História I'll Never Be Her - Capítulo Único

E lá estava o Derek mais uma vez a observá-los, à distância, como se observá-los fosse ajudar. Por momentos ajuda, imagina que é ele ali em vez dela, mas quando essa sensação passa é substituída por dor. Não uma dor qualquer, é aquela dor que começa por nos apertar o peito e que depois desce para o estomago como se queimasse. Acabar com a dor seria tão fácil como desviar o olhar e ir embora, mas no fundo ele sabe que tudo continua quer ele esteja a olhar quer não. Nada depende dele. Tudo depende do humano magricela (que já não é tão magricela como quando o conheceu mas que para ele continua o mesmo) e sem filtro entre os seus pensamentos e boca que todos os dias continua com a rapariga coiote nos braços. Para ele é uma enorme injustiça estar lá ela. De certeza que ela não aproveita o toque dele como ele aproveitaria, não grava na sua memória cada sensação para lá ficar marcada para sempre como ele faria, não sente cada beijo como se fosse o último como ele sentiria. Ela não merece estar ali. E pensando bem nem ele próprio merece… ou assim pensa ele. Todos os dias, quando os observa ao longe, questiona-se sobre o que aconteceu, se foi ele que afastou o rapaz, se foi o próprio Stiles que se afastou por vontade própria. Ele nunca alterou a sua forma de estar perto dele, sempre foi o mesmo, o que será que mudou!? Mas por mais vezes que pense no assunto, não chega a uma conclusão, o único resultado é uma mistura de dor e culpa que apenas vêm piorar o seu estado.

E o roçar de lábios continua a metros de distância dele assim como o seu olhar continua fixo no mesmo ponto, quase parecendo que nem pestaneja para não perder um segundo o Stiles de vista. Observar podia doer, mas não observar ainda doía mais. Não faz o mínimo sentido mas é a verdade. Todos os dias, dá-se ao trabalho de ir até à escola, encostar-se à mesma árvore para os ver, ou melhor para O ver. A presença de Malia ali era apenas um incómodo. Ele sabia muito bem que o seu comportamento se estava a tornar obsessivo como se de um doido de tratasse, mas ele já não se importava, não enquanto aquilo estava a acontecer, enquanto ela tivesse o que era dele. Dele… era só a maior mentira que podia dizer. O humano nunca foi dele, ela não lhe roubou nada, ela apenas soube aproveitar enquanto ele não. Ele teve inúmeras oportunidades de o fazer. Não o fez… Não o fez porque ele é o alfa, um alfa é suposto valorizar mais o bem estar do seu pack, e não agindo era a melhor forma de o fazer. Durante todo o tempo que o Stiles esteve sozinho ele podia ter aproveitado para lhe contar, mas havia a possibilidade de ser rejeitado e isso só traria situações constrangedoras para o pack. Não podia correr esse risco. Por isso, tinha duas escolhas: sofrer com o rapaz ao seu lado ou sofrer sem o ter por perto. Pelo menos era assim que ele via as coisas.

De repente viu o casal separar os lábios e mexe-los para conversarem, no entanto falavam tão baixo que se tornava impossível de perceber alguma palavra, até para os seus sentidos apurados. Para sua surpresa, o olhar de ambos os jovens adultos virou-se em direcção a ele e imediatamente paralisou no sítio. Os olhos do humano transpareciam surpresa, confusão, revolta, fúria, medo, tudo ao mesmo tempo. Podia sentir o nojo que Stiles sentia dele. Mas como é que poderia ter-se apercebido da sua presença!? Ele nada mais fazia senão ficar a observar. Não quis ficar para saber a resposta, simplesmente caminhou a passo normal para o seu Camaro como se nada tivesse acontecido de regresso ao loft.

Ele sabia muito bem que o Stilinski haveria de o seguir, mas ele não estava pronto para ter aquela conversa, não naquele momento ou nunca. Por isso acelerou em direcção ao loft de forma a ganhar tempo.

