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História I was made for loving you - Capítulo 17


Escrita por: Stydia2608

Capítulo 17 - Capítulo 17


Há algumas semanas percebi que minha visão estava começando a se perder de novo, mas não falei para ninguém, não quero que se preocupem comigo e agora, estamos todos pesquisando há várias horas sobre Reconexão de Almas, como se Severus soubesse exatamente o que está acontecendo comigo.

-Essa vai ser o comentário mais improvável que vou fazer, mas quem fazia parte da Armada de Dumbledore?

Levantamos a mão e ele sorri satisfeito.

-Me sigam.-sai pela porta.-Você também, senhor Longbottom.

Nós dois ficamos surpresos, mas o seguimos em silêncio pelos limites de Hogwarts até ele segurar em minha mão e pedir que os outros façam o mesmo para desaparatarmos em frente a uma casa.

Entramos com cautela e só entao percebo que essa é a casa dele, o homem se serve com uma dose de whisky e senta no sofá como se fosse habitual nos ver todos aqui.

-Podem começar a pesquisar, eu tenho alguns livros espalhados por aí e uma biblioteca no porão, sintam-se quase a vontade para pegar outros livros. Mas o primeiro que danificar alguma coisa vai morrer. -ameaça.

Reviro os olhos e ando pela casa admirado, é tão colorida que nem parece ser dele, sigo Hermione em direção à biblioteca, mas entro em outro corredor, dando de cara com uma porta.

Giro a maçaneta com cuidado e sorrio ao entrar em seu quarto, sento na cama e fico surpreso ao ver um porta retrato com uma foto minha sorrindo, mas não consigo lembrar quando foi tirada.

Escuto um barulho e fecho a porta antes de voltar para a sala com alguns livros, olho em direção à varanda e vejo um lindo piano de calda branco.

-Você toca? -indago.

-Não mais.

-Qual é, Sev? Ainda me lembro das suas músicas.

Minha mãe não precisa falar mais nada, jogo os livros no chão de propósito e sento sobre minhas pernas antes de começar a folhear as páginas.

Ginny se aproxima de mim e me empurra com o ombro, fazendo com que eu esqueça dos meus sentimentos por alguns segundos, sinto o olhar de Severus em mim, mas me recuso a retribuir.

Continuo minha leitura sem esquecer da presença dele em cima de mim e resolvo deixar meu ciúmes de lado para evitar confusão.

-Não precisa fazer isso por mim, sua promessa já foi cumprida, lembra?

-Não vou discutir isso com você.

-Até quando vai fazer o que ela manda? É a sua vida, suas escolhas.

-Burro!- se levanta.-Eu não passei quase dois meses aqui por causa da sua mãe!

Pisco várias vezes.

-E se eu disser que não quero nada disso? Que se eu tiver que ficar cego de vez, eu vou ficar?

-Por que está tendo uma atitude nobre? -debocha.

-Porque eu sei como fazer para refragmentar minha alma! -confesso.-Mas não vou pagar o preço por isso.

-O que?-todos dizem.

Sento no sofá e passo a mão pelos cabelos.

-Antes de morrer, Alvo me deu um livro chamado O Livro das Almas como se soubesse o que estava por vir e lá explica como tudo deve ser feito.

-E como seria? -Hermione pergunta.

-Para que a minha alma seja restaurada, a alma de outra pessoa tem que ser levada no lugar, como uma troca, sabe?

Minha voz já está falhando.

-Nós podemos usar alguém de Azkaban, se necessário. -Draco sugere.

Começo a chorar.

-Não dá. A pessoa que poderia me ajudar tem que ser aquela que eu mais amo.

Sustento seu olhar e pela primeira vez meus amigos entendem minhas palavras, Hermione fica tão chocada que chora junto comigo principalmente quando olho para Snape que seca uma de minhas lágrimas.

-No fundo de cada alma há tesouros escondidos que somente o amor permite descobrir. -dispara. -Vou preparar um lanche.

Rony vem me abraçar e acabo rindo da situação até que Severus volta feito um furacão e com a expressão perturbada.

-Era à mim que se referia?

