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História Icarus Ágape! - T1: Temporal...


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Ola pessoal era para eu ter postado antes
Meu celular ficou no concerto por um bom tempo, porém eu escrevi pelo notebook
E aceitei depois no celular qndo peguei de volta
Obrigado por esperar
O desenho ainda vou terminar de pintar, ele representa muito o futuro desse dois.

Capítulo 71 - T1: Temporal...


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: Temporal...


Aniki viu Tama dar fim a sua maldade, no final o rapaz loiro olhou Ícaro nos olhos e voz que pediu para que não contasse nada a ninguém.


Tama até que entendia porém como ele já havia dito e pensando ele não era muito fã de namorar as escondidas pois hora ou outra a pessoa que você mais tenta esconder acaba sabendo da pior forma possível e quase nem sempre o resultado era bom, um pouco antes do sinal bater Aniki encurralou Tama com perguntas e de cara esse rapaz a ser questionado estava com um olhar sonhador pelo o que fez lá atrás do Colégio com alguém que ele almejava em sua cabeça mas do que na fala ciente e concreta de Tama.


ㅡ Quando que isso começou? ㅡ Aniki perguntou, pensou e chutou uma resposta. ㅡ Assim que começaram a estudar juntos ou um pouco depois?


Tama observou Aniki com desconforto, não foi bem assim no entanto o olhar que o amigo tinha indicava sérios problemas independe de qual resposta que ele daria.


ㅡ Por que a pergunta? ㅡ Tama deu um sorriso de cheio de nervosismo, pôs as mãos nos bolsos e suspirou incomodado.


Aniki elevou os olhos como se estivesse cansado e desatou as mãos que ele amarrou em torno de si desde que foi arrastado para isso.


ㅡ Não seja teimoso. Você não sabe onde está se metendo. Não é? ㅡ Aniki abaixou as sobrancelhas preocupado. ㅡ Brincar tudo bem, porém eu acredito que você está levando a sério. Estou certo não é?


Tama ouviu e deu um longo resmungo, desde manhã até agora estavam falando muito em seu ouvido e única coisa mais recente que esgotou dentro dele era a paciência. Tudo que ele ouvia era um "não" e "você não pode". 


E o que viria depois?


ㅡ Ah... Está tudo bem. ㅡ Tama ficou realmente incomodado e respondeu Aniki mau. ㅡ Já chega. Não precisa falar mas nada.


Aniki também mantinha a sobrancelhas tensionadas e um nó na garganta surgia quando Tama fez birra e encostou na parede cruzando os braços chateado de tudo aquilo e resmungou ainda mais irritado: "Parem por favor de dizer o que eu tenho que fazer. Eu já cansei."


Aniki deu um longo suspiro e exasperou como se rendesse ao que Tama sentia, e enfim resolveu dizer o que ele entendia sobre aquela raça de Ícaro.


ㅡ Eu não quero te repreender. ㅡ Aniki falou apreensivo. ㅡ E muito menos te privar de algo que pelo visto você quer. Porém...Tama... Você não conhece a família dele. Certo?


ㅡ Deixei de saber. ㅡ Tama sentia uma horrível sensação de desgosto, ele começava a ficar impaciente. Tão impaciente que ele não queria mas escutar, a pressão era tanta que a vontade era de sair correndo e gritando quando sentia o coração diminuir e apertar no peito.


Ele não desejava ter que escutar o que ele não queria ter que aceitar.


ㅡ Mesmo que você não queira saber eu vou dizer. ㅡ Aniki pensou em como falar por cima da vontade de Tama. ㅡ O problema pode ser até a diferença entre raças porém é além disso. Bem... você não conhece o pai dele, pensa num velho CHATO. ㅡ Aniki falou a última palavra com uma entonação aguda e murmurou o nome de Tama como um aviso. ㅡ O Ícaro e ele não se dão bem, você tem seu motivo para frequentar a aula do conselheiro e o Ícaro também tem. Você já perguntou para ele o porque?


Tama olhou para Aniki espantado, ele nunca havia perguntado por que ele não queria também que perguntasse o motivo de ele estar ali, Tama perdeu a pose de raiva dele afinal era verdade ele nem tinha idéia, aparentemente aos olhos de Tama, Ícaro tinha uma vida perfeita, uma desavença aqui e ali com a família até que era normal, fora isso ele um ótimo aluno, tinha uma vida boa, seus pais eram casados, não havia problemas com drogas e o melhor... não havia falha dentro da família pelo menos era isso que Tama pensava.


Ícaro era perfeito... Onde estava o defeito? ㅡ Tama se perguntou isso, ele havia entrado em uma pane mental e então ele questionou Aniki totalmente atordoado. Aniki deu um longo suspiro e tratou de responder.


ㅡ Não é algo que eu gosto de ficar falando por aí pois digamos que é um "segredo de família." ㅡ Aniki fez aspas com os dedos não querendo falar desse assunto, porém pelo bem desses dois, ele precisava abrir a boca. ㅡ Minha madrasta que disse e como eu também falei que Ícaro não se dá bem com o pai dele, ano passado ele tiveram uma discussão.


ㅡ Todos os filhos discutem com os pais as vezes. ㅡ Tama ficou impaciente. ㅡ O que há de diferente nisso?


ㅡ Eu sei, ele não tolera o Ícaro. Alias Ícaro também não é um santo porque nem tudo ele aguenta calado, tem uma hora que a paciência esgota e eles discordam. ㅡ Aniki tentou explicar. ㅡ Eu não sei bem o motivo, porém daquela vez foi bem feio, minha madrasta falou que o pai dele deu um cacete nele, dizem que eles falavam alto que aqueles vizinhos que escutaram o quebra pau ficaram tão assustado que chamaram até a polícia. Porém nem mesmo os vizinhos sabiam ao certo o que estava acontecendo. Ficou entre eles dois e a família, minha madrasta soube pela mãe dela.


Tama ficou perplexo escutando Aniki contar o tal segredo da família dele, ele não entendia por que isso acontecia, por que seu pobre Ícaro não fugia disso, as vezes você está tão acomodado que quando coisas assim acontece é só mais um pano que se passa por cima.


ㅡ Eu sei que é difícil aceitar. ㅡ Aniki pôs a mão no ombro de Tama lhe consolando quando ele via o amigo começar a balança a cabeça querendo acreditar que aquilo era uma mentira. ㅡ No final a polícia foi lá, eu não sei bem o que eles conversaram, no entanto ficou como uma briga familiar comum, talvez Ícaro também amaciou a situação afinal o pai dele que sustenta a casa e os caprichos dos filhos e bem... Ele tem uma irmã novinha. Ícaro sabe o valor do pai dele em casa, eles tem muito dinheiro Tama e a maior parte vem do trabalho do pai. ㅡ Aniki consolou Tama quando ele começou a fazer uma cara de infelicidade. ㅡ Eu sei que é difícil e ainda por cima errado, porém as vezes somos obrigados a fechar os olhos para algumas coisas pelo bem de algo ou alguém. ㅡ Aniki colocou uma das mãos sobre um dos olhos para enfatizar o que ele dizia sobre fingir não ver um problema.


Tama não queria aceitar, queria resolver as coisas como um homem com o pai de Ícaro e falar para ele cuidar melhor do próprio filho, no entanto era o que Aniki dizia, fechar os olhos para o problema era o que ele andava fazendo desde seu cinco ou seis anos, fechar os olhos para um problema era muito doloroso e quem sofria era alvo. Por mais cheio de raiva que Tama estivesse ele não podia fazer nada por mas que quisesse, a única coisa que ele podia era lamentar em silêncio.


ㅡ Que injusto. ㅡ Tama murmurou desgostoso. ㅡ Por que as coisas são tão triste Aniki?


ㅡ É injusto não é? Eu sei disso. ㅡ Aniki assentiu com empatia e suavidade na voz.


Porém Aniki sabia, se Ícaro fechou os olhos e escolheu assim, ele não iria ficar nem um pouco feliz se as coisas mudassem, talvez ele estivesse medo de desestabilizar sua familia, ser odiado pelos irmãos ou pela mãe se fizesse uma denúncia seria ainda mais doloroso. Era como estar em um grande labirinto perdido dentro dele e onde ele fosse só se depararia com muros altos. Então o jeito era sentar e esperar, esperar a maioridade, ele suportou por incríveis dezesseis anos, aguentar mais um ano não era um grande problema, e Aniki via que Ícaro tinha o que nenhum dos filhos de Dédalo tinha, como ele não tinha atenção, ele se criou independente, o filho que ninguém liga que ninguém se importa era o que mais se adapta melhor a diferentes espaços. Dos quatro filhos de Dédalo Ícaro é o que mais deu certo, ele inveja Willian porém ele é o único com determinação, a partir do dia em que ele sair de casa ele consegue tudo o que quiser.


Esse é: Nada mais nada menos que Ícaro.


Carrega um nome forte como seu avó por parte de pai dizia. Ele escolheu e deu para quem merecia ter esse nome.


Ícaro não precisa de ninguém mas se sente muito sozinho as vezes.


[...]


Durante a manhã de sábado Ícaro estava para sair de casa, no dia anterior depois da aula Tama o convidou para ir na casa dele no final de semana.


Ícaro mentalmente se sentia melhor ultimamente, ele ainda estava um pouco receoso com o Leprechau porém não era aquela ciumeira de antes, Ícaro ainda estava sonhando com aquela frase que Tama disserá "Namorado" soava tão bem na voz confiante dele, ele se sentiu tão bem que na noite anterior ele teve um sonho, um sonho onde ele tinha uma vida feliz com Tama, não tinha nada, só eles dois.


Era um sonho ótimo.


Nessa manhã de sábado ele acordou com esse doce gostinho que venho desse sonho e o dia em questão também seria ótimo Ícaro tentaria torná-lo cheio de glória, ele ficaria com Tama, somente com Tama assim como no sonho e nada atrapalharia isso, nem o Leprechau, nem ninguém. 


Ninguém para provocar a pobre cabeça incapaz de Ícaro de lidar com novos sentimentos.


Eles estariam sozinho, os pais de Tama talvez estivessem lá, o irmão também, porém em qualquer local da casa na qual eles estivessem ninguém de fora os atrapalharia e os brilhantes olhos de Tama estariam somente voltados para Ícaro.


Era perfeito.


Pensando isso Ícaro saiu de casa, na varanda ele viu Yumi sentada no sofá conversando no celular, ele a observou vendo como ela falava empolgada, devia ser aquele tal de Charley, Ícaro ficou com uma pulga atrás da orelha, ele viu a garota terminar a ligação e olhar para o celular com carinho.


ㅡ Você está mesmo namorando com ele? ㅡ Ícaro a questionou.


ㅡ Não sei se ainda é um namoro. ㅡ Ela falou pensativa. ㅡ Ele é mais velho assim como Willian e Chris Angel. Garotos mais velhos pensam diferente. E me diz você como que vai o seu rapaz?


ㅡ Chris Angel não é meu. ㅡ Ícaro falou um pouco ofendido.


Quando haviam decidido que eles eram um do outro?


ㅡ Você não está namorando com ele? ㅡ Yumi ajeitou o corpo no assento intrigada. ㅡ Você mesmo disse que estava saindo com alguém. Não é ele? ㅡ Yumi tirou uma graça disso, ela pôs o polegar diante na garganta e criou uma linha imaginária e logo em seguida fez um sinal de esfregar os olhos insinuando o que ela dizia. ㅡ Ora-Ora meu irmão é um saidinho, quem diria... O pai vai te matar e o Chris vai chorar.


ㅡ Chora nada. ㅡ Ícaro banalizou a expressão de Yumi, não era para tanto. ㅡ Eu estava brincando. ㅡ Ícaro mentiu sobre estar saindo com alguém.


ㅡ Você não pensa em ficar com ele? ㅡ Agora Yumi ficou séria e questionou. ㅡ Se você mesmo diz que está sozinho.


ㅡ Eu não gosto dele. ㅡ Ícaro falou, e se sentiu um pouco mau pela expressão sincera. ㅡ Bem... Eu acredito que ele é uma boa pessoa. Mais eu não gosto... Não daquele jeito.


ㅡ Você não acha que pode gostar um dia? ㅡ Yumi perguntou apoiando o corpo no braço do sofá de madeira. ㅡ Você vê ele mas não o conhece. Como pode dizer que não gosta?


Era verdade Ícaro não conhecia Chris Angel direito, porém ele não tinha sentimentos de amor por ele como tinha por Tama.


ㅡ E quem garante que eu vou gostar depois de conhecer? ㅡ Ícaro perguntou, ele não tinha o coração tão aberto assim como Yumi. ㅡ Eu não sei nada sobre amor, mais acredito que é muito mais complicado do que só bater os olhos e se apaixonar. Eu não sou como você Yumi que só teve um contato e já estava quase casando com um menino que você conheceu faz pouco tempo.


Realmente... Ícaro não era como Yumi, o amor desenvolvido dentro dele era gerado com o tempo ou um grande impacto, acender o mecanismo de interesse com ele não era como ligar a caixa de força de uma casa e esperar a luz chegar, era como a de uma cidade inteira, aos poucos iria chegando a energia em todos os locais, iria pelo fio e chegava em cada domicilio, cada sensação, cada turbilhão de sentimentos em cada ponto de Ícaro até tomar sua atenção por completo. Yumi fez um beicinho, não era bem assim, ela de verdade reconhecia que era boba para o amor, era certo que ela queria estar apaixonada por isso ficava com frequência no entanto com Tama ela ficou por anos no entanto nunca viveu esse bendito amor.


ㅡ Ele é bonito. ㅡ Yumi falou de um jeitinho manhoso vendo a expressão de incredulidade no rosto do irmão.


ㅡ Você gosta dele só por que é bonito? ㅡ Ícaro deu uma risada inconformado pelos gostos da irmã. ㅡ Você é a Yumi mesmo? Você disse que ninguém te forçaria a nada. Onde foi parar minha irmã destemida?


