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História If I was you (Ezarel - Eldarya) - One: Our Endless War


Escrita por: Ri_Seri

Notas do Autor


Oioi amores!!! Espero que gostem desse capítulo e dessa Fanfic, pois é a primeira que faço sobre Eldarya e seus mistérios 😉😉😉❤❤❤
Espero que deem muito amor a ela.

~ICrazy_Eldarya

Capítulo 1 - One: Our Endless War


Fanfic / Fanfiction If I was you (Ezarel - Eldarya) - One: Our Endless War

...Nossa Guerra Sem Fim...


Fazia um ano desde que eu chegara em Eldarya, e, ainda assim, embora fizesse parte de uma guarda e mesmo que tentasse ser o mais útil possível, ajudando da forma que pudesse, continuava sendo vista por alguns como insignificante, como uma estranha que não deveria estar ali. Quando percebi, tentei ainda mais passar despercebida, porém ainda dando o meu melhor. Entretanto nada mudava, os mesmos olhares tortos, a mesma aversão de sempre e então todos os meus esforços iam por água abaixo.

Caminhei até o laboratório de Alquimia lentamente. Fazia bastante tempo desde a última vez que fora lá, e, na maior parte do tempo de serviço, eu procurava cumprir missões e trabalhar com qualquer outro membro da Guarda Absinto. Não significava que eu não queria ir ao laboratório, na verdade, o motivo era exatamente o recorrente: Ezarel não me queria por perto. Ele dizia que detestava ter alguém inferior a ele cuidando do mesmo serviço e tendo as mesmas tarefas; isso era algo que, sinceramente, eu nunca consegui entender. Por quê? Bom, não me referindo ao fato de ter alguém inferior em seu laboratório, mas sim porque eu me lembrava vividamente que logo que eu chegara aqui, ele era bem mais atencioso. Não sei dizer o porquê de, uns tempos para cá, a nossa relação ter mudado tanto. E, apesar de seu amor pela guarda Absinto e seus membros ser grande, a meu ver, eu não passava de um incidente lançado naquela guarda por um teste feito da forma errada. Acho que nesse ponto eu concordava com ele. Teste idiota!

Dei batidas  na porta e entrei, cabisbaixa e à passos silenciosos.

-- Você mandou me chamar, Ezarel? -- perguntei. Ele me olhou de cima abaixo com sua costumeira indiferença e acenou para que me aproximasse.

-- Preciso que faça umas coisas para mim,

-- Umas coisas? -- indaguei arqueando a sobrancelha.

-- Exato. Primeiro, preciso que organize a nova remessa de produtos que chegaram para poções em ordem alfabética -- indicou a parte de trás do laboratório. -- Ah, e depois preciso que faça uma faxina por aqui. Tenho trabalhado muito ultimamente e necessito de um local de trabalho limpo e organizado. -- deu de ombros.

-- M-Mas se precisa que o laboratório de Alquimia permaneça em ordem, isso depende somente de você. -- respondi, contudo emudeci rapidamente ao perceber que o mesmo veio se aproximando de mim.

-- Você vive reclamando que é insignificante e que não possui uma função importante no QG. Pois bem. Estou lhe dando o título de Assistente Oficial da Absinto, o que significa que se quiser ser útil, precisará seguir as minhas ordens sem contestar. -- falou com sua típica postura ereta e imponente.

-- Mas...

-- Sem "mas". Vai aprender a respeitar seu superior, e até agora estou permitindo que seja por bem. -- disse simplesmente.

Eu nunca fazia isso. Ou quase nunca... A menos que ele me irritasse de uma forma que não conseguisse segurar. Sem pensar duas vezes, falei:

-- Não, Ezarel! Procure achar alguém que aceite ser tratado como escravo por você. Eu aceito muita coisa quando estou com você, mas, sinceramente, hoje não é o melhor dia. Passar bem! -- saí de lá revoltada. Que elfo desprezível. Não me virei em parte alguma do trajeto e esperava realmente que aquele elfo não houvesse me seguido.

Fui até a sala do Crystal e nem me importei em pedir permissão. Não daquela vez.

-- Ei, o que pensa que está fazendo?  -- Miiko começou.

-- Miiko, não posso continuar na mesma Guarda que o Ezarel! Eu o detesto e não acho que alguém merece ser tratado como ele me trata. E-Eu não sei o que acontece, antes ele não era...

Miiko ergueu uma sobrancelha e disse, irônica:

-- Vocês são perfeitos um para o outro, sabia? Só sabem se desenteder e trazer as suas brigas desnecessárias a mim.

-- Eu preciso terminanmente discordar de você. E... -- antes que pudesse terminar, Ezarel invadiu o salão à passos firmes e furioso, com as pontas das orelhas de elfo vermelhas de raiva.

