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História I'll be good - 1. Insegurança.


Escrita por: mrspideypool

Notas do Autor


Olá pessoinhas, não é a primeira vez que escrevo sobre spideypool, mas é a primeira vez que estou postando. Basicamente vai ser capítulos não muito grandes sobre alguns momentos deles juntos inspirado em algumas fanarts que mais gosto deles, as vezes os capítulos vão ser ligados com os anteriores e as vezes não... enfim espero que gostem.

Capítulo 1 - 1. Insegurança.


             Peter abriu os olhos devagar tentando se acostumar com a claridade que batia em seu rosto, então respirou fundo sentindo um cheiro bom de panquecas e se sentou na cama preguiçosamente coçando seus olhos amendoados. Olhou em volta e corou quando se lembrou de quem pertencia àquele quarto totalmente bagunçado. Parker se levantou e caminhou lentamente até a cozinha do apartamento onde pôde observar um homem alto mexendo os quadris de forma engraçada enquanto cantava. A presença de Peter chamou sua atenção o fazendo sorrir largo para o garoto assim que o viu.

— Bom dia, baby boy — disse alegre se aproximando do menor para lhe dar um beijo na testa. — Você está incrivelmente sexy vestido assim.

          Só depois do comentário de Wade que Peter se deu conta de que não vestia nada além de uma enorme camiseta branca — era tão grande que ia até começo de suas coxas escondendo quase por inteiro a sua boxer preta.

— Hah — riu sem graça tentando falhamente abaixar um pouco a camiseta e se sentou enquanto observava o Wade colocar um prato com panquecas na mesa junto a vários tipos de calda, o que deixou o garoto meio perdido.

— Wade — chamou a atenção do outro que o fitou sorrindo — como... Hm... Como eu cheguei até aqui?

          Wade riu balançando a cabeça e enfiou uma panqueca inteira em sua boca, lambuzado todo seu queixo com calda de chocolate.

— Sei não, Petey — disse ainda de boca cheia. — Me diga você! Eu apenas abri a janela pra você entrar.

        Peter franziu as sobrancelhas tentando se recordar de alguma coisa que fizesse sentido, mas apenas se lembrava de estar impedindo vários homens armados de fazerem sabe-se lá deus o que, e de um som incrivelmente alto que o deixou desnorteado.

— Eu não me lembro — disse baixo olhando suas mãos ainda roxas.

— Oh, porra! Você não se lembra da noite incrivelmente selvagem que tivemos? — Peter se engasgou e Wade ria maliciosamente.

— N—Nós o quê? — perguntou ficando em pé em um pulo — Mas, isso... Wade, eu não... Isso não pode, quer dizer, não seria...

        Parker parou de falar assim que ouviu a risada escandalosa de Wade ecoar pela cozinha.

— Você está brincando, certo?

— É claro que estou — Wade disse ainda rindo. — Você chegou aqui todo quebrado... Eu apenas te ajudei a tomar banho e te coloquei na cama. Nada mais que isso... Infelizmente.

           O menor suspirou aliviado passando os dedos em seu cabelo e acabou soltando um ruído baixo de dor enquanto tocava em algumas partes machucadas de sua cabeça e nuca.

— Eu sinto como se eu tivesse sido atropelado por cinco caminhões — Peter disse manhoso fazendo Wade arquear uma sobrancelha.

       Wade continuou comendo suas panquecas observando as pernas nuas de Peter andar de um lado pro outro exibindo algumas cicatrizes e manchas roxas. Ele podia simplesmente dizer a Parker o que tinha acontecido na noite anterior, pois Tony Stark já havia lhe resumido o assunto, mas sabia que, assim que desse o recado, Peter iria direto até Tony.

— Petey — disse lambendo o resto de calda que havia em seus dedos —, o Tony veio aqui ontem depois que você chegou e pediu pra você ir lá assim que acordasse.

       Peter entreabriu os lábios, mas desistiu de formular qualquer que fosse a pergunta que vagara em sua mente; se pôs então a caminho do quarto de Wade para pegar seu uniforme de Spider Man.