ㅡ Bem... Eu não fui forçada a ficar com ele, gostei por que quis. E como eu disse ele é bonito e é com certeza uma boa qualidade dele no entanto não foi só por isso. ㅡ Yumi esclareceu. ㅡ Eu senti um negócio na primeira vez o que vi, algo estranho. ㅡ Pensou como descrever porém não achou as palavras certas. Era como um formigamento dentro do corpo, o dilatar das pílulas e "Bam" você está afeiçoado como nunca esteve por alguém. Então sem respostas ela somente murmurou. ㅡ Ah, sei lá... Ele tem algo que eu gosto.


ㅡ Idade para sair de casa? ㅡ Ícaro brincou.


Yumi revirou os olhos e sorriu.


ㅡ Homens adultos são sérios. Meninos da nossa Idade querem ir para balada. Não querem compromisso. ㅡ Ela falou tendo de base as experiências na qual ela vivenciou.


ㅡ E como você sabe? Já namorou algum adulto? ㅡ Ícaro pensou que homens são homens não importa a idade, o diferencial entre eles eram a personalidade e não quantos anos tem.


Homens novos as vezes poderiam ser tão maduros quanto adultos. E homens adultos tão infantis quanto uma criança de dez anos 


ㅡ É.... ㅡ Yumi assentiu. ㅡ Porém a verdade é que Angels tem um princípio, eles primeiramente carregam uma péssima impressão de que são recatados demais, você e o Willian aparentemente são assim também, eu como mulher vejo isso em vocês, tudo tem que ser perfeito, vocês as vezes são egoístas e querem prazer imediato.


ㅡ Eu não sou assim. ㅡ Ícaro estreitou os olhos, ele pensou em seus próprios defeitos e julgou todos eles.


Bem.... Ser perfeccionista era um deles porém para algumas coisas ele amava defeitos.


Ou ele estava querendo se sentir por cima? Ou não tão diferente. 


Mais em relação ao prazer imediato... Era claro que ele preferia sentir prezar do que dor, ele ficou tão pensativo que julgou o fato de não fazer sexo com Tama por medo das consequências e principalmente da dor, talvez a dor fosse o pivô da má aceitação e se questionou se essa era a real razão que por trás na qual ele estava botando culpa em outras coisas. Sexo não era algo tão simples e fácil de fazer como ele imaginou, Ícaro se sentiu atingido pelo o que Yumi disse e ficou incomodado. Yumi deu de ombros para o que o irmão gêmeo disse e suspirou.


ㅡ Afinal isso nem é um problema, mas a verdade mais pura é que um Angels que tem seus princípios, eles são muito leais. ㅡ Yumi assentiu para Ícaro e para si mesmo. ㅡ Se eles casam então um casamento é para sempre, eles não costumam a trair e nem tratar mau seus companheiros. Porém acontece as vezes, é bem raro mas pode acontecer o inverso.


Ícaro pensou que ele não conhecia todos os Angels apesar de o recanto dos Pássaros ser pequeno e eles não costumam a sair daqui, porém tinham os corajosos que se arriscavam e saiam assim como sua tia saiu, porém no caso dela ela separou e casou com uma espécie diferente e ficou proibida de continuar morando aqui, isso se ela não quisesse causar uma comoção entre as raças ao colocar alguém para estar onde não devia. Yumi sentiu o silêncio de Ícaro e assentiu com a cabeça.


ㅡ Você vê isso desde que nasceu. O pai foi o primeiro namorado da nossa mãe, eles são de uma época em que andar de mãos dadas era um absurdo, só se podiam sentar próxima contanto que houvesse espaço pessoal.


Ícaro ficou quieto e assentiu ao que Yumi dizia, realmente eles atualmente viviam na época do "ficar com alguém" e era lógico quando sua avô dizia que os tempos não eram mais os mesmos. Encarar o futuro mais avançado que o antigo parecia realmente incômodo para algumas pessoas mais velhas no entanto a atualidade era outra e crianças desse futuro via o mundo evoluído com outros olhos. As coisas tinham que mudar, talvez o presente de Ícaro iria mudar, o mundo de seus filhos fosse muito mais avançado, constantemente mudando e virando outra coisa.


Era intrigante.


Até onde no quesito de se envolver com alguém poderiam chegar?


Era inimaginável.


ㅡ Chris Angel parece um rapaz legal. ㅡ Yumi falou. ㅡ Eu ouvi Will dizer que ele é tão chato quando fala de você. Então eu não acho que ele só está brincando com você meu caro irmão. Eu quero encontrar alguém bom, e eu quero também que meu irmão também encontre. Quem sabe a gente pode se casar junto. Que tal?


Ícaro não tinha sonhos de princesa como Yumi tinha... Ele uma vez já havia pensado em algo parecido. Mas já fazia muito tempo.


ㅡ Você quer realmente algo assim? ㅡ Ícaro murmurou apreensivo, era uma idéia bem confusa no entanto ele sentiu carinho no que a irmã estava dizendo.


ㅡ Por que não? ㅡ Yumi falou olhando a tela do telefone, ela recebeu uma mensagem do pretendente, ele estava a chamando para sair quem sabe no domingo, ela aceitaria se ele pedisse ao pai. ㅡ Nascemos juntos então porque não casamos juntos? Já pensou em ter filhos? Eu acho que o Chris Angel quer ter filhos. Eu também quero filhos e me casar com um homem bom. Não vou ter nada disso olhando outra pessoa ser feliz.


Por fora ela parecia ótima, tinha uma dorzinha ali quando ela falava isso no entanto chorar mais litros por um amor não correspondido não era para ela, não mas.


Ícaro também queria ter alguém bom, alguém que cuidasse dele, alguém que desse o que ele não recebeu... Ele queria amor, ele não queria viver na miséria para sempre, tendo migalhas de sentimentos, correndo atrás disso sem parar. Quanto a filhos ele se sentia injuriado, ele antes queria ter uma família, no entanto a infertilidade veio e ele teve que se adaptar, antes não pensava em ficar com um homem pois o primeiro plano era ter uma mulher, no outro caso ele tinha essa opção, ele foi jogado de lado sem utilidade até seu pai perceber que ele servia enfim para alguma coisa. Ele abaixou o olhar e pensou que o amor parecia que não era para ele, tocou os dedos, e pensou na infelicidade de só servir desse jeito.


ㅡ Eu acho que Chris Angel está iludido, ele é gay, ele quer ter filhos, há Angels com os mesmos dons das mulheres e não há muitos como eu que não faz prole dentro de si. ㅡ Ícaro olhou angustiado para Yumi. ㅡ E acho que ele está iludido em questão a isso, ele vê a chance em mim e acredita que ama, mais acho que não ama.


Yumi entendeu, talvez fosse um pouco disso, no entanto ela pensou em Chris Angel e assentiu, realmente Angels intersexo eram raros, normalmente eles vinham em par ou absorviam seu gêmeo no útero, ela não entendia bem a genética porém ela não sabia se Ícaro deixou ela existir ou ela tornou possível a existência dele, Ícaro era um pedaço dela, uma divisão celular, eles partilhavam o mesmo DNA, em parte a mesma como fêmeas ZW e machos ZZ, Ícaro compartilhava os dois, realmente ela tinha um irmão especial.


ㅡ Como você sabe o sabor de um sorvete ou de uma comida se nunca provou? ㅡ Yumi falou. ㅡ Eu não gostava de brócolis, até aprender um jeito novo de comer ele, você cozinha, refolga no alho frito e têmpera com sal e bem... Pode comer assim ou fazer uma salada. Aliás você gosta de berinjela, porém você só come ela empanada e frita. Todo mundo acha um jeito diferente de comer o que não gosta.


ㅡ É... Mas quem vai ser comido sou eu não ele. ㅡ Ícaro fez uma brincadeira ousada com a irmã e sorriu quando Yumi riu. ㅡ Você tem muito argumento. Aliás eu estou um pouco atrasado.


Ele conversou tanto com a irmã que estava surpreso, já fazia tempos que ele não tinha algo assim com ela. Tama queria fazer um almoço e Ícaro acabaria ficando atrasado, então ele teria que improvisar. Yumi falou para Ícaro não demorar muito, ela estava pensando em fazer um jantar especial hoje, pois talvez amanhã ela não estivesse aqui esse horário.


ㅡ Você realmente quer namorar com ele? ㅡ Ícaro perguntou preocupado.


ㅡ Quem sabe... Ele é tão bonzinho. ㅡ Yumi deu um longo suspiro, eles ainda estavam se conhecendo.


ㅡ Fala para ele abrir os olhos. ㅡ Ícaro tocou o rosto puxando a pele embaixo de um dos olhos dando um aviso para que esse tal rapaz não tentassem gracinhas e Yumi sorriu para ele.


ㅡ Você decidiu se vai viajar com a gente? ㅡ Ela perguntou.


ㅡ Não sei. 


Ícaro queria um tempo para si, não sabia se sairia de férias com a família, sempre que ele saia, ele voltava brigado com o pai.


Ícaro abriu o feixe atrás da blusa, ele iria economizar tempo, ele já devia ter perdido o ônibus, era uma pena, ele era preguiçoso, sentar e olhar a vista através da janela não era mais uma opção viável. Yumi observou com satisfação Ícaro soltar as próprias asas, como as dela as asas de Ícaro mesmo que opaca para um macho ainda sim passava um semblante miraculoso para um seres alado, isso que tornavam eles o que eram, de vez em quando ela fazia isso, ela ia até a montanha mais próxima e saltava do penhasco com alguns conhecidos da região, Ícaro podia pensar que Yumi saia para namorar com frequência no entanto o buraco era mais embaixo, quando ela estava com a cabeça cheia, ela iria atrás de uma boa brisa de vento e uma altura ótimo para cair, cair e cair até o chão quase ficar próximo e enfim alçar voo majestosamente em direção a esse céu amplo no alto da X.


[...]


Durante o almoço tudo ia bem até demais, Tama havia se empenhado e seu trabalho deu belo frutos, Ícaro podia até não saber porém tudo que havia sobre naquela mesa mesmo contra a vontade de Ian que preferia um belo e suculento pedaço de bife e com um olhar nada contente enquanto cutucava com um garfo o alface no prato, em vez disso na mesa havia mais mato do que carne, em vez de algo comestível na visão do irmão de Tama havia bolinhos de peixe disfarçado para não denegrir os pobres olhos de Ícaro de ter algo morto sobre a mesa.


O suco até que Ian encarava, era natural feito com laranjas colhidas na laranjeira do quintal, escolhidas e espremidas por um espremedor de frutas, feito com amor e carinho, o jantar na visão de Ícaro era agradável porém estranho pela cara que Ian fazia, ele parecia muito descontente e Ícaro não pode evitar simpatizar com ele, afinal criança não gosta de salada e muito menos beterraba e bem... ter a mãe e o pai de Tama na mesa era agradável, mas agradável que o jantar em família em casa, eles tinha um ar de família e isso Ícaro gostava mas do que tudo. 


Ícaro olhando para Tama e a mesa satisfeito de ter um jantar a seu gosto, queria perguntar a ele se aquilo era o normal deles, era raro ficar para o almoço para saber se tudo estava normal. Normalmente mudar as refeições era o comum para Yumi, ela dizia que comer a mesma coisa todo o dia era enjoativo, Ícaro era vegetariano não só pela espécie pois alguns de seus parentes até familiares consumiam carne, porém Ícaro era vegano por força maior do que compaixão pois a uns anos atrás ele teve um grande problema durante um passeio escolar para uma fazenda, a primeira vista tudo era bonitinho, haviam bichos fofinhos como cavalos, coelhos fofos, lebres grandes e pôneis, durante a mesa ele sorriu impressionando Tama trazendo um quentinho no coração, Tama pelo sorriso de quem ele observava e Ícaro pela lembrança, ele captou essa tal memória aparentemente esquecida e tão adorável de quando eles tiveram a permissão de brincar com os coelhos e as lebres, e enquanto Ícaro e Guih de doze anos acariciavam belos coelhinhos marrons de pelo sedosos nas mãos de um criador, um Tama criança apareceu vindo de algum lugar correndo para mostrar a eles dois uma lebre cinza grande e gorda na qual ele a segurava de um jeito que as patas enormes voltadas para frente pareciam engraçadas e a barriguinha descoberta era um rosinha claro, tão fofo e sorriso animado de Tama era tão vivo agora em sua memória. 


Voltando ao motivo principal para a vida vegetariana, Ícaro assim como Mark ficou com vontade de fazer xixi durante o passeio, então a professora na época disse para eles irem até um certo local que tinha um banheiro já que não havia problemas pois eles estavam em duplas e assim aconteceu eles foram  porém quando a curiosidade matou o gato, não mentiam, era a mas pura verdade, durante a ida até o banheiro Mark e ele se depararam com um local da onde vinha um som alto, de primeiro Ícaro não queria desviar o caminho para saber o que era, no entanto Mark insistiu por fim eles acabaram por descobrir que aquele barracão era um abatedouro de vacas, o que eles viram lá, do sangue que pingava da vaca pendurada pelas patas traseiras e pingava no chão, era tão perturbador que depois disso, antes do açougueiro do local ver eles, e os dois horrorizados correrem de ver tanta vaca morta, correr enojado e vomitar era o limite na qual a mente de criança deles podiam processar tudo isso, a partir dai Ícaro e Mark nunca mas olharam a carne no próprio prato ou no alheio do mesmo, sempre que eles pensavam nisso a ânsia vinha.


Por fim... era isso.


No final do jantar Ícaro subiu para o quarto com Tama, agora lembrando antes do jantar ser preparado quando Kalifa questionou Tama pelo jantar saldável e aquele filho infeliz havia feito uma brincadeira "Ele come primeiro e depois eu que como." disse isso com um sorriso articulado de satisfação cheio de graça que o pai só pode mexer as sobrancelhas e dar um sorriso intrigado, agora ele via o filho subir com quem ele falava que iria comer. Apesar de Tama estar brincando quando disse isso ao pai, todos nós sabemos que todas as brincadeiras tem um fundo de verdade, ele olhava para Ícaro impressionado e o coração ansiava no peito só de pensar em ficar sozinho com Ícaro no quarto, porém mesmo ansioso ele deixou a porta aberta e deixou Ícaro deitar em sua cama e perguntou o que ele queria além de descansar, foi sugerido ler alguma coisa, Tama tinha algumas revistas, ele resolveu mostrar a Ícaro a revista na qual ele pareceria no mês que vem á Teen Queen Magazine.