-- Miiko, já chega! Eu não vou tolerar um dia mais com essa... -- ele apontou para mim sem me encarar diretamente -- Essa desqualificada. Eu zelo muito pela minha Guarda e pela reputação dela, você sabe, mas com ela tudo vai desandar! A classificação e qualidade da minha Guarda irão, com toda certeza, ser afetadas. Não posso continuar com isso, sinto muito. Com essa humana será impossível!

-- Ah, é mesmo? E posso saber, exatamente, qual o seu problema comigo? Eu não faço nada para você além de pequenos serviços que cabem a empregados fazerem, e já que você ainda não foi capaz de perceber, eu não sou uma! -- gritei o olhando no fundo de seus olhos verdes.

-- Ah, quer dizer que no seu idioma trabalho tem diferença? Empregada ou não, trabalho deve ser realizado. É muita presunção da sua parte achar que não pode realizar trabalhos mais simples. Você não passa de uma desprezível criatura que caiu em um círculo de cogumelos, não mudou nada desde que chegou aqui. -- ele respondeu com o olhar cravado em mim que, por mais que tentasse, não conseguiria sair.

-- Eu não estou sendo presunçosa e, sim, realista! Não tenho culpa se dizer o que penso é de mais pra você lidar!

Batendo os pés, ele continuava discutindo comigo como se a kitsune nem estivesse mais ali.

-- Sabe o que vêm a minha mente quando penso a seu respeito? Nada de bom, posso garantir. Mas, se você fosse eu por um dia, entenderia o motivo de tanto ódio da minha parte. Uma garota tão inútil feito você deveria saber o seu lugar, e mesmo depois de tanto tempo, ainda me pergunto o motivo de terem lhe aceitado em Eel!  -- falou Ezarel em escárnio puro.

-- Ah, claro, porque eu sou de uma raça mais fraca. Esse é sempre o seu discurso, e eu sempre retruco: EU não estou aqui por desejar ou porque goste muito da companhia de qualquer um aqui. Eu só não tenho para  onde ir e nem mesmo como voltar para casa! -- retruquei com a voz um pouco embargada ao lembrar da Terra. Seria tudo mais fácil se estivesse lá.

-- Olha o tom, garota! Eu ainda sou seu chefe! -- gritou.

Miiko nos observava enfadada, nossas discussões era rotina para ela.

-- CHEGA! -- berrou a kitsune. -- Cansei dos dois... De novo! Voltem ao trabalho e me deixem em paz! -- bateu com força a ponta do cajado no chão e chamas azuis surgiram de sua outra mão, logo nós dois estávamos mudos -- Receberão a punição de vocês, isso eu garanto! Desentendimentos são comuns, mas são extremamente frequentes entre vocês dois. E além de causarem sempre um alvoroço por conta de coisas insignificantes, ainda atormentam a paz do Quartel inteiro!

Ficamos estáticos e quietos ainda sendo atingidos pelo olhar flamejante dela, contudo depois retornamos para o laboratório de alquimia. Ezarel - tenho quase total certeza - ficou me amaldiçoando em élfico. O silêncio reinava entre nós de uma forma incômoda, geralmente havia as gozações da parte dele. Inquiri:

-- Ez? -- ele não respondeu, apenas fez o barulho com a boca como se minha voz o incomodasse. -- Continua chateado?

-- Não, Diana. Estou pleno como alguém agonizando no deserto de Eldarya. -- seu tom gozador e sarcástico me incomodavam tanto, mais tanto... -- E é melhor se colocar em seu devido lugar e desistir dessa intimidade fictícia de me chamar de "Ez". Para você, sou "Ezarel". Porém, aceito um pouco de bajulação se quiser me chamar de "senhor".

-- Ah, é, tem razão! Tinha me esquecido que só a Ewelien pode sair cantarolando por aí: "Ezzy, Ezzy" a toda hora. -- respondi para mim mesma, em um tom considerado baixo para mim e rolei os olhos.


[Diana gostava de Ezarel, mas sua forma de agir com ela a afastara, e agora Leiftan era quem vinha preenchendo seus pensamentos. E quando ela ainda gostava do elfo, Ewelien também era uma admiradora secreta do trabalho dele. No fim, acabou dando certo para os dois]


-- Não zombe dela dessa forma, eu não permito! -- ele largou a poção que estava fazendo e cravou seu olhar em mim, chamas dançando sobre as íris verde-água. -- Eu acho melhor ficar quieta antes que eu lhe force a beber uma poção para calar sua boca insolente!

-- Mesmo? Pois então me obrigue. Quero ver se é capaz do que diz. -- falei, enraivada.

Voltamos ao que fazíamos sem pronunciar mais uma palavra. Era recíproco. Nos odiavamos tanto que o mundo parecia perder toda sua cor e vida quando estávamos próximos.

"O que eu fiz de verdade a você, Ezarel? O que eu lhe fiz pra me odiar tanto e tão de repente?", perguntei-me mentalmente.







Notas Finais


Até a próxima! 😘👋


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