Ele não querer arruinar o que o mais novo tem com a Malia, o seu objectivo nunca foi esse (porque amar significa deixar ir e ver a outra pessoa feliz), o seu objectivo era tentar camuflar a sua dor com fantasias e sonhos, sentir-se perto do rapaz para amenizar minimamente a sua dor. Para sua tristeza, o tempo que passa a observá-lo é maioritariamente o tempo que partilha com ele. Beacon Hills tem andado calma pelo que o pack faz reuniões de rotina uma vez por semana (e este número de reuniões já era exagerado para puder estar com o Stiles, uma vez que de semana para semana não havia muitas novidades), por isso vê-lo ao longe era o único refúgio que tinha para não ceder de vez.

Encostou o carro e rapidamente subiu as escadas para o loft ficando a andar de um lado para o outro, pensativo. Não tinha a mínima ideia da explicação que lhe daria, uma que não o fizesse parecer um pervertido, e para piorar, o seu pesadelo estava para acontecer: ia perde-lo. Durante tanto tempo evitou a conversa que se aproximava com medo de o deixar desconfortável na sua presença e levá-lo a afastar-se de vez e assim ficar sem o seu tempo semanal. Mas agora era tarde. Talvez ele devesse ter feito alguma coisa há muito tempo atrás, antes de se apaixonar irremediavelmente pelo humano. E odeia-o por isso, odeia-o por o amar. Não que o rapaz tivesse feito alguma coisa de propósito para que o Derek se apaixonasse por ele. É mais ódio que sente por si mesmo que transfere para o humano como se estivesse a atribuir culpas.

- Mas que merda, Derek. Estavas a espiar-me!? A observar-me!? – A voz do Stiles fez-se ouvir assim que entrou no loft. O alfa nunca tinha visto o mais novo assim, com este nível de revolta e com este tom de voz que entrava de rompante pelos seus ouvidos como facas na sua pele.

- Stiles… Eu posso explicar… – O humano nem lhe deu oportunidade de continuar que o interrompeu logo.

- Explicar o quê? Que todos os dias ias à escola e ficavas a observar-me e à Malia de longe!? Achas que a tua presença não seria notada!? A Malia reconheceu o teu cheiro todos os dias, mas a princípio achou que era coincidência, até serem coincidências a mais… Derek, tu agiste de forma doentia. Eu nem consigo olhar para ti. Que pessoa é que fica a ver outra em momentos mais íntimos!? A sério. Eu esperava tudo de ti, menos isto! – O lobo não respondeu para apenas se afundar internamente na culpa e na dor que ainda estariam para vir.

- Eu nem sei porque é que estou aqui. Nem resposta tens para me dar de forma a justificares o teu comportamento. Não penses em voltar a falar comigo, nem penses. – O Stilinski disse de forma ríspida querendo parecer implacável quando na verdade as lágrimas se começavam a formar nos seus olhos e estava a morrer lentamente por dentro a cada palavra. E assim encaminhou-se para a saída.

- Stiles! Espera. Eu não te posso perder, não mais que isto. Já te perdi o suficiente para te deixar ir. Já te afastaste o suficiente de mim ao longo destes anos que ires de vez não vai ser como arrancar um penso, que apesar de doer é rápido, vai ser mais como afogar-me onde sinto a minha vida a sair de mim, lentamente, ficando pior a cada segundo para no final apenas cair na escuridão.

- Eu afastei-me!? Tu afastaste-me, estavas sempre a provocar-me, lançavas-me olhares de morte, a cada oportunidade batias-me se assim te apetecesse, não eras simpático comigo e acima de tudo nunca valorizaste a minha presença e agora não queres que eu vá!? Achas que isso é justificação para me observares todos os dias de forma doentia!? Tu nunca quiseste a minha amizade porque é que não devo ir?

- Não, a tua amizade nunca quis nem nunca te quis afastar. – Disse num sussurro entre suspiros que ainda assim foi ouvido pelo mais novo. – Mas ainda sinto a tua falta e não consigo ver o fim disto…

(But I’m still missing you

And I can’t

See the end of this)

… desta dor, deste aperto que queima por dentro por não puder estar contigo. Agora todo este tempo está a passar e parece que ainda não consigo dizer-te porque é que me dói cada vez que te vejo, perceber o quanto preciso de ti…

(Now all this time

Is passing by

But I still can’t seem to tell you why

It hurts me every time I see you

Realize how much I need you)