ㅡ Eu não tenho coragem de posar para uma revista. ㅡ Ícaro suspirou. ㅡ Não sei como você consegue.


Ícaro olhou para o rosto de Tama e pensou que além dos olhos nas escolas e dos olhos dele, iriam ter outros olhos em Tama, perturbado ele engoliu em seco e ajeitou o corpo reprimindo esse pensamento e questionou Tama quando seria essa tal sessão, e Tama respondeu que ainda estava vendo o dia no entanto era certeza que a partir do mês de junho. Ícaro tentou relaxar, pegou uma revista e tentou ler uma matéria que logo de cara assim que ele abriu falava sobre o quanto os ciúmes era prejudicial em um relacionamento amoroso, Ícaro deu um sorriso de desgosto e leu a primeira coluna enquanto Tama havia pegado uma caneta e sentado no chão fazendo um teste amoroso na revista na qual a capa era a miss de vinte e dois anos Clarice Adams daquele ano.


Na coluna comentava: "Quais serão os motivos que levam algumas pessoas a ter tanto ciúmes? Os mais conhecidos com certeza são a insegurança e o medo de ser abandonado. "Agora, os motivos variam muito dependendo das características das pessoas envolvidas e do tipo de relacionamento" afirma a psicóloga Cherry Peterson." Sim... era mas ou menos o que ele sentia, abaixo ele viu algo que o interessava: "A solução para ciumentos compulsivos é encontrada na maioria das vezes apenas com ajuda profissional de um psicólogo ou psicoterapeuta. O ciúme que se torna grave é aquele que a pessoa inventa os motivos, distorce significados de conversas e vê coisas onde elas não existem. Isso porque, "quando o ciúme tem razão de ser, deve ser demonstrado sem exageros e de maneira leve." Orienta a psicóloga."


Até então pelo visto ele estava indo bem até o celular de Tama tocar e Ícaro questionar se o dono iria atender, Tama fez pouco caso e perguntou quem era, pela tela bloqueada ele via que era uma chamada de Aniki e o informou, Tama fez uma cara cansada demonstrando nenhuma vontade de conversar com ele agora, então pediu a Ícaro para pegar seu celular e mandar uma mensagem pelo Line para Aniki falando que ele não podia conversar porque estava ocupado, como ele imagina do jeito que Aniki era impaciente devia ter uma sequencia de mensagens para serem respondidas.


ㅡ Faz você. ㅡ Ícaro deitou de novo depois de ver o celular sobre a mesa de canto.


Tama olhou para Ícaro e deu um belo sorriso nem um pouco afim.


ㅡ Você está mais perto. 


Tama argumentou e Ícaro estreitou os olhos porém cedeu e Tama deu um sorriso animado voltando sua atenção para um teste de personalidade, Ícaro pegou o aparelho com a mão direita sem se levantar, desbloqueou a tela e na aba de cima está constando mensagens do aplicativo, na tela inicial havia uma foto de Tama tirada na varanda de casa, pela pose despojada e brilhante de usar óculos de sol em rosto bonito eram cativantes, porém tampava os belos olhos dele. No ícone do aplicativo Line constava o tanto mensagens não abertas ou Tama não havia visto ou ele não quis abri-las, era mas ou menos isso que estava passando na cabeça desse pobre rapaz e incapaz de captar um suposto problema que viria a seguir ou tentar evitar o que aconteceria depois. Ele estava despreocupado enquanto Ícaro mexia em seu celular, abriu o aplicativo e para a surpresa de Ícaro além da mensagem de Aniki haviam umas outras mensagens não abertas tanto de meninas como de meninos, a maioria eram de garotas e todos eram contatos registrados, isso fez Ícaro lembrar da conversa das garotas no corredor dos armários na qual elas falavam sobre conversar com Tama, Ícaro levantou o olhar para um rapaz despreocupado fazendo conferindo os resultados do teste. Ele mordeu os lábios pego pela curiosidade, engoliu em seco e ficou tentado á xeretar aquelas mensagens não abertas, no artigo dizia para ele conferir antes de surtar e era isso que ele pretendia fazer se não ele iria para casa e ficaria preso a esse pensamento sem uma solução e aquela insegurança voltaria.


Ele não as queria novamente.


Olhou de novo e resolveu mesmo com medo de ser pego ao estar olhando sem permissão aquelas tais mensagens, abriu as mensagens abaixo da de Aniki que era de uma garota chamada Melissa, na mensagem havia um convite para sair, até aqui tudo bem, abriu outra que era de um tal de Ryan perguntando a Tama se ele estava livre, Ícaro suspirou pois via as datas de uns dias atrás no entanto havia uma recentes e bem... a menina da escola que Ícaro descobriu o nome, se chamava Jullie, cheio de curiosidade ele abriu, era uma conversa até bem amigável, nela Ícaro teve a infelicidade de saber que Tama já havia tido algo com essa tal garota, porém ele não sabia o nível da intimidade entre os dois, o intrigante era os três anexos carregando a baixo, Ícaro estreitou os olhos apreensivo quando as imagens estavam ganhando forma e a seguinte mensagem que finalizava dizendo "Espero que goste" Tama podia até apreciar no entanto Ícaro não gostou nem um pouco quando as fotos carregaram, ele foi pego pelo espanto e pela vergonha quando fotos intimas da garota apareceram, tomou um susto, ficou inconformado e baixou o celular, fechou a mensagem e olhou as outras eram conversas e nudes, seu coração acelerou no peito, ele ficou enojado e inconformado. 


Tama perguntou se ele havia falado com Aniki, deu um sorriso para Ícaro brincando com ele, no entanto Ícaro não sorriu de volta, ele engoliu em seco mas uma vez preste a questionar Tama, suspirou pedindo paciência para si mesmo e perguntou.


ㅡ Eu vi algo que não devia Tama. ㅡ Ícaro confessou.

Tama parecia paciente, olhou para Ícaro e perguntou o que era apoiando os braços sobre a cama. Ícaro encarou Tama e mostrou o telefone e disse "Apaga. É nojento." Tama levantou olhar nada surpreso, pegou o telefone das mãos dele e quando estava preste a abrir a mensagem Ícaro repreendeu dizendo para ele não olhar. Tama riu e suspirou logo em seguida sugerindo que Ícaro não quisesse que ele visse então que ele mesmo apagasse, provocou dizendo não tinha como apagar o que ele não podia ver.


ㅡ Você está afim de ver não é? ㅡ Ícaro estreitou os olhos. ㅡ Eu não devo apagar nada do seu celular, você que tem que fazer isso, o celular é seu.


Tama deu um belo sorriso e voltou para sua revista, Ícaro ainda estava apreensivo, tentou se conter, respirou fundo e pensou que se Tama não apagasse, uma hora ou outra ele veria aquela baixaria, incapaz de tomar uma atitude ele bloqueou o celular e insistiu mas uma vez para que Tama fizesse o trabalho sujo. Tama sorriu achando fofo a maneira como Ícaro murmurava e não resistiu, subiu na cama e deitou sobre o corpo do rapaz afim de mexer com ele.


Atraído e cheio de vontade de ter Ícaro, Tama se deitou sobre ele, o garoto envolvido e pressionado sobre a cama percebeu essa tal euforia vinda do parceiro, no entanto a mesma sensação não chegou ao coração por conta da preocupação crescente dentro dele, pode analisar e sentir o corpo de Tama se encaixar por cima do seu. O beijo envolto em desejo que o rapaz faminto por essa pele alheia pressionou um doce selinho nos lábios de Ícaro tão voraz no início porém no final havia uma suavidade seguida de um carinho de rosto dada pela palma e dedos longos e firme de Tama.


Ele olhou nos olhos de Ícaro e perguntou se havia algo errado, a pessoa a ser questionada ficou em silêncio relutando um pouco em responder, se sentiu desconfortável no entanto negou. 


Tama deu um sorriso, o coração batendo no peito ao idealizar perfeitamente naquele momento o fato de estarem sozinhos no quarto sobre aquela cama despertou um desejo intenso dentro dele, trouxe o corpo de Ícaro para si e lhe deu um meio abraço envolvendo seu corpo com uma das mãos prendendo ele em seu corpo viril enquanto com a outra mão ele passou por debaixo do braço de quem ele envolvia sentindo a respiração do outro contra o peito, essa mão que ele colocou na parte de trás da escápula de Ícaro o perdendo no lugar trazia uma sensação de dominância na qual Tama gostava, ele prendia quem ele gostava tão forte que o sentia resmungar quando era apertado e beijado desde a maxila até a linha tênue do ombros, beijos as vezes sutis, as vezes drásticos mas nunca maldosos.


Ícaro sentia a pele arrepiar levemente vendo Tama resmungar enquanto depositava beijos calorosos e cheios de paixão em seu pescoço, a mão envolta de seu corpo apertava sua pele por debaixo da blusa, deslizava e o trazia para mais perto, Tama já começava a ficar ansioso, tendo seus lábios e mãos em quem ele desejava era a sensação mais aguardada por ele, afinal foi Ícaro quem disse que não iria mas negar o fogo que surgia entre os dois, então Tama não viu problema em avançar um passo hoje, avançar e enlouquecer Ícaro até deixá-lo satisfeito.


No entanto, enquanto Tama estava perdido em seu gracejo de beijar, tocar e morder até Ícaro suspirar e emitir um som de cachorrinho chorando, Ícaro apesar de estar sentindo algumas sensações no fundo do coração dele, ele se sentia preocupado, havia uma pressão no peito que fazia ele encurtar as sobrancelhas quando Tama o tocava vindo com tanta persistência. Olhou para a porta entre aberta e deu um longo suspiro pensando por que não era tão fácil simplesmente esquecer tudo que ele duvidava de Tama, se ele tivesse a cabeça mais madura talvez ele não se sentisse tão mal agora.


Foi beijado nos lábios, viu Tama lhe conceber um sorriso de carinho e se perguntou se era verdade o que acontecia ali além de uma preparação para um sexo intenso, apesar de antes não houver sentimentos, nem antes nem agora ele não tinha tanta cara de pau de simplesmente "dar" por esporte, sexo tinha todo o seu poder sobre quem desfrutava dele, ele fazia as pessoas pensarem besteira, sentir sensações e se iludir com elas, trazia endorfina ao corpo, aquela gostosa sensação de satisfação que era capaz proporcionar as contrações dos dedos dos pés.


Porém... o que viria depois?


Isso Ícaro se perguntava o tempo todo enquanto era beijado tanto nos lábios como sobre a pele morna de seu corpo, apertado e mordido na região da orelha, Ícaro estava fora de sintonia, ele estava mais perdido nos próprios pensamentos do que envolvidos pelos toques e pelos beijos de Tama que pelo contrário estava totalmente inerte naquilo que ele praticava.


"Ele quer só isso?" ㅡ Ícaro se questionou, ele havia sonhado que Tama falava que com ele não havia outra ligação além de algo carnal.


Sexo...


Fazer sexo...


Só sexo, nada mais e nada menos que isso.


E o que havia depois?


O quê que eles eram?


O que Ícaro precisava além da pele e além do coração era reciprocidade. A alma e os olhos brilhantes vindo de encontro aos dele era melhor que do que a tal coisa que ele agora abominava.


Confuso e pertubado pela própria mente sem ter uma resposta, ele foi em parte deixado pelos lábios de Tama que ergueu o tronco sobre ele, lhe acariciou o rosto novamente e sussurrou:


ㅡ Ícaro eu quero tanto você.


Ícaro entendia, ele deu um sorriso de preocupação enquanto era acariciado, virou o rosto de lado no travesseiro de Tama e foi beijado com ternura na maçã do rosto. Tama começava a ficar mais ansioso, mais voraz, ele sussurrou depois de um longo suspiro cheio de prazer pelo o que ele idealizada que iria supostamente acontecer entre eles dois ali sozinhos "E se nós dois darmos tipo... Digamos... uma namoradinha sigilosa?" Tama questionou e beijou os lábios de Ícaro "Eu tranco a porta e ficamos só nós dois. Que tal?"


Ícaro ficou um pouco mais preocupado "Ficar sozinho", era isso que Tama queria e naquele momento Ícaro vendo seu companheiro ficar cada vez mais pedinte, cada vez mais esperançoso, mais cheio de desejo se tornou uma situação preocupante. Ícaro suspirou incomodado, os beijos que eram depositados tanto em seus lábios, quanto em seu corpo, a língua de Tama que entrou em sua boca lhe tirou um suspiro de insatisfação, o coração estava pesado, não é que ele odiasse o que Tama fazia, porém essa dor dentro dele não o deixava relaxar, então se comportava sem saber nas mãos de Tama como um objeto super estimado.


Tama apesar de eufórico e sentindo aquela pressão dentro de sua calça que era capaz de enlouquece-lo, percebeu que com Ícaro não acontecia a mesma coisa, ele não parecia ansioso e tão pouco se comunicava.


Para intrigado, tenciona as sobrancelhas encarando o semblante incomum de quem ele tentava aparentemente sem sucesso cativar.


ㅡ Por que você está tão calado?


Ícaro ficou inquieto, ele não sabia se abria a boca ou não, aqueles pensamentos estavam o perturbando tanto que sem querer ele soltou aquilo que mais guardava tão fácil quanto ele escondeu.


ㅡ Você só quer isso não é Tama?


ㅡ Querer o quê? ㅡ Tama deu risada da cara implicante de Ícaro, não levou a sério de primeira e voltou a beijar e murmurar sobre o que diabos ele estava falando.


Ícaro encurtou as sobrancelhas mais, ele levantou o corpo tirando Tama de seu gracejo, o rapaz perturbado, olhou para o rosto de Ícaro e questionou se ele não estava querendo também. Ícaro estava estranho, confuso, ele necessitava mas do que nunca parar o que havia começava.


ㅡ Não quero. ㅡ Negou.


ㅡ Não quer por qual motivo? 