— Você já vai? — Wade perguntou se escorando na porta do quarto enquanto Peter colocava seu uniforme cheio de rasgos.

— Sim! E você deveria ter me dito antes que Tony precisa falar comigo. Ele vai viajar hoje eu tenho que vê-lo antes disso — respondeu fazendo careta.

      Peter andou em direção à janela e parou para encarar Wade.

— Por que está tão quieto hoje?

       Wade deu de ombros.

— Por que está usando holograma em casa?

        Wade continuou sem responder. Peter se aproximou do maior ficando na ponta dos pés e apoiando ambas as mãos em seu peitoral forte, então beijou o maxilar marcado do homem enquanto sentia a respiração calma em seu rosto.

— Está tudo bem? — perguntou olhando fixamente para aqueles olhos expressivos. 

— Claro que está — respondeu Wade abraçando Peter pela cintura. — Eu só estou entediado, essa coisa de ser bonzinho e não matar ninguém é bem chato.

        Peter fez um gesto negativo com a cabeça deixando um beijo casto na boca do maior.

— Te vejo mais tarde, ok?  — falou vendo Wade acenar positivamente. — Não faça nada estúpido.

— Não posso prometer nada — Wade riu divertindo dando um tapa na bunda de Peter que o olhou indignado. — Eu sei que você gosta disso, nem adianta fazer essa carinha de indignado.

        Peter revirou os olhos e caminhou até a janela colocando sua máscara.

— Tchau, seu maluco.

— Maluco é você que sai pela janela sabendo que aqui tem porta.

         Peter riu mostrando dedo do meio pro outro e logo saltou pela janela, Wade negou se aproximando da mesma vendo Parker já um pouco longe se pendurando em suas teias.

      Wade estava sentado no parapeito de um prédio alto trajando seu típico uniforme de Deadpool. Ele balançava suas pernas, entretido no desenho que estava fazendo em seu bloco de notas enquanto seu radinho tocava uma música qualquer.

— As crianças já deviam estar na cama uma hora dessas — Wade disse irônico, e logo pôde ouvir uma risada baixa.

— Odeio o fato de você sempre me ouvir chegar — Peter disse se sentando ao lado do maior.

— Suas teias fazem um barulhinho quando saem do lançador, não é alto, mas se prestar atenção dá para ouvir.

      

       Peter fez um biquinho por baixo da máscara e encarou o desenho no qual o Wade estava trabalhando; riu assim que notou que se tratava dele — desenhado de forma engraçada — sentado em uma janela vestido de Spider.

— Você desenha muito mal! — Peter disse arrancando um grunhido de Wade.

— Olha quem fala... Você é ótimo com essas coisas de ciências e em inventar coisas, mas é horrível em desenho.

— Sou nada!

— É sim — Wade disse olhando gentil para Peter. — Sabe em outra coisa que você é ruim?

— Diga.

— Em relacionamentos!

— Ah, olha só quem fala! — Peter repetiu a fala imitando a voz de Wade. — Mas por que diz isso? — tirou a máscara de seu uniforme e balançou a cabeça para ajeitar seus cabelos.

     Wade permaneceu em silêncio e desligou seu radinho.

— Wade, você precisa falar comigo — Peter disse ouvindo o suspiro do outro — O que foi?

— Nada, está tudo bem.

— Não, não está! Você está todo distante e calado, e o mais estranho disso é você, o mercenário tagarela, calado — Peter ia dizendo enquanto tentava tocar no maior que se afastava — Eu sei que já mandei você calar a boca muitas vezes, mas agora, por favor, fale comigo.

     Ambos ficaram em silêncio, Peter se segurava pra não se levantar e socar Wade até que o maior falasse de uma vez o que estava o incomodando. Parker odiava quando Wilson ficava assim; muitas pessoas podiam dizer que Deadpool incomodava por falar demais, mas, para Peter, o que realmente incomodava era vê-lo calado. Wade Wilson quieto é como um lago de águas calmas e escuras, nunca se sabe o que pode acontecer entrando ali.

