História I want you to want me - Segunda temporada - Cãoera

POV SNAPE

NO DIA SEGUINTE

- Anda, David... Coma logo! - Brenda diz o apressando para a irmos com o primeiro grupo de excursão na intenção de visitar uma tribo nativa da Amazônia.

- Já experimentaram essa banana? Ela é muito boa para cozir, fritar, ou comer pura mesmo... - Uma mulher negra aproximou-se de nossa mesa - ... se chama Pacovã.

- Ah, eu experimentei, ela é ótima! - Brenda a responde gentilmente - Você irá com o primeiro grupo para a trilha?

- Sim, não se preocupem, sairemos daqui a alguns minutos... - Ela estende a mão - ... Me chamo Vanessa.

              Brenda aperta a mão dela e eu a cumprimento levemente com a cabeça com Elle no colo.

- Brenda Vergara, e esse é o meu marido, Severo Snape, e nossos filhos, David e Eileen - Ela nos indica com a cabeça.

- Como vai? - Pergunto de forma educada.

- Vou muito bem, obrigada - Ela sorri gentilmente - Estou com o meu irmão, estamos viajando pelo mundo, primeiro conhecendo nosso país de origem e arredores.

- Vocês são brasileiros? - David pergunta.

- Sim, somos - Ela responde de forma carismática.

- Legal... Aqui é um belo país, eu pesquisei bastante antes da nossa viagem - David comenta.

                Pena que não posso comentar sobre o quanto esta terra é importante para os estudiosos de poções e magizoologia. A escola de magia brasileira é muito requisitada nos currículos de quem segue esta área. Eu nunca vim para cá, pois grande parte da minha vida adulta foi baseada em estratégias de proteção ao Potter junto de Dumbledore, mas quando estudante, me pegava sonhando com um intercâmbio desse tipo.

- Acredito que a partir de agora, ficaremos em território brasileiro, admito não ter prestado atenção nesse detalhe... - Ela ri - ...eu tenho viajado sem parar de um país para outro, estamos adorando essa experiência.

- Você por acaso é rica? - David pergunta nos deixando embaraçados.

- David... - Brenda sussurra envergonhada.

- Isso é bem rude, David - O repreendo.

                  Vanessa ri demonstrando total conforto com a situação.

- Tenho certeza que ele não quis ser rude.

- Realmente não quis, é só que, você tem muita sorte - Ele suspira.

- Eu chamo mais de força de vontade - Ela pisca o olho para ele.

- Bom dia, pessoal! O grupo A já está pronto? - Pedro Terra pergunta nos olhando com interesse.

             Nos levantamos e seguimos para desembarcar para a trilha.

MINUTOS DEPOIS

            Há muita variedade de plantas, frutas, animais e insetos no caminho. É no mínimo curioso como a selva é encantadoramente diferente de qualquer floresta da Escócia ou Inglaterra. Elle fica completamente encantada com os macacos pulando pelas árvores.                     David fotografa tudo que ele consegue, Brenda quer tocar em tudo e fica bem atenta às explicações de Pedro. Sigo um pouco atrás absorto em meus pensamentos, observando as crianças e Brenda mais a frente. E se eu não conseguir reverter essa maldição? E se eu não conseguir sair dessa realidade? E se eu nunca desvendar a profecia da Trewlaney?              Já estive entre uma profecia uma vez, e o resultado foi destruidor, não só para mim, mas para muitas pessoas. Nunca tiro de minha cabeça que eu poderia ter poupado vidas se tivesse aderido à causa certa antes.

- Severo, não é? Perdoe se esqueci seu nome, é que meu trabalho é interagir com muitas pessoas... - Pedro me alcança.

- Você acertou - Aceno para ele com a cabeça.

- Eu gostaria de conversar com o senhor, mas estava esperando um momento mais oportuno.

              O fito com atenção e espero ele falar.

- Não pude ignorar o que prestei atenção naquele dia, é que... bem... sua filha viu algo, não viu?

- Não só ela viu, eu também - Respondo observando sua reação, tenho que observar o rumo dessa conversa.

- Então, se torna mais fácil de conversar sobre, crianças na idade dela mal compreendem como usar uma colher, imagine falar sobre o que estou prestes a falar... - Ele dá um sorrisinho trágico.

- Naquele dia, quando o senhor falou sobre acreditar em magia, pensei ser apenas uma pergunta típica de turistas curiosos sobre minha religião e hábitos de vida. Mas não tirei da cabeça o modo como sua filha e o senhor aparentam ser... sensitivos, eu diria.

- O que era aquela criatura que vi? Sei que você sabe o que era - Digo curioso e quase que desesperado para descobrir se o mundo mágico é normal para ele - E por favor, me chame de Severo, formalidades não são necessárias, deixa isso pra Inglaterra.

                 Ele ri levemente em resposta ao meu comentário e começa a ficar mais sério.

- Aquele era um Cãoera, uma espécie de morcego muito grande, que pode sugar todo o sangue de uma pessoa adormecida sem que ela acorde, e em seguida devorá-la. Os trouxas pensam ser apenas uma lenda amazonense, inventaram sobre a criatura que ela aparece quando se queima pêlos ou penas de animais ou quando se grita na mata, quando na verdade ninguém sabe quando ele pode aparecer. O que nós aprendemos sobre essa criatura na tribo, é que ele é silencioso e se atrai por pessoas feridas.

- Deve ser bem tranquilo dormir com isso em mente.

- Ele ataca mais em situações em que as vítimas estão sozinhas, digamos que não é um animal corajoso, ele é do tipo sorrateiro.

- Minha filha também desenhou uma cobra, uma cobra de tamanho gigante, vai me dizer que ela é real também?

- Digamos que sim... - Ele diz cauteloso.

- Excelente. E por quê ela não ataca trouxas?

- Ela possui alimento suficiente, ela se alimenta de outras criaturas.

- Menos mal... - Suspiro aliviado.

- Bom, estamos chegando na minha tribo, tenho que ir falar com o grupo mais a frente - Ele diz já acelerando o passo pra alcançar a frente do grupo.

- Sua tribo? - Acho que ele já está longe para ouvir.