Tama estava insatisfeito, ele viu a chance com Ícaro descer pelo ralo fácil e inconformado ele se pôs a questionar as razões de ele aceitar e depois negar do nada, ele não entendia o que acontecia com Ícaro. No entanto o ouvinte se achou tão idiota por ter esses medos que ao escutar Tama querendo uma resposta, acabou por se sentir constrangido e com o constrangimento venho o nervosismo então tentou se acalmar quando deu um espaço entre os corpo, se sentaram logo a seguir sobre a cama enquanto Tama o encarava com um olhar perplexo.


ㅡ Eu não quero Tama.


ㅡ O que eu fiz de errado? ㅡ Tama sussurrou, ele pensou que talvez foi rápido demais ou Ícaro que estava voltando atrás no que dizia.


No entanto Tama não o entendia por completo, ele queria respostas além daquelas que ele criava em sua própria cabeça, e novamente lembrava daquela perturbação, melhor dizendo da sua própria superstição pós sexo, Tama sempre foi de dar cansaço tanto por cima como baixo para o parceiro alheio seja homem ou mulher, ativo ou passivo. No entanto Ícaro era um problema, do mesmo jeito que era deixado, ele ficava, então era difícil decifra-lo.


Da primeira vez ele ficou até cansado não tanto quanto deveria no entanto ele não ficava sonolento, naquele dia Ícaro continuou na dele e depois Tama o levou para casa. E agora aquela insegurança adolescente voltava a Tama de um jeito perturbador, ninguém nunca foi capaz de dizer que ele era ruim no que fazia, pelo menos não na cara, nem quando ele era só um iniciante, talvez também por motivo de que ele fez sexo consensual pela primeira vez com Danny que também era virgem na época.


Ícaro só fez sexo uma vez e Tama foi o privilegiado de tê-lo primeiro em suas mãos, ele passou na frente do futuro marido de Ícaro e agora pensando, ele nem conhecia esse rapaz para por essas mãos inconvenientes em quem não lhe dizia respeito, mesmo que Ícaro fosse apaixonado por ele, pela primeira vez Tama entendeu o que o pai e Aniki diziam sobre não desejar o que não é seu.


Tama pensou que se isso que eles tinham não existisse, Ícaro talvez estivesse com o outro, longe desses braços que esperava ele tomar uma decisão, se ele recuava então queria dizer que ele não confiava nele ao todo e essa linha de pensamento preocupou muito Tama.


Quem estava roubando a história de quem?


Tama tem sua história, seu romance com Ícaro ou o dono dessa história é seu rival? Se Tama é dono de sua história. Quem era dono da história deles? Bem... Talvez Ícaro, e Tama pensou se Ícaro é o dono da decisão final, então é ele quem escolhe em quem confiar, Tama não sabia qual era a decisão de Ícaro, se ele dizia que amava, mas sempre voltava atrás remetia em tudo que o povo dizia sobre tentar criar uma história encima do que já está decidido, quando Ícaro olha com olhos sofridos para Tama é como o fim desse mundo idealizado por ele começasse a desencadear a decadência.


Porém não tão aceitável para Tama.


ㅡ Ok. ㅡ Tama resmungou e viu Ícaro levantar o olhar novamente afligido para ele. ㅡ O que há de errado Ícaro, o local? Eu tenho um porão, podemos ficar a sós e conversar e quem sabe você se sinta mais á vontade.


Ícaro recebeu o que Tama dizia com uma infelicidade, quando ele acordou ele achou que hoje seria um dia ótimo no entanto não era isso que estava acontecendo o tempo estava tão ruim dentro deles daquele quarto e como um presságio o clima através da janela como se influenciado pelo breve choque térmico daquele dia e dos corações deles começou a mudar junto com eles. Ícaro não queria piorar, ele achava que quanto mais ele falasse suas inseguranças ele acabaria provocando Tama.


ㅡ Para que você quer ficar lá embaixo comigo? Você só pensa nisso não é? ㅡ Ícaro queria uma resposta porém acabou se expressando mau, quando ele foi arrumar ele acabou se justificando de uma maneira errada o jeito que ele estava pensando. ㅡ Isso não está dando certo.


ㅡ Como assim? Claro que não. ㅡ Tama estreitou os olhos tentando entender quem lhe falava que ele não tinha na cabeça outra coisa além de sexo. ㅡ Quem disse isso? Você está ficando doido Ícaro?


ㅡ Eu não sou doido. ㅡ Ícaro se sentiu ofendido. Ele e Tama sobre a cama se afastaram ainda mais. ㅡ Você quer que eu penso o quê? Você me diz antes que quer que fiquemos sozinhos para você fazer o que bem entende. E agora me diz que não é isso.


Tama primeiramente ficou sem palavras, realmente ele disse isso porém quando ele repetiu novamente era tentar achar uma solução para a insegurança de Ícaro no entanto agora ele estava dizendo que Tama estava usando situações como essa por benefício próprio.


ㅡ Não é bem assim, você está pondo palavras em minha boca. ㅡ Tama teve um pico de exaltação quando Ícaro começava a fazer uma expressão de irritação e descrença. ㅡ Eu te fiz a merda de um almoço esperando que hoje a gente se desse bem e você fica brigando comigo.


Talvez foi o tão de voz grosso de Tama que irritou Ícaro, independente do que ele fizesse significava que Tama não tinha direito de ter algo íntimo com ele. Como um afronto inconsequente e mau pensado durante a irritação das palavras de Tama, Ícaro deu de ombros com uma expressão nada amável, era de se quebrar o coração.


ㅡ Caguei. Isso não te dá direito a nada.


"Caguei". Existe palavra mais cruel para se escutar de quem que você faz algo pensando nessa pessoa? Ícaro só não mediu a gravidade do que disse alguns segundo depois que falou quando Tama fez uma cara de espanto, era como se tivessem atirando no animal de estimação preferido dele e agora ele via morrer, Ícaro não estava se referindo exatamente ao almoço quando disse essa palavra, ele só disse por dizer no entanto assim como qualquer outro, Tama dentro do contexto entendeu que Ícaro estava "cagando" para o que ele fazia para ele, o tempo que ele levou, o que ele comprou, não valia NADA.


Aquilo não tinha perdão.


Tama ficou tão irritado que ele levantou da cama e falou aquilo que ele não queria, e que não era uma verdade dentro dele.


ㅡ O que você quer? Ficar por cima? Ou o que? ㅡ Olhou nos olhos de Ícaro com fúria assustadora. ㅡ Olha aqui, você não está satisfeito de onde você está?


Ele não queria por Ícaro para baixo no entanto pôs, pôs ele no lugar onde sempre diziam para ele ficar, Tama não queria magoar Ícaro mais Ícaro magoou ele primeiro. Ícaro espremeu os lábios angustiado, ele antes estava se mordendo de raiva, no entanto quando um homem tão alto quanto Tama com a voz nesse timbre levantava e apontava para ele sentado na cama, era de se dar medo, Ícaro se sentia empurrado para baixo, então atingido por essa dor que ele mesmo começou levantou do lugar para diminuir essa opressão. Ele olhou nos olhos cheio de raiva e mágoa de Tama e falou, não se importando se a família de Tama escutasse eles discutindo, ele já se sentia tão humilhado quanto Tama.


Quando uma coisa começa mau ela tende a terminar mau.


ㅡ O quê que você quer de mim afinal? ㅡ Ícaro questionou a maior dor dentro dele, ele relembrou o que Yumi disse sobre "garotos da nossa idade". ㅡ É só sexo não é? Se é isso então porque você simplesmente não faz o que quer? Então a gente termina isso agora.


Agora? É sério isso? ㅡ Tama martelou o que Ícaro disse por insanidade, era uma loucura pedir algo assim a ele sem saber o que Tama passou por anos.


Forçar alguém?


ㅡ Você só pode está zoando comigo. ㅡ Tama perdeu a cara de raiva, ele andou de um lado para o outro inconformado como se estivesse entrado em um estado intenso de loucura. Parou e apontou para Ícaro que tinha uma expressão de tristeza continua. ㅡ Você não me conhece.


ㅡ Pelo visto não. ㅡ Ícaro estava extremamente infeliz.


Sem que eles vissem o tempo claro lá fora, apesar do Sol raiando, a chuva fina começou a pingar  no gramado, uma chuvinha silenciosa esfriando um pouco o chão e a vegetação da X-Gravitation.


ㅡ Você tem sorte... ㅡ Tama pôs uma cara seria quando a tristeza ia tomando conta da raiva. Cruzou os braços e apontou para Ícaro vendo que estavam passando no limite, mais um pouco eles acabariam sairiam no tapa se isso continuasse, então finalizou. ㅡ Tem sorte que eu não sou esse cara que você pede para que eu seja. Se a gente vai ficar brigando então é melhor você ir embora para sua casa.


Expulso?


Humilhado por ser jogado para fora, ele ficou irritado, olhou para Tama com insatisfação, resmungou algo pegou seus sapatos perto da porta enquanto era olhado sem ternura alguma. E saiu do quarto apressadamente, Tama deu um longo suspiro sentindo aquela amargura dentro de si, ele se sentou na própria cama e abraçou os joelhos e xingou baixinho totalmente frustrado: "Mas que porra."


[...]


Não é que Ícaro queria ser forçado por alguém, ele se acostumou a todo mundo ser assim com ele, decidir o que vai falar, decidir o que vai fazer, o que só lhe faltavam eram dizer o que ele iria vestir amanhã, afinal já estavam até escolhendo com quem que ele iria casar. Porém agora que ele tentava mudar esse destino, as coisas ficavam tão difíceis, tão drásticas e Tama o olhava com infelicidade, porém mas uma vez foi ele quem procurou por isso, abrir a boca mais uma vez não funcionou, quando ele abre a boca é isso que acontece, ele briga com alguém somente tentando resolver a diferença da maneira errada e agora assim como o pai e também como aconteceu com Guih, ele agora ofendeu Tama e jogou na cara tudo que havia guardado até então e não havia o que consertar.


Tama não era como Guih, não era como seu pai que tudo tinha uma volta e agora ele o perdeu. Desceu as escadas magoado, secou os olhos quando as lágrimas começaram a descer, ele precisava se recompor antes de chegar até a sala de estar onde a mãe e o irmão de Tama estavam assistindo ao programa das tardes de sábado. Ele tentou seca-las esfregando os olhos com as costas das mãos no entanto não parava de cair, falou para si mesmo tentar parar de chorar na casa dos outros.


Sentou um pouco na escadas sentindo o peito doer, ele não podia mas queria chorar em paz no entanto já que Tama mandou ele embora, então ele tinha que ir, não tinha o que fazer ali. Seria horrível se vissem ele chorando, suspirou durante o choro várias vezes, engoliu o que tinha que engolir e quando conseguiu conter mais ou menos, e por fim se levantou.


Ícaro passou rápido, disse um breve tchau a família de Tama, Kalifa que estava na cozinha olhou pela janela da pia para o tempo lá fora e estreitou os olhos desconfiados.


ㅡ Menino está chovendo, espera a chuva passa. Não acredito que Tama te deixou ir embora assim na chuva.


Kalifa olhou diretamente para o rosto do garoto que forçou um sorriso, e isso era tão evidente os olhos vermelhos que Kalifa quis perguntar o que estava acontecendo ao ver alguém com uma cara de choro, no entanto Ícaro falou que ele tinha que ir mesmo assim. Então esse pai preocupado falou para ele pedir para Tama lhe levar de carro até em casa.


ㅡ Não obrigado. Eu vou sozinho. ㅡ Ícaro falou brevemente, em alguns segundos ele por motivo de ressentimento só de lembrar de Tama começaria a chorar de novo, tentou sorrir e disse que já estava indo.


ㅡ Pega um guarda-chuva. ㅡ Kalifa apontou para fora na direção que ficava guardado os guarda-chuvas deles. ㅡ Depois você devolve para ele.


Tama de novo? ㅡ Ícaro não queria falar sobre ele, quanto menos tentava lembra-lo para não voltar a sentir os olhos lacrimejar mais enfiavam quem Ícaro queria esquecer na conversa.


Kalifa pensou que talvez esses dois brigaram, Kalifa sabia que cedo ou tarde iria acontecer, era uma pena, ele até gostava de Ícaro. O garoto assentiu para o pai de quem ele amava, mais de nada adianta falar de amor agora, talvez eles nunca voltassem a ser os mesmo depois dessa discussão e agora Ícaro estava envergonhado.


Ele disse adeus e saiu pela porta da varanda, pegou uma sobrinha preta e a abriu, o dia claro e chuvoso comparado ao coração escurecido de Ícaro só tinha em comum o temporal dentro de si, ele estava chateado, magoado e envergonhado e por fim muito, mas muito arrependido.


Chovendo dentro e fora dele.


Ele amava Tama, se não amasse não teria vindo, queria consertar o que ele quebrou, porém um copo que cai e se quebra, depois de montado nunca volta a ser perfeitamente o mesmo.


"Você não pode evitar machucar quem ama."


Era a verdade mais pura, era mais fácil machucar alguém próximo do que um desconhecido, porém o tiro atingiu o pé, mancar de tristeza e arrependimento não era a melhor opção agora. Na chuva e magoado ele seguiu o caminho, era mais fácil andar sem rumo e pensar consigo mesmo enquanto os olhos lacrimejaram tão abundantes como a chuva.


Porque pedir desculpas era tão difícil?


Talvez por que Ícaro estava envergonhado demais para voltar, tinha medo de ser posto para fora novamente, o jeito era seguir em frente e era o que ele estava pensando e o consequentemente tentaria fazer.


[...]


Tama no início em que se sentou pondo os dois pés sobre a cama agora vazia sem alguém além dele, pensou que hoje era um dia de merda, ele abraçava os joelhos contra o peito e encarava a infelicidade de ter tido uma discussão com Ícaro.


Pensou no que Aniki falou para ele no dia anterior, ele fez o jantar pois queria tratar Ícaro bem no entanto ele mesmo disse que não estava nem aí para o que Tama fazia ou deixasse de fazer, teve um pico de fúria repentina e acabou se exaltando. Se não valia de nada trata-lo bem, então não sabia o que fazer além disso, era uma pena, curar uma ferida resistente não era tão fácil e Tama sabia disso, ele tinha um machucado feio na alma que apesar do tempo e das consultas com o psicólogo não o ajudavam completamente, porém conversar era bom, conversar era ótimo.


