvez Amonteph só queira seu descanso. Quem tem más intenções sobre o fim desse ritual é Simuth. Então, devemos o mandar para um lugar de descanso.
- O paraíso? Esse faraó conhecido por ser impiedoso? - Pergunto curioso a olhando ter pena do homem.
- Não... mas algum lugar onde sua alma não fique vagando aflita por aí... - Ela diz olhando para o horizonte vedado parcialmente pela janela.
- Você é maravilhosa. Eu te amo - Digo a observando abrir um sorriso surpresa pelo elogio. Pego sua mão e a beijo demonstrando o quanto a venero.
- Severo! Simuth conseguiu fugir! - Minerva aparece ferida na porta da sala.
- O que? Mas como?
- Amonteph. Ele não está apenas "espiritual". Ele soltou Simuth!
- Não conseguiu atacá - lo?!
- Não... - Ela diz recuperando o fôlego e estática - ... parecia apenas cócegas nele...
- Ele surgiu à sua frente? Como foi isso? - Brenda pergunta guiando Minerva para uma cadeira e pegando a varinha para curar o corte de sua testa.
- Saí da sala por alguns minutos e quando voltei ele já estava solto e Amonteph estava ao lado dele. É realmente horripilante... fui estuporada e acredito que ele tenha usado a rede de flu de minha sala.
- Ele vai tentar coletar as almas... - Brenda diz olhando para mim - ... será que ele tentará em Hogsmead? Mas seria muito óbvio, certo?
- Ele tem a completa noção de que já sabemos pra onde ele moveu as coisas para o ritual. Então ou moverá de lugar, ou nos esperará lá.
- Ele está confiante por ter Amonteph do lado dele. Não acha que vamos atrás dele. Ainda mais agora que ele está menos "espiritual" - Brenda diz andando de um lado para o outro - Talvez, a peça de Anubis faça isso... sem a peça ele não tinha influência alguma sobre nós. E agora pode tocar em matéria... talvez até nos matar...
- Mãe, pai... - Ouvimos David nos lembrando que os três ainda estão na sala - ... Só nos resta uma coisa que tenho certeza que ainda funciona.
- O que? - Dizemos em uníssono.

- O gato do Teddy - David sorri.