História Ice and Fire - Capítulo Vinte e Quatro

Cersei estava na sala de reunião, ela observava alguns papéis, estava mandando cartas para casas que apoiam o reino e são contra os Targaryen, precisava reunir todas as forças possíveis caso houvesse algum tipo de Guerra. Ela escuta alguns passos se aproximando.

- Senti sua falta na cama hoje. - Daario se aproximou e a beijou.

- Não faça mais isso aqui, já pensou Euron aparece? - Cersei o repreende.

- Ele se acha a pessoa mais esperta daqui mas nem percebe que você está apenas usando ele, tanto que esse casamento que você tanto promete não saiu.

- Eu preciso da ajuda dele na Guerra pelo Trono, não posso permitir que ele chegue a desconfiar que nós estamos tendo um caso. - Cersei olha para os lados ao ver Daario se aproximando.

- Você quer parar? - Daario mordisca a orelha de Cersei e desce as mordidas para o pescoço, a fazendo soltar um gemido.

- Não é hora para isso. - Cersei tenta sair mas Daario a puxa pelo pescoço e morde seus lábios. Eles escutam passos se aproximando e se afastam imediatamente.

- Majestade. - Um mensageiro se aproxima.

- O que deseja? - Cersei tenta se recompor.

- Um corvo sobre a Grande Guerra. - O mensageiro entrega para Cersei e se retira da sala.

- Malditos, eles venceram a Guerra. - Cersei joga o papel no chão com raiva.

- O líder deles? Jon Snow está vivo? - Daario pergunta.

- Está, esse maldito que conseguiu a vitória, matou o tal Rei dos Zumbis. - Apesar de estar enfurecida, ela estava um pouco aliviada por ter notícias de Jaime e saber que ele sobreviveu, era questão de tempo até ele voltar para ela.

- Com toda certeza nós temos mais números de guerreiros que eles, com essa Guerra eles devem ter perdido boa parte do exército. - Daario estava ansioso para reencontrar Daenerys e conhecer o tão falado Jon Snow, o que ele tinha de tão especial para conquistar o coração dela? Sentia raiva só de pensar e imaginava todos os dias o matando na frente dela.

- Você está certo, eu já estava preparando algumas cartas para mandar, os Targaryen tem mais inimigos do que pensam espalhados pelo reino. - Cersei sorri ironicamente e começa a escrever.


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Arya estava sentada observando Drogon voar sozinho, ele provavelmente estava sentindo falta do irmão, perdeu dois em tão pouco tempo. Ela estava pensativa, agora que a Guerra tinha acabado era hora de voltar e riscar os últimos nomes de sua lista, Arya sempre esteve tão foçada em cumprir mas agora que estava ali com a sua família sentia medo de perdê-los novamente.

- Você está bem? - Sansa se aproximou e sentou do seu lado.

- Pensando no que virá daqui pra frente. - Arya suspira.

- Sua lista? - Sansa sabia que a sua irmã queria finalizar a lista, por mais que Arya fosse uma excelente guerreira e corajosa, ela ainda era sua irmã e temia perdê-la novamente.

- Exatamente, um lado meu quer terminar a minha vingança mas por outro lado eu quero ser uma pessoa melhor e orgulhar você, Jon e Bran. - Arya sorri torto.

- Você me orgulhara de todo o jeito, mesmo você sendo chata quase sempre eu amo você é sempre irei te apoiar. 

- Obrigada! Se eu não terminar, irei ficar com isso na minha cabeça para sempre, eu preciso finalizar essa lista para seguir em frente. - Arya concretiza. - Eu não irei com você para Winterfell.

- Você vai ficar aqui?

- Eu partirei com você, mas preciso que me ajude porque vou fugir e partir para Porto Real. - Arya sussurra olhando para os lados, nunca se sabe quem pode tá escutando.

- Sozinha? - Sansa se espanta.

- Um amigo irá me ajudar. 

- Gendry? - Sansa sorri maliciosa.

- Não, sua idiota. - Arya dá um empurrão na irmã. - Um amigo, você só precisa saber disso.

- E como pretende fugir sem que ninguém perceba? 

- Aí que você entra na história, me dará cobertura, antes de você embarcar eu já terei partido, aí você conta para Jon o que eu irei fazer. 

- Ele não vai gostar de saber que você fez isso pelas costas dele. - Sansa repreende, por mais que Jon apoiasse Arya, ele a ama o suficiente para permitir algo assim.

- Eu sei que não vai, mas ele irá entender. Como irei a pé sem nenhum cavalo ou navio é capaz de chegarmos no mesmo tempo que eles de navio, mas caso eu chegue primeiro ficarei escondida, aproveitarei para atacar quando todos estiverem na Guerra. - Arya já tinha tudo planejado, mas não iria arriscar contar tudo para Sansa, ela podia soltar algo para Jon

- Está certo, prometa para mim que após cumprir essa lista você retornará para Winterfell. Caso vença a guerra pelo trono, Jon ficará em Porto Real, Bran nós não tivemos nenhuma notícia dele, não quero ficar sem nenhuma família por lá. - Arya percebe a tristeza de Sansa ao falar, sua irmã era a pessoa mais forte que conhecia, por tudo que passou.

- Você acha mesmo que eu não estarei para assistir você sendo consagrada a Protetora do Norte? - Arya sorri e toma a iniciativa do abraço, ainda era novo para ela ter uma relação próxima com a irmã mas a sensação era boa.


