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História I Was Born To Love You - Friends and business apart


Escrita por: Leoa_Metalizada

Notas do Autor


Olá meus doces pudins!
Tudo bom com vocês?
Certo, eu sei... Eu sumi... Não foi por eu quis. Eu tentei me comunicar com vocês,mas estava difícil. Minha internet, nessas últimas semanas, estava péssima (e ainda tá ruimzinha). É algum problema, que não sei explicar, mas vai ser resolvido logo (eu espero). Consegui abrir o Spirit e aqui estou eu tentando postar este capítulo, o qual estava louco para ser publicado.
E aqui estamos... Vamos lá?
Vejo vocês nas notas finais.

Capítulo 16 - Friends and business apart


Fanfic / Fanfiction I Was Born To Love You - Friends and business apart

Londres,UK

Memórias de Novembro de 1976


— Então, Bugs Bunny virou de fato meu apelido! — Ele falou mordiscando a torta em suas mãos.

— Oras! Para que melhor?

— Não entendo o motivo?

— Pernas longas e dentuço, cai muito bem Bugs Bunny em você!

— Não é para tanto! — Ele deu um pequeno chilique amigável.

— Claro que é!

— Se for por isso, você é Petúnia Pig!

— Está me chamando de porca gorda?

— Baixinha e bunduda, cai muito bem Petúnia Pig em você!

— Eu não tenho cabelo preto…

— Não tenho orelhas de abano!

— Você não consegue ver o quão grandes elas são? Dá para voar! — Fiz uma chacota infantil que fez ele revirar os olhos.

— Querida, tenho algo maior para te mostrar. — Freddie lançou um sorriso maldoso erguendo as sobrancelhas.

— Seus dentes? — Falei com o cigarro na boca — Já vejo!

— Você sabe muito bem do que estou falando.

— Não mesmo. Sou santa!

— E eu sou padre!

Desde a noite com o café suicida e o dia com biscoitinhos de gengibre sorridentes, tornou-se comum algumas pausas e passeios nas docas com alguns docinhos e copos de chá ou café, na companhia do meu tormento magricela.

Já havia se passado alguns meses, o inverno de Londres já dava o seu sinal com ventos frios e chuvas constantes. Mas isso era o de menos, em meus intervalos ou no fim de meu expediente, eu sempre descia até as docas como o de costume do meu cotidiano, para tragar um cigarro ou para partir rumo à Queen Mary. Porém, agora, eu tinha uma companhia, a qual no começo era um tormento insistente, mas aos poucos se tornou nada mais nada menos minha distração dos dias frios.

— Gosto mais da turma do Mickey! — Ele apontou para a blusa branca com o Mickey estampado escondida pelo casaco marrom.

— Você é Bugs Bunny e pronto!

— Okay… Petúnia Pig!

Freddie era um bom insistente sem misericórdia. Ele fazia questão de ser meu importuno do dia-a-dia.

Não posso negar, no início pensei em jogá-lo nas docas, era um pensamento irresistível. Todavia,eu preferi deixar meus malditos pensamentos assassinos trancafiados no meu subconsciente até  eu notar (um pouco relutante) que era bom ter uma companhia nem um pouco convencional para cigarro, doces e docas.

Mesmo que eu me acostumasse, minha cabeça insistia em uma violenta epifania em tentar compreender o motivo daquele ser singular viver nessa persistência comigo. Não importava, Freddie sempre estava lá com um copo de chá em uma mão e algum doce na outra. Havia dias os quais ele aparentava nem ter dormido, outros dias ele parecia um pouco mais irritado… Mas sempre ele estava lá nas docas em minha espera servindo-me com um sorriso amistoso.

— Sinceramente… Você não tem nada para fazer? — Perguntei um pouco reflexiva; meu tom de voz soou frio,mas não foi minha intenção.

— Oras, querida… Eu não estou fazendo nada?

— Bem… Teoricamente não…

— Então, tomar chá e conversar com Vossa Sapiência é fazer nada?

— Não quero dizer isso, OH VOSSA MAJESTADE! Mas você não tem trabalho a fazer… Tipo cantar…

Eu estava perdida em minhas palavras, apenas soltei um sorriso amarelo, fazendo Freddie soltar uma bela gargalhada.

— Ah, minha amada, você me faz rir. Bem, acredito que sim… Tenho que… CANTAR… Até porque é isso que vocalistas fazem em uma banda. — Freddie sempre mantinha quente seu humor sarcástico.

— Você entendeu a ideia… Você sempre fala que a sua banda é isso, isto e aquilo, mas...

— MAAAAS… Não estamos bem turnê agora. Na verdade, só entraremos em turnê quando nosso novo álbum for lançado.