… Mas tu não estás comigo, estás com ela. E sozinho vejo-te a observá-la como se ela fosse a única rapariga que já viste, não que tu te importes, nunca te importaste. Sozinho vejo-te a observá-la como se ela fosse a única coisa que viste. Como é que nunca reparaste que lentamente me estás a matar com isso…

(All alone I watch you watch her

Like she’s the only girl you’ve ever seen

You don’t care you never did

You don’t give a damn about me

Yeah all alone I watch you watch her

She’s the only thing you’ve ever seen

How is it you’ll never notice

That you are slowly killing me)

… Fez uma pausa, respirou fundo e retomou. – Eu só quero sentir o teu beijo contra os meus lábios…

(Just wanna feel your kiss

Against my lips)

… e não ver os dela nos teus. Mas de certa forma ver-te acalma a dor de ela te ter em vez de mim, mesmo que quando te vejo estejas com ela. Eu não quero arruinar a tua felicidade e agora vejo que a culpa é minha, mas não consigo evitar transferi-la para ti, para ela, porque admitir que a culpa é minha dói muito mais. E por isso, eu odeio-te. Eu amo-te. Eu odeio amar-te, eu não quero, mas não consigo pôr ninguém acima de ti. Eu odeio querer-te, mas tu quere-la, tu precisas dela e eu nunca serei ela…

(I hate you I love you

I hate that I love you

Don’t want to, but I can’t put

Nobody else above you

I hate you I love you

I hate that I want you

You want her you need her

And I’ll never be her)

… Ainda assim eu amo-te e preciso de ti… – O lobo fixava o humano com olhos suplicantes numa tentativa de faze-lo perceber o que estava a dizer com aquela confusão toda. Mas aquilo era o que ele sentia, ele interiormente estava uma confusão, no entanto no meio dessa confusão tinha a certeza que o amava.

– Derek… Eu sinto saudades tuas, sinto saudades tuas quando não consigo dormir ou mesmo depois do café ou quando não consigo comer… Eu sinto saudades tuas no banco da frente do meu carro. Sabes!? Ainda tenho areia e terra nas minhas camisolas de noites de que não nos lembramos… Achei que tinha fodido tudo ao afeiçoar-me a ti…

(I miss you when I can’t sleep

Or right after coffee

Or right when I can’t eat

I miss you in my front seat

Still got sand in my sweaters

From nights we don’t remember

[…]

Fucked around and got attached to you)

… porque tu me tratavas como se fosse insignificante para ti enquanto que eu gostava de ti. Por causa disso preciso de uma fita de precaução à volta do meu coração para não se partir…

(Caution tape around my heart)

… A toda a gente que faço bem, faz-me mal e tu estavas a ser mais uma delas e por isso doía e dói. Então em cada noite solitária digo estas palavras…

(Everyone I do right does me wrong

So every lonely night, I sing this song)

… “ Stiles, não percas tempo com ele, não quando ele não quer saber de ti. Tu preocupas-te tanto com ele e não devias. Há pessoas lá fora que te dão mais valor”. E assim tenho tentado ignorar os meus sentimentos. E foi por saber que nunca serias a Malia que me envolvi com ela, achei que era uma forma de reprimir o que sentia, de te esquecer. – E com isto o Derek estava a perder a sua esperança até que o humano retomou e uma nova luz se acendeu em si. – Mas aprendi com o meu pai que é bom ter sentimentos…

(But I learned from my dad that it’s good to have feelings)

… Derek, eu amo-te e não fazia a mínima ideia de que sentias o mesmo. Não tinha como saber. Mas foda-se! Ainda bem que não és ela porque eu não te consigo esquecer.

                E nesse momento o Hale não quis saber de mais nada, dirigiu-se ao humano e antes que este pudesse reclamar tomou os seus lábios num beijo e levou as mãos ao seu rosto. Finalmente estava a sentir aqueles lábios finos e macios que lhe transmitiam a melhor sensação que já tinha experienciado. Parecia que lhe transmitiam certezas de que é ali que devia estar, ao lado do Stiles. Cessaram o beijo por falta de ar mas os olhos de ambos permaneciam fechados com medo de encarar a realidade e se aperceberem que fora apenas um sonho. Contrariados abriram os olhos para apenas constatarem que o sonho era realidade.