E ele devia ter tentado conversar com Ícaro, admitiu que foi rápido demais, porém o natural era o esperado para alguém como Tama, tentar algo com alguém que se goste era comum, Tama não passou completamente do limite, ele só tentou ter algo no entanto Ícaro estava enfezado de um jeito que Tama não esperava, uma coisa pequena virou algo grande, como uma chama crescente que em vez de ser abafada com um pano, Tama parece que jogou água e explodiu.


Ele queria saber onde errou, voltar no início e apagar essa chama de confusão de um outro jeito, esses dois estavam tentando mudar um incidente, um acidente irreparável, porém não significava que cuidados não fossem necessários. Cuidar do machucado... as vezes só cuidar até estabilizar o mas rápido possível era capaz de reparar uma consequência de uma infecção futura.


Quando Tama se tocou e emergiu de sua tristeza em relação a Ícaro, ele pensou que doer mais do que estava doendo não era como ele queria continuar se sentindo, olhou enfim pela janela e deu um longo suspiro vendo o tempo bom porém ruim para mandar alguém embora invade seu campo de visão, o sol raiando ao longe e a chuva caindo parecia até bonito e deu uma sensação desesperadora no peito de Tama, ele levantou do lugar olhou por alguns segundos o tempo pela janela, esse peito forte porém magoado ainda sim consegue sentir amor.


Tal coisa que ele imaginou que não existisse dentro dele. Amor por alguém, palavra boba na concepção de Tama porém cheia de significados ocultos.


Com essa linha de pensamento espontânea e ansiosa, Tama vestiu seu tênis sem cadarço e foi para o corredor, não era tarde demais, ele pedia para não ser tarde demais, no corredor ele encontrou Kalifa que olhou para ele com empatia.


ㅡ Onde você vai?


ㅡ Eu vou consertar algo.


Pai e filho se olham com intensidade familiar, Kalifa assenti e diz que o filho faz o certo e Tama corre para concertar palavras trocadas com arrogância, Ian na varanda vendo a chuva cair olha para o irmão com curiosidade enquanto observa incapaz de desviar os olhos do irmão, observa Tama se apossar de um guarda-chuva qualquer, seu Guarda-chuva de rei Leão, pensou que ele deveria estar tão doido que nem havia reparado no que estava nas mãos que podia muito bem pegar um cabo de vassoura em vez de um guarda-chuva, pensou em dizer algo porém não emitiu um som sequer somente observando ele abrir e sair na chuva.


Ian deu uma leve risada de criança pensando que dependendo na onde ele iria, ele acabaria por reparar ou as pessoas na rua iriam rir dele, um homem tão alto de roupas escuras com um guarda-chuva tão fofo, era de se admirar com curiosidade estampada nos olhos. 


[...]


Tama não sabia muito bem por onde Ícaro foi, porém seu coração o guiou por onde eles costumavam a andar,  se Ícaro pegou um ônibus ou não Tama não sabia, ele sentia um nó na traqueia que causava constantes movimentos de deglutição de saliva fazendo seu pomo-de-Adão descer e subir.


Correu alguns quilômetros em direção ao ponto de ônibus mais próximo depois da casa de seu primo, em seu pensamento ele pedia para que o acaso estivesse ao seu favor e por  incrível que pareça ou alguma coisa do destino, logo depois que ele passou pela estrada que daria na entrada da casa de Mark, Tama desacelerou o passo quando pôs os olhos em alguém que ele poderia conhecer de frente, de costas, de lado, de todos os jeitos ele o reconheceria muito bem, hoje ou daqui a uns bons anos, ele ainda reconheceria.


Tama engoliu em seco vendo Ícaro de maneira monótona ir pela estrada segurando o guarda-chuva em direção ao ponto de ônibus, não via seu rosto porém o coração pesou no peito tão forte que Tama vestiu uma face de tristeza, engoliu em seco e suspirou seguindo ele por alguns minutos pela chuva agora menos pesada, as vezes um trovão estourava no céu claro, observando e pensando como chama-lo Tama continuou a sondar, até a ansiedade gritar no peito, mordeu os lábios e chamou Ícaro pelo nome, a voz saiu de suas cordas vocais firme e com intensidade tanto que Tama apesar do barulho da chuva batendo no chão de cascalho e dos trovões que ribombava de hora em hora no céu com algumas nuvens escuras causadoras daquela chuva do final de maio. Ícaro apesar de tudo isso ainda sim escutou uma voz não muito longe dele, queria ser deixado em paz, viver sua angustia e não dividi-la com ninguém, viver essa dor e conviver com ela enquanto a chuva fresca respingava nas pernas molhando suas canelas, ele tinha sorte de estar usando uma bermuda jeans porém em relação aos coitados tênis velhos All Star ele não poderia dizer o mesmo.


Com um coração partido olhou para trás e viu o semblante sério de Tama, deu um longo suspiro, só de olha-lo alguns centímetros atrás fazia seu peito doer e diminuir de proporção, olhou para a face de Tama por alguns segundos e sem capacidade de aguentar simplesmente engoliu em seco tomado pela vergonha se virou para frente e continuou andando. Tama balançou a cabeça e se perguntou até quando Ícaro continuaria com seu orgulho, Tama passou por cima do dele para estar aqui voltando atrás em tudo que disse. Se sentiu frustrado e correu até Ícaro e como uma atitude desesperada ele alcançou o rapaz o segurando pela dobra do braço quase fazendo o guarda-chuva cair da mão do outro. Ícaro o olhou com tédio expressivo no rosto, olhou para Tama e questionou se ele queria o guarda-chuva. Tama estava cansado de tudo isso, ele não entendia o por que de Ícaro ficar tornando ele um cara tão mau que viria até aqui procurar encrenca só por causa de um guarda-chuva.


ㅡ Por que acha isso? ㅡ Tama deu um longo suspiro sem tirar sua mão de Ícaro.


Ele ainda tinha medo de soltar e Ícaro mas uma vez e ter que vê-lo ir embora.


No entanto Ícaro deu de ombros, ele antes foi expulso e agora estava com algo que não era seu, então era de se pensar que Tama quisesse seu pertence de volta. Tama olhou para Ícaro com tristeza no olhar e emitiu um som de frustação.


ㅡ Eu disse antes e vou falar de novo, eu não sei o que eu fiz para te irritar. ㅡ Olhou de lado e assentiu para Ícaro e para si mesmo. ㅡ Eu sinto muito. Eu não queria brigar e muito menos te mandar embora. É só que a situação ficou tão feia que... simplesmente aconteceu.


Sentir muito? Sentir pelo o que?


Ícaro que tinha culpa de tudo que aconteceu entre os dois, novamente alguém que não tinha culpa alguma pedia desculpas para ele, era triste.


ㅡ A culpa é minha. ㅡ Ícaro abaixou a cabeça envergonhado e inconscientemente ele aos poucos foi voltando a sentir tristeza, a voz ficava amargurada e ele tinha vontade de sair correndo quando se via tão perdido. ㅡ Eu sinto muito Tama... Eu não queria brigar com você. Eu estou confuso, eu estou ficando louco, fico achando que todo mundo que aparece vai te roubar ou você vai se cansar de mim.


Tama escutava apreensivo vendo Ícaro murmurar e chorar enquanto dizia isso, mantinha a cabeça abaixada e lamentava insistentemente a todo o momento, agora de verdade ele sabia o que estava acontecendo, em seu belo rosto enfim surgiu um sorriso de compreensão, soltou o braço de Ícaro sabendo que ele nunca iria a lugar nenhum, afagou o cabelo violeta dele enquanto ele abria o coração e espremia os olhos derramando sutis lágrimas como a chuva intensa que não parecia que iria parar tão cedo e o via secar os olhos.


Tão fofo. ㅡ Tama suspirou mas uma vez.


ㅡ Está tudo bem. Louco eu sei que você é. ㅡ Tama continuou sorrindo quando Ícaro ergueu a cabeça olhando para ele irritado com a provocação de ser chamado de doido mais uma vez. ㅡ Não precisa ficar com medo, eu não vou a lugar nenhum.


Ele disse isso e tomou Ícaro nos braços, achava que havia sido injusto com Tama e ainda não pode se perdoar completamente porém, por alguns minutos ele fixou os olhos em Tama quando foi trazido para seus braços, e como Tama podia segura-lo com uma das mãos ocupadas?


Não podia.


Ícaro também estava incapaz de prende-lo completamente.


O garoto mais baixo abaixou o guarda-chuva abrigado pelo de Tama.


ㅡ É um gatinho. 


Ícaro deixou um sorriso surgir nos lábios ao ver por fim a estampagem daquele guarda-chuva azul escuro, no começo Tama sorriu achando que era um elogio, um pequeno e doce sonho porém ele caiu na real quando Ícaro levantou o dedo para o alto de sua cabeça, Tama levantou olhar acompanhando o dedo indicador de Ícaro e viu enfim o que ele estava segurando, sorriu achando graça naquilo e murmurou: "Não é um gatinho, é um leão. Pequeno mas ainda assim é um leão. É o Simba." Inesperadamente uma onda fria de vento cheia de respingos tomou o guarda-chuva da mão de Tama e na tentativa de pega-lo quase derrubou Ícaro que deixou cair o seu próprio guarda-chuva na lama, no espanto de perder algo a chuva molhou eles, antes que Ícaro fizesse alguma coisa Tama vendo o guarda-chuva de seu irmão voar viu que não tinha o que fazer, riu segurou Ícaro mais uma vez nos braços envolvido por esse amor de verão em meio a chuva ele enfim o beijou, beijou os lábios do outro com tanta ternura que aquele sentimento dentro de Ícaro explodiu com força e ele se rendeu ao momento, sentiu amor e a pele de Tama esfriar com a chuva boa de se sentir pousar na pele com arrogância, o momento era só deles naquele momento, o sentimento os unia e todo o rancor inicial, toda a tristeza através daquele beijo foi curada. Ícaro envolvido pelo beijo e roupas molhadas acariciou o rosto de Tama conectado ao seu e naquele momento eles dois eram um do outro, a chuva molhava o rosto impedida de entrar pelos olhos que estavam fechados, as vezes molhava a boca um do outro e entrava um pouco, não era incomodo pelo contrário... era inesquecível que eles se perdiam nessa sensação e sentimentos a mil gritando dentro de si.


Voltaram ao mundo... 


Mundo hostil porém deles dois, riram quando se afastaram, Ícaro abaixou para pegar seu guarda-chuva que ficou preso na lama em meio aos cascalhos, olhou com olhos amáveis para Tama que riu para ele e enfim procuraram abrigo no ponto de ônibus, e esperaram até a chuva passar. Enquanto não passava eles curtiram o momento um com outro, deram as mãos e olharam o temporal cair, as gotículas de chuva caindo na vegetação verde e o arco-íris a reação química da natureza era tão belo que mexeu com o coração dos dois que quando eles se olharam nos olhos sentiram uma grande necessidade de ter um ao outro novamente, encantado pelos olhos de Ícaro, Tama se aproximou e o beijou com vontade abraçando seu corpo molhado, eles gostavam um do outro, eles beijavam e mostravam o quanto se queriam, se amar e se render cada vez mais através de um beijo ofegante era a prova certa de que eles não mentiam um para o outro.


Ícaro encostou testa com testa com Tama ao som da chuva baixa que soava como uma canção de ninar e sorriu ao dizer: "Eu te amo Tama." O rapaz sorriu ao que Ícaro dizia e assentiu ao responder de seu jeito: "Eu estou aqui Ícaro."


Nas palavras de Tama isso era o mesmo que assentir de todas as formas.


Se beijaram mas uma vez sentindo toda essa emoção de ser amado e correspondido. Sorriram constantemente durante o beijo e as caricias quando por um outro acaso foram interrompidos pela frase de espanto: "Meu Deus, voces estão juntos.". Olharam para a figura de capa de chuva com guarda-chuva olhando para eles impressionado, Ícaro preocupado engoliu em seco quando Tama curvou as sobrancelhas incomodado... era Mark.


[...]


Mark...

Mark olhava para eles com tamanha incredulidadade, saiu de casa atrás de seu cachorro que saiu correndo no temporal atrás de um gato e agora via algo esquisito e muito interessante.

Tama começou a encarar Mark com desconfiança e resmungava mentalmente para ele ir embora porém como Mark era inconveniente ele ficaria ali até abalar os dois psicologicamente.

ㅡ Meu Deus, que horror vocês estão juntos. ㅡ Mark ponhava uma expressão de asco e ao mesmo tempo ele começava a criar um sorriso suspeito no rosto.

Tama tenciona as sobrancelhas enquanto Ícaro se mantém em silêncio, e Mark começa a divagar e sua própria cabeça sobre esses dois, ele analisa os dois rapazes quando Tama intervém com uma pergunta sem nenhum pingo de hospitalidade sobre o que Mark estava fazendo ali.

ㅡ Eu só vim atrás do meu cachorro e encontro vocês dois aqui com a língua na boca do outro, é bem interessante.

Mark murmurou intrigado. A chuva começava a querer parar, ele colocou a mão para fora do abrigo que o guarda-chuva vermelho tinto criava e não sentiu as gotas pousaram sobre a pele, fechou o guarda-chuva enquanto se explicava e Tama automaticamente revirou os olhos incomodado e deu um longo suspiro inventando uma desculpa para reverter o que Mark viu.

Era quase impossível enganar alguém como Mark, um fura olho, um invejoso.

ㅡ Quem disse que a gente estava se beijando? Ele estava chorando. ㅡ Tama começou a inventar, porém em parte era verdade.

Ícaro pensou em apoiar Tama na sua própria mentira no entanto quando Mark fazia uma careta de descrença para a mentira esfarrapada do outro, Ícaro só pode colocar a mão na cabeça e pensar em que raios eles ainda estavam ali tentando se explicar de algo que não dizia respeito a ninguém.

ㅡ Chorando é? ㅡ Mark riu com os olhos vidrado neles. ㅡ Cadê as lágrimas?