— Lembra quando eu confessei que gostava de você?  — perguntou fitando a paisagem.

— Qual das vezes? Foram muitas — Peter brincou.

          Wade sorriu aberto puxando o menor para o seu colo. Assim que se acomodou, Peter puxou a máscara do maior observando todas as cicatrizes de seu rosto, então tocou a pele disforme de suas bochechas enquanto Wade o encarava quase corando.

— Não te incomoda? — perguntou com um tom de voz melancólico, olhando fixamente para os olhos castanhos e gentis que tanto amava.

— Eu já disse várias vezes que sua aparência não me incomoda — Peter respondeu calmamente entre os vários beijos que deixava pelo rosto do Wade. — Só tem uma coisa que me incomoda.

      Wade arregalou os olhos por sentir seu estômago gelar.

— O quê? — indagou enquanto olhava preocupado o rosto branquinho de Peter.

— Quando você acredita mais no que as vozes falam do que em mim.

— Nada pessoal, é que elas são bem convincentes.

        Peter negou com a cabeça sorrindo de canto de boca e logo se curvou a favor de Wade deixando um selinho em seus lábios.

— Elas mentem! — disse ainda tocando os lábios de Wade.

— Mas não mentiram quando disse que você me queria — Wade disse arqueando uma sobrancelha, o que fez Peter revirar os olhos. — Agora elas dizem que você tá louquinho pra me dar.

— Ah, merda! O Wade voltou — Peter brincou em um tom manhoso.

       Wilson não resistiu à carinha meiga que Parker fizera e o puxou pela nuca chocando seus lábios. O beijo começou calmo com Peter no controle, o garoto sugava e mordia gentilmente os lábios do mais velho; Wade adorava a delicadeza de Peter, porém logo assumiu controle puxando os cabelos de Peter que gemeu baixinho com o carinho agressivo de Wade.

— W—Wade! — Peter começou a falar ainda ofegante interrompendo o beijo. — Nós estamos saindo do foco!

— Esquece isso, baby boy — Wade disse tentando resgatar os lábios de Petey para outro beijo, mas o garoto se afastou a tempo e o fitou com um semblante sério.

      Wade, percebendo que o menor não deixaria o assunto de lado, suspirou se dando por vencido e começou a se explicar.

— Você lembra que a gente dormiu junto há umas semanas atrás, né? — Wade perguntou e, assim que Peter concordou, continuou a falar. — Só dormiu mesmo, infelizmente — brincou fazendo o outro revirar os olhos. — Enfim, eu acho que você teve um pesadelo com a Gwen naquela noite, você disse nome dela várias vezes.

        Peter abaixou o olhar se lembrando daquela noite, tinha vergonha só de lembrar o que tinha acontecido.

— Wade, sobre aquilo... Me perdoa!

— Tá tudo bem, baby boy. Eu sei que você amava demais a Gwen, e eu não tenho raiva dela ou algo do tipo — disse passando a língua entre seus lábios. — Eu só fiquei chateado de você se assustar comigo e não deixar eu me aproximar, fiquei preocupado.

      Peter suspirou passando a ponta de seu nariz pelo maxilar de Wade e aclivou devagar até suas bocas estarem na mesma altura, então deixou seus lábios colados nos dele por alguns segundos e se afastou.

— Eu sonhei com a noite que ela se foi — Peter começou a dizer olhando fixamente para o peitoral de Wade. — Quando você me acordou, eu não via você, eu... Eu estava vendo o Harry com aquela aparência medonha e por isso te tratei daquele jeito.

       Wade assentiu sentindo suas bochechas corarem, não conseguia acreditar que tinha entrado numa paranoia por isso. Céus! Ele era um mercenário que matava a sangue frio e ficava todo paranóico quando pensava que Peter Parker odiava sua aparência.

— Parece que sou um pouco mais sensível do que imaginei — falou sem graça segurando a cintura estreita de Peter.

—Você é uma florzinha delicada — disse tombando a cabeça para o lado e abrindo um sorriso.

       Deadpool mordeu o queixo de Peter com força ouvindo-o gemer de dor.