Silêncio.

-Harry, eu te fiz uma pergunta.

-Era. E tudo bem você não me amar de volta, mas não me peça para escolher entre você e a minha visão porque já sabe a resposta.

-Nós...vamos indo. -Neville diz.

Continuamos nos olhando enquanto os outros vão embora e me assusto quando uma lágrima solitária escorre por seu rosto.

-Eu não entendo. Ninguém nunca me escolheu antes.

Acabo rindo.

-Até agora.-afirmo.-Vale a pena deixar de ver seu rosto se eu puder ouvir sua voz e desfrutar das sensações que ela desencadeia, até porque...

Ele me interrompe com um beijo e como sempre me derreto em seus braços que sustentam meu peso enquanto me perco em seus lábios.

-Quando ficou tão verborragico?

-Você me deixa nervoso. -confesso.

O homem abre um sorriso tão sincero que me deixa sem ar.

-Uma das poucas qualidades que não perdi depois que me enfeitiçou.

Rio.

-Sei que isso vai acabar com todo o seu humor, mas eu gostaria muito de perder a minha virgindade antes de perder minha visão por completo. -fico vermelho.

-Vocês adolescentes cheios de hormônios só pensam em sexo, eu tenho um cérebro relativamente brilhante, Harry. Por que não aproveitá-lo?

Reviro os olhos.

-Posso dormir aqui?

-Se fizer alguma gracinha, te coloco para fora na mesma hora.

Mostro a língua para ele e o sigo até a cozinha.

-Eu gosto muito de ler no meu tempo livre como pôde ver lá no porão, mas também gosto de ouvir música, alguns trouxas tem um ótimo gosto musical, sabia? Já ouviu falar em um músico chamado Bach?

Nego.

-Bach foi um compositor de música clássica e apesar de não haver nenhum documento comprovando, dizem que ele foi um dos melhores bruxos de sua época.

-Você é tão inteligente. -comento.

Ele desvia o olhar.

-Óbvio que eu sei cozinhar e apesar de ter um paladar diversificado, sobrevivo só com o básico. Embora devo dizer que a preocupação de Hermione com o nosso relacionamento foi perfeitamente louvável.

-"Perfeitamente louvável"? Ela vai gostar desse termo. E o que mais?

-Minha cor favorita depende muito do meu humor.

Caio na risada.

-Você tem apenas uma cor no seu guarda roupa, Severus. E é a que está usando agora.

-Este é o meu uniforme habitual, mas tenho várias cores diferentes em meu armário.

-Quando eu passei as férias aqui, essa também foi a única cor que usou. -implico.

-Eu não confiava o suficiente nos meus sentimentos para lhe mostrar meu guarda roupa.

-Tá. Digamos que eu acredite nisso, qual sua cor favorita agora?

-Verde. Mas não é qualquer verde, é um verde profundo, da cor dos seus olhos.

Quero gritar de alegria enquanto o observo cozinhar.

-Já pensou em cortar seu cabelo?

Ele me encara.

-Estou aqui me abrindo para você e vem me perguntar se eu já pensei em assassinar meu cabelo? Faça me o favor.

Levanto os braços.

-Perdoe minha inconveniência, senhor. -debocho.

-Tenho verdadeira aversão à praias, prefiro muito mais as montanhas. Também não gosto de trilhas, não tenho paciência para insetos irritantes.

Sorrio.

-Obrigado por responder minhas perguntas, eu nem lembrava mais.

-Achei que te devia essa depois de tudo. Com fome? Temos espaguete.

-Me parece ótimo. -sorrio.

Nos sentamos à mesa e pareço um idiota por estar sorrindo para o meu próprio prato.

-Senti sua falta.-confessa.-E me arrependo muito do que fiz.

-Nós só aprendemos com os erros, professor. E está tudo bem.-sorrio.

-Como foi a viagem? O povo grego?

Não escondo o sorriso.

-Está querendo saber como foi a viagem ou se eu conheci alguém mais interessante? -indago.

Ele faz uma careta e não responde.

-Eu passei 10% do meu tempo aproveitando as praias e 90% do tempo pensando em você.



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