ㅡ Já secou. ㅡ Tama afirmou. ㅡ Um abraço meu cura até câncer.

Ícaro riu para Tama que em vez de falar ou esconder estava inflando seu ego e Mark espreitava com olhos de descrença.

ㅡ Tama eu não nasci ontem. Sabia? ㅡ Mark falou sério.

ㅡ Ok.

Tama ficou cansado de discutir se levantou e falou para Ícaro ir embora com ele, Ícaro entendia que se começasse a falar como Tama Mark teria sim uma base para desconfiar ainda mais, quanto menos ele falasse menos provas de desespero de estarem  escondendo algo dele, ele teria.

ㅡ Tudo bem, tudo bem. Vão se agarrar com mais privacidade. ㅡ Mark brincou com a paciência do primo.

Tama mesmo frustrado ignorou Mark e levou Ícaro de volta para sua própria casa. Mark tinha um olhar de esgueira para os dois, eles eram interessantes e ver isso nesse dia chuvoso explicava a Mark o grande interesse de Ícaro estar vindo constantemente atrás de Tama.

Interessante.

Muito Interessante.

Essa palavras aparecia constantemente na mente de alguém como Mark que ficava intrigado vendo esses dois, tão diferentes no mesmo espaço e veja só... juntos.

Era mesmo interessante.

A pergunta que fica... Afinal o que Ícaro tem que fazia Tama agir daquele jeito. Mark achava peculiar e ao mesmo tempo estranho, fazia ele coçar o próprio queixo e sorrir, um sorriso espontâneo e um olhar afiado para o que ele pretendia provar a si mesmo dali em diante.


[...]


Por fim eles foram para a casa, não tinha outro jeito, as roupas estavam ensopadas e Kalifa assentiu dizendo que aqueles dois tiveram um enorme azar, ele pediu para o filho mais velho colocar as roupa deles na secadora e foi o que Tama fez.


No quarto ele escolheu para Ícaro uma roupa que coubesse, uma roupa que Tama tinha de uns anos atrás, tinha poucas roupas que Tama não entrava mais, ou ele engordou ou ele cresceu. No entanto Tama pensava que se ele emagrecesse ele poderia usa-las novamente, afinal eram peças de roupas na qual ele ainda gostava e Ícaro tinha sorte de Tama ainda tê-las.

Ícaro estava tomando banho, Tama já havia tirado as roupas molhadas e as deixado em um cesto que ele arrastou até o quarto, e agora com uma toalha envolta do quadril ele estava abaixando retirando uma boa peça de roupa casual guardada na parte de inferior da prateleira do guarda-roupa.

Depois de terminar essa tarefa, olhou para a porta encostada do banheiro, ouvia o som ótimo da água do chuveiro saltitando no chão de piso, teve uma boa imagem refletida na própria cabeça, pensou em Ícaro e como sua pele suave e nua devia estar molhada e repleta de sabão, teve um pico de ansiedade e relaxou os olhos por alguns minutos idealizando essa doce imagem.

Levantou-se do lugar, ter esses tipos de pensamentos audaciosos fazia parte de tudo que Tama era, talvez fosse um pouco pervertido no entanto eram desejos de um corpo jovem e cheio de encanto, cheio de ternura e afeto. E como um comando automático ele se moveu até a porta, engoliu em seco, havia grande chances de Ícaro rejeitá-lo assim como antes, no entanto apesar de saber lá no fundo que isso aconteceria Tama não estava se preocupado tanto, ele só deu atenção as frenéticas batidas do próprio coração e girou a maçaneta.

Abrir a porta para uma nova chance...

Era o mesmo que abrir o coração mas uma vez, não só uma, mas... quantas vezes fossem necessárias para chegar onde fosse preciso.

Ele adentrou no cômodo não muito grande, havia um vaso sanitário preto, uma pia da mesma cor, o box estava tão embaçado quanto o espelho acima da pia, fosco pela nebulosidade do vapor proporcionado pela água quente que impossibilitava Tama de ver com claridade o que havia imaginado e desejado na sua própria cabeça, enquanto Ícaro tirava o sabão dos olhos não pode perceber a presença de Tama que atraído pelos seus pensamentos aproveitou a distração de Ícaro, moveu a porta de vidro do box para o lado e adentrou no recinto. Foi aí que Ícaro percebeu a presença dele, virou sutilmente de lado seu corpo nu molhado para a pessoa que invadia seu espaço pessoal.

ㅡ O que você faz aqui? ㅡ Ícaro o questionou sem um sentimento aparente enquanto tirava a água dos cílios que estavam irritando seus olhos e os deixando vermelhos.

ㅡ Vim te fazer companhia. ㅡ Tama murmurou sem passar nenhum interesse aparente de seus pensamentos maliciosos e deu um sorriso orgulhoso olhando para o rosto de Ícaro. ㅡ Podemos economizar água. Não acha?

Ora ou outro descia um pouco mais o olhar para os ombros de quem ele tentava discretamente observar, Tama gostava da linha proeminente que a cravicila de Ícaro fazia, ele podia até ser pesado para segurar nos braços no entanto seu corpo em parte tinha uma aparência magra, porém nem tanto, talvez fossem as asas que tornavam ele pesado, ouviu dizer que aves tem ossos porosos e ocos, justifica pois ele não deveria ser pesado demais para alçar vôo e Ícaro era baixo e uniforme, o peito e a barriga eram praticamente retos e os ossos do quadril meio que transpareciam um pouco, abaixo ficava as partes que todos os garotos tinham, alguns eram pequenos outros eram mais grandinhos, no entanto tudo em Ícaro eram compacto com sua altura e Tama podia tirar um bom proveito de tudo que Ícaro tinha sem medo algum.

Tama não era fã dos pênis grande, o normais ou aqueles um pouco menor para ele já estavam ótimo. Ele não costumava a ser passivo, na maioria das vezes ele era ativo no entanto ele não viria há ter problema algum caso alguns rapazes quisessem trocar de posição no entanto Ícaro nem ligava, ele nunca havia falado nada sobre, mesmo quando eles tiveram a discussão no quarto, no entanto sobre a possibilidade de Ícaro querer quem sabe um dia, isso sim havia quem sabe chances de mudar.

Onde está seu lado mandão Ícaro? ㅡ Tama se questionava. ㅡ Onde está sua força de vontade?

Hoje ele pensa de um jeito, amanhã ele pode querer se abrir para outra coisa.

Vai saber...

Tama estava curioso sobre qual carinha ele faria caso estivesse por cima, estava curioso se seria diferente com ele desde que esse pobre coração batia de maneira estranha, pensava que tantos caras foram brutos com ele fazendo ele se sentir um lixo, até quem não tinha permissão também foi. Pelo menos uma vez na vida, Tama ou quem sabe o verdadeiro e incapaz Yuri podesse sentir uma coisa diferente, sentir-se bem, se sentir melhor com Ícaro, que se acabassem as más lembranças.

Porém ele só tinhas essas tais recordações infelizes até agora, era uma pena.

Tama fechou o box e se aproximou da água quente, Ícaro deu uns passos para o lado e encostou no piso frio ao ver que Tama estava completamente nu, ele lambeu os lábios de nervosismo e abaixou a cabeça envergonhado. Tama percebeu a recaída de cabeça e aproveitou para se mostrar mais com um sorriso que se espalhou sutilmente no rosto, ele colocou as mãos embaixo da água e molhou o peitoral, Tama não tinha um corpo malhado, ele tinha algo mais chamativo como ombros largos e um peito proeminente conseguidos através do Box que praticava desde a oitava até o 1°Grau e depois resolveu parar no final do ano passado, a barriga seca que ele mantinha por força própria, o quadril era bem espalhafatoso e Ícaro bem que reparou mais em algumas de suas boas qualidade e tentou desviar sua atenção para o outro lado longe daquele lugar na qual mais o envergonhava só de estar na presença dele, Tama aproveitou o espaço que Ícaro deixou embaixo do chuveiro e lavou o corpo enquanto o garoto tentava fingir estar ensaboando as costelas e o abdômen se concentrando naquele lado do box que não havia Tama.

ㅡ Você não acha que vai arrancar sua pele desse jeito.

Tama soltou esse conjunto de palavras e Ícaro prestou atenção no quanto ele estava esfregando forte causando atrito na própria pele quase a deixando vermelha, se sentiu infeliz e então disfarçou.

ㅡ Eu gosto de tomar banho assim. ㅡ Ícaro resmungou uma inverdade.

ㅡ Então você definitivamente não sabe tomar banho. ㅡ Tama falou num tom sutil e agradável e pegou o sabonete das mãos de Ícaro e disse audacioso. ㅡ Vem cá.

Ícaro exasperou, ele viu o constante movimento da mão livre de Tama o chamando para mais perto com os olhos estáticos e desconfiado, ele enfim virou de costas quando Tama o forçou a se virar, tentou contato visual para saber o que Tama pretendia no entanto foi barrado várias vezes quando Tama falou para ele deixar de problema.

Seu tronco foi empurrado sutilmente pelos ombros para que virasse para frente enquanto Tama fazia o movimento de descer e subir massageando os ombros e ensaboando a pele do jovem, Tama realizava sua fantasia enquanto tocava o corpo de quem fazia seu coração acelerar como agora, para ele já era mas que suficiente ter somente aquilo de Ícaro. Ele sentia uma estupenda sensação de frenesi nos dedos enquanto Ícaro aos poucos ia se rendendo, tornando aquele tipo de coisa no banheiro algo muito normal.

Ele nunca entrou no banho com outra pessoa, a princípio era vergonhoso no entanto agora ele estava se acostumando a ter as mãos de Tama o acariciando, ele foi puxado para trás até suas costas em parte encostar no peito de Tama, o chuveirinho de mangueira foi o que tirou a espuma do corpo do rapaz, Tama ficou atraído de ver como a água voltava a mostrar a cor da pele de Ícaro, tão branca, tão viva, a linha do pescoço até os ombros eram tão atrativas que Tama tirou o chuveirinho de lado, abaixou o rosto e beijou aquele local com sutileza até deslizar os lábios e encaixa-los na curva do ombro direito de Ícaro, não resistiu e abraçou o garoto por trás, Ícaro sentiu Tama morder, ele deu uma resmungada ao sentir dor e apertou com firmeza os braços de Tama quando ele quase tirou seus pés do chão ao aperta-lo cada vez mais contra o corpo.

"Aí". ㅡ Foi o som emitido pelos lábios rosados de Ícaro, percebeu que ele não estava mordendo e sim sugando sua pele, um belo de um chupão que fazia Ícaro ranger os dentes e o coração acelerar no peito, doia mas ao mesmo tempo trazia com quentinho no coração ao ser abraçado e ao mesmo tempo apertado.

Eles não disseram nada um para o outro, Tama continuava a retirar os lábios da pele de Ícaro e colocá-los em outro lugar, ele não pensou muito direcionou o chuveirinho que saia um jato quentinho, contínuo e abundante para o pênis de Ícaro, aquela experiência era nova e ao mesmo tempo desconhecida para ele, o jato quente saindo dos diversos furos da ducha era como um carinho, massageando aquele lugar, não era tão extravagante porém era bom e combinado com os beijos e cupões que Tama deixava sobre a pele dos pescoço, ombro e costa só deixava Ícaro mais excitado, mexer o quadril e excitar quem estava colado atrás dele era mágico.

Os dois reacionaram a esse prazer por alguns minutos deixando um gostinho de algo não acabado, doces minutos embaixo do chuveiro junto a água corrente derramada dentro do box e aquela altura os dois já estavam tão excitados que em seus olhos eles podiam entender que aquilo não acabaria só ali. Se olharam com desejo quando terminaram, Tama tinha um tic nervoso nas mãos de não saber se podia ou não dar um passo a mais, ele sentia o coração bater forte e a respiração ficava acelerada, ele estava excitado e querendo mais do que podia, no entanto se sentia com a consciência bastante martirizada.

Ícaro tocou o próprio braço também nervoso, dentro de si ele sabia que queria enfim agora por vontade própria ter pela primeira vez aquele tipo de intimidade com Tama por amor, fazer porque ele o amava e sentia que enfim Tama e ele estavam ao menos abrindo seus corações. A primeira vez dele foi boa, mais nada comparada ao que eles tinham agora, naquela vez foi Ícaro amando-o sozinho, hoje no entanto tinha algo a mais.

Era diferente.

Era de verdade.

Ele sentia que era enfim o que ele queria sentir para poder se entregar.

Entregar-se a Tama como ele nunca se entregou a ninguém e esperava que Tama se entregasse a ele da mesma maneira.

Respirou fundo e ficou sem jeito, ele amava Tama e por que ele o amava que ele queria ter isso, ficou sem fala e Tama se conteu, abriu o box e Ícaro viu Tama deixá-lo, a esperança dentro dele morreu, normalmente era Tama que pedia para ter intimidade, Ícaro nem tinha coragem para pedir, agora que ele estava corajoso Tama simplesmente pulava fora, saiu do box e pegou um roupão e entregou para Ícaro.

Ícaro o pegou com uma expressão reprimida, ele não tinha como começar, viu Tama falar agora sobre secar o cabelo com secador, ele começava a expirar e depois secava o nariz com a toalha logo depois de enxugar o corpo e a joga-lá no cesto, Ícaro fez a mesma coisa e envolveu o corpo no roupão branco, observou Tama pegar um calção e vestir e reclamar que dessa vez de verdade ele iria ficar doente, e ele não podia ficar doente e começava a justificar sua preocupação ao comentar que ele iria ter um ensaio fotográfico, então era um péssimo estado para aparecer depois de concordar em vender sua imagem.

ㅡ Ficar com o nariz vermelho e escorrendo, não vai ser bom. Eu entendo. ㅡ Ícaro disse preocupado e ao mesmo tempo ansioso.

Ele pensou que se demorasse para colocar a roupa talvez Tama despertasse dentro de si o desejo que ele deixou escapar dentro do box e que talvez desceu pelo ralo do banheiro, no entanto Ícaro pensava que seu corpo não era tão atrativo assim para chamar a tenção de Tama, se sentiu infeliz.