— Ai! — gritou. — Não seja violento, seu ogro.

— Eu te amo — Wade disse fazendo Peter ruborizar — Awn, que bonitinho! O Spidey corando. Será que vai ficar coradinho assim quando a gente fizer amor?

— Vai se foder, Wade — disse revirando os olhos e saindo do colo do mais velho. — Agora me carregue até sua casa.

— Por quê? A madame tá sem pernas?

        Parker jogou teia na cara do maior que se assustou e quase caiu do prédio.

— Petey! — gritou fazendo o menor gargalhar.

— Ei, sem escândalo você não pode ficar gritando meu nome por ai.

     Wade tentou pegar Peter, mas falhou miseravelmente, ele sempre se esquecia do sensor de aranha do rapaz. Tentou se aproximar novamente, mas como se esperava Parker foi mais rápido.

— Como vou te levar se você não para quieto?

— O que foi, seu velho? Não consegue me acompanhar? — Peter disse debochado para Wade.

    Deadpool fez uma careta olhando Peter de cima a baixo e cruzou os braços respirando fundo.

— Preciso te contar algo — disse fingindo estar triste.

      Peter se aproximou devagar, como era de se esperar. O garoto podia ser o melhor herói que existe, mas nunca, jamais deixaria de ser um menino curioso. Wade era um ótimo estrategista e sabia muito bem como se aproveitar da fraqueza do menor: a curiosidade.

— O que foi? — Peter perguntou já bem perto de Wade.

      O maior quase se sentiu culpado ao ver o rostinho preocupado do mais novo, mas antes que pudesse sentir culpa, ou que sensor de aranha alertasse Peter, Wade pegou o rapaz pela cintura e o jogou em seu ombro o fazendo gritar assustado enquanto o mercenário tagarela ria alto.

— Seu idiota, assim é muito desconfortável — Peter disse aparentemente irritado, o que piorou quando sentiu um tapa forte em sua bunda. — Wade! — gritou tentando se soltar, mas tinha momentos, momentos como aquele em que Wade ficava muito mais forte.

— Shhh, aranha não fala.

— Como você pode saber? Elas falam sim!

— Calado, Petey!

        Peter resmungou algumas coisas que Wade não fez nem questão de entender. Quando chegaram a seu apartamento, colocou o menor ainda com cara emburrada no chão.

— Awn, o bebê tá emburradinho? — zombou com uma voz infantil.

— Você não me provoca que te jogo pela janela!

     Wade riu abraçando Peter.

— As pessoas olham pra você e veem uma coisinha fofa e adorável, mas mal sabem elas que você é todo violento — disse ganhando uma mordida em sua boca assim que tentou beija-lo. — Adoro você todo sassy. Rawn.

     Peter riu pela tentativa de rosnado que Wade fizera e negou com a cabeça. Não podia mais negar para ninguém o quanto gostava daquele homem em sua frente, e nem queria negar. Queria viver ao lado daquele maluco que sempre arrumava um jeito de deixar sua vida totalmente agitada. Peter realmente o amava muito.

— Por que tá me olhando desse jeito? — Wade perguntou.

    Parker sorriu logo beijando Wade devagar, sua boca sugava suavemente o lábio inferior do maior que apertava sua cintura.

— Percebi que eu realmente amo você — Peter disse encarando Wade

— E só percebeu agora?

— Ai, Wade, você sempre estraga os momentos fofos.

      Wilson riu dando de ombros.

— E agora rola um rala tcheca?

— Você podia ser mais romântico às vezes, sabia? — Peter disse revirando os olhos. — Eu gosto de romantismo.

— Claro que gosta.

       Deadpool beijou o maxilar do garoto e foi revalando devagar até seu pescoço, onde fez questão de deixar um chupão fraco ouvindo Peter suspirar.

— Filmes, amassos ou dormir? — perguntou beijando o menor devagar.

— Filmes com amassos e depois dormir.

      Wade sorriu ganhando um sorriso fofo de Peter.

— Você que manda, baby boy.



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