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Brienne encarava o chão desolada, tinha acabado de ser informada que Podrick havia morrido, o seu fiel escudeiro, o seu amigo. Ela sabia que não certo ele partir para Guerra com tão pouco tempo se treinamento, mas ele se achou capaz de enfrentar os mortos. Brienne se sentia culpada por ter deixado isso acontecer, ela deveria ter ido para Guerra e protegido ele.

Tyrion observa de longe aquela grande mulher sozinha encarando sua espada, sabia que ela estava mal pela morte de Podrick, ele também se sentia assim.

- Posso me sentar aqui? - Tyrion se aproximou.

- Você pode fazer o que quiser. - Brienne é ríspida.

- Ele era um bom escudeiro, o melhor. - Tyrion tomou a iniciativa e Brienne o encarou com dor no olhar.

- Eu era tão estúpida com ele, ele só queria cuidar de mim e eu era grossa com ele. - Brienne lamentava.

- Ele sempre foi muito cuidadoso, sempre queria me agradar, sempre no final da noite nós sentávamos e bebíamos um bom conhecido. - Tyrion sorri relembrando. - Sinto saudades desse tempo.

- Ele sempre falou com muito carinho sobre você.

- Essa Guerra tomou a vida de dois grandes amigos meus, Podrick e Bronn, quando eu vivia em Porto Real nós sempre estávamos juntos. - Tyrion suspira, estava tentando controlar suas emoções. - Bronn sempre com suas inconvenientes piadas e Podrick com sua ingenuidade, esse desgraçado morreu sem contar para gente o que fez no Bordel do Mindinho. - Brienne o olha confusa. - Ele salvou minha vida na Batalha de BlackWater, como recompensa eu paguei umas prostitutas para o satisfazer, mas elas devolveram o dinheiro.

- Por que foi tão ruim? - Brienne rir, pedindo continuidade da história.

- Muito pelo contrário, foi tão bom que elas não aceitaram o dinheiro. 

- Nunca vamos saber o final dessa história. - Brienne analisa Tyrion, ele estava sofrendo com as perdas. Abriu sua bolsa e tinha uma garrafa com vinho. - Ele era um bom homem.

- Ele era. - Tyrion sorri tristemente ao ver Brienne o oferecendo a garrafa.


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Jon segurava a pequena Rhaella em seus braços, ela era tão calada, só chorava quando o irmão acordava ela com seu choro alto, ou quando estava com fome. Ela era tão  linda, apesar de ter suas características, Rhaella havia puxado a beleza de Daenerys, tão delicada, sentia medo quando a segurava, sentia que a qualquer momento poderia derruba-la. Já havia se passado uma semana desde que chegou, uma parte das esposas e filhos haviam partido para Winterfell, estavam ansiosas para reencontrar seus maridos. As conversas sobre a Guerra pelo Trono já circulavam pelo castelo, a quantidade de homens perdidos foram grandes mas eles ainda tinham um dragão, mas o medo deles era que estava rolando boatos sobre Cersei está construindo uma arma contra dragões. Os pensamentos de Jon são interrompidos pelas batidas na porta, ele vai até a porta para abrir, não podia arriscar acordar os bebês.

- Desculpe por vir, não sabia que estava colocando elas para dormir. - Sansa sorri e Jon dá a passagem para ela.

- Espere um momento. - Jon sussurra e coloca lentamente Rhaella no berço. - Temos que falar baixo.

- Você parece cansado. - Sansa observa.

- Eles não conseguem dormir por muito tempo, qualquer barulho os acorda, e a hora favorita deles de ficarem acordados é a madrugada. - Jon ri e é acompanhado por Sansa.

- Bebês não são fáceis, você sabia no que estava se metendo. - Sansa zomba.

- Mesmo que a rotina seja cansativa, eu adoro ficar assim tão perto deles. Daenerys acorda cedo para dar de mamar e eu faço questão de estar acordado para ajudá-la. - Jon sorri novamente dando uma olhada nos berços.

- Falando nela, onde ela está?

- Está com Drogon em algum lugar, ela queria um tempo sozinha com ele, depois das mortes dos irmãos Drogon está cada vez mais isolado. - Jon havia tentado conversar com o dragão mas ele não estava paciente, sempre voava para longe deixando Jon sozinho.

- Eu sei que tanto você quanto Daenerys estão adiando essa reunião mas precisamos urgentemente começar os preparativos da Guerra. - Sansa comenta.

- Infelizmente eu sei disso, mas os bebês precisam de cuidados especiais, afinal nasceram antes do tempo.

- Eles já estão ficando mais fortes. O castelo todo comenta que Cersei já está se preparando para a Guerra, precisamos ser rápidos também. Estamos em números menores de homens do que ela, mas após a vitória da Grande Guerra, casas importantes querem se juntar ao seu lado, vocês podem ter um dragão mas precisam de homens também. - Sansa sabia que a Guerra não seria tão fácil, ela passou um bom tempo com Cersei para saber que ela já devia estar planejando tudo.

- Você está certa, eu irei conversar com Daenerys sobre isso, mas antes eu tenho um convite para te fazer. - Jon sorri.

- Qual seria o convite? - Sansa pergunta curiosa.

- Eu quero que participe das reuniões sobre a Guerra, além de conhecer Cersei melhor que ninguém, você é a Protetora do Norte. - Sansa sorri ao escutar aquelas palavras, Jon estava dando uma chance para ela ajudar na Guerra.

- Eu fico muito honrada com seu convite, acho que terei que adiar um pouco mais a minha ida para Winterfell. - Sansa sentia saudades de sua casa mas teria que voltar sozinha, sem Arya e Jon, não teve nenhuma notícia de Bran até então. Jon fica feliz com a afirmação da irmã e a puxa para um abraço, era sempre bom ter a família por perto.