ㅡ Eu vou tomar um remédio para gripe. ㅡ Disse ao pegar umas aspirinas na gaveta de tranca da cômoda, ali haviam preservativos e lubrificante KY.

Pensou que Ícaro talvez o achasse novamente pretensioso caso visse, engoliu em seco apavorado, tratou de achar a aspirina logo e tratou de fecha-lá, olhou para Ícaro ainda do mesmo jeito como esperasse ele dizer algo, tomou um gole d'água com aspirina ainda decifrando o que passava na cabeça de Ícaro assim encarando ele como se fosse estranho demais, pensou também o porque de estar tão frio e Ícaro não colocar uma roupa logo, pegou a peça que escolheu e entregou a Ícaro pedindo para ele vesti-lá para que enfim podesse vencer a tentação, no entanto Ícaro a pegou com uma expressão de infelicidade pensando no quanto queria era ser despido no entanto Tama queria cobri-lo, era realmente um infortúnio.

Tama desviou a atenção de Ícaro, pegou o controle da televisão assim que depositou as peças de roupa nas mãos de quem ele queria cobrir, ligou em um programa qualquer, na televisão passava o filme de romance intitulada como "Simplesmente Acontece" Ícaro realmente gostava desse filme, no entanto era triste ver que o tempo une e separa as pessoa e volta a uni-las depois de anos, coisas que você podia ter resolvido no primeiro momento na qual se iniciou e assim resolver algo muito importante na qual por situação momentânea foi capaz de passar batido e como uma escolha infeliz era capaz de destruir uma vida junto de quem se ama, um orgulho bobo ou talvez uma atitude caprichosa ou uma atitude inesperada do destino.

Outras pessoas diferentes que adentram em uma relação amorosa e "Bam" seus olhos estão voltado para um outro alguém.

Rosie a protagonista não tinha sorte, Ícaro não queria ser que nem ela na qual engravida de um babaca qualquer e é deixada sozinha, ele gostava dela mais não queria ter nada haver com a história dela, alguém fã de filmes, novelas e séries de romance meio que tem experiência ou medo de vacilar, Alex era o predestinado par romântico de Rose durante a trama, eles se gostavam porém durante a história eles não conseguem uma chance de primeira, isso até ela acontecer de verdade depois de trancos e barrancos, tentativas de ter amores errados achando que é o certo, casamentos e separações.

Ícaro pensava que se ele tivesse um filho de alguém, então que ao menos fosse de alguém que ele gostava, a mesma coisa ele desejou para a protagonista no entanto não foi bem assim. Mas como o título diz "Simplesmente Acontece", não tem o que ser forçado e meio que de início era o que ele desejava que acontecesse entre Tama e ele.

Observou o rapaz mais alto deitar na cama procurando outra coisa para assistir e então Ícaro suspirou, deixou as roupas de lado sobre a escrivaninha vendo que aparentemente tudo estava ao seu favor, a porta do quatro estava bem trancada, deu de ombros não se importando com o depois e se aproximou de Tama com seu corpo envolto no roupão, ele não sabia de onde tirou essa coragem, no entanto sem preocupação, somente ansiedade tratou de desatar o laço do roupão branco e macio deixando uma fresta proeminente, deixou recair o tecido dos ombros se despindo para ele.


E para a surpresa de Tama quando voltou os olhos para o que Ícaro fazia, ele teve um sobressalto e se perguntou o que estava acontecendo. Tama ergueu o corpo tão rápido tanto quando ele deitou e impediu Ícaro de tirar o que lhe cobria.

ㅡ Não-Não-Não. ㅡ Tama o deteu predendo a toalha e as mãos de Ícaro no lugar para que não houvesse mais nenhum movimento brusco. ㅡ Você não vestiu a roupa por que?

Ícaro corou de vergonha na mesma hora, olhou de lado julgando a tamanha lerdeza de Tama, suspirou. O pior era que Tama não estava sendo lerdo, ele entendia tudo o que Ícaro estava fazendo, no entanto ele estava também preocupado, ele forçou mais cedo e o resultado não foi bom e agora ele achava que Ícaro devia pensar que eles estavam com esse assunto pendente, achando que devia esse tipo de favores há Tama. Ícaro havia falado algo assim mais cedo, "para acabar de vez por todas com isso", se fosse isso Tama não queria ter essa dor de cabeça de novo, voltar a desconfiança, voltar a brigar, voltar as acusações.

ㅡ Veste sua roupa por favor. ㅡ Tama insistiu mandando que Ícaro fizesse o que ele pedia.

Ícaro encolheu os lábios enquanto Tama curvava as sobrancelhas para ele como se não o quisesse.

ㅡ Mais você queria mais cedo no banheiro. ㅡ Ícaro comentou. ㅡ Ou eu estou errado?

Tama deu um longo suspiro, parecia que era realmente o que ele estava pensando, ele forçou mais uma vez e Ícaro agora se via no dever de ter algo com ele.

ㅡ Não é isso. ㅡ Tama murmurou. ㅡ Só veste a sua roupa e vamos deitar.

Ícaro suspirou, ele meio que sabia o que Tama deveria estar pensando, ele talvez estivesse com medo de ir em frente achando que ele só estava fazendo aquilo por piedade e bem... não era isso. Tirou as mãos dele de si e balançou a cabeça.

ㅡ Vamos deixar acontecer... Foi o que eu disse. ㅡ Ícaro murmurou. ㅡ E meio que está acontecendo agora. Você fez acontecer. Entende?

Fazer acontecer era chave secreta para o Paraíso.

Paraíso esse na qual Tama queria e muito adentrar e agora as portas pareciam estar abertas de verdade.

ㅡ Eu não quero problema. ㅡ Tama murmurou um pouco receoso.

Ícaro deu um belo sorriso ao ver Tama deitar de volta no lugar na qual ele estava sobre a cama, Ícaro tomou uma atitude inesperada, ele estava pensando no agora para não se arrepender em meio ao depois, sentou sobre o colo de Tama, a parte aberta mostrava o que não deveria e Tama lambeu os lábios e suspirou, passou as mãos ligeiramente sobre as coxas de Ícaro adentando seus dedos impertinentes por debaixo do roupão e questionou se era isso mesmo que Ícaro realmente queria, a resposta veio por um movimento de cabeça afirmando.

ㅡ Você não pode se arrepender depois. E bem... você sabe. Já faz um bom tempo... ㅡ Tama murmurou, fazia tempo que ele não tinha algo assim com alguém, antes ele praticava sexo com Fanny dentro do normal, e depois ele parou de vez de praticar com ela por conta do boato de traição, a traiu com muitas poucas pessoas, ficou com Ícaro porém só teve sexo com ele somente uma vez só, e nesse tempo em que esteve com ele, Tama não teve outra pessoa, apesar de gostar muito de sexo, ele andava muito apático, talvez fossem os remédios que ele andava tomando para evitar a tristeza, porém as vezes a vontade vinha, ainda mais quando ele gostava tanto de alguém, olhou o rosto amável de Ícaro e sorriu. ㅡ Me perdoa se eu te machucar.

Ícaro sorriu para ele e sussurrou um pedido de desculpas: "Eu te fiz esperar muito não foi?". Beijou os lábios de Tama e viu ele formar um sorriso sonhador, acariciou a pele de Ícaro com ternura e gentileza e o olhou nos olhos quando a pessoa refém dessas firmes mãos disse que não se arrependeria.

Não mais.

Ícaro sorriu para Tama, abaixou o rosto novamente de encontro ao do rapaz e como um conjunto de quebra cabeças eles juntaram o que tinham e beijaram um os lábios do outro.

ㅡ Eu te quero tanto...

Tama sussurrou sucumbindo aos desejos de sua mente e corpo. Trouxe o corpo de Ícaro para mais perto e o envolveu se deitando sobre ele e acariciou o rosto do garoto, a pele clara, os olhos tão azuis se destacavam com a cor da pele e com a tonalidade da cor de seu cabelo, Ícaro podia até gostar da cor amarela porém o azul Anil eram as cores que combinavam com seus olhos, seu tom de cabelo, sua pele.

Era tão agradável, tão perfeito.

Eles se olharam com intensidade, Tama questionou se Ícaro estava com vergonha de alguém escutar, Ícaro assentiu e Tama pegou o controle da televisão abriu no YouTube sua playlist preferida das músicas Nacionais do Brasil, aumentou o volume. Ícaro poderia não entender, porém a primeira música que tocou assim que abriu a playlist era a canção "Eu sei" da banda pop rock brasileira Papas na língua, Tama sabia que Ícaro iria gostar de ouvir o som sereno do violão e da voz do cantor Serginho Moah.


🎵"Eu sei, Tudo pode acontecer..."


"Eu sei, Nosso amor não vai morrer."🎵


ㅡ Música do seu país? ㅡ Ícaro questionou. ㅡ Legal.

ㅡ Vou te levar lá um dia. ㅡ Tama murmurou e beijou Ícaro nos lábios mais uma vez.

Ao mesmo tempo que a música iria rolando, as coisas entre os dois iriam esquentando, a cama agora eram os seu Paraíso, preso no corpo um do outro eles se perdiam e se encontravam nos olhos de quem enxerga quem eles dois eram de verdade.

🎵"Vou pedir aos céus..."


"Você aqui comigo."

"Vou jogar no mar..."


"Flores pra te encontrar." 🎵




Ícaro sentia o corpo esquentar quando Tama lhe beijava e o acariciava, subia encima dele e trazia toda aquelas sensações que Ícaro guardava, idealizava e agora as soltava. Resmungava e tremia quando Tama lhe tocava o corpo, acariciava sua pele como um instrumento valioso de corda, exasperaram sentindo o corpo um do outro, Ícaro acariciou o cabelo de Tama quando ele enfim começou a investir, de primeira dói, mais ele já sentiu isso antes. Encostar e aos poucos entrar para dentro, dentro dele e por fim concluir que estão juntos, Tama relaxou um pouco quando ele consegui enfim colocar, beijou os lábios de Ícaro várias vezes antes de começar. Olhou Ícaro nos olhos como ele nunca havia olhado antes, o coração chocando contra o peito várias vezes seguidas, Tama estava tão ansioso, seu corpo nu junto de quem ele apreciava, não tinha um significado específico, eram vários sentimentos abundantes que transbordavam, era um palco de ternura e carinho ao som daquela canção que para ele era monótona e tão bem feita capaz de tirar uma emoção profunda do coração de Tama.

🎵"Não sei..."


"Por que você disse adeus."

"Guardei..."


"O beijo que você me deu."🎵


ㅡ Eu vou. Ok?


Tama murmurou ansioso, Ícaro assentiu sentindo uma dor incomoda no começo, ele tremeu um pouco e Tama deitou o corpo por completo encima do dele e ajeitou-se da melhor forma, os encaixando como duas peças perfeitas e compatíveis de um quebra cabeça.

🎵"Vou pedir aos céus..."


"Você aqui comigo."

"Vou jogar no mar..."


"Flores pra te encontrar."🎵


Se unindo e se completando, cada vez mais complexo, se formando como um sentimento só, criando uma imagem através de pedaços e agora eles pertenciam um ao outro, Ícaro deu uma choradinha quando Tama se sentiu mais confortável para se mover, ele achou Ícaro através de movimentos constantes, ele o encontraria de um jeito sexual e jurava que lhe daria muito prazer, ansiedade e desordem no início querendo entender como começar, como conquistar quem ele deitava em sua cama, quem ele fazia carinho e agora fazia chorar, de uma maneira simpática, fazia ele resmungar e acompanhava o pico alheio de prazer instantâneo. Ícaro não entendia nada sobre sexo, o que ele entendia era como seu corpo de comportava quando Tama se movimentava, ele chocava contra seu corpo estando em parte dentro dele e respirava e exasperava sem controle quando Tama começava fazer um som frequente de cansaço, talvez ele estivesse cansado mesmo de por o quadril para trabalhar ou a sensação de pressão contínua em seu pênis era tão boa que Tama se sentia desesperado. Ele beijava, acariciava e tinha um toque bruto, espremia Ícaro com seu peso e o fazia enlouquecer.

Tama deitou completamente sobre o corpo de Ícaro que naquela altura já havia se perdido completamente e gemia baixinho, a sensação de prazer era tão descontrolada que ele virou o rosto para o lado em direção a televisão onde passava um espécie de Show ao Vivo da banda, Tama estava tão concentrado, tão atraído e tão excitado que ter Ícaro era uma sensação tão plena, tão maravilhoso que ele se dispôs a fechar seus olhos, pós o rosto no travesseiro para abafar o som quando ele entrava em um estado de tensão e volúpia e Ícaro gemendo do jeitinho calmo dele e aos poucos tinha aquela adorável exaltação, fazia Tama ficar mais manhoso, ele sentia prazer ao escutá-lo, tentava resistir a voracidade animal dentro dele e ao ato irresistível de se conter sentia o lubrificante natural de seu corpo escorrer frequentemente no compartimento da camisinha.

Ícaro podia não entender a música tocando, porém era tão agradável que ele se sentia no céu, suspirava e exalava um cansaço, esse cansaço era o prazer que escapava pelos lábios. Ele não entendia a música, porém essa música tinha um refrão em inglês, só aí ele entendeu que essa música apesar de calma, ela era bem triste.

🎵"You say goodbye..."


("Você diz adeus...")

"And I say hello..."


("E eu digo olá.")🎵

🎵"You say goodbye..."


("Você diz adeus..."🎵

"And I say hello"


("E eu digo olá...")🎵


Repetindo duas vezes esse versão, alguém te diz adeus e você não entende o por que desse tal despedida. Era triste porém reconfortante e se Tama a colocou para tocar queria dizer que ele não a levava ao pé da letra, ele somente gostava, mas também um dia ele a entendesse. Estarem juntos era o certo, se esse era certo eles então não podiam querer estarem errados, unidos de corpo e alma, se amando tão próximos novamente durante uma tarde assim como foi a primeira vez só que muito melhor, agora sim da maneira certa.


[...]