                - Stiles, desculpa. Eu nunca quis que sofresses. Se ao menos soubesse que era isso que sentias… – O mais novo interrompeu-o.

                - Shh… Está tudo bem. Já passou. Eu não quero brigar e afastar-nos mais por mágoas que posso curar. Está tudo bem… está tudo bem… – Murmurava repetidamente para depois voltar a juntar os seus lábios num beijo emocionalmente avassalador.

                E ali ficaram por vários minutos apenas a desfrutar dos lábios um do outro como se fosse o último beijo que trocavam. Lábios a mexer em perfeita sincronia e encaixando-se naturalmente. As línguas a lutar por dominância. A pulsação a aumentar. As suas mãos descobriam cada recanto do corpo do outro por cima das suas roupas, não querendo desvendar logo tudo. A boca do Derek abandonou a de Stilinski para lhe beijar o rosto todo concentrando-se principalmente nos seus sinais a descoberto. Moveu-se para o lóbulo da sua orelha e sentiu-o estremecer nos seus braços. O humano inclinou a cabeça para o lado de forma a deixar o seu pescoço mais exposto como que dando permissão ao lobo para descer. Este assim o fez, traçou uma linha de beijos até ao seu pescoço para lá descansar os lábios num beijo demorado que certamente iria deixar marca levando o Stiles a suspirar profundamente em aprovação. Mas o lobo queria mais, queria descobrir cada detalhe da sua pele, descobrir a reacção do seu corpo a cada toque, descobrir os seus pontos fracos, descobrir a diferença em cada suspiro. E o mais novo ansiava por isso. Ansiava por suspirar e gemer apenas pelo alfa.

                O Hale afastou o seu rosto para encarar o rapaz à sua frente esperando alguma reacção e obtendo um aceno de cabeça em confirmação. Sendo assim, o Derek gentilmente agarrou-lhe a mão e conduziu-o até ao seu quarto para logo o deitar na sua cama. Tirou a própria camisola tendo os olhos do mais novo a seguir cada movimento seu e atento a cada pormenor deitando-se, de seguida, em cima do corpo na sua cama e beijando-o com toda a mistura de sentimentos que o invadiam e que não conseguiria pôr em palavras. Desceu novamente para o seu pescoço, ansioso por ouvir mais daqueles suspiros e de os transformar em gemidos. Stiles respondeu automaticamente ao toque suspirando pesadamente de olhos fechados para melhor sentir cada sensação e colocando os braços nas costas do homem de forma a trazer os corpos para mais perto um do outro.

                Satisfeito com as reacções que tinha extraído do Stilinski, afastou-se para lhe retirar a camisa e a t-shirt que usava. Ficou durante segundos a admirar o mais novo, talvez memorizando cada pormenor detalhadamente ou talvez tentando interiorizar que aquilo tudo estava a acontecer, mas fosse o que fosse, o humano estava a adorar aquele olhar nele. O Stiles puxou-o para um novo beijo calmo e demorado. Afastaram os rostos e o mais novo levou a mão ao rosto do alfa para lhe acariciar a bochecha antes de este descer os lábios para o seu peito para explorar novas sensações. O lobo beijou cada centímetro de pele demorando-se nos pontos que sentiu serem mais sensíveis ao seu toque arrancando leves gemidos dos lábios finos do corpo abaixo de si. Chegou à sua cintura e abriu o botão e fecho da calça muito lentamente, quase numa forma de tortura para o Stiles, que suspirava em antecipação. Puxou a calça e a sua cueca acabando por lhas tirar. Beijou-lhe o interior das coxas e depois a sua cintura terminando com um beijo na glande do seu pénis já pedindo por atenção.

                Agarrou-o pela base onde começou a lamber até à glande para acabar distribuindo beijos naquela zona, só depois é que o levou ao interior da sua boca com movimentos lentos. O humano gemeu imediatamente em aprovação e enrolando os dedos dos pés esforçando-se ao máximo para não se mexer. Aquilo era uma explosão de novas sensações para o Stilinski, porque nenhuma outra pessoa igualava o Hale, só pelo amor que sentia por ele, as sensações eram mais vivas e fortes acompanhadas por um sentimento de entrega que nunca sentiu com ninguém.