— Novo???

— É, querida, foi o que eu disse.

— E por que não lançou? — Indaguei tragando meu cigarro novamente.

— Porque não está pronto, oras! Você acha que é tão simples?

— Claro! Não é só cantar e tocar e pa pum…

— Você de fato é hilária, querida!

— Haaam… E quando lançar, você sai em turnê?

— Acredito que sim!

— Isso! — Brinquei dando um pequeno pulinho, fazendo Freddie sorrir.

— Que mentira!!! Você não vive sem minha companhia.

— Vivi esse tempo todo, por que não viveria agora?

— Porque uma vez provado dessa fonte, não se esquece jamais. — Freddie piscou para mim, tomando de meus dedos o meu cigarro para compartilhar comigo aquela fumaça espessa.

— Pelo amor do Santo Pai. Até minha vozinha tem cantadas melhores.

Ele sorriu.

— Então, eu gostaria de conhecer sua vozinha. Quem sabe ela me dá uma aula de cantadas para eu usar na neta dela.

— Que ridículo! — Dei um pequeno empurrão no ombro dele, fazendo Freddie reagir, envolvendo-me com seus braços.

— Imagine: “Senhora Vozinha da Petúnia Pig, teria como me dá aula de cantadas para ver se a complicada da sua neta ao menos divide um pedaço de bolo comigo!” — Ele falava ainda me segurando e com o cigarro no canto da boca, enquanto eu o empurrava feito um patinho na tentativa dele me soltar.

— Saí seu bobão! — Exclamei entre uma gargalhada e outra, tomando o meu cigarro dele e livrando-me daquele abraço. — Acredito que você não gostaria de conhecer minha vozinha.

— Por que querida?

— Bem, ela parece vozinha de comercial de Natal, mas… Sei lá… Ela é meio… Hmmm… “Malucamente” áspera.

— Que? Malucamente?

— Sim…

— Essa palavra não existe!

— Pois agora existe.

— Tudo bem, Senhora Petúnia Pig Malucamente!

— Tolo!

Ri mais uma vez! Freddie chegava ser adorável, mas uma parte de mim fazia questão de me retrair, desligando um pouco do meu ser espontâneo, fazendo-me gelar ao trago do cigarro.

— Bem… — Ele falou quase em um soluço. — O álbum está quase pronto.

— Interessante! Como vai se chamar?

— A Day at the Races, pelo menos até agora.

— Hmmm… Isso soa tão… Orquestral.

— Bem, é porque é bem orquestral, querida. Reluzente como toda rainha deve ser.

— Rock e ópera! Que ideia mais espalhafatosa, só deve ser sua.

— Claro! Gosto de chamar atenção.

— O resto da banda apoia isso?

— Eles gostam mais do que eu! — Ele exclamou olhando profundamente para mim.

— Outros loucos!

— Bem, querida, você nunca nos viu… Não por falta de oportunidade…

— Lá vai você esfregar em minha cara a história do Hyde Park…

— Mas somos MALUCAMENTE brilhantes!

Freddie deu uma ênfase superior na palavra “Malucamente”, fazendo-nos rir juntos.

— Se você diz…

— Bem, falando no novo álbum… Hmmm… Neste sábado vai ter um jantar, tipo uma reunião, para discutir algumas coisas sobre o album…

— Parabéns para vocês! — Falei com minha rispidez natural.

— … E eu gostaria que Vossa Gentileza Nada Real me acompanhasse.

Quando aquelas sutis palavras se atreveram a passear pelos meus ouvidos, a fumaça do cigarro que eu tragava, paralisou em minha garganta, fazendo-me engasgar em um tom de desespero, o qual fez Freddie me acudir com um tapinha nas costas.

— A-a-a-a acompa-pa-panhar? — Falei ainda tentando me estabelecer.

— Ham, sim? — Freddie tentou confirmar, mas parecia um pouco perdido com o momento.

— Um jantar?

— Isso, querida, foi o que eu disse: um jantar.

— Meu Santo Pai!

— Por chamar você para um jantar?

— Alguns meses atrás você estava me chamando de vadia e agora…

— Opa opa, meu docinho, em nenhum momento te chamei de vadia.

— Quando eu joguei…

— Não! Você que criou essa parte da história.

Freddie me olhava seriamente, ele parecia confiante em suas palavras, o que me fez recuar um pouco, mesmo que minha cabeça confirmasse essa história. Mas quem sabe, na raiva, eu havia escutado mais do que realmente foi dito, conheço-me bem e eu odiava está errada. Respirei fundo e massageei minhas têmporas.

— Você só deve ser louco.

— Não, querida, sou MALUCAMENTE louco.

