História Ilha - 07

POV: Dinah

Acordei-me completamente desnorteada, meu corpo todo doía e a luz do sol fazia meus olhos lacrimejarem. Olhei ao redor, percebendo ainda estar na maldita ilha, minha memória voltou como um raio, fazendo minha cabeça latejar. Encolhi-me na cama, como bicho acuado, sentindo cansada e irritada.

    - Graças a Deus – Ouso a voz de Sofia preocupada – Você acordou.

Não me lembrava de quase nada, apenas imagens soltas. Da selvagem me ajudando a descer da arvore, depois de ter abandonando-me a própria sorte.

    - Precisamos leva-la para cidade – Ouso meu sogro se pronunciar – Olha o estado dela, ela não esta nada bem.

    - Concordo com o senhor, Papai – Sofia beija minha testa carinhosamente – Onde esta seu celular meu amor? – Pergunta-me ainda nervosa. Os olhos negros temerosos e úmidos, seu rosto retorcido pela dor e angustia de ver-me nesse estado, fazendo-me  perceber o porque deu ter me apaixonado por ela - Tenho que providenciar o helicóptero o mais rápido possível – Enxuga seu rosto para me não perceber, mais é tarde de mas.

    - Bolsa, esta dentro da minha bolsa – Sussurro com dificuldade – Dentro do bolsinho.

     - Eu já volto – Beija as costas da minha mão de novo e de novo – Cuida dela Ally até eu volta – Ordena minha esposa saindo em passos largos do quarto.

    - Fêmea assustadora – Ouso a voz tremula da selvagem – Fêmea doida.

    - Calada, Lolo – Camila a repreende – Você não esta estar com moral de falar nada – Sorriu quando ela fica calada.

    - Preciso checar sua temperatura, Dinah – Ally afirma pegando o que eu acho ser o termômetro dentro da sua bolsa – Ainda bem que nunca o esqueço – Sorriu o colocando debaixo do meu braço.

    - Obrigado, baixinha – Agradeço sincera.

    - De nada, Ignorante - Fechei a cara, fazendo-a ri.

    Ficamos conversando até o termômetro apitar.

    - Você ainda esta quente – Anuncia retirando o termômetro de mim – Acho melhor tomar alguma coisa – Diz pegando algo dentro da sua bolsa- Toma, dipirona, deve dar para aguenta até chegarmos em casa. Peguei o comprimido o engolindo sem água mesmo.

    - Obrigado.

    - De nada.

    - Estou com sono – Digo zonza.

    - Dorme – Ally acaricia meu coro cabeludo – Enquanto isso, vou até a cozinha pedir  para que dona Sinuhe lhe prepara algo para comer – Confirmo já pegando no sono.

Pov: Camila

Passei a noite toda pensando de como ter (A) conversa com a minha esposa, minha família com certeza voltara para casa, devido ao estado critico da minha amiga, como convence-la a ir? Como eu digo e a firmo, amo essa ilha e o modo como formei minha família, mais sinto falta da Camila de antes, não das festas ou pessoas me bajulando, mias da Camila cantora que sempre correu atrás de seus sonhos, como me expressar sem machuca-la?

    - Lauren? – Chamei sua atenção, devido ela estar conversando com a nossa filha – Precisamos conversa – Ela concorda e vem até mim se sentando ao meu lado.

    - O que foi? Fêmea? – Pergunta confusa.

    - O que você acha ... – Olhei para os lados procurando as palavras certas – De tirarmos algumas férias? – Sorri torto – Você sabe, podemos passar alguns dias conhecendo a cidade onde nasci, minha cultura, meus amigos e familiares? – Perguntei esperançosa – Por favor, amor – Segurei a mão dela firmemente – Por favor.

    - Tudo bem – Sorriu forçado – Se é isso que você quer, Fêmea. Cidade grande, querendo ou não aí vamos nos – Sorri entre lágrimas a abraçando forte, impressionada por ela ter aceitado.

    - Eu te amo – Afirmo beijando carinhosamente – Eu prometo que você não vai se arrepender, amor.

    Encosto nossas testa suspirando.   

    - Assim espero, Fêmea. Assim espero.