Mais tarde durante a noite quando Ícaro decidiu ficar depois de informar a mãe que por conta do tempo ruim a estrada da casa de um amigo não estava muito boa para o ônibus passar, e voar estava sem cogitação, de início sua mãe ficou preocupada porém ela entendeu e acabou sem escolha deixando.

O céu noturno estava nebuloso, mais uma vez chuvoso e trovejando, perfeito para dormir, Kalifa falou para Ícaro ficar e as custas disse para o filho maneirar nas carícias estando sozinho com quem ele tinha tanta intimidade. Ícaro deitava o rosto sobre o peito descoberto de Tama e acariciava seu peitoral, ele estava intrigado, Ícaro estava gostando de brincar com seu mamilo, ele brincou muito com ele durante aquele tempinho juntos.

Afinal o que havia demais alí?

ㅡ Eu queria saber lidar com meu ciúmesme tão bem quanto você.

Ícaro levantou a cabeça e olhou Tama nos olhos que as 22:00hrs da noite estava quase pegando no sono, ele deu uma boa espreguiçada, bocejou e tapou a boca com as costas da mão.

ㅡ É sério. ㅡ Assentiu. ㅡ Você pelo menos não fez tempestade em um copo d'água. Eu estou envergonhado. ㅡ Abaixou o olhar. ㅡ Você viu ela me beijar e mesmo assim não ligou.

ㅡ Não é que eu não ligo. ㅡ Tama falou um pouco cansado. ㅡ Enfim ela já entendeu o recado.

Tama deu um sorriso e acariciou o topo da cabeça de Ícaro, o garoto sorriu de volta e a mercê da exaltação e contentamento esfregou o rosto no peito dele e sendo tentado por essa pessoa, mordeu o mamilo do rapaz, Tama deu uma resmungada que cessou em breve depois da dorzinha causada pelos dentes de Ícaro.

Ícaro olhou para a cara sofrida de Tama e pensou que causar esse tipo de expressão em Tama até que era agradável, era diferente ele fazer uma expressão tão delicada.

ㅡ Você não vai para casa da sua mãe durante o mês de julho não é?

ㅡ Não... Eu estou com um compromisso aqui. Você sabe. ㅡ Tama foi aliviando o rosto, passou a mão por cima de onde Ícaro mordeu e reclamou desde que ardia. ㅡ Para que fazer isso?

ㅡ Você me mordeu mais cedo. ㅡ Ícaro afirmou ele olhou por cima do ombro, estava marcado pelo chupão, tirando um curto riso dos lábios de Tama. ㅡ Pago na mesma moeda.

ㅡ Você é vingativo? Nossa que surpresa. Nem foi tão grave assim. ㅡ Tama analisou a expressão de contentamento em Ícaro.

ㅡ Você que o diga, se minha irmã ver ela vai falar até uma horas já que ela desconfia que eu estou tendo "um caso". Eu já estou contestando em usar blusa de gola alta até minha familia viajar. ㅡ Ícaro tocou onde estava dolorido, e era além da margem onde suas blusas de gola comum tampavam.

ㅡ Um caso? Até parece que eu sou seu amante. ㅡ Tama falou não gostando muito da colocação. ㅡ Você não vai viajar com eles? Porque? ㅡ Tama o questionou, tocando onde ele fez marcas em Ícaro, não pareciam tão graves, nem espalhafatosas, porém estavam ali de toda a forma.

Tama deu uma risada orgulhosa de seu feito, a meia luz da lua não parecia tão grave, o tempo chuvoso e o tempo frio eram ótimos, os pingos de chuva batendo violentamente nas folhas de bananeiras e no telhado. Olhou com dificuldade para a pele de Ícaro, transpareciam três pontos mais escuros no pescoço de Ícaro, um maior naquela região e dois menores na superfície do ombro e clavícula, durante o sexo ele se empolgou demais.

ㅡ Não. É melhor assim, eu detesto sair da X, a viagem é cansativa. ㅡ Ícaro murmurou, ele pensava na situação desconfortável com o pai em algum hotel ou carro alugado, todo mundo feliz e ele bem desconfortável. ㅡ Aliás eu quero ter um tempo para pensar.

Tama pensou no que Aniki havia dito no dia anterior, o quarto escuro e a luz da lua iluminavam seu rosto, suspirou e idealizou e não errou que Ícaro talvez não quisesse ir por causa do pai, ele costumava a falar que o pai não era de ficar muito em casa, e Aniki disse que se eles ficassem juntos eles acabariam brigando, talvez Ícaro estivesse evitando ficar deprimido.

ㅡ Está tudo bem. ㅡ Tama murmurou. ㅡ Olha só que legal, eu vou estar aqui, e você vai estar aqui. Mas que coincidência... Então que tal nós dois aprontarmos?

Aprontar?

Ícaro estreitou os olhos para Tama querendo saber a real intensão dele.

ㅡ Aprontar como? ㅡ O questionou. ㅡ Em que sentido?

ㅡ Eu estou falando de sair sem hora para voltar. ㅡ Ele riu da expressão de desconfiança de Ícaro, Tama deu um olhar e um sorriso malicioso, tocou os lábios de Ícaro com o polegar. ㅡ Mas se você quiser aprontar comigo em um lugarzinho pequeno, escuro onde só cabe nós dois, eu topo. Afinal temos muito tempo.

Ícaro ficou tentado, quanto mais ele ficava tentado a concordar, mais ele ficava envergonhado, deu sorriso se convencendo que Tama era na real um pervertido.

ㅡ Ah é? ㅡ Ícaro abriu um sorriso e inesperadamente deu beliscão no peito de Tama e ouviu ele emitir um "Aau" inconformado e muito menos contente porém orgulhoso de sua boca malicioso. ㅡ Você não tem nenhum pingo de vergonha do que diz?

Tama deu um meio sorriso, tocou seu mamilo, já era a segunda hoje, resolveu parar por ali, se continuasse a levar mordida e beliscão seu mamilo não iria aguentar e cairia de tanto serem mordidos e torcidos.

ㅡ Para de bullying. ㅡ Tama apontou o dedo para o rosto de Ícaro, que torceu o dedo de Tama para o lado, Tama apontou de novo e eles ficaram em pega não pega o dedo do acusador, e ficaram alguns segundos se provocando.

ㅡ Isso não é bullying. Bullying era o que meu irmão mais velho fazia comigo. ㅡ Ícaro falou. ㅡ Quando eu era mais novo meu irmão costumava a bater na minha cabeça. Implicância de irmão sabe? Porém eu odiava.

Ícaro tinha ódio até hoje só de lembrar, seu irmão tinha um costume idiota de mandar Ícaro embora dos lugares com um tapa atrás da cabeça.

ㅡ Irmão caçula normalmente torra o saco. ㅡ Tama falou, quantas vezes seu irmão enchia o saco, pegava suas coisas e as quebrava e tinha o costume infeliz de dar a língua, um dia Tama iria arranca-lá fora. ㅡ Você briga com sua irmã? Meninas são bem mais sossegadas que moleques. Um dia eu estava dormindo e meu irmão para me acordar me deu um tapa bem no ouvido. Tão irritante.

ㅡ Bem feito. Você devia estar enrolando. ㅡ Ícaro estava certo, riu e esclareceu a pergunta de Tama. ㅡ Não. Porém ela é birrenta demais. Ela não aceita as coisas fáceis, por exemplo: quando dizemos que ela não pode assistir um programa ou talvez o caso de ter que dividir alguma coisa na qual temos que compartilhar. Ela vai até a minha mãe, então consegue o que quer facilmente. ㅡ Ícaro falou. ㅡ Eu nunca tive facilidade de ter alguma coisa que queria, para ter o gato que adotei eu tive que chorar um pouco, acho que minha mãe cedeu por que ficou dó de mim. Eu sou o irmão do meio assim como Yumi, porém ela é mulher, então ela tem suas vantagens. Por ordem de nascimento é... ㅡ Ícaro contou nos dedos. ㅡ O primeiro é Willian, eu, Yumi e Clara que é minha irmã caçula. Minha mãe fez cesariana no dia em que minha irmã e eu nascemos e adivinha para a surpresa da minha mãe, quando eles olharam, haviam mais um... E bem... Você ja sabe, era eu. Eu tinha nada quando nasci, meu pai comprou as pressas roupas que nem serviam em mim, então usei os "body" e as calças da minha irmã por um bom tempo no hospital e algumas vezes nos primeiros dias em casa.

ㅡ Caramba, como o ultrassom não te acusou? ㅡ Tama achou muito estranho esse acontecido.

ㅡ Não sei. ㅡ Ícaro pensou. ㅡ Os médicos falaram para minha mãe que era talvez porque eu era menor, ou talvez fosse porque eu era muito quietinho, as vezes ela sentia que era dois. Porém eu acho que era preguiça de quem fez o ultrassom, normalmente algumas consultas em hospitais particulares são muito preguiçosas, fazem as coisas de qualquer jeito. Ele já estão ganhando de qualquer jeito, não precisam se esforçar para ganhar o pão de cada dia, alguns médicos sendo particulares ou não, as vezes são bem egoístas.

ㅡ Esses tipos de pessoas nem deviam pensar em ser médicos, afinal você está cuidando de alguém. Eu fui um parto normal, minha mãe já era mãe de quatro filhos quando eu comecei a existir. ㅡ Tama murmurou, a infelicidade de existir, mas já que estava ali... fazer o quê. ㅡ Por outro lado minha mãe sofreu muito por conta do meu sangue de RH nulo. E como minha irmã diz: O irmã do meio sempre é o esquecido no churrasco. ㅡ Tama sorriu ao falar isso porém ele sentiu um incômodo ao ver a expressão de conformado no rosto de quem ele contava isso. ㅡ Eu sou o primeiro do meu pai, e na época na qual eu vim para cá, eu era o caçula da minha mãe, agora ela tem mais duas filha gêmeas com meu padrastro. Eu perdi meu posto de caçula a uns oito anos atrás.

ㅡ O filho mais velho é sempre o querido dos pais. ㅡ Ícaro murmurou, Tama teve duas posições de prestígio, deu um sorriso simples e resolveu contar um segredo cruel seu que só Guih sabia. ㅡ Como eu disse antes, meu irmão costumava a dar tapas na minha nuca só de implicância, eu não tinha para quem reclamar, se eu contasse para minha mãe, ela falaria para o Willian parar no entanto não adiantaria nada e ele voltaria a fazer, meu pai nem ficava em casa para resolver. E sabe, eu era mais novo e mais baixo que ele, era incrivelmente injusto... ㅡ A língua coçou então Tama não resistiu, não deixou Ícaro terminar e murmurou "ainda é" e Ícaro deu literalmente um puxão de orelha com tanta força, tão dolorido que Tama implorou para ele parar de puxar e continuar a história antes que sua orelha saísse na mão de Ícaro. ㅡ Continuando, eu sabia que não podia revidar, se eu revidasse eu acabaria apanhando. O jeito era usar a lógica, na minha casa só tem um banheiro e o outro é o dos meus pais.

ㅡ Suíte... Sei. ㅡ Tama murmurou.

ㅡ Então... eu estava escovando meus dentes bravo depois de levar um outro irritante tapa na cabeça. Enquanto eu estava divagando em meus pensamentos, foi aí que Deus me deu uma luz, vi algo que me seria conveniente, olhei para minha escova de dente e para a dele, então tive uma brilhante idéia.

Tama ouviu Ícaro contar sua peripécia infantil.

ㅡ Eu tinha uns dez anos. Não me julgue, mais foi uma doce vingança na época. ㅡ Ícaro riu, dando a conclusão a Tama que apesar de pedir para não ser julgado, ele não estava nem um pouco arrependido do feito. ㅡ Eu guardei tudo que ele me fez, e descontei na escova de dente dele, mergulhei ela no vaso sanitário algumas vezes e depois assisti ele escovando os dentes com ela sem preocupação alguma.

"Que pestinha." ㅡ Tama murmurou impressionando e com um pouco de nojo, se questionou se seu irmão fazia isso, cogitou em jogar a escova de dente fora. ㅡ Não foi Deus foi o Diabo que te deu uma forcinha. Não acha?

ㅡ Ele mereceu. ㅡ Ícaro deu de ombros. ㅡ Fazia isso sempre que ele me batia, eu contava os tapas que eu recebia dele. Quantos tapas que ele me dava eram o tanto de voltas que eu daria com a escova dele no vaso sanitário.

Tama mesmo com nojo começou a rir disso que Ícaro dizia, era brilhante.

ㅡ Ele não sabe até hoje. ㅡ Ícaro riu orgulhoso de sua maldade. ㅡ Guih já viu eu fazer isso, ele ficou com medo e receio de meu irmão me pegar fazendo isso. Willian fazia principalmente quando Chris Angel estava lá em casa, me mandando embora de onde eles estavam, mandava eu e o Guih brincar que nem dois bebezinhos em outro lugar, ele não queria dois moleques junto com Chris Angel e ele ou outros amigos dele. ㅡ Deu um longo suspiro sem nenhuma preocupação. ㅡ Eu nunca contei, não sei se vou contar um dia, se eu contasse na época, meu irmão sendo um adolescente irritante, ele iria fazer um escândalo, e meu pai saberia. ㅡ Ele deu um sorriso ao dizer isso, já era comum e o esperado que acontecesse. ㅡ Além do meu irmão me dá uma porrada ele contaria para o meu pai que com certeza iria me dar uma surra quando ele chegasse em casa.

Tama engoliu em seco quando pensou nisso passou a mão no rosto de Ícaro com delicadeza e conforto ao dizer com os olhos deprimidos que estava tudo bem agora. Ícaro deixou uma risada escapar sem entender o que Tama dizia, deitou o rosto no peito nu dele e dormiu a noite toda em plena paz de espírito.

Ambos dormiram confortavelmente bem.

A chuva caindo lá fora, o som reconfortante do tempo nublado e os trovões baixinhos montavam esse final de história. Deitados próximos sentindo o calor e sonhando juntos, sonhar com um futuro bom, um amanhã melhor e que nada destruísse isso que eles tem.

O amor.
















Notas Finais


Ate a próxima amores
Fiz esse capitulo com muito amor
Obrigado por me acompanharem até aqui
Bjs meus anjos


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