Aquelas poucas palavras desengonçadas  nos fizeram quebrar o gelo do momento.

Paramos por um tempo nas grades que separavam a calçada em que pisamos do enorme vão que dava na pura água do Tâmisa. Fiquei pensando um pouco sobre isso:

“Um jantar… Meu Deus, um jantar… Quando menos esperar, eu estarei debaixo dele… Ah, não, não… Isso é passado, sou uma nova Delilah, uma recatada Delilah, um estudante dedicada, uma boa Delilah…”

— É apenas um jantar, amada. — Ele tocou meu braço, fazendo-me atentar para aquele ato, um toque macio e sútil, eu senti minhas vísceras revirarem e minha pele estremecer. — Nada mais.

Meus olhos congelaram ao encontrar aquelas suas pupilas negras. Senti meu corpo retrair e involuntariamente dei-me a seguir meu caminho dando as costas a ele.

— Eu já ouvi isso antes.

— Espera! — Freddie me puxou de supetão. — Qual o problema? É apenas um jantar.

— NÃO! — Eu me exaltei — Não é somente um jantar, eu não tenho porte para isso… Pessoas ricas e majestosas como … Eu não… Eu sou apenas uma garçonete… Não tenho porte…

— O que, querida? Isso não tem nada a ver. Essa baixa autoestima não combina com você…

— Não é isso… Essa história já foi longe demais… Era só um café e agora só um jantar?

— Querida! — Ele me segurou fortemente os meus ombros — O que você está dizendo são bobeiras…

— Não é assim… Tudo começa com um papo e acaba em uma…

—- Cama? — Freddie mudou seu semblante para algo mais áspero e infeliz

— Ham… Nã…

— Querida, o que tem demais nisso? Certamente, se você acha que todo dia estou aqui, me esforçando para estar aqui, somente para te ter numa cama… Pense mais! Já parou para pensar que gosto de conversar com você? Já parou para pensar que de fato só quero alguém para conversar? Eu de fato gosto da sua companhia, mesmo que um pouco espinhosa,mas… de fato, eu gosto!

Abaixei minha cabeça pensando nisso, por um momento senti-me tonta.

— Querida… — Ele soltou um suspiro pesado — Eu… Eu não quero te forçar a nada. É um convite, apenas.

Ele tirou uma caneta do bolso da jaqueta, arrancou a tampa com a boca e puxou a minha mão no intuito de rabiscar uns números no dorso.

— Pronto. Esse… É o meu número. Pense um pouco, amada. Se você for, ligue… Bem, pode ser que não seja eu que atenda,mas eu preciso saber se você vai…

— Não acho que seja uma boa ideia, Bugs…

— Minha amada Petúnia Pig! —- Freddie acariciou minha face com a palma de suas mãos — Pense e me der uma resposta.

Eu respirei fundo e abri um singelo sorriso:

— Certo!

Freddie apenas sorriu junto e reacendeu sua aura majestosa:

— Okay, querida! Qualquer coisa eu sei onde você mora! — Ele soltou uma piscadela maliciosa, o que me faz rir e acenar com o dedo do meio para ele.

— Jura que você não quer uma carona? — Freddie insistiu vendo Maximilian chegando com aquela beleza prateada. — Queen Mary é tão perto.

— Por essa razão, eu vou de bike. — Fui de encontro a minha bike acorrentada a grade que dividia a calçada do Tâmisa. — O meio ambiente agradece!

— Você e seu lado falso de ambientalista. Okay,querida! Não foi falta de convite… Convite, convite… Isso que não falta.

Freddie abriu a porta do carro e antes mesmo de entrar, soltou-me um olhar de advertência antes de colocar os óculos escuros.

— Pense bem, docinho. É uma oferta única!

—Que merda de oferta.

Ele apenas sorriu e estalou os dedos, entrando no carro e fechando a porta. Aquela belezura prateada se foi, levando a imagem de Freddie se despedindo por de trás do vidro.

Senti um embrulho no meu estômago, pus-me sobre a bicicleta e em um pedalar agressivo fui direto a minha rota estudantil.

Pensei e como pensei… Um jantar de negócios… Eu até então era apenas a garçonete pobretona e agora estava sendo convidada para um jantar de negócios de uma majestosa banda.

“Holy shit! Onde fui entrar?”


Notas Finais


Olá novamente meus doces pudins.
O que vocês acharam do capítulo? Fiquem a vontade para dar sua opinião, certo?
Agradeço por não terem desistido de mim e dessa louca história. Hahaha
Obrigada mesmo por todas as mensagens, fico feliz que vocês se importam com a história.
Bjinhos e até uns detalhes do vestido verde.


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