                Mas ele sentia falta dos lábios do Derek nos seus, por isso puxou-o para cima, entrelaçou os dedos nos fios do seu cabelo e beijou-o. Este foi um beijo diferente, repleto de desejo e luxúria tornando-se quase necessitado como se sem aquele beijo não sobrevivessem. O alfa acabou de tirar as peças de roupa que usava e esticou-se para tirar uma pequena embalagem da sua mesinha de cabeceira. Abriu a embalagem e depositou uma quantidade generosa de lubrificante nos dedos para o espalhar no membro do mais novo que estremeceu com a sensação fria. Com o produto que tinha sobrado nos dedos passou na sua entrada. O mais novo ia tirar-lhe a embalagem da mão para o puder preparar, mas o Hale negou, voltando a guardar a embalagem. Regressou para junto do rosto do Stilinski e com os lábios a roçarem disse:

                - Isso fica para outra altura. Já esperei tanto que agora não consigo esperar mais. Eu preciso de ti, Stiles. – E com estas palavras o membro do mais novo pulsou.

                O lobo sentou-se em cima do quadril do outro e com a sua mão posicionou o membro do humano na sua entrada começando a baixar-se e sentindo-se ser preenchido lentamente. Numa tentativa de aliviar a dor inicial, o Stiles beijou-o tendo uma das suas mãos a acariciar-lhe a coxa e a outra no seu pescoço enquanto o seu polegar acariciava a sua bochecha.

                Os movimentos do lobo começaram lentos mas com o passar do tempo foram aumentando de ritmo por necessidade própria e pelo incentivo dos gemidos do Stilinski.

O Derek ainda não acreditava que tudo aquilo estava a acontecer. Num momento estava na sua rotina a observar o rapaz ao longe com ela nos braços e no outro estava a ouvir que era amado por ele e a ser amado por ele. Era uma sensação avassaladora. Tudo aquilo era avassalador. Tudo estava a ser mais vivo e real por se tratar do Stiles. E a cada movimento memorizava cada sensação, cada sentimento, cada som como sempre sonhara que faria.

O Stiles também ainda tentava interiorizar que aquele momento era real pois era inacreditável para ele estar ali. Ainda no dia anterior estava no seu quarto, a repetir mais uma vez aquelas palavras e a pensar como no dia seguinte podia ser o dia que a Malia o faria esquecer o alfa, mas para sua surpresa não foi. Foi o dia em que ouviu o Hale dizer que o amava e que se entregou a ele.

Um gemido mais alto de prazer vindo do lobo puxou-os do mundo dos pensamentos quando o membro do mais novo acertou na próstata do homem. Naquele momento o prazer e as sensações eram demais para eles, mas também não queriam acabar com o momento. O Stilinski puxou o Derek para um último beijou e assim ambos atingiram o ápice. Foi o orgasmo mais intenso de ambos tendo-os deixado abalados e com as respirações aceleradas durante minutos. Quando desceram à realidade, o alfa deitou-se ao lado do humano e este colocou a cabeça no seu peito ouvindo o coração do mais velho que naquele momento batia por ele.

- Hum… Stiles!? – O Hale começou a medo, talvez com medo da resposta que a sua pergunta implicaria.

- Sim!? – O rapaz respondeu perdido nos movimentos que fazia com os dedos no peito do homem mas ao mesmo tempo atento à conversa.

- Isto quer dizer que nós estamos… tu sabes… que vais deixar a Malia…!? – Aquilo não tinha sido uma frase coerente mas foi o suficiente para que o Stilinski percebesse. Ele afastou-se do lobo para puder ver o seu rosto e esta reacção deixou o Derek ainda mais nervoso e com medo. Talvez não devesse ter perguntado nada e devesse ter adormecido com o rapaz nos seus braços e assim aproveitar aquele dia.

- Obviamente que sim. Perdeste a parte em que eu disse que te amo e que depois fiz amor contigo!?

 O Hale sorriu com a resposta. Era a típica resposta do rapaz e tinha sido a resposta perfeita. Assim sabia que eles continuavam a ser os mesmos um com o outro e a ter aquela relação amor/ódio que sempre o cativou, mas com uma diferença, agora estavam juntos. Puxou-o novamente para os seus braços e depositou um beijo na sua cabeça.

- Eu também te amo, Stiles.